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Ondas revolucionárias do XIX e unificações tardias - Coggle Diagram
Ondas revolucionárias do XIX e unificações tardias
Ideias-chave
Liberalismo
Contra o Antigo Regime
Burguesia protagonista
Governo eficiente que valorize o comércio
Monarquia constitucional
Empoderamento da burguesia
(representação legislativa)
Política
Externa
Laissez-faire, laissez-passer
Paz e estabilidade
Liberalismo
Individualismo
Racionalismo
Valorização do novo
Adam Smith
: riqueza vem do
trabalho
e da troca entre as nações
Nacionalismo
Tradição
Romantismo
Identidade nacional
Feito de
baixo
para
cima
Olhar para trás
Sacralização do cotidiano
Necessidade de reinventar identidades destruídas
(pelo expansionismo)
Europa central: unificação (Alemanha, Itália)
Europa oriental: separatismo (Rússia, Áustria, Turquia)
Contra o absolutismo
Romantismo
Goethe (1ª metade do XIX)
Medievalismo, evasão,
improviso, instabilidade
Negação do racionalismo
(iluminismo)
Intuição, individualismo,
imaginação, mistério, pessimismo
Instrumento dos nacionalismos
italiano e alemão
Herder (Zeitgeist)
Contra a urbanização
proximidade com o campo
Ondas pré-década
de 1840
Ondas mediterrâneas
(1820)
Contexto do apogeu dos esforços por estabilidade
Península itálica
(1821)
Revoltas no Piemonte e nas Duas Sicílias
Resolução pela intervenção da Santa Aliança
(sobretudo Áustria), restauração do trono absoluto
Carbonários
Fundamentais para a unificação (Garibaldi)
Sociedades secretas europeias,
anticlerical
, antiabsolutista, republicano
Bula
Ecclesiam a Jesu Christo
: condena os carbonários e os excomunga (acusação de maçonaria)
Fazem pressão contra os Bourbon (Fernando I)
Espanha
Rei retoma postura absolutista a partir de 1816
Triênio Liberal
(1820-1823)
Insurreição liberal
França intervém
em favor da coroa
Batalha de Trocadero
(1823)
Fim da onda revolucionária
Portugal
Regenaração vintista
(1820)
Exige retorno de João VI
Constitucionalismo
Colônias deveriam permanecer
subsidiárias
D. João VI jura a Constituição
Vilafrancada
(1823)
Ameaças miguelistas ao trono
D. João fecha o Congresso em 1823
Ampliação dos poderes do rei
Grécia
Um dos poucos movimentos liberais bem-sucedidos
Independência em relação aos Otomanos, conta com influência do nacionalismo
Tratado de Londres
(1827)
ENG+FRA+RUS aliam-se aos gregos
Liberalismo
Ondas revolucionárias
de 1830
Mais nacionalista
Forte repressão no Leste europeu
França
Volta a ser relevante
Jornadas de Julho
(1830)
Fim da dinastia Bourbon (símbolo do absolutismo)
Trois Jeux Glorieuses, participação de LaFayette,
La liberté guidant le peuple
(
liberté, pas d'égalité
)
Ascensão de Louis Philippe I
(Rei Burguês)
Carlos X: absolutista
Bélgica
Independência em relação aos Países Baixos (também passou por reformas liberais)
Tratado de
Londres
(1839)
Apoio dos ingleses
Bélgica promete neutralidade: manutenção da autonomia interna, política externa totalmente neutra (proteção britânica)
Independência de Bélgica e Luxemburgo
Polônia
Tentativa de emancipação
da Rússia
Rússia reprime e aumenta
a ingerência no território
Portugal
Retorno de D. Pedro I
Embate com seu irmão Miguel pelo trono
Pedro assume como D. Pedro IV
(liberal)
Espanha
Ascensão de Isabel II em 1833
(liberal)
Confederação Germânica
Início dos ideais nacionalistas
Península
Itálica
Movimento nacionalista (
Jovem Europa
) toma mais forma com Mazzini
Busca da tradição nos tempos áureos do Império Romano
Pressão contra os Bourbon (Francisco I)
Congressos de cientistas
: contribuição para unificação da identidade nacional pela difusão de ideias científicas
Ducado de Parma
: movimentos estudantis e governo provisório (destituição da viúva de Napoleão)
Áustria restitiu a ordem de novo
Características gerais:
1) Avanço para posterior recuo (movimento de onda);
2) Espírito de concertação;
3) Bélgica e Grécia são exceções ao recuo;
4) Liberalismo (déc. 1820);
5) Nacionalismo e maior expressividade (déc 1830).
