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Aula 9: A Psico-Oncologia - A importância da Psicologia no tratamento…
Aula 9: A Psico-Oncologia - A importância da Psicologia no tratamento interdisciplinar do Câncer
Conceitos
Segundo Straub (2005, p.354), os tumores malignos ou cancerosos “consistem de células renegadas que não respondem aos controles genéticos do corpo no que diz respeito a seu crescimento e divisão”
Tumores podem ser malignos ou benignos, e para diagnosticá-lo necessita de biópsia, ressonância, ultrassonografia, etc, e são tratados por quimioterapia, radioterapia ou cirurgia
A negação de fazer exames periódicos por medo de câncer podem atrapalhar a comunidade para diagnosticar o câncer cedo, sendo mais fácil de cuidar e até curá-lo
O câncer, porém, entra em metástase, onde o mesmo se espalha pelo corpo e gera outras doenças
O temor do câncer ainda carrega muito estigma, pois nos remete à perda, morte, sofrimento e angústia
Tipos de câncer mais comuns
Leucemias:
Atacam os tecidos sanguíneos e formadores de células, como a medula óssea
Os fatores de risco para o câncer pode ser a hereditariedade, sedentarismo (caso de câncer de cólon), excesso de consumo de álcool e riscos ambientais (poluentes)
Sarcomas:
Malignidades em células de músculos, ossos e cartilagens
Sua prevenção se dá por vários hábitos, como não fumar, se expor a toxinas, não beber, se exercitar frequentemente, etc. Alguns alimentos que auxiliam, como o alho, flavonoides, betacatoreno, selênio e isoflavonas indol
Carcinomas:
Atacam as células epiteliais que recobrem as superfícies internas e externas do corpo. Eles incluem o câncer de mama, de próstata, de colo, pulmão, pâncreas e pele, etc
Linfomas:
Formados no sistema linfático
Psico-oncologia
O tratamento da pessoa com câncer é muito doloroso, com a negação e evitação do enfrentamento ao descobrir, depois o medo da morte e a insegurança diante do tratamento
O tratamento por quimio gera perda dos cabelos, enfraquecimento das unhas, perda de apetite e peso, dentre outras inúmeras mudanças corporais. Nesse sentido, o paciente sente a doença tomando seu corpo e o sentimento de "mãos atadas"
Busca promover qualidade de vida por meio do enfrentamento da doença, redução do estresse, controle das oscilações de humor, conscientização sobre a importância da motivação para uma resposta positiva ao tratamento do câncer
O atendimento psicológico aos familiares de pacientes em estado terminal pode trabalhar com 2 tipos de luto: Um quando o luto é vivenciado pela morte do paciente, e o outro quando a morte é um risco grande diante do diagnóstico do câncer
Tem como objetivos “a identificação de variáveis psicossociais e contextos ambientais em que a intervenção psicológica possa auxiliar o processo de enfrentamento da doença, incluindo quaisquer situações potencialmente estressantes a que pacientes e familiares são submetidos”.
Ao atender familiares, é importante que estes tenham espaço para expor suas angústias, aflições e necessidades de falar algo ao paciente quando lhe falta coragem, para eliminar todas as possibilidades de remorso quanto à morte do paciente, pois isto será muito mais difícil quando o luto de fato chegar
Costa Junior (2001) define a Psico-oncologia como “um campo interdisciplinar da saúde que estuda a influência de fatores psicológicos sobre o desenvolvimento, o tratamento e a reabilitação de pacientes com câncer”
Esta área da psicologia busca tratar pacientes com câncer e suas famílias, ajudando a lidar com a doença e suas angústias decorrentes
Existem várias maneiras destes parentes reagir ao luto, com depressão, apatia, raiva, dentre outros, pois cada um possui sua subjetividade e modo de lidar com o luto
A proposta da terapia nestes momentos não é a busca de soluções, mas minimizar o sofrimento, diminuir a culpa e ajudar os familiares a enxergarem possibilidades de vida sem a presença do ente querido
Por ser uma terapia breve, visa cuidar da crise decorrente do possível luto, não podendo ser resolvido, apenas apreendido pelo terapeuta e pelo próprio enlutado
Etapas da Terapia
4º Momento:
Descobrir a existência de alguém que possa resolver os problemas práticos da situação. Nesse momento, pessoas que não sejam tão ligadas ao paciente podem ser importantes, principalmente para dar apoio aos familiares (namorados, amigos, vizinhos, parentes distantes etc
5º Momento:
Poupar a família do excesso de ajuda externa. Aqui o psicólogo deve controlar sua própria ansiedade no ímpeto de querer ajudar. O excesso de estímulos vindos do exterior do núcleo familiar pode ser estressante. Cada família tem sua dinâmica, tempo e forma para “digerir” seus processos. Isto deve ser respeitado
3º Momento:
Falar sempre a verdade em relação ao prognóstico do paciente
6º Momento:
Evitar a criação de fantasias de cura milagrosa (isso não significa resignação ao diagnóstico; pode-se buscar uma segunda opinião ou até outras formas de tratamento). A realidade deve ser encarada, sob pena de uma frustração maior posteriormente
2º Momento:
Acolher as fantasias dos parentes, como raivas, culpas, temores etc., aceitando sem grandes contradições no momento (até porque não se sabe ainda o quanto é fantasia e o quanto é realidade), mas também sem dar maiores reforços ao discurso
7º Momento:
Incentivar a família a respeitar e vivenciar junto com o paciente o tempo que resta, respeitando seus limites e as vontades. Isto, no entanto, não significa se submeter a qualquer imposição vinda do paciente, sob o fantasma de um futuro remorso ou culpa
1º Momento:
Dar acolhimento, deixar a pessoa falar, desabafar, chorar etc. O importante para que isto ocorra com eficácia é ter um vínculo ou rapport estabelecido. Ter acompanhado o paciente (e os familiares) durante o seu período de internação pode auxiliar, mas, se isto não foi possível, o simples “estar presente” pode ser o suficiente
8º Momento:
Esclarecer aos familiares menos ligados ao paciente terminal que manifestações emocionais vindas daqueles que estão mais ligados ao paciente não devem ser entendidas como agressões pessoais
9º Momento:
É o momento de começar a contabilizar não só as perdas, mas, sobretudo, os ganhos da situação. Aqui, pode-se incentivar a família a fazer uma avaliação geral de como ela entrou, como está, e como sairá da situação. Também é o momento em que se pode realizar o encaminhamento para a psicoterapia, caso necessário