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Desafios da Atenção Domiciliar na APS: uma análise na perspectiva do SUS. …
Desafios da Atenção Domiciliar na APS: uma análise na perspectiva do SUS.
Definição de AD pela PNAD
"modalidade de atenção á saúde substitutiva ou complementar ás já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção á saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicilio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada ás redes de atenção á saúde"
Atribuições da Equipes da saúde da família
Executar ações de assitência na unidade básica de saúde, no domicilio e na comunidade.
Visitas mais efetivas
Necessários critérios de inclusão de pacientes de maneira clara e efetiva, para evitar tanto o dispêncdio desnecessário de tempo quanto a negligência de situações que exigem o cuidado no domicílio.
Considerando a casa como o espaço de maior intimidade da pessoa, é preciso der claro que, enquanto no hospital o paciente está em território médico com regras rígidas, no domicilio são profissionais de saúde que adentram o território do outro.
Isto reflete em uma exigência de um perfil de atuação específico, com habilidades, conhecimentos e atitudes diferenciados para a prática neste âmbito de cuidados.
Inicio no Brasil
As VD (visitas domiciliares) começaram a ser feitas inicialmente pelos agentes sanitários para detectar focos de doenças.
Porém, com uma perspectiva de vigilância a saúde e punição, como foi o caso da Hanseníase, em especial após a centralização estatal promovida por Getúlio Vargas.
Primeira experiência Brasileira de AD
1949, com o serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), vinculado ao ministério do trabalho.
Sendo a primeira ação de atendimento domiciliar brasileira organizada como um serviço.
1978 - Conferência de Alma-Ata - reorganização do movimento sanitário
VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986 - consolidou as propostas da Reforma Sanitária Brasileira no sentido de um modelo Beveridgeano
Resultou na Constituição Federal de 1988, que definiu o SUS brasileiro.
Portaria 2.416/1998 estabeleceria requisitos para credenciamento de hospitais e critérios para realização de internação domiciliar no SUS.
Portaria GM/MS 1.370/2008 - amplia o rol de doenças elegíveis para cadastramento em oxigenoterapia domiciliar.
2011 - MS redefine a AD - enxerga a APS e os SAD como elementos integrados de cuidados
Propôs níveis de complexidade clínica e tecnológica que delimitem o cuidado entre eles.
Reconhece as ações domiciliares da APS como o nível 1 da Atenção Domiciliar (AD1), que se integram a dois níveis de AD (AD2 e AD3) realizados por Equipes Multiprofissionais de AD (EMAD) destinadas a este fim, sob a necessidade de integração entre níveis.
O papel das EMAD não substitui as ações realizadas pelas equipes de APS, em especial as eSF.
a Associação Mineira de Medicina de Família e Comunidade (AMMFC) propõe cinco passos para se programar uma VD e a partir dai avaliar o processo de cuidado em AD1
Avaliação da resolutividade da VD (a VD será resolutiva)
Avaliação da razoabilidade da VD (a VD é a melhor alternativa)
Aderência do usuário e sua família ao acompanhamento (engajamento e corresponsabilização)
Autorização do usuário e da família (termo de consentimento que deverá ser anexado ao prontuário)
Análise da infraestrutura domiciliar (avaliação para análise de caso, classificação da complexidade e determinação do plano de cuidados).
Habilidades esperadas do profissional visitador
Protagonizar a tomada de decisões complexas
Exercer a criatividade na prática de suas atividades clínicas
Adaptar a melhor evidência cientifica para um contexto real
Gerenciar conflitos familiares
Incrementar a relação equipe-família
Executar procedimentos com equipamentos mínimos e sem estrutura física ideal
Atender independentemente do ciclo de vida das pessoas
Classificar a vulnerabilidade e a funcionalidade familiar
Abordar a família sob o ponto de vista social, clinico e sistêmico
Reconhecer os elementos presentes na rede de apoio social
Apoiar o cuidador do ponto de vista clínico e de aquisição de competências
Classificar a complexidade do cuidado
Lidar com situações de violência familiar e comunitária
Atitudes esperadas do profissional visitador
Empatia e disponibilidade para discutir situações fora do contexto da saúde
Humildade ao adentrar o terreno do outro
Respeito pelas crênças e modelos explicativos familiares do processo saúde-adoecimento
Busca por consenso com a família na definição de metas de cuidado
Discernimento para entender elementos antropológicos que interfiram no cuidado
Observação ativa da família, do domicilio e da vizinhança.
Disponibilidade para ouvir e adaptar condutas á realidade local
Neutralidade em conflitos familiares
Autoconhecimento para evitar que crenças pessoais ou sentimentos negativos em relação aos demais atores afetem a ação em saúde
Vinculo com a famlia para se configurar como a fonte contínua de cuidados
Desprendimento para abordar a morte e o luto de acordo com a crença de cada família
Posicionamento claro diante de situações de violência familiar.
São conhecimentos esperados do profissional visitador
A aplicação da melhor evidência clínica cientifica disponível para cada quadro clínico
A técnica ideal de procedimentos comuns e suas possíveis adaptações
O tratamento de situações pouco usuais na clínica ambulatorial
A determinação social da saúde e suas vertentes
Representação gráfica, classificação e abordagem familiar
Gerenciamento de casos complexos e elaboração de planos de cuidados
Instrumentos de avaliação de autonomia e mobilidade
Instrumentos de avaliação de sobrecarga e abordagem do cuidador
Formas de construção de redes de apoio social
Noções de antropologia para entender a cultura local e transformar empecilho em soluções
Classificação da complexidade do cuidado
Cuidados paliativos e a terminalidade da vida
Óbito no domicilio e orientações funerárias
Planejamento e gerenciamento de fluxos de atuação no domicílio