Primavera dos povos
(1848)
França
Antecipação dos ideais socialistas e anarquistas (
Proudhon, inspiração em Fourier
)
Insurreição dos que ficaram às
margens dos benefícios do liberalismo
Resultados
Deposição de Louis Philippe I
Maior engajamento político popular
Governo provisório
(II República)
Composto por maioria de
republicanos moderados
Jornadas de Junho
(1848)
Guerra civil
Moderados :red_cross: Radicais
Eleições
Louis Bonaparte eleito PR
(moderado, alinhado ao
conservadorismo católico), conformando a
2ª Rep Francesa
(1848-52)
Plebiscito 1852
Povo francês apoia coroação de Louis
Coroação de Napoleão (torna-se Napoleão III)
Favoreceu todas as camadas sociais
II Império (1852-1870)
Inicialmente liderado por
Proudhon et Louis Blanc
Confederação Germânica
Inicício do romantismo germânico (juventude germânica)
Geração Vormárz
(pré-mar/1848)
Não há combatividade
Debate sobre a identidade nacional
Alta cultura alemã
Cada Estado, uma nação
Sacralização do cotidiano
Pós-mar/1848
Aumento da
combatividade
Conflito com Áustria
Tentativa de união sob a
tutela da Prússia
União de Erfurt
(1850)
Desejo de estabelecimento de uma confederação
(Klein Deutschland)
Monarca prussiano recusa a assinar a Constituição
(Carta era muito liberal)
União não se concretiza
Caráter liberal, relativização da presença habsburga, aproximação com os Hohenzollern (Prússia)
Humboldt
(papel mínimo do Estado, serve só para garantir a segurança individual)
Wagner
Contos dos
Irmãos Grimm
Friedrich Wilhelm IV ensaia um
movimento nacionalista
germânico (dissuadido por forças conservadoras)
Debate entre unitarismo e libertarismo
Características gerais:
1) Atinge em cheio a Santa Aliança e o Leste;
2) Marca a chegada do nacionalismo no Leste.
Império Austríaco
Vulnerabilidade interna
(Estado multiétnico)
Avanço dos regionalismos
Embate com a Confederação
Movimentos regionais
Hungria
Magiares (com ajuda russa) oprimem os croatas
Tchecos
Pan-eslavismo
Contam com o apoio russo
Buscam oprimir minorias também
Antiocidentalismo
Viena
Imperador deposto
Fuga de Metternich
Choque para os esforços de equilíbrio
Choque para a Santa Aliança
Península Itálica
Continuidade dos movimentos nacionalistas
(mormente no sul)
República papal
Movimento liderado por Mazzini (secularização), sede seria em Roma
Papa se recusa (estabelecimento de
república provisória
) e intervenção de
Napoleão II
(restabelece o papa)
Bula Syllabus
Errorum
(1864)
Condena os movimentos liberais e o comunismo
Papa empossado em 1846 tenta ser mais liberal
Primeira Guerra
de unificação
(1848-1849)
Movimentos liberais ameaçam as possessões autríacas ao Norte
Unitaristas derrotados
Disputas internas nas regiões como ponto
focal da repressão austríaca
Estabilidade seria precariamente recuperada com ajuda russa
Unificação alemã
Necessidade de "inventar o país"
Romantismo
alemão
Nacionalismo+Historicismo
(Zeitgeist, espírito da época)
Irracionalismo (sensibilidade inata)
Individualismo (olhar para o mundo exterior)
Religião (elemento cultural formador)
Estado nacional construído "de baixo para cima"
Herder
Influência da
Rev. Francesa
Muitos germânicos apoiavam o liberalismo
Engessamento da região
sob jugo francês
Batalha de Austerlitz (1805)
Criação da Confederação do Reno
Tentativa de invenção de uma identidade germânica
Batalha de Leipzig
(1813)
Insurreição contra Napoleão
Identidade germânica incipiente
Qual é a pátria germânica?
