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Zoonoses e infeções transmitidas por artrópodes, Outras zoonoses Ver…

- - - - Picada do humano pela carraça --> escara de inoculação --> disseminação hematogénea --> infeção das células endoteliais dos pequenos vasos (vasculite)
    - - Fase prodrómica - tache noir, febre elevada, cefaleias, mialgias, rash que atinge palmas e plantas
    - - Serologias - deteção de ac inespecíficos
      - Biópsia cutânea
      - PCR
      - Análises - aumento da PCR e VS, trombocitopénia, aumento ligeiro das transaminases
      - Clínico (tríade clássica em países endémicos)
    - - Doxiciclina (alternativas cloranfenicol, macrólidos, quinolonas)
    - - Geralmente bom, baixa mortalidade na doença ligeira, 50% na grave
    - - Evicção do contacto com carraças
  - - - Picada da carraça no humano com inoculação após 6h de alimentação --> disseminação hematogénea e linfática --> infeção das células endoteliais (vasculite)
    - - Início semelhante a infeção viral --> rash macular com início nos punhos e tornozelos (depois extremidades e tronco --> petéquias no centro das máculas) a partir do 3º dia --> surgimento de sintomas + graves
      - Sintomas graves - edema pulmonar não cardiogénico, encefalite progressiva, urémia pré-renal (por aumento da permeabilidade vascular e hemorragia), lesão hepática
    - - História de exposição + febre + rash
      - Análises - VS e PCR elevadas, hipoalbuminémia, hiponatrémia
      - Serologias - positivas a partir do dia 7-10
      - Biópsia cutânea das lesões - único teste útil na fase aguda
      - PCR e culturas - pouco útil e pouco viável de realizar
    - - Mau - doença fatal em 8-15 dias se não tratada
    - - Doxiciclina (alternativas: desensibilização se alergia a doxi, ou tetraciclina oral, cloranfenicol)
    - - Evicção da picada da carraça - roupas compridas, repelentes, inspeção corporal
- - - - Ciclo eritrocitário - infeção dos eritrócitos pelos merozoítos com formação de trofozoítos --> divisão em merozoítos --> rutura dos eritrócitos e início dos sintomas --> reinfeção de eritrócitos --> diferenciação de alguns em gametócitos
      - Ciclo exo-eritrocitário - picada do mosquito inocula esporozoítos --> infeção dos hepatócitos e replicação --> rutura dos hepatócitos com libertação de merozoítos na circulação
  - - - Esplenomegália malárica hiperreativa
      - Linfoma de Burkitt e infeção por EBV
      - Nefropatia malárica quartã
  - - - P. falciparum - tx combinada baseada em artemisina 3 dias (+ mefloquina, lumefrantina, pironaridina, etc.)
      - P. vivax - = a falciparum,2ª linha é cloroquina
      - P. malariae e ovale - cloroquina (alternativa: atovaquona + proguanil)
      - Primaquina - reduz gametócitos de P. falciparum e destrói hipnozoítos de vivax e ovale
      - Grávidas - quinino + clindamicina
    - - P. falciparum - artemisina (altenativa: uinino, quinidina) + tx de suporte (hemodiálise, fluidoterapia, transfusões, benzodiazepinas)
- - - - Por leishmania donovani, incubação dura meses, reservatório no cão doméstico, endémico no Mediterrâneo, afeta + crianças e doentes HIV+, geralmente é assintomático
      - Clínica - febre com calafrios de iníco súbito, esplenomegália palpável na 2ª semana, hepatomegália, adenomegálias, hiperpigmentação, perda ponderal, anemia, astenia, hemorragias mucosas, infeções secundárias, edema (hipoalbuminémia)
      - Diagnóstico:
        
        biópsia (gold standard) esplénica, MO ou adenopatias
        
        presença de amastigotas em esfregaço de aspirados
        
        análises - pancitopénia, PCR e VS elevadas, hipergamaglobulinémia
        
        culturas
        
        teste rápido de antigénios (infantum)
      - Terapêutica - anfotericina B lipossómica
      - Prognóstico - bom se tx adequada, fatal se não tratado
    - - Por L. tropica ou major (no velho mundo), reservatório em cães e roedores, incubação em dias-semanas
      - Clínica - pápula no local da picada --> nódulo --> úlcera indolor com base necrótica --> disseminação com surgimento de adenopatias
      - Diagnóstico - biópsia da margem da úlcera, cultura e PCR
      - Terapêutica - antimoniais pentavalentes (antimoniato de meglumina) tópicos se lesões pequenas, sistémicos se lesões na face, mãos ou co-infeção HIV
    - - Por L. braziliensis, + no novo mundo
      - Clínica - início semelhante à leishmaniose cutânea --> lesão vai aumentando --> lesões na mucosa oral e nasal com destruição dos tecidos
      - Diagnóstico - biópsia tecidual, PCR
      - Terapêutica - antimoniais pentavalentes