Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Processo de Envelhecimento - Problema 1, Fatores de risco / Tratamento,…
Processo de Envelhecimento - Problema 1
Processo de envelhecimento
Definição
Processo dinâmico e progressivo - há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas
Isso faz com q haja perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente = > vulnerabilidade e incidência de processos patológicos q terminam por levá-lo a morte
Redução da capacidade de adaptação homeostática perante situações de sobrecarga funcional do organismo
Pode caracterizar como uma fase de continuum q é a vida - começando c/ a concepção e terminando c/ a morte
Ao longo dele é possível observar fases de desenvolvimento, puberdade e maturidade (entre as quais podem ser identificados marcadores biofisiológicos - limites de transição entre as mesmas)
Ex: menarca como marcador de início de puberdade da mulher
Consequência ou efeitos da passagem do tempo
Podem ser + ou - ,observados em dimensões: organismo (envelhecimento biológico) e psiquismo (envelhecimento psíquico)
Velho e velhice
Manifestação somática da velhice (última fase do ciclo de vida)
Caracterizado: pela redução da capacidade funcional, calvície, redução da capacidade de trabalho e da resistência ... entre outras
Associam-se perdas dos papéis sociais, solidão, perdas psicológicas e motoras, e afetivas
Maioria das pessoas:
Tais manifestações (somáticas e psicossociais) começam se tornar evidentes a partir do fim da 3ª década de vida ou pouco mais - muito antes da idade cronológica q demarca socialmente o início da velhice
Não há uma consciência clara de q, por meio de características físicas, psicológicas, sociais, culturais e espirituais possa ser anunciado o início da velhice
Ex: alguns parecem velhos ao 45 anos e, outros, parecem jovens aos 70 anos
Envelhecimento comum e bem-sucedido
Comum / Usual
Admite-se os fatores extrínsecos (tipo de dieta, sedentarismo, causas psicossociais...) intensificam efeitos adversos q ocorrem c/ o passar dos anos
Saudável / Bem-sucedido
Fatores extrínsecos ñ estariam presentes ou, qdo existentes, são de pequena importância
Principais condições
Baixo risco de doenças e incapacidades funcionais relacionadas c/ doenças
Funcionamento mental e físico excelentes
Envolvimento ativo c/ a vida
Envelhecimento normativo
Desde q o normal ñ pode ser adequadamente definido, é impossível selecionar pessoas idosas normais como controle como material p/ efeitos de estudos da idade
Representa o processo natural de desenvolvimento em fases avançadas da vida
Pode ser de 2 tipos
Secundários: Resultado de algumas influências externas e variável entre indivíduos em diferentes meios
Primários: universal, presente em todas as pessoas (geneticamente determinado ou pré-programado)
Senescência ou senectude e senilidade
Senescência
Resulta de somatório de alterações: orgânicas, funcionais e psicológicas próprias do envelhecimento normal
Senilidade
Modificações determinadas por afecções q frequentemente acometem a pessoa idosa
Idosos portadores de dças - múltiplas - somam-se os efeitos das alterações fisiológicas próprias do envelhecimento normal e os decorrentes de modificações funcionais produzidas pela presença de dças concomitantes
Genética do envelhecimento
3 focos importantes
Estudo da herança genética familiar
Análise da hereditariedade: relação ao modo de transmissão de inúmeros caracteres humanos
Porém, há possibilidades de impactos e interferências ambientais - produção de sequências alteradas de DNA-Mutações
Hereditariedade
Fluxo de informações do genótipo p/ fenótipo = uniderecional
Unidades hereditárias transmissíveis mantém sua identidade de geração em geração
Ambiente: pode interferir na transmissão dos caracteres e induzir variações
Assim, não-linearidade da resposta de alguns genótipos a essa mudança = na existência de fenótipos distintos (como produtos de interações)
Contribui c/ as doenças crônicas-degenerativas q afetam o segmento idoso
Modificações epigenéticas do envelhecimento
Mecanismos epigenéticos: proporcionam um controle transcricional extra - regulação da forma como os genes são expressos
Esses mecanismos são componentes críticos no crescimento e desenvolvimento normal das céls
Estudo das mudanças na sequência de DNA
Mudanças estruturais da cromatina: influenciam a expressão gênica - genes são inativados qdo a cromatina está condensada (silenciosa); genes são ativados qdo a cromatina está aberta (ativa)
Esses estados dinâmicos da cromatina são controlados por padrões epigenéticos reversíveis - como metilação do DNA e modificações em histonas
Anormalidades epigenéticas estão ligadas ao envelhecimento (câncer, desordens genéticas...)
Estudo de expressão de genes associados ao envelhecimento
Direcionado p/ genes mutados - responsáveis pela aceleração do envelhecimento, do q genes q podem retardar esse processo
Há existência de doenças geneticamente herdáveis - manifestam vários fenótipos do envelhecimento
Tais distúrbios genéticos = Sínd progeróides (pois, aceleram alguns sinais do envelhecimento normal)
Essa sínd é causada por mutações em um gene, q está envolvido em um ou mais processos de manutenção e integridade do genoma (replicação, reparo, transcrição e recombinação) p/ manutenção somática durante o envelhecimento
Exs:
Hutchinson-Gilford-Progeria
Síndrome de Down
Síndrome de Werner
Síndrome de Cockayne
Ataxia / Telangiectasia
O estudo da genética analisa padrões de herança q determinam variações de tempo de vida e o desenvolv de doenças crônico-degenerativas
Genes da longevidade
Envelhecimento e longevidade estão sujeitos à regulação gênica
Diferentes níveis organizacionais corporal responsável pela manutenção funcional no envelhecimento e longevidade dos seres humanos
Genes q alteram a longevidade associado a dças
Genes q causam ou aumentam os riscos de dças = em diminuição dramática da expectativa de vida
As mutações associadas à longevidade dependem da interação de outras variáveis
Exs: apoliproteína E (APO E); enzima conversora de angiotensina (ECA); genes do complexo histocompatibilidade (MHC)
Níveis organizacionais
Molecular
Celular (morfo-bioquímico)
Histológico e de órgãos
Fisiológico
Genes q causam o envelhecimento
Desencadeiam o processo de envelhecimento precoce
Levam ao acúmulo acelerado das modificações biológicas associados ao envelhecimento e à morte precoce
Exs: o gene da sínd de Hutchinson-Gilford e da sínd de Werner
Genes q determinam o tipo de idoso q seremos
Envolvidos c/ processos de envelhecimento e surgimento de dças crônicas não-transmissíveis
Diferenças na genética de cada ser humano ajudam a determinar como e qdo teremos cabelos brancos ou desenvolveremos algumas patologias: osteoporose, DM tipo II, declínio cognitivo, senescência imune...