(Klein Deutschland :red_cross: Gross Deutschland)
Revolução rechaçada mas inovações absorvidas
Pangermanismo
Integração econômica
Primeira etapa seria protecionista e a segunda seria a Zollverein (união aduaneira, primeiro passo para a unificação)
Parte da Alemanha já praticava a Zollverein em 1840
(Marcha para o Oeste)
Visava integrar outros territórios
onde havia germânicos
Idealizava a Gross Deutschland
Gross Deutschland
Projeto católico, austríaco
Inspiração agrário-feudal
Bismarck
(1862-1890)
Romantismo + realismo prussiano
Realpolitik
Egoísta
Contra a ordem de Viena
Darwinismo, malthusianismo
Buscou se beneficiar do contexto (Guerra da Crimeia, fim da Sta Aliança)
Guerras de
unificação
Guerra dos Ducados
(1864)
Apoio da Áustria
Conquista de ducados ao norte da Confederação
Disputa com a Áustria leva à guerra
Guerra das Sete Semanas
(Austro-Prussiana)
(1866)
ÁUS :red_cross: PRU + ITÁ
Áustria isolada e em derrocada, perde
Resultados
Prússia fica com todo o Norte da Conf e com Venetia (cedida à Itália)
Confederação da
Alemanha do Norte
Articulação das massas (romantismo)
Afirmação da unidade
Congresso bicameral
Sufrágio universal masculino
(Câmara baixa)
Enfraquecimento da Áustria aumenta a força relativa dos magiares (
Império Austro-Húngaro
, 1867)
Guerra franco-prussiana
(1870-1871)
Serviu para despertar a identidade germânica no Sul da Confederação
Despacho de Ems
Bismarck o manipula para parecer uma afronta aos franceses
França declara Guerra
Batalha de Sedan
(1870)
Captura de Napoleão III
Sítio de Paris e vitória prussiana
Guilherme I coroado imperador em Versalhes
(gera o revanchismo francês)
França cede territórios e indenizações
Império Alemão (
II Reich
)
Resultados
Queda do II Império Francês
(Início da III República, 1870-1940)
Kulturkampf (invenção da tradição)
(Norte e Sul díspares)
Klein Deutschland concretizada
Política externa adota postura pró-equilíbrio
(Alemanha satisfeita, Sistema Bismarckiano)
Weltpolitik
Saída de Bismarck, mais poderes a Guilherme II
Pretensão por equilíbrio abandonada
Enfraquecimento dos austríacos
(Império Austro-Húngaro, 1867)
Neutralização da França no continente
Klein Deutschland
(confrontação do entorno da Prússia)
Unificação à ferro e sangue (indústria+Exército)
Burguesia industrial+aristocracia Junker
Superação do debate entre libertarismo e unitarismo, favorecendo este último (abdicação de liberdades parlamentares)
Características gerais:
1) Busca do
zeitgeist
;
2) Klein Deutschland :red_cross: Gross Deutschland;
3) Otto von Bismarck;
4) Eliminação da resistência de minorias;
5) Favorecimento do desenvolvimento econômico capitalista;
6) Controle da ascensão operária;
7) Contestação do domínio austríaco (1862);
8)
Realpolitik
e
Weltpolitik
;
9) Revanchismo francês (III República francesa);
10) Concepção de uma política social, a cargo das reivindicações por igualdade (fim do XIX).
Unificação italiana
(Risorgimento)
:forbidden: Projeto da Juventude
italiana
(democrático-republicano)
Resgate da grandeza do Império Romano (Roma capital)
República
democrática unitária, laica
:forbidden: Projeto dos patriotas
(neogüelfismo)
Constituição de uma
República
sob jugo papal (Roma capital)
Defendia a influência austríaca
:check: Projeto moderado
Monarquia constitucional
laica com base no reino do Piemonte
(Camilo de Cavour, ministro piemontês)
Guerras de
unificação
Norte da Itália
(1859-1860)
Articulada por Cavour
Tem o apoio de Napoleão III no início
Piemonte e Sardenha conquista a Lombardia
França recebe Saboia e Nice
Retirada
da França
Ameaça da expansão sardo-piemontesa a territórios de seu interesse (Estados papais)
Preocupação com as forças prussianas em suas fronteiras
Pressão dos católicos
Duas sicílias
(1860)
Giuseppe Garibaldi (carbonário) e os casacas vermelhas
Libertam as Duas Sicílias e se dirigem aos Estados papais
(freados pelos próprios piemonteses)
Plebiscito nas Duas Sicílias decide por unir o território ao Reino de Piemonte e Sardenha
Venécia e Estados papais ainda não foram anexados
Garibaldi (esquerdista, nacionalista, carbonário) se resigna em entregar os territórios aos Saboia
1848-1849
Piemonte perde a guerra contra a Áustria
Guerra
Austro-Prussiana
(1866)
Piemonte obtém a Venétia por ter ajudado os prussianos (Tratado de Viena)
Roma
(1870-71)
Saída das tropas francesas de Roma no contexto da Guerra Franco-Prussiana
(1870-1871)
1870: invasão piemontesa em Roma
Roma feita capital em 1871
I Concílio do Vaticano (1869):
infalibilidade do papa
Consequências
Questão
romana
Papa não aceita a se submeter aos italianos
Questão resolvida só com o Tratado de Latrão e o reconhecimento do Estado do Vaticano
(1919)
Invenção da
identidade
Embate entre Norte x Sul ainda existe
Itália irredenta
(1919)
Cooptação dos
últimos territórios
Certo caráter maçônico
Protagonismo Sardo-Piemontês (Casa de Saboia)
Características gerais:
1) Invenção da identidade;
2) Embate entre três projetos;
3) Camilo de Cavour e Garibaldi
(liberalismo+republicanismo = monarquia liberal);
4) Piemonte e Sardenha fortalecida segundo a doutrina liberal;
5) Contexto diplomático europeu favorável aos sardo-piemonteses;
6) Favorecimento do desenvolvimento capitalista;
7) Controle da ascensão operária.