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T6M9-Gabriela Pellisari, Câncer Broncopulmonar, Pedro, 62 anos, pedreiro,…
T6M9-Gabriela Pellisari
Câncer Broncopulmonar
Etiopatogênia
derivam de uma célula epitelial multipotente capaz de expressar fenótipos variados. Somente células capazes de se dividir são potencialmente suscetíveis de sofrer alterações proliferativas que podem resultar em lesões
A cada inalação da fumaça do cigarro existem 4000substancias.
Os hidrocarbonetos estão mais associados com o carcinoma epidermoide pelo tamanho das partículas, que facilitam a deposição em brônquios proximais.
As nitrosaminas são menores, favorecendo a deposição em bronquíolos terminais e gerando adenocarcinoma.
Em fumantes, transversões de guanina para timina são atribuídas a carcinógenos contidos no tabaco, como o benzopireno; tais mudanças são suficientes para transformar o proto-oncogene em oncogene RAS.
→ Os principais oncogenes relacionados ao ca de pulmão são K-ras, myc, HER2/neu, e BCL-2.
→ Os principais genes supressores de tumor mutados são p53, RB e 3pPAT.
Epidemiologia
-É o segundo mais comum entre homens e mulheres, sem contar o câncer de pele não melanoma.
-85% dos casos está relacionado ao tabagismo
Estimativa de novos casos para 2020: 30200
Mortes em 2017: 27.931
Não pequenas células subtipos (80-85%): Adenocarcinoma 40-45%, carcinoma epidermóide 30%, e grandes células 10-15%
Carcinoma de Pequenas células (20%)
Carcinoma de células não pequenas
Carcinoma epidermoide
Tumor de localização central, afeta grandes bronquios
Macroscopia:desde pequena lesão endobronquica obstrutiva até grandes massas que sofrem cavitação e hemorragia pela necrose frequente
Histologia: cel epiteliais com pontes intercelulares, queratinização individual ou em forma de pérolas corneas
núcleo hipercromático e escasso citoplasma na periferia e células poligonais com citoplasma amplo e eosinofílico no centro.
é o mais associado ao fumo
Adenocacinoma
Tumor de localização peroférica
A maioria dos adenocarcinomas origina-se nas vias respiratórias periféricas, a partir das células de Clara (células epiteliais colunares não ciliadas) ou de pneumócitos do tipo II.
Macroscopia: trata-se de lesão com superfície de corte homogênea, sólida e de coloração marfim, às vezes com aspecto translúcido devido à produção de muco.
Histologia: apresenta diferenciação glandular e produção de mucina, podendo ser dividido nos seguintes padrões: (a) acinar (b) papilífero (c) carcinoma sólido com formação de muco; (d) carcinoma bronquioloalveolar.
Carcinoma bronquioalveolar
tumor origina-se em bronquíolos ou alvéolos e aparece tanto em indivíduos jovens como em idosos, com preferência para o gênero feminino.
lesão tem localização predominantemente periférica, subpleural, não se associa a segmento brônquico e caracteriza-se pela tendência a formar grandes massas com áreas de necrose e hemorragia.
grandes células contendo grandes núcleos centrais, nucléolo evidente, citoplasma abundante e membrana celular em geral bem definida
considerado um adenocarcinoma bem diferenciado com crescimento ao longo dos septos alveolares e disseminação aérea.
Carcinoma de células grandes
A lesão tem localização predominantemente periférica,
subpleural, não se associa a segmento brônquico e caracteriza-se pela tendência a formar grandes massas com áreas de necrose e hemorragia.
grandes células contendo grandes núcleos centrais de forma oval ou poligonal, com nucléolo evidente, citoplasma abundante e membrana celular bem definida
possui outras variantes: carcinoma de células claras, carcinoma de células grandes com diferenciação neuroendócrina, carcinoma sarcomatoide.
Carcinoma de células pequenas (oat-cell)
possuem localização central
tumores com citoplasma escasso, e pequeno núcleo hipercromático
é altamente maligna e a que tem o pior prognóstico entre os tumores pulmonares
frequentemente já apresenta metástases linfonodais e na medula óssea.
pode produzir e secretar ACTH, serotonina, hormônio antidiurético, calcitonina, estrógenos e hormônio do crescimento, resultando em diversas manifestações paraneoplásicas
Diagnóstico
Com base em manifestações clínicas (tosse, perda de peso, dor torácica, dispneia) e em exames complementares como raio-X, tomografia computadorizada, imunohistoquimica, broncoscopia com biópsia e/ ou lavado broncoalveolar e exame citológico do escarro ou de material obtido por punção aspirativa.
Tratamento
Não pequenas células
sempre que possível ressecção + QT adjuvante
○ Estágio Ia (T1N0M0 = NPS + caract malignidade) " Ressecção
○ Estágio Ib ou II " ressecção + QT
○ Estágio IIIa: ressecção + QT ou QT + RT (se irressecável, ou seja, T4, N3, M1)
○ Estágio IIIB: QT+ RT
○ Estágio IV: QT paliativa
Pequenas Células
○ Limitado: QT + RT cura 15-25%
○ Extenso: QT paliativa
Pedro, 62 anos, pedreiro, fumante
Tosse há varios meses, dispneia, fadiga, perda de peso, dores lombares e coceira corporal.
Recuperação recente de pneumonia
exame radiológico do tórax: massa tumoral central no pulmão direito e linfadenomegalias hílares.