Teorias do envelhecimento
As mudanças do envelhecimento apresentam 4 condições p/ q sejam relacionadas c/ aumento da idade
4 condições
Devem ser deletérias: reduzir a funcionalidade
Devem ser progressivas: estabelecer gradualmente
Devem ser intrínsecas: ambiente tem forte influência sobre o aparecimento e velocidade dessas mudanças (apesar de ñ ser a causa)
Devem ser universais: dentro de uma mesma espécie
Teoria da taxa de vida
Relação inversa: entre quantidade de calorias consumidas e duração máxima da vida
Defende: quanto maior o metabolismo, maior é o consumo de calorias e menor a longevidade
Teoria dos radicais livres
Radicais livres: são átomos ou moléculas altamente reagentes com gde capacidade de promover lesão celular
Determinada lesão seria o inicio do processo de envelhecimento segundo a teoria
Ex: o O2 é a maior fonte de radicais livres e essa prod ocorre como conseq da resposta fisiológica celular normal
Crítica a teoria: o efeito benéfico desses radicais ainda ñ foram comprovado
Teoria baseada em alterações do sist orgânico ou Teoria do Marcapasso
Baseia-se: na perda ou diminuição da função dos sist orgânicos evidenciados c/ o avançar da idade
Ex: alterações do sist imunitário e do sist endócrinológico
Crítica: ñ se pode afirmar se essas alterações são causas ou conseq do envelhecimento
Teoria do equívoco ou do erro catastrófico de Orgel
Baseada: na presença de erros nos mecanismos percussores da formação proteica
Pode ser
Primário: no próprio DNA
Ou em qualquer fase da síntese proteica (RNA, transcrição, translação)
As proteínas alteradas seriam as principais responsáveis pela deterioração orgânica
Alterações proteicas pós-translacionais
Modificações ocorridas na estruturas da proteína - após serem produzidas (alterações enzimáticas ocorridas c/ a idade)
Alterações do sist lesão/reparação do DNA
O DNA é constantemente lesado durante toda a vida
E o mecanismo de reparação encontra-se alterado c/ o envelhecimento
Alterações baseadas nas alterações somáticas
Existência de aberrações cromossômicas nas céls somáticas acentuam-se c/ o envelhecimento
E acúmulo dessas alterações durante a vida = heterogeneidade celular (o q poderiam explicar > prevalência de dças q são de origem clonal como câncer e aterosclerose)
Teorias baseadas em modificações genéticas (Teoria do relógio biológico)
Cada espécie de ser vivo apresenta uma duração máx de vida - determinada pelo seu padrão genético
Núcleo da cél responsável pelo relógio biológico do indivíduo
Teoria das ligações cruzadas
Presença de ligações cruzadas entre as céls de DNA e deste c/ proteínas precipitadas por ação de agentes antioxidantes, radiação ou subst químicas
Isso prejudica: permeabilidade dos vasos sanguíneos = prejuízo da função celular (ex: colágeno)
Formas de prevenção de dças relacionadas ao envelhecimento
Introdução
Processo de agressão à saúde do idoso
Inicia-se com fatores de risco q provocam um determinada doença
Levam à incapacidade (limitações e/ou restrição)
Comprometendo a participação social do paciente (desintegração social)
Culminando com a perda da independência e autonomia, institucionalização ou óbito
Objetivos: aumentar a longevidade e recuperar, preservar ou manter a funcionalidade (autonomia e independência) - qualidade de vida
A intervenção geriátrica se dá e qualquer nível: 1ª, 2ª, tratamento e reabilitação
Expectativa de vida
nº limitado de condições crônicas q se tornam mais frequentes c/ aumento da idade
Afecções + comuns:
Dças cardiovasculares: aterosclerose - cardiopatia isquêmica; AVC
Câncer; Dça respiratória (DPOC/pneumonia)
Dça osteoarticular (osteoporose/osteoartrite)
Demência, delirium, depressão; DM; Parkinsonismo; Incontinência urinária
Deficiência visual e auditiva
Alvos de intervenção geriátrica
Redução dessas condições pode reduzir as mortes prematuras e aumentar longevidade
Determinantes da saúde
Incluem biologia (características genéticas e fisiológicas), estilo de vida e o meio ambiente (dimensões físicas e sociais)
Perfil de morbimortalidade pode ser influenciado por intervenções q promovam a saúde e prevenam dças
Exs: interrupção do tabagismo, controle do peso, realização de exercícios físicos e dieta saudável
Realização de imunizações - tbm contribuem p/ melhor qualidade de vida
Aterosclerose
Dça inflamatória crônica, sistêmica, progressiva - acometendo artérias de gde e médio calibre
É uma resposta generalizada da parede arterial decorrente dos fatores de risco
Caracteriza-se pelo remodelamento progressivo da parede arterial (placa aterosclerosa)
Isso pode causar: obstrução (isquemia) e/ou dilatação (aneurisma/ruptura), calcificação, hemorragia intraplaca, embolização distal e trombose intraluminal
Qdo ocorre ruptura pela placa fibrosa - dça torna-se aguda (infarto/necrose) - responsável por cerca de 50% de todos óbitos
Principais complicações:
Processo iatrogênico inicia-se c/ injúria vascular - causada por lipoproteínas circulantes associadas a outros fatores de risco
Ex: dça arterial coronariana = da interação de fatores ambientais (fatores de risco modificáveis) + suscitabilidade genética + idade (homens c/ > 45 anos e mulheres > 55)
Avaliação do risco cardiovascular
Refere-se a utilização de modelos preditores do risco de desenv de dça arterial coronariana
Identificação de principais fatores de risco de dça arterial coronariana
Sendo eles:
idade, sexo, HA, tabagismo
Dislipidemia, DM, HF de morte cardiovascular prematura
Hipertrofia do ventrículo E, obesidade, sedentarismo...
