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SERPA, Angelo - O espaço público na cidade contemporânea - 2014
Acessibilidade
Não é apenas física, mas também simbólica. p. 16
"Público" deveria ser algo de acessibilidade irrestrita e generalizada, aberto ao uso coletivo. Mas a apropriação dos espaços é seletiva e diferenciada! p. 16 Questão da sociabilidade fragmentada.
O acesso ao espaço está relacionado ao quanto eu me identifico com ele. A construção da identidade se dá através do contato com o diferente. p. 20
A relação - e acesso - ao espaço depende do quanto eu o entendo como parte representativa da minha identidade. Por isso espaços de identidade tendem a ser relativamente homogêneos. p. 20
A relação simbólica e a construção das identidades tendem a estar relacionados à capacidade de consumo e capital escolar. p. 20
Existe uma distância mais social do que física! A garantia da acessibilidade física não assegura a sua apropriação. A democratização do acesso não garante nada. p. 39 Espaço público ou a um tipo específico de público?
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Uniformização visual e funcional dos espaços públicos urbanos acabam o assemelhando a shoppings centers. Valorização do consumo como atividade de lazer. p. 25
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Projetos passam a ser assinados por escritórios famosos. Forma encontrada de valorização desses bairros. p. 26
Evitação do problema da continuidade política. Por mais que o governo passa mudar, as empresas responsáveis pela construção e manutenção das obras permanecem as mesmas. p. 27, 28.
Espaços de lazer e consumo são cada vez mais segmentados para uma determinada classe social. Sociabilidade fragmentada. A acessibilidade não generalizada, mas limitada e controlada simbolicamente. p. 36
Os modismos são artifícios para que as coisas mudem de forma, mas permanecem as mesmas. Não são mudanças para atingir um futuro, mas para permanecer no passado. p. 38
Valorização imobiliária
Papel do parque público como instrumento de valorização de áreas "em crise", decadentes. p. 41
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Promove profundas alterações no perfil populacional e da função dos bairros afetados. p. 41, 42
Esses novos parques e praças vem a coroar um processo de valorização imobiliária de áreas nobres da cidade. Melhoram a infraestrutura de bairros já bem suficientemente investidos. p. 53
Uma forma de expressar valores, para além dos limites espaciais. p. 42, 56
Esses valores estão presentes nos discursos oficiais e nas políticas públicas aplicadas a cidade. Ex: higienismo, embelezamento, pacifismo.... p. 42
Clara ligação como uma visibilidade do espaço público, gosto pelo espetáculo. Visibilidade espetacular. Grifes do espaço público. p. 43
De acordo com o seu grau de importância econômica, simbólica e política, essas intervenções tendem a se inserir mais nas lógicas do mercado mundializado. p. 43
Pequenos parques e praças não importam muito, porque eles não garantem grande visibilidade e grau de representação. p. 43
Tomar cuidado porque muito do que se fala aqui diz mais respeito aos PARQUES públicos e não ruas e praças...
Objetos de consumo!
Essas intervenções serviram como expressão de modismos, vendidos pelos administradores locais e pelos parceiros empresários. Coroa processo de segregação de qualificação urbana. p. 61, 86, 90, 96
Os projetos em si não são o problema, mas sim os discursos e as políticas urbanas envolvidas na origem desses projetos. p. 62
Visibilidade
Todas as intervenções (parques públicos) representam alegorias dos tempos e dos poderes que os conceberam. p. 69
Discurso e forma
Os parques públicos estão ligados a uma vontade política. A sua história sempre começa com uma vontade política. Eles são a tradução de uma demanda política p. 70, 71
Eles são signos dos poderes que os construíram. É uma forma de encenação do poder. p. 70, 73
Quando um discurso passa a tomar forma, é possível notar uma diferença entre a ideia original e os projetos. p. 73
Os projetos dos grandes parques acabam sendo pensados por arquitetos de renome ou por escritórios de prestígio. p. 71
Os usuários não são objeto de grande interesse por parte dos agentes que viabilizam a implantação dos parques. As apropriações espontâneas não são respeitadas/consideradas. p. 76
Conflitos de usos entre os usuários. O que era previsto que acontecesse não é o que de fato acaba acontecendo. p. 78, 79.
Privatização
O espaço público entendido como extensão do espaço doméstico/privado. Ele não é compartilhado, mas dividido entre os usuários. p. 87
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Os valores econômicos, não muito "simpáticos" para o público são os que mais determinam a vontade política de realizar os parques. p. 84, 85
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