Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
FARINGOAMIGDALITE - Coggle Diagram
FARINGOAMIGDALITE
patogenia
estimulação antigênica bacteriana constante (imunodepressão local das amígdalas)
edema do córion amigdaliano em indivíduos atópicos (aumento da suscetibilidade a infecções)
combinação de aeróbios e anaeróbios (aumento da virulência)
criptite crônica (diminuição da penetração de ATB)
MO produtores de B-lactamase (impede ação de penicilina)
queratinização da mucosa (altera as funções das criptas e facilita infecção)
classificação
sinais e sintomas gerais: odinofagia, febre alta, calafrios, comprometimento do estado geral, astenia, mialgia, cefaléia, artralgia, otalgia reflexa, aumento de linfonodos cervicais
forma eritematosa: hiperemia difusa e aspecto congesto da mucosa faríngea, com ou sem exsudato esbranquiçado (sinal de causa viral). Dura 3-7 dias normalmente sem complicações. Não é possível diferenciar exsudato viral de bacteriano (mesmo quadro). No sarampo, também apresenta manchas de Koplik (pontilhado branco-amarelado na mucosa jugal antecedendo o exantema). Escarlatina: bactéria produz toxina eritrogênica que pode causar vasculite sistêmica; língua em framboesa 24h antes do exantema escarlatiniforme; quadro clínico variado (de forma simples eritrematosa até forma grave úlcero-necrótica)
forma eritêmato-pultácea: exsudato esbranquiçado purulento nas criptas e na superfície das tonsilas palatinas. Agentes: SBHGA, H. influenzae, S. aureus. Amigdalite estreptocócica é a forma mais comum em crianças de até 12 anos. Mononucleose (EBV): forma eritematosa ou eritêmato-pultácea, com estomatite e enantema no palato, adenomegalia cervical bilateral, hepatoesplenomegalia; hipertrofia das tonsilas palatinas causa obstrução das vias aéreas superiores; diagnóstico: clínica (não responde a ATB) e sorologia
forma pseudomembranosa: formam placas (pseudomembranas brancas brilhantes, sangram quando retiradas) aderidas às amígdalas que invadem o palato e a úvula. Diagnóstico com difteria (rara por causa da vacinação) e infecção estreptocócica. Pescoço taurino (linfadenite cervical), endotoxinas (danos nos órgàos)
forma ulcerosa
superficiais (erupção vesiculosa): angina herpética e herpangina. Início semelhante ao da eritematosa, acomete crianças até 5 anos, dura 7-10 dias e o tratamento é sintomático. Na herpangina as vesículas se rompem e ulceram
profundas (necrose): angina de Plaut-Vincent, quadros associados a hematopatias, tuberculose e sífilis. febre baixa, odinofagia, halitose, amigdalite úlcero-necrosa com adenopatia. Avaliação laboratorial em quadros recorrentes para investigar imunodeficiência
formas crônicas favorecem formação de caseo (restos alimentares+cristais de colesterina+descamação epitelial+leucócitos degenerados), podendo haver encapsulação e formação de vários cistos
faringoamigdalite infecciosa é mais comum após o primeiro ano de idade, com aumento significativo e progressivo da incidência após os 2 anos
associada a alergias
épocas frias
idade pré-escolar e escolar
forma viral mais comum em crianças pequenas
etiologia
viral (75%):
adenovírus
, influenza, EBV, enterovírus e herpes simples
bacteriana: estreptococos, estafilococos, mycoplasma, clamidia
formas recorrentes podem ser polimicrobianas
Streptococcus viridans
pode ter função protetora (competição com outros MO) em indivíduos saudáveis
classificação
recorrentes (5-7 infecções em um ano ou 4 infecções por ano por 2 anos seguidos)
crônicas (forma obstrutiva por hipertrofia do tecido amigdaliano/forma críptica com formação de caseo)
agudas (processo infeccioso agudo)
anel linfático de waldeyer: amígdalas palatinas, amígdala faríngea, tecido linfático peritubário, amígdalas linguais e granulação para-faríngea
coleta de informação antigênica
produção de imunoglobulinas (IgG, IgM, IgA, IgD e IgE)
diagnóstico
teste rápido de detecção de SBHGA baseado em reações imunoenzimáticas (teste de triagem recomendado, mas ainda é muito caro)
cultura é exame de excelência, mas devem ser levados em conta o custo e a capacidade de interpretação do profissional. Indicação para casos recorrentes, refratários, ulcerados ou em pacientes imunocomprometidos
tratamento
quadros virais -> tratamento sintomático (analgésicos, antipiréticos, hidratação, anestésicos tópicos, gargarejos com anti sépticos)
quadros bacterianos -> tratamento com ATB direcionado ao principal patógeno (SBHGA)
caso refratário ou de repetição: amoxicilina+ácido clavulânico, cefalosporina
+hemograma, cultura e sorologia pra investigação de mononucleose
tratamento inicial: penicilina IM, amoxicilina VO