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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS-ISTs, Grupo B- Referencias: Uptodate,…

- - - - Epidemiologia: A causa mais comum de úlcera genital é a herpes
        genital, principalmente pelo sorotipo HSV-tipo2.
      - A transmissão ocorre
        por contato sexual vaginal, oral ou anal pela mucosa ou lesão infectante
      - Agente: Herpes simplex vírus (HSV-
        -tipo 1 e HSV-tipo 2).
      - Cerca de 50-90% dos adultos têm
        anticorpos circulantes contra HSV-tipo1; e 20-30% contra HSV-tipo2.
      - Pacientes portadoras de HSV-tipo 2
        têm mais chance de contrair o vírus HIV
      - Muitas pacientes são portadoras
        assintomáticas do vírus, porém contaminantes
      - Classificação:
        
        Primoinfecção herpética: Geralmente subclínica e a paciente torna-se assintomático. quando sintomático período infecção 4,7 dias. Lesões eritematopapulosas de 1 a 3 mm em pequenos lábios, clitóris, grandes lábios ou fúrcula vaginal evolui para ulcera. Sintomas: febre, mal estar, mialgia.
        
        Herpes recidivante: 90 – 60% dos pacientes tem recidiva em 1 ano por reativação dos vírus, com nervos periféricos e promovem erupções em pele e mucosa. Sintomas: aumento da sensibilidade, prurido, queimação e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital.
      - As lesões herpéticas são caracterizadas por:
        
        Vesículas agrupadas sobre uma base eritematosa,
        
        Evoluem para pequenas úlceras arredondadas, dolorosas, com bordas lisas.
        
        São recobertas por crostas sero-hemáticas até a cicatrização. A lesão tem regressão espontânea em 7-10 dias.
    - - Agente Etiologico: Treponema pallidum, bacteria gram-negativa, espiroquetas.
      - Transmissão: principalmente sexual, lesões ativas e via hematogênica( congênita)
      - Epidemiologia: O Brasil aumentou consideravelmente, 2016, 42,5 casos para 100 mil hab.
      - Classificação
        
        Sífilis primaria: Crancro duro, período incubação 10-90 dias: Lesão única, indolor com bordas bem delimitada, base endurecida, fundo limpo e de coloração rosa avermelhada. Pode se localizar na vulva, mucosa vaginal e anal. A linfoadenopatia é regional unilateral, múltipla, indolor, não suporativa e sem sinais flogismo.
        
        Sifilis Secundaria: Entre 4-8 semanas após o aparecimento do cancro primário os sinais e sintomas se desenvolvem: mal-estar, febre, cefaleia, odinofagia e outras queixas sistêmicas. 80% dos pacientes apresentam lesões cutâneas ou mucocutâneas, bastante variadas. São lesões disseminadas, simétricas róseas, acobreadas ou vermelho-escuras, não pruriginosas, são polimórficas arredondadas e deixas pigmentação residual; Apresenta exantema morbiliforme não pruriginoso. Lesões papulosas palmares
        
        Sífilis terciaria: Surge após 2-40 anos da infecção. Apresenta manifestações cutâneas (lesões gomosas e nodulares), neurológicas (tabes dorsalis, parestesia generalizada, meningite) , ósseas e cardiovasculares.
        
        Sifilis latente: Evolui sem sintomatologia, apenas com sorologia positiva, recente até 1 ano de evolução, tardia mais de uma 1, ou indeterminada quando não se sabe a evolução.
      - Diagnóstico: microscopia de campo escuro é o padrão ouro, raramente disponível. Faz raspagem da lesão primaria e com isso faz-se a pesquisa (treponema)
        
        Testes não treponêmicos: VDRL, fica positivo de 2 a 3 semanas após o aparecimento do cancro. Se postivo faz-se teste treponêmico (FTA-ABS) alta sensibilidade e especificidade.
        
        Testes treponêmicos: detectam anticorpos contra o treponema. Teste rápido, utilizado como exame de triagem
      - Tratamento
        
        Sífilis terciária ou latente tardia/ indeterminada: Penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, IM, 1,2 em cada nádega, semanal por 3 semanas ou Doxiciclina 100mg 12/12h, por 30 dias/ ceftriaxona 1g, IV ou IM 1x ao dia 8-10 dias,
        
        Neurossífilis - Penicilina G cristalina, 18-24 milhoes UI/ dia, IV, 3-4 milhões de UI a cada 4h infusão continua. 14 dias / ceftriaxona 1-2g/dia via EV ou IM por 10-14 dias.
        