Dislipidemia
Envelhecimento altera o perfil lipídico
O LDL-colesterol aumenta progressivamente nos homens e mulheres
Após menopausa - o LDL aumenta mais nas mulheres do q nos homens
A partir dos 50-60 anos: em homens e mulheres o LDL permanecem estáveis e tendem a um declínio lento em ambos os sexos
50% das pessoas acima de 65 anos tem dislipidemias
Tem papel importante na progressão da arteriosclerose coronariana e representa fator de risco independente p/ eventos coronarianos fatais e ñ fatais
Tratamento:
Tende a ser similar em todas as faixas etária
Prevenção 1ª: redução de ventos coronarianos fatais e ñ fatais - disposição de estudos randomizados, placebos controlados (especificamente em idosos acima de 80 anos - muito idosos)
Prevenção 2ª: uso de estatinas p/ redução de riscos de eventos coronarianos fatais e ñ fatais
Recomendações: mudanças de hábitos dietéticos podem trazer conseq como desnutrição geral ou específica (redução do consumo de Ca e vit D, deficiência de B12 pela redução do consumo de carne)
Por último: avaliar se a expectativa de vida do paciente justifica essa intervenção
Deve-se evitar intervenções farmacológicas preventivas em idosos com: expectativa de vida limita ou c/ doenças crônicas-degenerativas (capazes de comprometer a autonomia e independência do indivíduo)
Vitaminas e reposição hormonal em geriatria
Introdução
Uso indiscriminado de suplementação vitamínica, sais minerais e hormônios é comum e, potencialmente perigoso
Antioxidantes
Manutenção dos mecanismos homeostáticos depende de: reações enzimáticas intracelulares - cujos produtos finais são = Energia (ATP) e radicais livres (ânion, superóxido, peróxido de H, radical hidroxila...)
Radicais livres: são moléculas ou partículas de moléculas instáveis, reativas e q causam lesões de lípidos (peroxidação lipídica), de proteínas e DNA
Normalmente, a cél dispõe de subst antioxidantes (glutationa, catalase, zinco, cobre e vitaminas - E, C e B-caroteno) e de enzimas q bloqueiam a ação dos radicais livres ou impedem q eles se formem
Porém, qdo há desequilíbrio entre prod de radicais livres a antioxidantes = Estresse oxidativo
Assim:
Produção excessiva de radicais livres = oxidação de LDL-colesterol via peroxidação lipídica
A LDL-oxidada tem resposta lesiva no endotélio vascular = diminuição de prod de óxido nítrico e aumento prod de fatores quimiotáticos p/ monócitos e proliferação de céls musculares lisas
Além de estimular tbm agregação plaquetária
Isso = em estimulação de desenvolv da placa aterosclerótica, além de auxiliar na ruptura da placa e trombose local
Estresse oxidativo: acelera o envelhecimento celular, predispondo o surgimento precoce de dças, como: aterosclerose, catarata, degeneração macular, dças degenerativas do SNC, alguns tipos de câncer
Utilização de vitamina E, vit C e B-caroteno p/ redução de riscos de dças cardiovasculares ainda é um questionamento p/ estudos científicos
Assim, determinadas vitaminas demonstraram possibilidade protetora dos antioxidantes na formação de placa aterosclerótica - benefícios consistentes, mas, modestos
Prevenção c/ vit E
Em homens c/ alto risco de AVC e demência vascular: suplementação com vit E e C protegeu contra desenvolv de demência vascular e melhorou demência cognitiva
Porém
A sua utilização p/ acentuar a resposta imune contra infecções ñ tem sido demonstradas
Degeneração macular
Está entre as principais causa de cegueira
Assim, há relação c/ a menor ingestão de frutas e vegetais ricos em vitamina A
Uso de vitaminas e câncer
Vitamina A
Ñ há estudos prospectivos avaliando o efeito da suplementação de vit A no risco de câncer
Relação inversa entre uso de vit A e risco de câncer de mama e cólon
Vitamina C
Ñ há estudos avaliando o efeito da sua suplementação no risco de câncer
Ñ há associação entre sua suplementação e risco de câncer de mama, próstata, cólon e pulmão
Vitamina E
Sua suplementação pode reduzir a incidência de câncer de próstata e mortalidade por câncer da mesma
Ñ houve proteção contra o câncer de pulmão
Ñ há estudos entre a associação do uso de vit E e risco de câncer de mama, pulmão e cólon
B-caroteno
Ñ reduz risco de câncer de pulmão, cólon mama e pele
Sua suplementação pode aumentar o risco de câncer de pulmão em tabagistas graves
Vitamina D
Prevalência de hipovitaminose D é alta em: mulheres pós-menopausa, idosos muito idosos, raça negra e residentes de instituições de longa permanência
Importância: envolvida no funcionamento do sist músculo-esquelético, regulando o metabolismo do Ca e fósforo, juntamente c/ paratormônio e calcitonina
Sua prod ocorre principalmente devido a exposição solar (radiação ultravioleta)
Fontes dietéticas são escassas - representadas pelos vegetais (cogumelos) e produtos de origem animal (óleo do fígado de peixe -bacalhau - e produtos enriquecidos - leites, sucos, cereais fortificados)
O nível sérico de 25-OH-vitamina D3 = melhor indicador de deficiência vitamínica (ñ regulada intrinsecamente e sua [] reflete diretamnete o conteúdo de vit D3 e da síntese cutânea
A [] ótima é aquela q suprime a prod de paratormônio - responsável pela reabsorção do Ca ósseo e risco de fratura
Níveis normais variam de 25 a 137,5 nmol/L
C/ o envelhecimento há uma redução da prod de vitam D3, superior a 50% comparado c/ adulto
Fatores de risco
Idade e sexo: + precoce na mulher - iniciado após 50 anos
Sexo feminino: impacto na menopausa (modificações no hábito de vida das mulheres q causam impacto na exposição solar)
Meses de pouca exposição solar - como no inverno
Latitudes: residentes acima de 40º N ou abaixo de 40º S ñ sintetizam vit D cutânea durante inverno
Pigmentação da pele
Idosos institucionalizados e/ou dependentes das atividades diárias
Menos ativação renal da 1,25-OH2-vitaminaD3
Menos consumos de leite e alimentos derivados de vit D
Dosagens de vitam D3 até 2000UI/dia são consideradas seguras
Exercícios físicos no idoso
Atividade física
Qualquer movimento realizado pelo sist esquelético - c/ gasto de energia
Exercício físico
Categoria da atividade física - conj de movs físicos repetitivos planejados e estruturados p/ melhorar o desempenho físico
Pode levar ao aumento da expectativa de vida (mesmo naqueles q iniciaram a partir dos 75 anos)
