Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Reações ao Divórcio Segundo as Faixas Etárias - Coggle Diagram
Reações ao Divórcio Segundo as Faixas Etárias
Concepções de divórcio
Jurídico:
Rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil.
Senso comum:
Qualquer desavença ou rompimento de relação estabelecida entre pessoas, grupos ou entidades.
Aumento no número de divórcios
Houve um aumento de 8,3% de divórcios no Brasil de 2016 para 2017.
2016:
344.526 divórcios.
2017:
373.216 divórcios.
O percentual de divórcios com guarda compartilhada passou de 16,9%, em 2016, para 20,9% em 2017
A mulher fica responsável pela guarda da criança na maioria dos registros de divórcio.
Em 94% das vezes a mulher fica responsável pela guarda.
Tipos de guardas
Alternada:
É aquela que confere de maneira exclusiva a cada genitor a guarda no período em que estiver com seu filho, alternando-se os períodos de convívio. Costuma-se dividir o tempo da criança, de forma igualitária, entre cada um dos pais.
Compartilhada/Conjunta:
É a guarda exercida conjuntamente pelos pais, ou por duas ou mais pessoas conjuntamente de forma que compartilhem o exercício das funções paternas e maternas, no cotianos da criança/adolescente.
Guarda unilateral/Única:
É a guarda exercida unilateralmente por um dos pais, ou por uma única pessoa.
Guarda nidal:
Traz consigo o sentido de que os filhos permanecerão no "ninho", e os pais é que revezarão, isto é, a cada período, um dos genitores ficará com os filhos na residência original do ex-casal.
Do nascimento a 1 ano: a idade da confiança
Crianças e bebês vivenciam uma dor cada vez que são separados de um dos pais.
As mudanças no convívio familiar, horário de trabalho ou o estado emocional de um dos pais durante o divórcio, podem fazer com que os filhos sintam-se abandonados.
As crianças podem reagir a essas mudanças chorando, parecendo frágeis ou ficando irritadas.
Elas precisa que as mudanças no ambiente sejam minimizadas ao máximo.
Os pais devem usar a mesma creche, manter o mesmo horário de alimentação e descanso, usar a mesma marca na fórmula da alimentação.
Os bebês precisam de contato frequente com ambos os genitores, precisam de muito carinho verbal e físico.
Os pais precisam conversar sobre como manter o mesmo padrão de comportamento, decidir quem será o responsável pelas consultas e vacinas e compartilhar um com o outro as novas fases de desenvolvimento que a criança for alcançando.
De 1 a 3 anos: O mundo gira ao redor deles
Elas temem a separação e a transição de genitor para o outro pode ser muito traumática.
Elas podem ficar instáveis ou chorar querendo o outro genitor.
Podem não querer ficar longe de sua vista e agarrar um dos pais quando tentar deixa-la.
Também podem ter problemas para dormir.
Contatos frequentes com ambos os pais podem ajudar a reduzir o medo de uma separação.
Precisam estar asseguradas de que são amadas e que serão cuidadas.
Manter o mesmo horário para dormir em ambas as casas. Ter um cobertor ou brinquedo favorito que passe segurança pode ajuda-las a dormir.
De 3 a 5 anos: A idade da curiosidade
O divórcio dos pais pode causar três tipos de problemas a crianças que estão na pré-escola: dor causada pela separação, confusão sobre a causa da separação e tensão devido as mudanças na família.
Podem sentir medo de serem abandonadas, sentimentos de culpa, raiva, frustração, medo tristeza ou confusão.
Negação ao divórcio e ilusão de que o genitor que foi embora está voltando.
Acreditam que seu mau comportamento pode ter sido a causa da separação dos pais. Tentativas fracassadas de reaproximar os pais.
Excesso de submissão e dificuldade em lidar com as mudanças.
Acessos de raiva, agredir colegas ou irmãos menores e desenvolver problemas de sono.
Esconder da criança que estão se divorciando pode piorar a situação, crianças menores sentem que algo está errado, causando confusão a elas.
Se a criança ficar perguntando sobre a ausência do outro genitor de ser explicado, calmamente, que o divórcio é definitivo, mas que poderá ver o outro genitor novamente.
Precisam de afirmação de que não causaram a crise e que podem resolvê-la.
De 6 a 8 anos: A idade de perder o dente
Podem sentir-se culpadas pelo divórcio.