        Sífilis primaria, secundaria e latente- Penicilina G benzatina 2,4 milhões de UI, IM, 1,2 em cada nádega dose única. Alternativas:
        Doxiciclina 100mg 12/12h, por 15 dias/ ceftriaxona 1g, IV ou IM 1x ao dia 8-10 dias, azitromicina 2G via oral dose única
        
        O tratamento do parceiro sexual segue a recomendação da sífilis primaria.
    - - Agente Etiológico: Klebsiella granulomatis
      - Características
        
        Lesões únicas ou múltiplas, granulomatosas e ulcerovegetantes em região genital, inguinal e perianal. São altamente vascularizadas e sangram facilmente
        
        Evolução lenta, progressiva, indolor e
        sem linfadenopatia regional
        
        Período de incubação em torno de
        50 dias, variando de 3 dias a 6 meses.
      - Diagnóstico: clínico
        
        *Visualização dos corpúsculos de Donovan (inclusões bacterianas no interior de macrófagos) em material de biópsia.
      - Tratamento
        
        Com duração de 3 semanas ou até a regressão das lesões
        
        1ª opção: Doxiciclina 100mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas
        
        Em gestantes: Esterato de Eritromicina ou Azitromicina
    - - Agente etiológico: Chlamydia trachomatis
      - Causa lesão cutânea pequena e muitas vezes assintomática, seguida por linfadenopatia regional na virilha ou pelve. Sem tratamento pode causar obstrução linfática e edema crônico dos tecidos genitais.
      - O diagnóstico é clínico, mas a confirmação laboratorial, com sorologia ou teste de imunofluorescência, em geral é possível.
      - O tratamento é feito com tetraciclina ou eritromicina durante 21 dias.
      - Sistema linfático
    - - Agente etiológico: Haemophilus ducreyi
      - Caracterizada por multiplas pápulas, úlceras dolorosas hiperemiado e aumento dos linfonodos inguinais, provocando supuração.
      - O diagnóstico é geralmente clínico em razão da dificuldade de se cultivar o microrganismo.
      - O tratamento é feito com um macrolídio (azitromicina ou eritromicina), ceftriaxona ou ciprofloxacino.
- - - - Não ocorre desenvolvimento de lesão.
      - Podem apresentar posteriormente ao período de latência condilomas ou alterações celulares de colo uterino.
      - Diagnóstico ocorre apenas por meio de exames de biologia molecular. (detecção do RNA viral)
    - - Micro-lesões diagnosticadas por meio de exame de Papanicolau e/ou colonoscopia
      - Lesões acetobrancas
    - - Forma mais comum de apresentação do HPV.
      - Denomina-se condiloma acuminado (verruga).
      - Característica da lesão: aparente, vegetativa, sessies, vascularizadas e com múltiplas projeções papilares.
      - Localizadas principalmente em região fúrcula, grandes e pequenos lábios, região perineal e perianal.
      - Biópsia recomendada em casos de condiloma acuminado atípico ou quando não se existe resposta ao tratamento.
  - - - Fibroma vulvar, pólipos fibroepiteliais, molusco
        contagioso, papilomatose vulvar não viral, papiloma sifilítico, líquen plano, NIV ou carcinoma invasor.
  - - - Podofilotoxina - restrito a lesões de pele
      - Ácido tricloroacético (ATA) - gestantes
      - 5-fluorouracil
      - imunoterapia: interferons, retinoides, imunomoduladores tópicos.
- - - - Acomete mais mulheres que homens por serem assintomáticas
    - - Cervicite mucopurulenta
        
