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NEUROBIOLOGIA DOS COMPORTAMENTOS E EMOÇÕES - Coggle Diagram
NEUROBIOLOGIA DOS COMPORTAMENTOS E EMOÇÕES
RESENHA: NEUROBIOLOGIA DOS COMPORTAMENTOS E EMOÇÕES
RESUMO
Este trabalho é uma resenha do artigo “Neurobiologia das Emoções” de autoria do
doutor em ciências Rodrigo Siqueira (FIOCRUZ), o mestre em ciências morfológicas
Vanderson Esperidião Antônio (UFRJ) e Marilia, Diana, Glaciele, Juliana e Marjorie alunas
do curso de medicina da (UNIFESO), onde foi realizado como parte das atividades do
Grupo de Pesquisas em Ciências da Saúde (Cefet Química/RJ e Unifeso). O artigo trata
sobre algumas emoções, o sistema límbico, e os principais órgãos envolvidos nos
processos fisiológicos. Onde o objetivo é proporcionar um complemento embasado
acerca do sistema límbico e discutir os aspectos atuais da neurobiologia das principais
emoções básicas em animais e seres humanos.
Palavras-chaves: Sistema límbico, emoções, neurociências, neurobiologia.
INTRODUÇÃO
Por volta de 3 milhões de anos atrás, no Paleolítico Inferior o período mais antigo da
Pré-História do homem, surgiram as primeiras espécies de hominídeo. Nesta época a
temperatura era muito baixa, obrigando os humanos e outros animais a viverem em
cavernas. Nessas cavernas os desenhos encontrados, por muito tempo, intrigaram os
arqueólogos, a arte não se destinava a agradar os sentidos, mas a aliviar sofrimentos.
Tudo isso de maneira instintiva, sem ter algum conhecimento acerca das emoções
sentidas, simplesmente se sentia. Isso retrata o quão pré-histórico são as emoções e sua
gênese. Algumas “eras” depois surgiu a mitologia e filosofia ambas como tentativas de
explicação das coisas que acontecem no mundo, mas como o mito não satisfazia mais,
passaram a fazer investigações mais rigorosas baseadas na razão, sendo a filosofia a
ciência das primeiras causas e dos primeiros princípios. A curiosidade humana a respeito
da origem e como são formadas as emoções foram estudadas em diversos saberes como
psicologia, psicanálise, e principalmente a biologia. Desde o princípio, fazendo uma
ligação entre a mente, a razão, a emoção, a memória, e o cognitivo. Com o avanço da
humanidade e consequentemente o avanço da tecnologia, foi possível diversas
pesquisas no campo da neurociência e neurobiologia, sempre em busca da detenção do
conhecimento sobre as emoções, sendo elas relacionadas essencialmente ao sistema
límbico.
NEUROBIOLOGIA DAS EMOÇÕES
Os autores abordam principalmente a história do desenvolvimento acerca do sistema
nervoso e límbico, como se iniciou e como é estudado até os dias atuais, de maneira
didática e bastante informativa. Com a ascensão do Renascimento, período onde foi
possível diversos estudos sobre a anatomia humana, surgiram estudos sobre a
morfologia e os constituintes do Sistema Nervoso, ganhando destaques nomes como
Gall, Broca e Papez, que tiveram uma extrema contribuição sobre os processos que
aconteciam, inclusive sobre as emoções. O curioso caso de Phineas Gage, foi um grande
avanço nas pesquisas pois, após ser atingido por uma barra, de um metro e meio de
comprimento, onde perpassou a parte frontal do cérebro e saindo pelo topo do crânio,
notou-se grandes diferenças em sua personalidade, transformou-se num homem de
falsidade, deslealdade e desleixo, grosseiro, desrespeitoso para com os colegas. Sendo
assim percebível a importância do lobo frontal para a personalidade, emoções e
comportamentos.
