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OSTEONECROSE ASSOCIADO A BISFOSFONATO - Coggle Diagram
OSTEONECROSE ASSOCIADO A BISFOSFONATO
Características necessárias para diagnóstico
Osso exposto na região maxilofacial por não mais de 8 semanas
Ausência de história de radioterapia ou doença metastática óbvia nos ossos gnáticos
Tratamento atual ou prévio com antirreabsortivos ou antiangiogênicos
Medicamentos associados
Antiangiogênicos
Inibidores de tirosina-quinase (Sunitinib e Sorafenib)
Anticorpo monoclonal que inibe o fator de crescimento endotelial vascular - Bevacizumab (Avastin)
Biosfonatos
Antineoplásico Denosumab (Xgeva - injeção a cada 4 semanas)
Aminobisfosfonatos para osteoporose (Actonel, Atelvia, Boniva, Alendronato de sódio - VO semanal , Acido zoledrônico - IV anual - muito incomum ter casos relacionados (1:10.000)
Aminobisfosfonatos antineoplásicos (Zometa (ácido zoledrônico - potência de 100.000), Aredia (pamidronato - potência de 100), Boniva - IV a cada 4 semanas)
Denosumab para osteoporose (Prolia - injeção a cada 6 meses)
São comumente usados para tratar osteoporose ou neoplasias malignas (mieloma múltiplo, câncer de mama e de próstata); Menos comumente para doença de Paget, osteogênese imperfeita, artrite reumatóide e tumores das células gigantes.
Cicatrização óssea normal precisa de BMU - unidade básica multicelular.
Os osteoclastos são responsáveis pela sinalização necessária para participação dos outros componentes celulares
Seu comprometimento altera, além da reabsorção, a deposição do novo osso lamelar (osteoblastos) e angiogênese (suprimento vascular local)
Incidências
Mais comum (83%) ocorrer com formulações IV para câncer (principalmente pamidronato e ácido zoledrônico -> aminobisfosfonato), sendo que 43% tinham mieloma múltiplo.
A mandíbula é mais atingida (65%), depois a maxila (27%) e então outros ossos gnáticos.
A maior parte dos casos (67%) ocorreu após exo, surgindo espontaneamente em 26% e o restante após um pequeno trauma.
Quando há exposição óssea, a maioria (66%) relatam dor; 16% eram assintomáticos e 18% tinham envolvimento extenso
Fatores de risco
Uso de corticosteróides
Uso de drogas quimioterápicas
Idade avançada (+ de 65 anos)
Diabetes
Tabagismo ou etilismo
Higiene oral deficiente
Uso da droga por + de 3 anos
Radiograficamente: antes da necrose clínica, se apresenta como uma radiopacidade aumentada - principalmente em áreas de elevada remodelação óssea, como crista alveolar. Pode haver hiperplasia periosteal e, em casos + graves, a necrose aparece como uma área radiolúcida mal definida com ou sem sequestro ósseo. Clinicamente, pode háver desenvolvimento de fístula ou fratura.
Características histopatológicas: trabéculas de osso lamelar esclerótico, perda de osteócitos de suas lacunas e frequente reabsorção periférica com colonização bacteriana.
Tratamento depende da formulação da droga, da doença em tratamento e da duração do uso da droga.
Pacientes com câncer avaliados antes do inicio da terapia com o medicamento: melhorar a saúde dentária e prevenir procedimentos futuros que intervenham no osso.
Quando são necessárias cirurgias, adiar por alguns meses + antibióticoterapia profilática
Quando apenas tratamentos não invasivos são recomendados, não é necessário adiar o inicio do tratamento com medicamento
Pacientes com câncer e fazendo uso dos medicamentos: evitar manipulação óssea, se possível.
Quando for necessária cirurgia, utilizar terapia antibiótica profilática 1 dia antes + 3 dias após o procedimento.
Pacientes com necrose: minimizar a dor.
Sintomáticos: usar antibióticoterapia + bochechos com clorexidina normalmente melhoram a dor. Caso não, considerar antibióticoterapia IV.
Casos refratários: debridar todo o osso necrótico + antibióticos.
Assintomáticos: realizar bochechos diários de clorexidina e ser monitoriado de perto.
Pacientes que usam bifosfonatos para osteoporose: prevenção.
Quando for realizar cirurgia, suspender a droga 3 meses antes e 3 meses após o procedimento nos pacientes que façam uso de bifosfonatos há >4 anos, ou que usem também corticoides sistêmicos ou antiangiogênicos.
Procedimentos não invasivos podem ser realizados. Ortodontia deve ser reavaliada a cada 3 meses para ver o progresso.