Biópsia: Carcinoma epidermoide
estadiamento e pesquisa de metastase
Sobrevida
A taxa de sobrevida é utilizada pelos médicos como uma forma padrão para discutir o prognóstico de um paciente.
A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença.
A sobrevida relativa para todos os cânceres é de aproximadamente 50% em cinco anos
A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres)
Cuidados Paliativos
Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradaveis
Integrar aspectos psicológicos no cuidado ao paciente
Não acelerar nem adiantar a morte
Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver o mais ativamente possivel
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Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da vida
Oferecer sistema de suporte aos familiares durante a doença do paciente e o luto.
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Estadiamento
O estadiamento é utilizado para nortear o tratamento e estimar o prognostico do paciente.
Câncer pulmonar
Tx...........Tumor provado pela presença de células neoplásicas nas secreções broncopulmonares ou em lavados broncoalveolares, porém não identificado pela radiografia ou broncoscopia, ou qualquer tumor que não possa ser localizado.
T0...........Nenhuma evidência de tumor primário.
T1s..........Carcinoma in situ.
T-1..........Tumor com menos de 3cm no seu maior diâmetro, circundado por pleura ou tecido pulmonar em toda a sua extensão, sem evidência de invasão proximal a um brônquio lobar ao exame endoscópico.
T-2..........Tumor com qualquer das seguintes características: Mais de 3cm no maior diâmetro; Invade a pleura visceral; Provoca atelectasia ou pneumonite crônica obstrutiva;
T-3..........Tumor de qualquer dimensão, com: Invasão direta da parede torácica, do diafragma, do pericárdio ou pleura mediastinal, sem invadir estruturas viscerais, grandes vasos ou corpo vertebral;
T-4..........Tumor de qualquer tamanho invadindo mediastino, comprometendo coração, grandes vasos, traquéia, esôfago, corpo vertebral ou carina, ou tumores de qualquer dimensão, acompanhados de derrame pleural com citologia positiva.
Nx..........Metástases linfonodais não demonstráveis
N-0..........Ausência de metástases linfonodais.
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M x..........Metástases não demonstradas.
M-0..........Ausência de metástases.
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Manifestações clínicas
Principais sintomas são: tosse, hemoptise, dispneia, dor torácica, sibilancia, pneumonite obstrutiva e cavitação.
Tumores mais centrais cursam com mais com tosse, hemoptise e sibilos.
Tumores periféricos também cursam com tosse e apresentam mais dor torácica.
Sinais clínicos que indicam neoplasias
O câncer também pode causar sintomas inespecíficos
Isso ocorre porque as células cancerígenas consomem grande parte do suprimento de energia do corpo ou secretam substâncias que afetam a maneira como o corpo produz a energia que recebe dos alimentos. O câncer também pode fazer com que o sistema imunológico reaja de maneira a causar esses sinais e sintomas.
Perda de peso inexplicável, Febre, Fadiga, dor, alterações na pele, alteração no movimento intestinal, alteração na função da bexiga, feridas que não cicatrizam, Manchas brancas na boca, sangramento, endurecimento ou massa
Síndromes Paraneoplásicas
Manifestações endócrinas: Por desrepressão de certos genes, células tumorais passam a produzir hormônios não sintetizados no órgão de origem do tumor. Por esse motivo, fala-se em produção ectópica de hormônios.
Alterações hematológicas
Alguns tumores conseguem produzir eritropetina, gerando eritrocitose
Anemia: há causas aparentes (destruição medular por infiltração neoplásica, carência nutricional relacionada com caquexia, perdas sanguíneas por hemorragias etc.), mas em muitos casos não se consegue estabelecer um fator causal para a anemia.
Células neoplásicas ou produtos de sua destruição contêm diversos fatores pró-coagulantes que favorecem a formação de trombos
Neuromuscular: Podem surgir sinais e sintomas de degeneração cerebelar, demência, neuropatia periférica e manifestações semelhantes às da polimiosite e miastenia gravis. Os mecanismos responsáveis por esses quadros são desconhecidos
Sindromes comuns no câncer de pulmão
-Pequenas células: SIAD(sindrome da secreção inapropriada de hormonio antidiuretico), Cushing, sind neurologicas (eaton-lambert, encefalopatia limbica…)
Sindrome de Trousseau: hipercoagulabilidade com tromboflebite superficial migratória
Cushing: as células tumorais produzem ACTH ou peptídeos com atividade biológica semelhante, o que gera estimulação excessiva do cortex suprarrenal
-Adenocarcinoma: osteoartropatia hipertrófica
-Epidermoide: Hipercalcemia
devida à produção de substâncias químicas com ação biológica semelhante à do paratormônio, levando à reabsorção ossea e aumento de calcio sérico
Retirou dois lipomas no abdome e dorso, e um adenoma intestinal
Nomenclatura de neoplasias
Exceções tumores malignos: Melanoma e linfoma
Neoplasias malignas:
Quando derivados de tec de revestimento recebem sufixo "carcinoma"
Quando derivados de tec. conjuntivo recebem sufixo "sarcoma"
exemplo: osso -> osteossarcoma
Neoplasias Benignas: nome do tecido que os compõe + sufixo “OMA”
Exemplo: osso -> osteoma
Fatores de risco CA de pulmão
O tabagismo é a principal causa
Fumantes passivos, exposição ocupacional a agentes quimicos e físicos, doenças pulmonares, radioterapia na regiao do tórax, genero e raça, predisposição genética