Assim, devido a heterogeneidade do idosos, a dosagem, especificação e acompanhamento dos exercícios são atribuições do fisioterapeuta (idosos portadores de afecções) ou de educadores físicos (idosos saudáveis)
Recomendação de que as pessoas devem acumular pelo menos 30 minutos diários de atividade física
Capacidade funcional
Capacidade de realizar atividades físicas cotidianas, profissionais, esportivas, terapêuticas e de lazer
Parâmetros p/ prescrição de exercícios são: intensidade, duração, frequência, tipos de exercícios e progressão
Prescrição da atividade física
Programa físico q inclua treinamento de força, resistência e flexibilidade irá certamente contribuir p/ o envelhecimento + saudável
Exercício aeróbico
Desempenho cardiovascular - melhorando a tolerância atividade física
Aumenta a sensibilidade à insulina e reduz risco de dça cardiovascular
Melhora a flexibilidade e o equilíbrio - reduzindo riscos de quedas e de fraturas osteoporótica (apesar de ñ prevenir sarcopenia e osteopenia)
Exercícios de resistências
Realizados c/ cargas progressivas, podendo ser isométrico ou isotônico
Aumentam a massa muscular - interrompendo ou revertendo a sarcopenia
Há o aumento da taxa de metabolismo e melhora do apetite
Estabilizam ou aumentam a massa óssea e melhoram a flexibilidade e o equilíbrio (principalmente nos idosos c/ perda de massa muscular e astenia)
Aumento da força muscular - melhor realização das atividades diárias (subir escadas, carregar peso e caminhar)
Exercícios de flexibilidade
Manobras de alongamento dos grupos musculares e melhoram a flexibilidade e o equilíbrio
Procedimentos dermatológicos e de cirurgia plástica p/ fins estéticos
Fisiologia da pele senil
3 camadas
Intermediária: derme
Profunda: hipoderme
Superior: epiderme
Sintomas de envelhecimento
Atrofia, frouxidão, enrugamento, dobras pêndulas sequidão, palidez, alterações da pigmentação e, nos cabelos, clareamento e diminuição dos nºs de fios
Epiderme
Apresenta redução celular c/ diminuição da sua espessura
Diminuição difusa e progressiva da pigmentação devido à perda de 8 a 20% da população de melanócitos a cada 10 anos
Comum o parecimento de manchas melânicas na pele exposta - melanose solar ou lentigo senil (proliferação de melanócitos da junção dermo-epidérmica)
Derme
Alterações nessa região: responsável pelo enrugamento observados na pele idosa
Há diminuição do volume dérmico e colágeno por unidade de área da pele ñ exposta decresce
Maioria das fibras elásticas se desintegram - após 70 anos a maioria se encontram anormal
Conteúdo de H2O está baixo por causa da diminuição de mucopolissacarídeo responsáveis pela fixação desta na derme
Procedimentos
Decorre, principalmente, das alterações progressivas q acabam por originar conseq como: aparecimento de rugas e sulcos q se fundem na derme e hipoderme
Quando o surgimento d rugas provoca mal estar estético, existem alguns procedimentos p/ proceder sua eliminação
Peeling
Tratamento q visa a renovação das céls da epiderme - consequentemente auxiliando p/ remoção das rugas
Há várias técnicas: alguns utilizando-se produtos químicos (+comuns) e outras por meio de cirurgias
Químico:
Utilização de subst q eliminam a queratina (queratolíticos)
Facilitam a remoção de céls cutâneas superficiais (exfoliação)
Permite a renovação da camada externa da pele
Produtos + utilizados: ácido tricloroácetico - o q pode originar (inicialmente) vermelhidão na pele e formação de crostas, ao fim de 2 ou 3 sems, faz com q a pele apresente-se limpa e c/ menos rugas
Outros: ácido salicílico e resorcina - costumam causar erupção e renovação das céls
Biológico
Utilização de produtos enzimáticos c/ uma ação proteolítica e exfoliativa
Derivados de vit A, como o ácido retinóico e a tretinoína
Produtos aplicados sob a forma de gel ou creme sobre a pele do rosto durante a noite - retirados pela manhã através da limpeza
Se realizados durante muito tempo, pode ser uito eficaz na redução do nº de rugas
Mecânico/Cirúrgico
Utilização de uma máq de desbaste q ao passar sobre a pele, provoca dermabrasão - eliminando toda a epiderme e a parte da derme
É uma operação agressiva - sendo necessária a aplicação de uma ligadura protetora até a regeneração das camadas cutâneas
Atualmente: existe técnicas menos agressivas por meio de laser
Cirurgia plástica
Quando a flacidez cutânea é significativamente, tornando procedimentos de técnicas anteriores ineficazes, há a possibilidade de recorrer a cirurgia plástica
Intervenção + comum: Lifiing ou "estiramento facial" - elaboração de vários cortes e na separação dos tecidos subjacentes num amplo setor da pele da face
Esse procedimento, primeiramente, puxa a pele p/ cima e p/ trás -> retira o excesso e, por fim, procede à sua sutura -> proporcionando cicatrizes pouco visíveis e ocultas (contornando os pavilhões dos ouvidos e depois dirigindo-se a nuca)
Período de recuperação rápido - entre 2 a 3 semanas
Se conveniente, aproveita-se p/ retirar a gordura q encontra-se em excesso e arrastar os músculos faciais
Lipoenxertia facial
A face pode ser dividida em regiões anatômicas e dentro de limites precisos p/ lipoenxertia
Teve maior adesão após a lipoaspiração ter sido integrada ao arsenal de cirurgias plásticas
É um método disponível, sem causar respostas imunológicas, segura e não carcinogênica - obtida c/ processos invasivos mínimos
Cada uma dessas regiões faciais recebem volumes específicos de gordura em função da necessidade estética
Principais regiões lipoenxertadas
Glabela
Temporofrontal
Malar
Sulco nasogeniano
Lábios
Região mentual
Rugas de expressão
Complicações + comuns:
Equimoses, hematomas, celulites nas áreas enxertadas e irregularidade no contorno
Lipodistrofia facial, hipertrofia dos enxertos, embolia gordurosa na artéria cerebral, hemiparesia e cegueira
Preenchedores injetáveis
Mais usado é o de ácido hialurônico (AH)
É hidrofílico, sendo rapidamente degradado no organismo pela hialuronidase em cerca de um dia
A estabilização, por meio de técnicas de cross-linking, visa aumentar a duração dos preenchedores
Outros tipos de preenchedores são os polímeros biossintéticos
Um ex: hidróxido de apatita
Após sua injeção, o gel de hidróxido de apatita é fagocitado, e as microesferas de hidróxido de apatita são depositadas no tecido.
