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Efetividade da auriculoterapia sobre a ansiedade no trabalho de parto: …

- - - - Inclusão: gestantes de qualquer idade ou paridade, a partir de 37 semanas de gestação, em TP espontâneo, induzido e/ou conduzido, com duas ou mais contrações em 10 minutos, dilatação ≥ 4 cm, pele íntegra no pavilhão auricular e cujo feto estivesse vivo e com boas condições de vitalidade.
        
        Exclusão: casos com dilatação ≥ 7 cm, pré-eclâmpsia grave, cesariana anterior, indicação imediata de cesariana, e uso de medicamento analgésico há menos de seis horas da admissão no estudo.
        
        A sequência de alocação foi definida para 102 participantes com o uso de envelopes opacos, selados e numerados sequencialmente por profissional estatístico, não integrante do estudo.
        
        Três grupos foram alocados: grupo de intervenção (GI) com microesferas de cristais polido com 1,5 mm; grupo placebo (GP) com microesferas de vidro, semelhante às de cristais; e grupo-controle (GC) sem intervenção. O estudo utilizou o método triplo-cego.
        
        Para avaliar o nível de ansiedade das parturientes utilizou-se a Escala de Ansiedade de Hamilton (Hamilton Anxiety Rating Scale - HAM-A, 1959).
        
        O escore total é obtido pela soma dos valores (graus) atribuídos em todos os 14 itens da escala. O escore total, varia de 0 a 56, classificado como: 0, ausência de ansiedade; 1 a 17 pontos, ansiedade leve; 18 a 24 pontos, ansiedade moderada; 25 a 56 pontos, ansiedade severa ou intensa.
        
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- - - - O compartilhamento de quarto com outras parturientes e rotina na unidade, foram parecidos (GI: 13 (38,3%) versus GP: 15 (44,1%) versus GC: 12 (35,3%), p-valor=0,7498).
        
        O nível de escolaridade foi mensurado em anos de estudos (GI: 10,7 (± 3,1); GP: 9,9 (± 2,4); GC:10,7 (± 3,1), p-valor=0,4567).
        
        A maioria das parturientes não havia participado de cursos de preparo ou recebido orientações sobre o processo de TP e uso das PIC (práticas integrativas complementares), (GI: 29 (85,3%); GP: 30 (88,2%); e GC: 29 (85,3%), p-valor=1,000).
        
        Também foi semelhante, na amostra, o desconhecimento sobre a auriculoterapia, descrito como “nunca ter ouvido falar” por 22 (64,7%) das parturientes no GI, 20 (58,8%) no GP e por 19 (55,9%) no GC, p-valor=0,7375.
        
        As pontuações antes e com 120 minutos em cada grupo, houve diferença significativa no GP (DM [diferença média] 3,64, IC [intervalo de confiança] 2,26-5,02, p<0,0001) e GC (DM 3,71, IC 2,40-5,04, p<0,0001) devido ao aumento das médias, o que não ocorreu no GI (DM 0,07, IC -0,61- 0,75, p=0,8429).
        
        No dia seguinte ao parto, quando questionadas se submeteriam novamente à auriculoterapia em uma futura gestação, as parturientes responderam afirmativamente: 33 (97,1%) no GI e 29 (85,3%) no GP (p=0,1974).
        
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- - - - Neste estudo, as parturientes tinham de forma semelhante: a escolaridade, o número de consultas no pré-natal e a baixa participação em cursos sobre parto, nuliparidade, presença do acompanhante de escolha e o compartilhamento do quarto com outras parturientes, que são fatores importantes sobre o estado ansioso e na satisfação da mulher com seu parto.
        
        A presença de sintomas de ansiedade foi característica nos grupos GP (>88%), GC (>88%) e GI (100%), que pode estar relacionada à baixa educação pré-natal encontrada nos três grupos de estudo (>85%).
        
        Nas comparações quanto aos resultados da HAM-A, foram estatisticamente significativas todas as análises ao comparar o GI versus GP e GI versus GC com 120 minutos da alocação no estudo, o que não ocorreu nas comparações entre GP versus GC no mesmo momento.
        
        Isso pode ter ocorrido devido ao estímulo real em pontos auriculares no GI, não aplicado nos grupos GP e GC, havendo, nestes últimos, aumento posterior nas pontuações da HAM-A.
        
        Somente o fato de essa terapia favorecer o alívio da dor, já reduz os sintomas de ansiedade, o que pode ter ocorrido neste estudo, no GI, com 120 minutos.
        
        A auriculoterapia na especialidade obstétrica foi encontrada em um estudo com 76 puérperas no pós-cesariana. Esse estudo mostrou redução significativa nos níveis de cortisol (diferença média (DM) = 4μg/dL, p <0,05), frequência cardíaca (DM = 9,2 batimentos/min, p <0,001), e ansiedade (IDATE) (DM = 3,8, p <0,01) após tratamento com auriculoterapia (ponto shenmen).
        
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