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Aterro sanitários - Coggle Diagram
Aterro sanitários
Encerramento
Os aterros sanitários devem possuir uma vida útil em torno de
20 a 25 anos
, depois disso eles precisam ser encerrados.
Quando o aterro esgota sua capacidade, é preciso fechá-lo e providenciar medidas como o reflorestamento, para diminuir os impactos ambientais.
Mesmo depois de encerradas as operações, gás e chorume continuam sendo gerados por pelo menos 15 anos. Sendo assim, não se recomenda que o terreno seja usado, por exemplo, para construções.
O sistema de monitoramento geotécnico deve ser mantido durante e após o encerramento das atividades de operação do aterro.
Plano de encerramento
Tem o objetivo de minimizar os possíveis impactos remanescentes e a manutenção da área.
Devem ser tomadas medidas de forma a minimizar a necessidade de manutenção futura e minimizar ou evitar liberação de líquidos lixiviados e/ou gases para as águas subterrâneas, superficiais ou para a atmosfera.
Devem constar métodos e etapas a serem seguidas no fechamento total ou parcial do aterro; projeto e construção da camada de cobertura final, de forma a minimizar a infiltração de água nas células, exigir pouca manutenção, resistir a róseos, acomodar recalques sem ruptura;
A data aproximada para o início das atividades de encerramento;
Uma estimativa dos tipos e da quantidade de resíduos que devem estar presentes no aterro quando encerrado;
Usos programados para a área do aterro após o seu encerramento;
Monitoramento ambiental e geotécnico após o término das operações;
Atividades de manutenção da área.
Caso a área continue isolada, deve-se também prever um plano de acompanhamento da manutenção da cerca de isolamento.
Alguns possíveis usos futuros da área do aterro sanitário:
agricultura (solo arável, pastagem);
paisagismo (espaço aberto, zonas de transição);
recreação (parques, praças, complexo esportivos, trilhas, campos de golfe).
Principais restrições à ocupação dessas áreas
baixa capacidade de carga;
recalques significativos (especialmente os recalques diferenciais);
presença de gases combustíveis e potencialmente explosivos;
corrosividade do concreto e do aço aos produtos da decomposição dos resíduos, e a variada composição bioquímica do interior do aterro.
Implantação
A primeira etapa de um projeto de aterro sanitário é a escolha de uma área onde ele será implantado e operado. Deve ter a licença prévia.
Uma área, para ser considerada adequada, deve reunir um
grande conjunto de
condições técnicas, econômicas e ambientais, legais e sociais.
A área selecionada deve ter:
Menor potencial
para geração de impactos ambientais;
Maior vida útil
para o empreendimento;
Baixos custos
de instalação e operação do aterro;
Aceitabilidade social
.
De posse do projeto aprovado e da licença de instalação, iniciam-se as obras de implantação do aterro.
Para aterros de porte médio ou grande, a seqüência de construção deve ser a seguinte:
•
Cercamento da área:
para impedir a entrada de pessoas não autorizadas.
•
Serviços de limpeza da área:
compreendem a remoção da vegetação natural.
•
Serviços de terraplanagem:
As camadas a serem compactadas devem ser umedecidas até atingir o grau de "umidade ótima".
•
Serviços de montagem eletromecânica:
montagem da balança.
•
Estradas de acesso e de serviço.
•
Serviços de impermeabilização:
Devem ser iniciados logo após a conclusão da remoção da camada de solo superficial da área operacional.
São usados geossintéticos para permeabilizar as áreas do aterro.
Entre os Geossintéticos mais recomendados estão as Geomembranas, os Geotêxteis, as Geogrelhas e finalmente os Geocompostos (associação de um ou mais Geossintéticos).
Em caráter mundial, duas geomembranas sintéticas, o PVC (Policloreto de Vinila) e PEAD (Polietileno de Alta-Densidade), são largamente utilizados para impermeabilização do solo em obras de aterros sanitários.Também são usados manta de PP (polipropileno), manta butílica, argila e outras.
As Geomembranas fabricadas com materiais sintéticos são excelentes barreiras contra a percolação dos fluidos, porém necessitam de uma eficaz proteção mecânica para que essa eficiência seja mantida ao longo da vida útil do Aterro.
Neste caso, os Geotêxteis não tecidos são utilizados como elementos de proteção das Geomembranas, confere a proteção mecânica necessária.
•
Serviços de drenagem:
a drenagem das águas pluviais deve ser feita através de
valas escavadas no terreno
, evitando-se o uso de tubulações enterradas.
Preferencialmente, o sistema de drenagem deve acompanhar as estradas de serviço.
•
Drenagem de chorume:
será feita por drenos implantados sobre a camada de impermeabilização inferior e projetados em forma de espinha de peixe, com drenos secundários conduzindo o chorume coletado para um dreno principal.
•
Serviços de construção civil:
superestrutura dos prédios de apoio e da estação de tratamento.
•
Execução dos poços de monitoramento ambiental:
Deverão ser implantados pelo menos
três poços
de monitoramento,
um a montante e dois a jusante da área.