A degradação das microesferas é lenta, estendo-se por até mais de dois anos.
O ácido poli-L-lático
Não é um preenchedor per si
Sua injeção estimula nova síntese de colágeno com formação de um processo granulomatoso.
Tratamentos seriados são necessários, sendo a resposta vista após seis semanas e com resultados de duração de até dois anos.
Toxina botulínica
Rugas dinâmicas são causadas pela atividade excessiva dos músculos da mímica facial.
A toxina botulínica é boa opção para sua redução - mais comum sendo do tipo A.
Regiões + habituais
Glabela
Região lateral do músc orbicular dos olhos
Região frontal
Trabalho dos médicos e demais profissionais de saúde especialista em geriatria
O grau de vulnerabilidade desse novo organismo envelhecido é extremamente heterogêneo - dependendo da hereditariedade e ambiente
O comprometimento funcional e/ou incapacidade associado a deficiências podem comprometer a autonomia e independência do indivíduo de forma variável - desde pequenas limitações até gdes restrições nas atividades de vida diária
O idoso está inserido em uma família - ampliando ainda mais a abordagem clínica geriátrica ( o q inclui a avaliação geriátrica e a formulação de planos de cuidados)
Avaliação do idoso
Tanto no organismo quanto psiquismo, busca-se quantificar o grau de comprometimento funcional global (diagnóstico funcional)
E identificar a presença de deficiências e/ou disfunções/doenças nos sist fisiológicos principais (diagnóstico etiológico ou dças)
Avaliação multidisciplinar
Analisar os problemas biopsicossociais trazidos pelo paciente e sua família
Apontar um plano de cuidado capaz de recuperar ou manter sua autonomia e independência
Plano de cuidado composto por ações de promoção e prevenção de dças (1ª e 2ª), ações curativas, paliativas e reabilitadoras
Ações preventivas
Implementadas ao longo da vida do paciente
Eficazes p/ desenvolv de uma velhice saudável
Ações reabilitadoras/paliativas
Direcionadas a problemas específicos e apresentam uma relação custo-benefício + desfavorável
Ações paliativas - visam conforto do paciente e sua família após terem sido esgotadas todas ações capazes de manter ou recuperar a autonomia e independência do indivíduo
Abordagem geriátrica
Difere da abordagem padrão
Inclui domínios ñ médicos, enfatiza a habilidade funcional e a qualidade de vida
Na maioria das vezes, envolve trabalho interdisciplinar de preservação ou recuperação da funcionalidade
Incluindo:
Fisioterapia, Serviço social
Fonoaudiologia, Enfermagem, Terapia ocupacional
Nutrição, Psicologia, Odontologia...
Resgata e integralidade e a multidisciplinaridade na atenção à saúde
Analisa a presença de polipatologia e níveis múltiplos de intervenção - além das necessidades ambientais, familiares e psicossocial
O foco da atenção desloca-se da intervenção aguda p/ cuidado de longo prazo - contínuo e interdisciplinar
Implementação do cuidado: escolha da modalidade de atendimento mais adequada p/ o idoso e sua família
Essencial a individualização do cuidado - ñ há existência de drogas específicas p/ todos (heterogeneidade do idoso/família)
Síndromes geriátricas /iatrogenia = da fragmentação do cuidado, excesso de especialistas, precipitações nas decisões, ímpeto pela descrição de tratamentos duvidosos associados a > vulnerabilidade do paciente
Papel da família na qualidade de vida, nos cuidados de saúde e evolução do processo de envelhecimento
Família: principal instituição cuidadora dos idosos frágeis
Dificuldades
Transição demográfica
Atinge essa instituição: reduzindo a capacidade de prestar apoio aos seus membros idosos
Redução da fecundidade
Modificações na estrutura familiar
Nº de filhos cada vez menor e demandas familiares crescentes - limitando a disponibilidade dos pais cuidarem de seus filhos e filhos de cuidarem dos pais
Modificações nos arranjos familiares
Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho
Conflitos intergeracionais
Valorização do individualismo
Modificações nas habitações
Limita possibilidades de cuidados adequados às pessoas c/ gdes síndromes geriátricas como: incapacidade cognitiva, instabilidade postural, imobilidade e incontinência urinaria
Dimensão socio-familiar: fundamental na avaliação multidimensional do idoso
Rede de apoio / Suporte social
Decisiva p/ envelhecimento saudável
Capacidade de socialização e integração social é um fator protetor p/ saúde e bem estar
Participação em: clubes de 3ª idade, centros comunitários, associação de aposentados, centros-dia, organizações de voluntários devem ser estimulados
Instituição de longa permanência
Deve ser indicada em casos de insuficiência familiar grave
Onde outras modalidades de atendimento foram insuficientes p/ garantir o cuidado
Não deve ser encarada como abandono e, sim, como alternativa digna p/ o idoso frágil
Devem ser equipadas com: recursos humanos e materiais necessários ao atendimento das necessidades de cuidado como: assistência, saúde, alimentação, repouso e lazer
Objetivos
Oferecer ambiente seguro e acolhedor
Oferecer aos idosos de vulnerabilidade serviços de atenção biopsicossocial
Restaurar e manter o máx de independência e funcionalidade global
Preservar a autonomia individual
Promover o conforto e dignidade dos idosos c/ dça terminal e de seus familiares
Prevenir e reconhecer precocemente intercorrências agudas e iatrogenia
Atento em:
Indicadores de violência familiar, abuso e maus tratos à pessoa idosa
Lesões corporais inexplicáveis, descuido c/ higiene pessoal
Demora na busca de atenção médica
Discordâncias entre a história do paciente e a do cuidador
Internações frequentes por ñ adesão ao tratamento de dças crônicas
Ausência familiar na consulta ou recusa à visita domiciliar
Fatores de risco / Tratamento
Hipertensão arterial sistêmica
