REPRESSÃO TRANSCRICIONAL: pode ocorrer por dois mecanismos. Para que ocorram, os fatores de transcrição precisam se associar para chamar a RNA polimerase para fazer a transcrição do gene. Quando tem a presença de 5-metilcitosina ela própria consegue inibir a união de certos fatores de transcrição, que possuem sequências CpG em seus sítios de reconhecimento, com isso não vão conseguir chegar até a região promotora para iniciar a transcrição. É uma inibição quase que física. O fato de ter várias citosinas bloqueia os fatores de transcrição a se ligarem ali. Ou ainda a citosina metilada pode atrair proteínas ou alguns complexos que vão remodelar a cromatina, que vão condensar a cromatina, e por causa disso os fatores de transcrição não conseguem se ligar ali. É isso que é visto no X frágil, onde tem aquela expansão de nucleotídeos lá no início do gene, que era ainda na região não traduzida, mas tinha Cg, então ela era altamente metilada e isso não deixava aqueles genes serem expressos. Pode ser tanto um bloqueio direto dos fatores de transcrição, quanto o recrutamento de outras proteínas que vão remodelar a cromatina e bloquear a união dos fatores de transcrição. O padrão de metilação tem que ser estável, herdável, é observado como próprio em algumas espécies e em alguns tecidos específicos. Esse padrão vai deixar alguns genes ativos, alguns genes inativos e vai silenciar aqueles elementos repetitivos. Vai precisar ser reprogramado nas células geminais, durante o desenvolvimento embrionário, nesse estágio vai acontecer metilação de novo, sempre que tem esse “de novo” significa que é uma metilação nova. A distribuição genômica de DNA metilado é capaz de sofrer modificações, tanto em relação ao ambiente ou ao estágio de desenvolvimento. Algumas regiões do nosso genoma passam a ser mais metilado com o passar dos anos e alguns lugares passam a ser menos metilados, e isso é normal. Entretanto, se for alterado esse padrão que era esperado pelas influencias ambientais é aí que pode ter problemas relacionados às doenças.