Podem se preocupar com sentimentos de rejeição, perda, conflitos de lealdade e culpa.
Preocupam-se que irão perder, para sempre, o genitor que saiu de casa e sentem medo de serem substituídos.
Tentam fazer com que os pais fiquem juntos.
Os problemas aparecem por meio de hábitos nervosos como roer as unhas e gagueira.
Podem se recolher, chorar, mostrar agressividade ou raiva, ou se tornar muito passivo.
Se não entendem o motivo da separação podem colocar a culpa toda em um dos genitores. Ou culpar o novo par amoroso que um deles tiver logo após a separação.
Precisam de ajuda para identificar e verbalizar os sentimentos.
Precisam estar assegurados de que irão receber cuidados e segurança.
Podem vivenciar lealdades divididas, é muito importante nesta idade que os pais evitem dizer algo negativo sobre o outro genitor.
Precisam de demonstração de afeto através de palavras e ações.
De 9 a 12 anos: A idade das realizações
Divórcios e novo casamento são frequentemente os mais difíceis para crianças dos 9 aos 12 anos, tornam-se mais sensíveis aos conflitos familiares.
A ansiedade expressa-se através de dificuldades comportamentais ou acadêmicas, tendo dificuldades de concentração.
Sentimentos de solidão, perda e privação podem resultar em depressão ou outros problemas emocionais.
Experimentam sentimentos de raiva, aflição, ansiedade e impotência. Podem se envolver em brigas ou se afastar dos companheiros.
Muitos sentem raiva e vergonha pelo divórcio e preocupam-se com as mudanças que virão.
Podem tentar assumir o lugar do genitor ausente e tentar agir com mais maturidade do que têm.
Necessitam de oportunidades para expressar os sentimentos e de ajuda para identifica-los e compreendê-los.
Evitar colocá-los de forma a tomar partido por um dos genitores.
Não discutir na frente deles e dar oportunidade de se relacionar com o outro genitor.
Ter cuidado para não passar responsabilidade muito repentinamente.
De 13 a 18 anos: A idade dos hormônios em ebulição
O divórcio dos pais pode ser muito doloroso e traumático na adolescência.
Podem ficar hesitantes diante da necessidade de desenvolver seus próprios relacionamentos.
Temem que se machuquem, que o próprio casamento poderá falhar e que irão repetir os erros do pai.
Durante o divórcio, normalmente, tem suas responsabilidades aumentadas ou são exigidos agir com mais maturidade e podem se ressentir se isto diminuir o tempo que passam com os amigos.
Se não forem capazes de aceitar o divórcio, podem dissimular os sentimentos, envolver-se com atividades delinquentes,ter abuso de álcool e drogas ameaças ou tentativas de fuga, ou suicídio.
Adolescentes precisam de estrutura familiar, direção e proteção.
Saídas apropriadas para seus sentimentos e do encorajamento dos pais.
A lealdade é algo muito importante e os pais não devem encoraja-los a tomarem partido.
Os pais precisam ser honestos sobre o divórcio.
Adultos filhos do divórcio: O que eu quero fazer
Filhos maiores, mesmo aqueles que se mudaram ou que estão criando suas próprias famílias, são bastante afetados pelo divórcio.
É difícil para eles entenderem por que o casamento não pode continuar, se durou tanto.
O divórcio rompe a sensação de segurança de que eles podem contar sempre em voltar para casa haja o que houver, podendo inibir a disposição deles de correr riscos.
Relacionamentos de confiança tornam-se mais difíceis, podem evitar compromissos a longo prazo para que não se magoem.
Podem acabar entrando em relacionamentos extremamente dependentes e fazer escolhas ruins em seus relacionamentos, acreditando que merecem pouco.
Precisam que conversem com eles de forma madura e que o divórcio foi uma decisão de ambos os genitores.
Precisam que lhe expliquem como os relacionamentos são trabalhosos e que as pessoas mudam.
Ajudá-los a lidar com os sentimentos do divórcio ao invés de evitá-los.
Incentivar eles a falarem sobre os medos.
Precisam que os ajude a passar tempo com ambos os pais, de modo que não faça com que os filhos não se sintam divididos entre os dois.
Evitar lamentações e críticas a respeito do outro genitor. Seu filho não é seu confidente.