efeito dose-dependente: quanto maior a pressão arterial, maior o risco de DA
pressão arterial sistólica muito elevada (> 180 mm Hg versus 141-180mmHg)
Uso de medicações p/ controle da pressão: associado a preservação cognitiva em idosos, reduzindo risco de DA em 38% durante 5 anos seguidos
A pressão arterial diastólica muito baixa (≤ 65 mmHg versus 66-90 mmHg)
Colesterol
Medicações redutoras de colesterol podem ser fator de proteção de DA
DM
Práticas de proteção: redução do peso pela prática de atividades físicas e controlo dietético
Essas prática, indiretamente reduzem a resistência insulínica nos tecidos (a qual pode estar envolvida na patogenia de DA - aumentarem níveis de beta amiloide e agentes inflamatórios no SNC)
Redução de risco de DA
Atividades que estimulem a cognição, como: leitura de jornais e livros, assistir TV, jogar cartas, palavras cruzadas e tocar instrumento musicais
Associado c/ redução de risco em 64% de DA
Pacientes q consomem: peixes ricos em ômega 3 (1X/sem ou +); ingestão de gorduras poliinsaturadas ou monoinsaturadas e vegetais - protetor contra declínio cognitivo
Dieta abordada de uma maneira mais ampla - auxiliando no controle de peso, reduzindo risco de HA e DM
Medidas que haja melhora da qualidade de vida como: práticas de atividades físicas regularmente - prevenção de dças cardiovasculares (as quais auxiliam no processo fisiopatológicos de DA)
Ñ deve ser recomendado como medida preventiva
Terapia de reposição hormonal (TRH): mulheres pós-menopausa, seja c/ estrógenos ou estrógenos-progesterona (ñ há redução do declínio cognitivo leve ou incidência de demência)
Fatores dietéticos
Consumo de gorduras saturadas: aumento do risco de DA
Maior consumo de gorduras transaturadas (hidrogenadas)
Medicações indicadas
Inibidores da colinesterase
Diminuir o catabolismo da acetilcolina e melhorar a transmissão neuronal colinérgica, comprometida na DA
Eficácia: apresentada através de escalas de avaliação clínica global, função cognitiva, capacidade funcional e comportamento
Maioria dos estudos realizados em pacientes c/ DA leve e moderada
Existe melhora na função cognitiva c/ seu uso nas doses recomendadas durante 6 meses a 1 ano
Benefício: em relação à capacidade funcional e comportamento
Efeitos adversos: dor abdominal, anorexia, tontura, náusea, vômitos, diarreia, cefaleia e insônia
Donepezila
Eficácia na dose de 5 mg e 10 mg ao dia
Titulação recomendada de 4 sem
Inibe a acetilcolinesterase
Rivastigmia
Melhora a cognição: doses de 6 a 12 mg/dia (> efeito colateral nessas doses) c/ titulação no período de 3 meses
Galantamina
Doses de 16 mg/dia (mais tolerada q em doses ais altas e eficácia semelhante)
Memantima
(antagonista de baixa afinidade dos receptores N-metil D aspartato)
Inibe a toxidade excitatória glutamatérgica e age nos neurônios do hipocampo
C/ 20 mg/dia em DA moderada. apresenta: melhora na impressão clínica global, na funcionalidade e comportamento
Efeito adverso: agitação
Quando indicar seu tratamento?
Resultados disponíveis para o tratamento da DA nas fases leve, moderada ou grave mostram benefícios, pois existe melhora significativa na pontuação das escalas de avaliação
Porém, a relevância clínica ñ foi totalmente definida
Recomendação
Iniciar o tratamento c/ os inibidores da colinesterase em pacientes c/ DA
Havendo declínio clínico - considerar a associação c/ a memantina nos pacientes de fase moderada ou grave
Fases graves: há limitações dos resultados e orientados a ñ iniciar o tratamento
Há medicamentos q podem agravar o déficit cognitivo?
A maioria dos pacientes c/ DA são idosos e polimedicados
Particularidades farmacocinéticas propiciam maior incidência de eventos adversos
Fases moderadas e graves: reserva cognitiva reduzida determina risco adicional
Fármacos c/ efeito sedativo: comprometimento cognitivo muito semelhante ao determinado pela própria dça neurodegenerativa
Deve-se revisar periodicamente as prescrições
Suspeitar do uso de: antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos, antipsicóticos, antihistamínicos e agentes antimuscarínicos
Alzheimer
Problema 3
Metabolismo e processo de mineralização óssea
Formação do tecido ósseo (osteogênese)
É uma série de processos interrelacionados e q ocorrer simultaneamente
Migração celular, mitose, diferenciação celular, modulação celular, síntese e excreção de matriz extracelular, e reabsorção de matriz extracelular
Desenvolvimento do esqueleto inicia-se no embrião e no feto
Tem continuação no desenvolvimento na adolescência
Formados por
Ossificação intramembranosa (meio a uma membrana do mesênquima)
Ossificação endocondral (meio em um modelo de cartilagem hialina)
Ossos chatos do crânio, parte das mandíbulas e clavículas
Maior parte dos ossos longos (membros), pelve, costelas, coluna vertebral
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA
Inicia-se na gestação
Céls mesenquimais se agregam em locais de mesênquima (tec conj embrionário) - ricamente vascularizado
E, assim, se diferenciam em osteoblastos
2,1. Estes, secretam os osteoides - matriz orgânica: constituída por colágenos do tipo I e proteoglicanos
2,2. Secretam tbm: fosfatase alcalina - induz a mineralização do osteoide devido a precipitação de sais de Ca e fosfato inorgânico = cristas de hidroxiapatita
2,3. Hidroxiapatita: mineral dominante na matriz óssea
Durante a ossificação: osteoblastos são presos na matriz e se tornam osteócitos (céls maduras do tecido ósseo)
Assim, ocupam espaços - lacunas - e são conectadas c/ osteócitos vizinhos por meio de prolongamentos no interior de canalículos
Trabéculas (de tecido ósseo recém-formados) são depositadas
E osteoblastos começam a se organizar na superfície dessas trabéculas - c/ a produção de matriz orgânica
Trabéculas fundem-se umas as outras e formam tecido ósseo esponjoso 1º