        Mucosa edemaciada, hiperemiada e sangrativa ao toque da espátula
        
        Leucorreia purulenta
      - DIP (Doença Inflamatória Pélvica)
      - Disúria
      - Dispareunia (dor durante o ato sexual)
      - Uretrite gonocócica
      - Faringite gonocócica presente em 5 a 20% dos casos
    - - Bacterioscopia-gram negativa
      - Cultura da secreção endocervical em meio de Thayner-Martin
      - PCR
    - - Ceftriaxone 250-500mg, intramuscular dose única
    - - É anual para mulheres com vida sexual ativa com menos de 25 anos ou parceiros com alto risco para infecção (parceiro recente, múltiplos parceiros ou parceiro com uretrite) e em casos de diagnóstico de IST prévia ou recebente.
  - - - Bactéria gram negativa intracelular obrigatória
    - - Idade menor que 25 anos
      - Multiplicidade de parceiros ou parceiro novo nos últimos 90 dias
      - Uso inconsistente de métodos de barreira
      - Ectopia de colo uterino
      - Menor nível de escolaridade e socioeconômico
      - História de IST prévia
    - - Novo parceiro em 90 dias/ uso inadequado de preservativo/ IST
        prévia ou atual
      - Ectopia hipertrófica friável/ muco endocervical turvo em primeira fase do ciclo
      - Mulheres sexualmente ativas com menos de 25 anos
      - História/ investigação de infertilidade
      - Gestantes
      - Parceiro com secreção uretral ou história de uretrite/epididimite
    - - Dispareunia
      - Dor à mobilização de colo uterino ao exame especular
      - O período de incubação dura de 6 a 14 dias
      - Corrimento amarelado ou claro
      - Sangramento espontâneo ou durante as relações sexuais
      - Cervicite
      - Doença inflamatória pélvica (DIP) e hidrossalpinge
      - Salpingite
    - - Dor crônica na região pélvica
      - Gravidez tubária (quando ocorre nas trompas)
      - Infertilidade
      - Complicações na gestação
    - - Gravidez tubária (que ocorre nas trompas)
      - Aborto espontâneo
      - Inflamação da camada interna do útero (endometrite)
      - Parto precoce (com risco de parto antes das 37 semanas de gravidez)
      - Infecção pós-parto (se a clamídia for contraída durante a gestação)
    - - Clínico
      - Laboratorial
        
        DNA (PCR)
        
        Captura híbrida ou teste rápido por PCR real time
        
        Secreção uretral ou endocervical
        
        Exame de urina de (primeiro jato)
        
        Testes de amplificação de ácido nucleico (NAAT)
    - - Antibióticos
        
        Azitromicina
        
        Doxiciclina
        
        Levofloxacino
        
        Ofloxacina
      - Em gestantes
        
        2ª Amoxicilina
        
        1ª Azitromicina
        
        3º Estereato de eritromicina
  - - - Mycoplasma hominis
      - Mycoplasma pneumoniae
      - Ureaplasma urealyticum
      - Mycoplasma genitalium
    - - O M. hominis faz parte da flora vaginal e uretral de 20 a 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos.
      - As mulheres são mais susceptíveis à colonização, enquanto os homens são mais assintomáticos
      - Responsável por 1 a 6% das infecções nas mulheres.
    - - Sinurragia
      - Cervicite
      - Sangramento de escape
      - Endometrite
      - Febre incidiosa ou persistente
      - Pielonefrite após cateterismo uretral ou citoscopia
    - - PCR
    - - Axitromicina 1g, via oral, dose única
      - Azitromicina 500mg, via oral, no primeiro dia, seguido de 250mg/dia por 4 dias
- - - - Corresponde a 20% dos casos de corrimento vaginal.
      - Geralmente está associada a outra IST e facilita a infecção por HIV
      - Está relacionada a atividade sexual desprotegida, não estando ligada a outros fatores
    - - Na maioria dos casos a mulher é sin- tomática. Já os homens são na maioria dos casos assintomáticos, funcionando como vetores, mas podem também desenvolver quadro de uretrite não gonocócica, epididimite ou prostatite
      - As características do corrimento são amarelo ou amarelo-esverdeado, abundante, fétido e bolhoso.
      - apresenta ardência, edema e hiperemia. - pode ocorrer disúria, polaciúria e dor pélvica.
      - Na colposcopia, ou raramente a olho nu, é visualizada a colpite focal ou difusa em “colo de framboesa”, característica da tricomoníase
    - - CLINICO
        
        Pode-se realizar medida do pH vaginal, teste de Whiff e microscopia a fresco do fluido vagina
        
