FREI LUÍS DE SOUSA
3. Tempo
A ação ocorre em 1599, no final do século XVI.
Domínio filipino - 21 anos após a batalha de Alcácer Quibir
Entre o Ato I e o Ato II decorrem oito dias, enquanto os Atos II e III são apenas separados por algumas horas
Tempo histórico
Referências culturais a Camões e a Bernardim Ribeiro
Referências políticas à situação que se vivia em Portugal sob o domínio filipino (de 1580 a 1640)
Referência à vontade política de lutar pela liberdade e restaurar a independência
Referências sociais e políticas à presença dos governadores
Referência à peste (1598-1602)
Referência aos vinte e um anos passados após a batalha de Alcácer Quibir
Tempo de representação
Três momentos-chave do desenvolvimento da intriga:
1) Exposição - um dia, sexta-feira, 27 de julho de 1599 - INCÊNDIO
2) Reconhecimento - um dia, sexta-feira, 4 de agosto de 1599 - *CHEGADA DO ROMEIRO
3) Desenlace/Catástrofe - uma noite, de sexta-feira para sábado, 5 de agosto de 1599 - MORTE DE MARIA
O dramaturgo não respeita a unidade de tempo, regra básica das tragédias clássicas
Concentração temporal progressiva - 21 anos - 14 anos - 7 anos, etc
Afunilamento temporal - personagens presas nuam espécie de rede, da qual a única fuga possível é a morte (física para Maria, ou *psicológica e social, para Madalena e Manuel de Sousa Coutinho)
Simbolismo
Sexta-feira - superstição popular, um dia considerado aziago
Todos os acontecimentos marcantes da vida de D. Madalena ocorreram à sexta-feira - primeiro casamento, primeiro encontro com D. Manuel, batalha de Alcácer Quibir, desaparecimento e regresso de D. João
Ambiente crepuscular e/ou noturno - característico do Romantismo
A permanência do número 7
7 anos de procura de D. João; 14 anos de casamento com Manuel de Sousa Coutinho; 21 anos desde o desaparecimento de D. João