Osteoclastos migram p/ superfície das trabéculas e começam a reabsorver a matriz óssea - remodelagem óssea
Conforme os osteoblastos produzem matriz óssea -> há o preenchimento dos espaços entre as trabéculas -> convertendo tecido ósseo esponjoso 1º em tecido ósseo compacto
Inicialmente 1º, mas após remodelagem, 2º (lamelar)
Uma camada mesênquima que envolve o osso em desenvolvimento é o periósteo
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
A medida q céls mesenquimais se diferenciam em condrócitos = modelos cartilaginosos c/ formatos de futuros ossos
Primeiro centro de ossificação aparece na diáfise (haste central) do modelo cartilaginoso
Delgado colar ósseo surge ao redor da diáfise (formado pela ossificação intramembranosa do pericôndrio mesenquimal da região mediana da diáfise)
2,1. Após sua formação, o pericôndrio agora é chamado de periósteo
Abaixo do colar, a matriz cartilaginosa começa a se mineralizar e os condrócitos hipertrofiam e morrem
Inicia-se c/ réplicas ou modelos de cartilagens hialina dos futuros ossos adultos
A partir do periósteo, vasos sanguíneos (broto vascular perióstico) invadem o interior da diáfise e levam céls mesenquimais osteoprogenitoras
Essas céls se diferenciam em osteoblastos e depositam matriz óssea sobre a cartilagem mineralizada - compondo trabéculas ósseas
Assim, há a erosão das trabéculas e formação de uma cavidade medular primitiva
Como o diâmetro da diáfise permanece constante, a proliferação do condrócito faz c/ q o crescimento do modelo de ossificação seja longitudinal - em direção as epífises
Condrócitos constituem o disco epifisário nas regiões de junções entre a epífise e diáfise
Ao final da vida fetal e continuando até puberdade, os centros 2ªs de ossificação aparecem nas duas epífises de ossos longos
Após adolescência, discos epifisários se fecham e cessa o crescimento
Consequências do uso prolongado de anti-inflamatórios
Atuação dos AINE
Principais representantes: prostaglandinas, as prostaciclinas e os tromboxanos
AINEs, basicamente, atuam sobre:
Enzimas prostaglandinas sintetases: conhecidas como ciclooxigenase-1 (COX-1) - ampla distribuição tecidual
Ciclooxigenase-2 (COX-2): cujo gene somente é expresso em condições patológicas
COX-2 passou a ser, também, conhecida como ciclooxigenase induzida
COX-1 de constitutiva (sua expressão independe da indução, por fazer parte de vias bioquímicas fisiológicas de tecidos sadios).
Usados nas afecções inflamatórias mais agudas
Faturas, traumas esportivos e outras lesões de partes moles
Tratamento de dores pós-operatórias, odontológicas
Alívio de cefaleias e enxaqueca
Ação 1ª é inibir o Ciclo de Oxigenase (COX) de acido graxo, inibindo a produção de prostaglandina e tromboxanos.
Função plaquetária: alterada porque os AINEs impedem a formação do tromboxano A2 pelas plaquetas
Dessa forma esses medicamentos aumentam o tempo de sangramento em uma lesão.
Efeitos colaterais
Produção ulceração gástrica ou intestinal; fluxo sanguíneo renal comprometido, reações cutâneas, distúrbios da função plaquetária.
Os não-esteroides são 1ª escolha para alívio dos sinais e sintomas desencadeados por doenças atópicas (de fundo alérgico)
Atuação dos AIH ou esteroides
São drogas que mimetizam os efeitos do hormônio cortisol
Possui efeitos metabólicos próprios e age amplificando o efeito de outros hormônios no organismo humano.
Receptores deste hormônio são intracelulares do tipo IV
Efeitos
Indução ou inibição da transcrição gênica
Reflexos diretos sobre:
Sistema cardiovascular, endócrino, urinário, digestório e o metabolismo de forma geral
Interleucinas (IL) 1,2,3 6; interferon-y; fator de necrose tumoral (TNF); algumas quimiocinas e; a expressão das enzimas cicloxigenases.
Ações
Atividades anti-inflamatórias e imunossupressoras
Gene da proteína lipocortina: ação sobre o processo inflamatório é inibir a enzima fosfolipase A2
Resultado da sua atividade, ocorre a liberação do ácido araquidônico no meio intracelular
2,1. Pode ser metabolizado tanto pela via das prostaglandinas sintetases, como pelas vias das lipooxigenases (LOX).
A inibição da fosfolipase A2 mediada pelos corticóides diminui a concentração do ácido araquidônico para ser processado pelas COXs e LOXs e, assim, inibe ambas as vias.
Através da restrição de substratos para estas duas enzimas que tanto o cortisol como os seus análogos sintéticos, os corticosteróides, exercem sua atividade anti-inflamatória.
Inibição da transcrição de citocinas iniciadoras da inflamação, como:
Exs de inibição da transcrição de genes de proteínas relacionadas ao processo inflamatório mediada pelos AIEs são:
Os esteróides são de primeira escolha para amenizar os sinais e sintomas desencadeados pelo processo inflamatório, como a febre e a dor.
Efeitos renais
Prostaglandinas homeostáticas (PGE2 e PGD2 )
Geradas por ação da COX-1 em distintas regiões dos rins, dilatam a vasculatura, diminuem a resistência vascular renal e aumentam a perfusão do órgão
Resultados: redistribuição do fluxo sanguíneo da córtex renal para os néfrons na região intramedular
Inibição dos mecanismos
Diminuir a perfusão renal total e redistribuir o fluxo sanguíneo para o córtex
Processo que culmina em vasoconstrição renal aguda, isquemia medular e, em certas condições, insuficiência renal aguda.
Respostas à diminuição do fluxo sanguíneo renal e às alterações hemodinâmicas renais
Incluem a estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
1,1. Resulta em vasoconstrição e retenção de sódio e água
1,2. Estimulação do sistema nervoso simpático, que aumenta adicionalmente o tônus vascular
Prostaglandinas
Promovem dilatação compensatória da vasculatura renal para assegurar um fluxo sanguíneo normal
Previnem a deterioração funcional aguda do rim.