As estruturas relacionas as emoções foram descritas inicialmente por Joseph Papez, que
apresentou um circuito neuronal, atualmente outras estruturas são consideradas
componentes também. De modo geral as estruturas são: Giro do cíngulo, Giro para-
hipocampal, Hipotálamo, Tálamo, Amígdala, Septo, Glandula Pineal e Pituitária, além do
Cerebelo. Embora, ainda não se sabe muito a respeito dos circuitos neuronais, os
autores apresentam algumas emoções sentidas e como se dá sua formação analisando
as características fisiológicas e comportamentais.
Prazer e recompensa: é formada por neurônios dopaminérgicos de várias regiões e
núcleos principalmente pelo feixe prosencefálico medial nos núcleos do hipotálamo,
ligação com o septo, a amígdala, áreas do tálamo e os gânglios da base, explica a relação
do cérebro com o prazer e a motivação, como também existe o circuito de punição
(desgosto, aversão), com um circuito neural específico. O neurotransmissor dopamina,
é bastante relacionado a essa sensação de recompensa, estando diretamente ligado ao
fato de vícios a drogas que causam dependência.
Alegria: essa emoção se dá através da dopamina fabricada na substância negra do
estriado ventral e o putâmen. ligada à ativação dos gânglios basais. Eles recebem
inervação de neurônios dopaminérgicos do sistema mesolímbico e do sistema
dopaminérgico do núcleo estriado ventral. O cerebelo pode estar interligado com
sorrisos e choros e lesões podem afetar diretamente esses comportamentos e condição,
porque está ligado aos movimentos musculares.
Medo: a amígdala é considerada a principal estrutura do SL, sendo a responsável pela
sensação de medo, sensações de ameaça e perigo. Sua lesão pode causar falta de
emocionalidade e reconhecimento do medo. Mas também, estudos revelaram uma
ligação entre a alegria e a amígdala sendo de extrema importância emocional.
Raiva: a principal estrutura relacionada raiva e agressividade é o hipotálamo, o
telencéfalo agiria inibindo tais comportamentos. De acordo com a área do hipotálamo
estimulada teremos tipos de agressões diferentes, assim como no medo, a amígdala
está envolvida na sensação de raiva também.
Reações de luta-fuga: pela via eferente temos o hipotálamo e o Sistema Nervoso
Autônomo, ligados presumivelmente a projeções hipotalâmicas no tronco encefálico. A
resposta autonômica simpática como elevação da frequência cardíaca e da pressão
arterial, aumento do nível de glicose no sangue, pupilas dilatadas dentre outros. Que
ocorre associadamente a efeitos ocorridos no SNC como estímulos a amígdalas que
produzem várias respostas, onde reflete no comportamento de “luta ou fuga”, quando
ameaçado.
Tristeza: é uma emoção que nos leva a refletir, sendo sinônimo da alegria, e ocorre nas
regiões corticais, em diversos lobos e giros e também na amígdala. Muitas vezes a
tristeza é confundida com depressão por terem características comuns, porém a
depressão é uma doença patológica, associadas a déficits neuroquímicos assim sendo
mais complexa e prevalecendo mais do que uma simples tristeza causada por algum
motivo.
Emoção e razão: mensagens que chegam ao cérebro são processadas e seguem por vias
para toma um significado emocional, passando por estruturas límbicas, paralímbicas,
acarretando tomada de decisões. As principais estruturas envolvidas são o córtex visual
occipital, a amígdala, circuitos hipocampais relacionados as memórias e o córtex pré-
frontal. Outra estrutura ligada é o lobo da ínsula, ativada quando se tem recordações de
emoções vividas. Deixando claro assim que a tomada de decisão necessita de
mecanismos emocionais vividos previamente, criando respostas externas como as
motoras e autonômicas.
CONCLUSÃO
Estudos sobre a neurociência e neurobiologia cresceram gradativamente desde a
segunda metade do século XIX, até então era conhecida de modo empírico. Hoje
conhece-se que o Sistema Límbico é o sistema com suas estruturas e componentes,
como regiões anatômicas, funções fisiológicas e atitudes comportamentais que refletem
nas emoções sejam elas agradáveis ou não, mas com funções definidas e essenciais para
a sobrevivência e interação dos mamíferos, e claro, de seres humanos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SITE:
http://www.scielo.br/pdf/rpc/v35n2/a03v35n21