        O pH vaginal, normalmente, é igual ou superior a 5
        
        Teste de Amplificação do Ácido Nucleico (NAAT), é exame mais sensível e específico disponível.
    - - Teste de Amplificação do Ácido Nucleico (NAAT), é exame mais sensível e es- pecífico disponível.
      - O tratamento do parceiro ocorre da mesma forma e abstinência sexual durante o tratamento é obrigatório.
  - - - Corrimento branco,grumoso e com aspecto de "leite coalhado"
    - - Presença de prurido vaginal e eritema vulvar
      - diagnostico por meio da bacterioscopia , com a visualização de leveduras e a Presença de pseudo-hifas e teste de pH vaginal<4,5
    - - epidemiologia
        
        A relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses microrganismos podem fazer parte da flora.endógena em até 50% das mulheres assintomáticas. Cerca de 80% a 90% dos casos são devidos à C.albicans e de 10% a 20% a outras espécies (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis
    - - Prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável)
      - Disúria,Dispareunia
      - Hiperemia;
      - Edema vulvar
      - Fissuras e maceração da vulva
      - Placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina e colo uterino
    - - Gravidez
      - Diabetes mellitus (descompensado
      - Obesidade
      - Uso de contraceptivos orais
      - Uso de antibióticos, corticoides, imunossupressores ou quimio/radioterapia
      - Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor loca
      - Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou desodorantes íntimos)
  - - - geralmente branco-acizentado, de aspecto fluido ou cremoso, as vezes bolhoso e fétido "odor de peixe podre"
      - Corrimento vaginal fétido, mais acentuado após a relação sexual sem o uso do preservativo, e
        durante o período menstrual.
      - pode ocorrer Dor à relação sexual mas é (pouco frequente)
    - - Teste de Whiff ou teste da amina (KOH 10%) positivo
      - pH vaginal > 4,5;
      - Presença de clue cells na bacterioscopia corada por gram
      - Corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável.
      - Odor característico**
    - - epidemiologia
        
        É a causa mais
        comum de corrimento vaginal, afetando cerca de 10% a 30% das gestantes e 10% das mulheres atendidas na atenção básica. Em alguns casos, pode ser assintomática.
    - - É caracterizada por um desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com diminuição acentuada
        ou desaparecimento de lactobacilos acidófilos (Lactobacillus spp) e aumento de bactérias anaeróbias.
    - - aumenta o risco de aquisição das IST (incluindo o HIV), e pode trazer
        complicações às cirurgias ginecológicas e à gravidez (associada com ruptura prematura de membranas, corioamnionite, prematuridade e endometrite pós-cesárea.
  - - - A investigação da história clínica deve ser minuciosa, com informações sobre comportamentos e práticas sexuais, características do corrimento, consistência, cor e odor, data da última menstruação, práticas
        de higiene, agentes irritantes locais, medicamentos tópicos ou sistêmico
        
        Todos os casos de corrimento vaginal são considerados como ITR. Entre elas, somente a tricomoníase
        é considerada uma IST(Infecção do trato reprodutivo)
        
        As causas não infecciosas do corrimento vaginal incluem: material mucoide fisiológico, vaginite,alérgicas ou irritativas (sabonetes, perfumes, látex) ou doenças da pele (líquen simples crônico, psoríase).
  - - - A DIP, geralmente, ocorre em duas etapas. Na primeira etapa,infecção vaginal ou cervical, podendo a paciente permanecer assintomática. Normalmente a segunda, corresponde à ascensão desses microrganismos patogênicos.
      - Os microrganismos, ao atingirem as tubas uterina, promovem uma intensa reação inflamatória, podendo levar a formação de aderências na superfície tubária, e resultar em oclusão tubária ou formação de periooforite, podendo resultar também em abcessos na cavidade peritoneal, no fundo de saco de Douglas
    - - Deve ser tratado como diagnóstico diferencial de mulheres com dor abdominal inferior,Para o diagnóstico clínico de DIP, deve-se estar presente três critérios maiores e um critério menor; ou então presença de um critério elabora
      - pode-se realizar a solicitação de alguns exames, dependendo do quadro clínico e das suspeitas, como hemograma completo, VHS ou PCR, bacterioscopia, cultura e antibiograma de material cervico-uterino, ecografia abdomino-pélvica ou RM, radiografia simples de abdome, laparoscopia, EAS e uricultura, teste de gravidez
    - - Classificação de Monif
        
        Estágio I: Mulheres com endometrite e salpingite aguda sem peritonite
      - Estágio II: Mulheres com salpingite e peritonite