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Assistência ao parto normal - Coggle Diagram
Assistência ao parto normal
Alterações fisiológicas maternas
Contrações de Braxton-Hicks - menor duração e intensidade, com dor pélvica e inguinal, sem alt do colo uterino resolve com hidratação e analgesia
Lightening - encravamento do pólo cefálico na pélvis materna
Perda do rolhão mucoso - ocorre com o início do apagamento do colo
Sinais de alarme - contratilidade regular de 5/5 min por + de 1h, perda de líquido abundante via vaginal, perda hemática vaginal significativa, diminuição dos movimentos fetais
Fases do trabalho de parto
1ª Fase - do início do TP à dilatação completa
Fase latente - apagamento + início da dilatação
Fase ativa - aceleração da dilatação (4-10 cm)
2ª fase (período expulsivo) - movimentos de encravamento --> flexão --> descida --> rotação interna --> extensão --> rotação externa e expulsão
3ª fase (dequitadura da placenta)
4ª fase (puerpério imediato)
Abordagem durante o trabalho de parto
Medidas gerais
Fluidoterapia e ingesta alimentar - ingestão de líquidos em quantidade moderada, solução salina com dextrose 5% substitui alimentação
Avaliação do bem estar fetal - avaliação intermitente da FC fetal ou monitorização eletrónica contínua, conforme nível de risco (> se hemorragia vaginal, dor abd aguda, febre, parto prematuro, HTA, FC fetal não tranquilizadora)
Controlo da dor - bloqueio epidural (+ freq), raquianestesia, anestesia sequencial, bloqueio do nervo pudendo (para episiotomia)
Posição - geralmente supina, mas decúbito lateral melhora débito cardíaco materno --> litotomia dorsal durante o período expulsivo e no parto distócico
1ª Fase do TP
Toque vaginal - avaliação da dilatação, descida da apresentação, variedade da posição fetal, integridade de membranas, características do líquido
Rotura artificial de membranas - se necessidade de monitorização fetal interna, suspeita de sofrimento fetal ou para aceleração do TP
2ª Fase do TP
Esforços expulsivos pela grávida
Avaliação da moldagem do feto para a passagem na pélvis materna
Episiotomia - se parto intrumentado ou período expulsivo prolongado, nunca deve ser mediana
Proteção do períneo - manobra de Ritgen modificada
Extração dos ombros (manobras pelo obstetra para facilitar processo)
3ª Fase do TP
Sinais de separação placentar - útero globoso, proeminente, golfada de sangue, alongamento do cordão umbilical
Tração ativa da placenta - evitar força excessiva e aplicar pressão suprapúbica em sentido cefálico para evitar inversão uterina (emegência obstétrica com risco de choque hipovolémico!)
Palpação do fundo uterino - exclusão de atonia uterina
Inspeção do canal de parto - pesquisa e classificação de lacerações perineais:
grau 1 - mucosa vaginal e/ou perineal
grau 2 - mucosa e tecido subcutâneo
grau 3 - extensão ao esfíncter anal
grau 4 - extensão à mucosa retal
4ª Fase do TP
Avaliação da probabilidade de complicações (hemorragia pós-parto) - maior risco se TP muito rápido/arrastado, macrossomia fetal, hidrâmnios ou gravidez gemelar
Cesariana
Indicações - placenta prévia, descolamento de placenta, prolapso do cordão umbilical, rotura uterina, apresentação pélvica, desejo materno
Desvantagens - maior risco de hemorragia e infeção, internamento + longo, recuperação + dolorosa, mortalidade 2-4x maior
Parto vaginal após cesariana
Medidas gerais - ter unidades de sangue disponíveis, monitorização fetal contínua e capacidade de realização de cesariana emergente em < 30 min
Fatores preditores de sucesso - parto vaginal anterior à cesariana, TP espontâneo
Fatores preditores de insucesso - cesariana anterior por incompatibilidade feto-pélvica, idade avançada, etnia não caucasiana, IG > 40 semanas, obesidade, macrossomia fetal, pré-eclâmpsia, período inter-gravidez curto
Avaliação do trabalho de parto
Avaliação inicial - identificação de complicações até à data, confirmação da idade gestacional, avaliação analítica, sinais vitais, auscultação cardíaca fetal, ecografia (apresentação, placentação, líquido amniótico)
Exame abdominal - identificação da situação, apresentação e posição fetal através das manobras de Leopold (determinação da parte fetal que ocupa o fundo, da posição fetal, palpação da apresentação acima da sínfise púbica, determinação do grau de flexão do pólo cefálico)
Exame vaginal
Descida da apresentação fetal - relação entre a apresentação fetal e o nível das espinhas isquiáticas
Apagamento do colo - encurtamento do canal do colo, expresso em %
Dilatação do colo - diâmetro da abertura do orifício do colo, 1-10 cm
índice de Bishop - favorável ao parto vaginal se >5, avalia altura da apresentação, posição , dilatação, apagamento e consistência do colo
Indução do trabalho de parto
Oxitocina - aumenta contratilidade uterina, em dose alta diminui o tempo de TP, taxa de cesariana, incidência de coriamnionite, mas aumenta incidência de taquissistolia
Maturação do colo - se Bishop < 5, uso de misoprostol ou prostaglandina E2, laminaria ou sonda de Foley
Manipulação de membranas - stripping digital de membranas (risco de infeção, hemorragia e rotura de bolsa amniótica)
Amniotomia - acelera TP, mas geralmente não se faz (aumenta risco de coriamnionite e taxa de cesariana)