repensando o complexo de Édipo e a formação do superego na contemporaneidade
introdução
O aspecto central
o complexo de Édipo e seu herdeiroo superego, são matrizes conceituais conjecturadas por Freud
complexo de Édipo
uma organização social hierárquica
centralizada
na figura do pai
o responsável por assegurar
o patrimônio familiar
e a inserção da criança na
cultura,
estabelecendo na família uma ordem que era
representante dos interditos e das leis da civilização
reflexão em pauta pretentextde demonstrar
o modo
como o fenômeno do complexo de Édipo
pode estar
sofrendo influências socioculturais
distintas daquela
preconizada por Freud (1924
mudanças na vida moderna e contemporânea
especialmente nas configurações familiares.
fase fa
complexo de Édipo Freud 1924
Menini
menino fase fálica
menina
dirige o seu interesse para seu
órgão genital,
a ameaça de castração é o que ocasiona
a destruição da organização genital fálica da criança
O menino, até então apaixonado pela mãe e em rivalidade clara com o pai
, recua a esse amor diante do medo
de ser castrado
o pai é um rival muito superior
a ele.
importância
para a formação do aparelho psíquico
o surgimento do superego
instância do aparelho
psíquico responsável por exercer o papel de um juiz
ou censor relativamente ao ego,
que se constitui a
partir da interiorização das interdições parentais
, “o clitóris inicialmente comporta-se exatamente como um pênis,
e sente isso como uma injustiça feita
a ela e como fundamento para inferioridade”
ao comparar seu órgão sexual com órgão masculino
A menina tenderá a consolar-se com a expectativa
de que, quando ficar mais velha, terá um órgão genital
tão grande quanto do menino.
castração fato consumado
Modelos de famílias
Lévi-Strauss (1956),
Roudinesco (2003)
ordens Biológico e simbólico
proibição do incesto
sexual
outros interditos,
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Formação da família
família sob
o ponto de vista antropológico
qual a sua história, para que se possa interpretar as
mudanças atuais
Família
Setton (2002)
assegura que a família é uma instituição que evolui conforme as conjunturas socioculturais
revela um poder de adaptação e uma constante
resistência em face das mudanças de cada período
Roudinesco (2003), 3 grande períodos na evolução da família
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primeira fase família tradicional
segunda
fase, família modera
terceira
fase, 1960
assegurar a transmissão de um patrimônio
a célula
familiar
autoridade patriarcal
monarquia de direito divino
século XVIII e meados do XX
amor romântico e sancionava a reciprocidade
dos sentimentos
dos desejos sexuais por intermédio do casamento
a valorização da divisão do
trabalho entre os esposos
pai encarregado de passar a profissão para o filho
união de dois indivíduos em
busca de relações íntimas ou realização sexual
Repensando o complexo de Édipo
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família contemporânea ou pós-moderna
ordem familiar econômico-burguesa repousava em três fundamentos:
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a autoridade
do pai
a subordinação das mulheres
dependência
dos filhos
A mulher deve acima
de tudo ser mãe,
a fim de que o corpo social esteja em
condições de resistirà tirania de um gozo feminino
capaz, pensa-se, de eliminar a diferença dos sexos”
perigo representasse
a suspensão da ordem paterna
E sem essa lei simbólica, “a família mutilada das sociedades pós-industriais seria, dizem, pervertida em sua
própria função de célula de base da sociedade”
a flexibilidade permitida pela sociedade
ao redor da instância do casamento e as técnicas
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que
possibilitaram à mulher a escolha de gerar filhos, disponibilizaram um grau de liberdade que chega a ameaçar
a família contemporânea enquanto instituição
à medida que
aumentava o número dos divórcios
descafelamento casamento
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Roudinesco (2003)
Os homens recorriam as mulheres para procriação
transmitir seus nomes
depois da Segunda Guerra Mundial
as técnicas
de regulamentação dos nascimentos substituíram
progressivamente o coitus interruptos e o uso de
preservativos masculinos
técnicas
de impedir a fecundaçãoas mulheres conquistaram,
ao preço de lutas difíceis,direitos e poderes que lhespermitiram não apenas reduzir a dominação masculina, mas inverter seu curso
Roudinesco (2003)
aponta o
quanto esta nova organização da família
contemporânea tem o poder de desorganizar o modo como se
estabelecia o complexo de Édipo
pesquisadores que repensaram o complexo de Édipo (CE)na nova configuração familiar
Nicolson (2012)
Aluna Sueli Tito Bitencourt
complexo de Édipo é um elemento organizador do psiquismo e que continua vivo sendo uma metáfora para explicar as relações familiares e sua dinâmica
Simões (2013)
A família é um fenômeno universal enquanto estrutura, pois é nela que a ordem social se instaura, através da transmissão dos interditos que são necessários à continuação da sociedade, impedindo que a família se encerre em si mesma.
Steele (2010)
transformações da teoria freudiana envolvem repensar a relação tríade
que se estabelece entre mãe pai e bebê, ou seja, o complexo de Édipo precoce.
Balsam (2010)
O complexo de Édipo passou por múltiplas transformações já que existem diferenças na cultura de cada país,
que muitos – se não a maioria – dos psicanalistas de hoje tendem a desafiar a afirmação de Freud sobre a centralidade absoluta do complexo de Édipo na vida psicológica cotidiana.
Richard (2014)
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(CE) é mais complexo, embora continue exercendo a influência de um organizador central para a
psique.
Berger (2013)
o funcionamento
psíquico de algumas crianças e adolescentes foi alterado sob a influência de modificações na estrutura familiar
na dissolução de nossas autoridades
superegoicas coletivas e na recusa em reconhecer a
inevitabilidade da finitude sob a pressão de fatores
tecnológicos, como a Internet
Savietto e Cardoso
(2009)
vivemos em uma
época em que se busca o prazer ilimitado, sem cessar
Bauman
(2001)
vivemos na ordem da instabilidade, vulnerabilidade,incerteza e insegurança sobre vivendo à mercê da única instituição que se mantém
estável: a econômica