•
Serviços complementares:
incorporam os serviços de
paisagismo e limpeza geral.
•
Suprimento de materiais e equipamentos:
devem ser adquiridos de fornecedores tradicionais do mercado, tanto quanto possível nas proximidades da própria obra ou nos municípios vizinhos.
Operação
Uma vez concluídas as obras de implantação e
obtida a licença de operação
, pode-se dar início efetivo ao recebimento das cargas de lixo.
Deverá obedecer a um plano operacional
previamente elaborado, com as seguintes atividades:
•
Controle dos resíduos:
o veículo de coleta vai diretamente para a balança rodoviária, onde é pesado e onde são anotadas todas as informações a respeito da sua carga.
• Operações de aterro de lixo domiciliar e público
• Procedimentos operacionais
• Tratamento do chorume
• Sistema de drenagem de águas pluviais
• Drenagem de gases
• Monitoramento ambiental
• Monitoramento geotécnico e topográfico
Engloba a
execução direta
do aterro sanitário,
incluindo
o controle e a pesagem, a compactação, a execução dos sistemas de drenagem de águas pluviais, lixiviados e gases.
Rotina
Descarga do lixo:
na presença do fiscal, para controle do tipo dos resíduos.
Espalhamento do lixo:
O lixo deve ser espalhado em rampa, numa proporção de 1 na vertical para 3 na horizontal (1:3).
Recobrimento do lixo
: No final do dia, esse novo monte de lixo deverá receber uma cobertura de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima.
Cobertura diária
: com camada,
preferencialmente
, de argila de
15 a 20 cm
de espessura.
Cobertura final
: uma vez esgotada a capacidade do aterro procede-se a cobertura final com
60 cm de espessura
. Depois será plantada grama e colocada uma camada de cascalho.
Compactação do lixo:
O trator de esteira deve compactar o lixo com movimentos repetidos de baixo para cima
(3 a 5 vezes)
.
Em áreas de aterros sanitários, deve ser prevista a construção de taludes com inclinação 1:2 ou 1:3.
Monitoramento
A etapa do monitoramento inicia-se na implantação e termina
muitos anos depois de encerradas as atividades de um aterro.
Os
objetivos
de um programa de monitoramento são:
Acompanhamento do
comportamento geomecânico
e do
desempenho ambiental
do aterro.
Proposição de medidas preventivas e corretivas
, orientando os trabalhos de conservação e manutenção.
Tipos de monitoramento
Geotécnico
Permite a contínua avaliação das
condições de segurança
, além de possibilitar a contínua estimativa da vida útil dos aterros sanitários.
Elementos monitorados:
Recalques superficiais:
monitora os deslocamentos verticais e horizontais do aterro sanitário. Fornece elementos para a avaliação da estabilidade dos taludes.
Pressões nos líquidos (piezômetro) e gases (manômetro tipo padrão) no interior das células de resíduos.
Inspeções de campo:
avalia o desempenho dos elementos do aterro sanitário para evitar trincas, focos erosivos, vazamento de lixiviados.
Controle tecnológico dos materiais geotécnicos utilizados:
avalia a qualidade dos materiais utilizados nos diversos sistemas de um aterro.
Ambiental
Objetiva verificar se as
obras de drenagem e impermeabilização
cumprem com a função de isolar o entorno do aterro dos resíduos e efluentes com potencial poluidor.
Elementos monitorados:
Qualidade das águas subterrâneas:
avalia a eficiência dos sistemas de impermeabilização e drenagem de lixiviados;
Qualidade das águas superficiais;
Qualidade do ar;
Poluição sonora, ruídos ou pressão sonora;
Líquidos lixiviados;
Gases.
Hidrogeológico
Parâmetros analisados:
pH, Condutividade, DBO ou DQO, NO3 e coliformes fecais. Podendo-se fazer, eventualmente, a análise para Chumbo, Cádmio, Ferro e Manganês.
Para a localização dos pontos de amostragens de água deve-se levar em consideração a caracterização geológica e hidrogeológica da área. O estudo do comportamento das águas subterrâneas locais que permitiram caracterizar a influência do lixão sobre o aquífero freático nas suas adjacências.
Deve ter no minimo 1 poço a montante e 3 a jusante do maciço dos resíduos.
No caso do projeto do aterro sanitário constar a presença de lagoa de acumulação ou de tratamento de chorume ou outras fontes de contaminação deve ser prevista pelo menos 1 poço a jusante dessas fontes.
Caracterização inicial da qualidade da água subterrânea
Tem como objetivo obter as características desse meio anteriormente ao início da operação do aterro.
Deverá ser coletado uma amostra de cada poço de monitoramento.
Monitoramento sistemático da qualidade da água subterrânea
Deve ter frequência semestral.
Deverá ser coletada em épocas de chuvas e de estiagem.
O monitoramento deve se estender por todo o período de operação do aterro e após o seu encerramento.
O sistema de monitoramento tem o papel de acusar a influência de uma determinada fonte de contaminação na qualidade da água subterrânea.