Atualmente, a maioria dos comitês é formado por dois engenheiros e um advogado, que se reúnem periodicamente – de 60 em 60 dias, aproximadamente – para analisar os documentos envolvidos no processo e deliberar sobre os conflitos No início do contrato, cada parte escolhe um membro e os dois, em conjunto,apontam um terceiro, que será o presidente do comitê. Os participantes, escolhidos pelas partes do contrato, devem ser independentes, neutros, isentos e com conhecimento notável na área do objeto do contrato.
Esse método é mais comumente utilizado em contratos de execução continuada, como são os casos de construção de obras públicas.
A experiência prática tem mostrado que questões técnicas em contratos complexos são melhor equacionadas pelas DBs, tendo em vista a expertise dos membros que compõem as juntas e, principalmente, em razão da proximidade dos mesmos com o andamento do contrato, o que lhes permite analisar a questão à hora dos fatos e com subsídios contemporâneos ao
litígio.
Contudo, apesar de eficiente, é necessária muita atenção para que a dispute board não se transforme numa dilatação indeterminada do tempo pararesolução da controvérsia, por diversos motivos, dentre os quais estão a
inabilidade dos membros da junta e a sucessiva prorrogação do prazo para
análise da questão. Assim, é aconselhável que a escolha dos membros seja
cuidadosa, buscando um perfil que seja técnico e vocacionado para a
resolução de controvérsias. Combinar estas duas dimensões é essencial. De
igual sorte, ter prazo para a resposta da junta, com limite de prorrogação, é essencial.
De igual sorte, representa um bom aceno para investidores,financiadores e contratantes, uma vez que sua aplicação pode motivar a diminuição dos riscos operacionais e garantir maior segurança à execução dos grandes contratos com a administração.