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Segunda Geração Modernista
A segunda geração modernista ou segunda fase do modernismo representa o segundo momento do movimento modernista no Brasil que se estende de 1930 a 1945.
Também chamada de “Fase de Consolidação”, a literatura brasileira estava vivendo uma fase de maturação, com a concretização e afirmação dos novos valores modernos.
A segunda fase do modernismo no Brasil surgiu num contexto conturbado. Após a crise de 1929 em Nova York, (depressão econômica) muitos países estavam mergulhados numa crise econômica, social e política.
Além do aumento do desemprego, a falência de fábricas, a fome e miséria, no Brasil a Revolução de 30 representou um golpe de estado. O presidente da República Washington Luís foi deposto, impedindo assim, a posse do presidente eleito Júlio Prestes.
Foi o início da Era Vargas e o fim das Oligarquias de Minas Gerais e São Paulo, denominado de "política do café com leite". Com a chegada de Getúlio ao poder, a ditadura no país também se aproximava com o Estado Novo (1937-1945).
As principais características dessa fase foram
:
Influência do realismo e romantismo;
Nacionalismo, universalismo e regionalismo;
Realidade social, cultural e econômica;
Valorização da cultura brasileira;
Influência da psicanálise de Freud;
Temática cotidiana e linguagem coloquial;
Uso de versos livres e brancos.
PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi, sem dúvida, um dos maiores representantes sendo o precursor da poesia de 30, com a publicação de “Alguma Poesia”, em 1930.
Cecília Meireles (1901-1964), com forte influência da psicanálise e da temática social, é considerada uma das maiores poetisas brasileiras. Desse período destaca-se as obras: "Batuque, samba e Macumba" (1933), "A Festa das Letras" (1937) e "Viagem" (1939).
Mário Quintana (1906-1994), chamado de “poeta das coisas simples”, possui uma vasta obra poética. Desse período merece destaque seu livro de sonetos intitulado “A Rua dos Cataventos”, publicado em 1940.
Murilo Mendes (1901-1975), além de poeta foi destaque na prosa de 30. Atuou como divulgador das ideias modernistas na revista criada na primeira fase modernista “Antropofagia”. De sua obra poética merece destaque: "Poemas" (1930), "Bumba-Meu-Poeta" (1930), "Poesia em Pânico" (1938) e "O Visionário" (1941).
Jorge de Lima (1893-1953), chamado de “príncipe dos poetas”, foi escritor e artista plástico. Na poesia de 30 colaborou com as obras "Poemas" (1927), "Novos Poemas" (1929) e "O Acendedor de Lampiões" (1932).
Vinícius de Moraes (1913-1980) foi outro grande destaque da poesia de 30. Compositor, diplomata, dramaturgo e poeta, publica em 1933 seu primeiro livro de poemas “Caminho para a Distância” e, em 1936, seu longo poema “Ariana, a mulher”.
fonte:
https://www.todamateria.com.br/segunda-geracao-modernista/