Reduzem a liberação de noradrenalina, o que também favorece a vasodilatação
Devido à atenuação desses mecanismos contra-regulatórios mediados pelas prostaglandinas que os AINEs comprometem a função renal
Uso prolongado de AINE
Elevação de 5 a 6 mmHg da pressão arterial média, principalmente em hipertensos
Interferir com os efeitos anti-hipertensivos de diuréticos, betabloqueadores e inibidores da ECA
Gastropatias, além da erosão da mucosa estomacal, incluem esofagite, hemorragia digestiva e reativação de doença inflamatória intestinal.
Aparelho cardiovascular: descompensação de insuficiência cardíaca e aumento do risco de eventos aterotrombóticos
Rins: nefrite intersticial, insuficiência renal aguda, retenção de Na+ e edema difuso.
Uso prolongado de AIE
Urticaria, agranulocitose e a aplasia medular induzida pela dipirona
Hepatotoxicidade ao paracetamol
Síndrome de Reye fazendo uso de salicilatos associados a uma infecção viral
Sangramentos difusos em pacientes sob terapia com anticoagulantes
Osteoartrose e Osteoporose
Osteoartrose / Osteoartrite
Epidemiologia
Cerca de 20% da população apresenta essa dça - 3ª causa de afastamento do trabalho no Brasil
Idosos: constitui uma dça crônica e de limitação funcional = comprometimento da mobilidade (instabilidade postural e imobilidade parcial e/ou completa)
É uma dça crônica, baixa mortalidade, atingindo homens e mulheres - cuja prevalência aumenta em proporção direta c/ envelhecimento
Dados clínicos e radiológicos: 50% dos idosos c/ idades = ou > a 60 anos e 85% acima de 75 apresentam essa dça
Forma mais comum de dça articular - acometendo pessoas de qualquer idade e grupo ético
Conceito
Enfermidade articular crônica, multifatorial e com progressivas alterações degenerativas da cartilagem hialina e do osso subcondral
Que pode evoluir com artralgia, deformidades articulares e limitação funcional de grau variado
Há também participação de processos inflamatórios na patogênese da dça
Etiologia
Vários fatores q = na disparidade entre o estresse mecânico aplicado à articulação e a capacidade da cartilagem hialina de suportá-lo
Maior prevalência no sexo feminino, acometendo mais: mãos, joelhos, pés e coluna cervical
2 grupos
Primária
S/ causa definida, c/ acometimento poliarticular
Acometimento, principalmente, de: articulações interfalangianas distais (nódulos de Heberden) e proximais (nódulos de Bouchard)
Articulações metacarpofalangianas e carpometacarpianas dos polegares, metatarsofalangianas dos hálux, quadris joelhos e coluna
Secundárias
Comprometimento de uma ou + articulações de grau variado
Conseq de dças como: (artrite reumatóide, dças metabólicas) ou trauma mecânico (fraturas, sobrecargas ocupacionais)
No sexo masculino: mais comum: coluna lombar e quadris
Considerar
Ambientais: Aspectos ocupacionais e lesões esportivas - comprometimento monoarticular ou oligoarticular
Obesidade - associação principalmente com a osteoartrose de joelhos (indicações: perda de peso)
Fatores genéticos: Sexo; Distúrbios relacionados ao colágeno tipo II; Raça e grupo étnico
Fatores não genéticos: Idade avançada, menopausa, dças articulares ou ósseas dos quadris e cirurgia articular prévia
Fisiopatologia
Cartilagem
Constituída por condrócitos (tecido conjuntivo) - resp pela matriz extracelular, rica em colágenos e proteoglicanos
Estresse repetitivo: liberação de enzimas proteolíticas intracelulares q levam à perda progressiva de condrócitos e matriz
Em resposta: condrócitos proliferam-se e sintetizam macromoléculas como: colágenos, proteoglicanos, ácidos hialurônicos e outras proteínas
Degeneração cartilaginosa: processo dinâmico c/ ciclos de degradação e reparo insuficiente q explicam o seu longo curso
Líquido sinovial
Rico em ácido hialurônico e responsável pela lubrificação articular e reabsorção do impacto
C/ perda progressiva: há diminuição do conteúdo do ácido no líquido sinovial, c/ prejuízo na sua função
Osso subcondral
Ocorre liberação de citocinas e fatores de crescimento q estimulam a remodelação óssea e geram um processo inflamatório de baixo grau
O osso evolui com: congestão vascular e edema, aumento de sua densidade óssea (esclerose), formações císticas e neoformação óssea reacional (osteófitos)
Diagnóstico
Deve-se considerar os dados clínicos e radiológicos (frequente dissociação clínico-radiológica)
Testes laboratoriais geralmente são normais e são utilizados mais como diagnóstico diferencial
Alterações radiológicas + frequentes: redução do espaço articular, esclerose subcondral, cistos ósseos subcondrais e osteofitose
Análise do líquido sinovial mostra celularidade abaixo de 2000 céls por mm3 - podendo ocorrer aumento das crises inflamatórias
Tratamento
Objetivos: melhora da dor e manutenção da funcionalidade - abordando fatores de risco sempre q possíveis
Não farmacológicos
Devem ser colocadas em 1º plano
Programas educativos
Deve ser oferecido
Esclarecimento sobre a dça
Motivações e envolvimento do paciente no seu tratamento
Estímulo à práticas esportivas mediante a um acompanhamento profissional
Orientações posturais e ergonômicas p/ atividades diárias e profissional
Controle do peso: melhora sintomática e funcional
Acupuntura: recurso terapêutico adjuvante em uma abordagem multidisciplinar (método seguro e efetivo)
Recursos ortésicos: órteses p/ imobilização - parcial ou completa - articular são úteis em quadros de dor e/ou inflamação aguda
Fisioterapia e exercícios físicos
Farmacológico
Uso de medicamentos faz parte de uma abordagem multidisciplinar
Abordagem sintomática
Tópica: Capsaicina; Antiinflamatórios não esteroides tópicos
Sistêmica: Analgésicos comuns, antiinflamatórios ñ estroides seletivos e não seletivos e analgésicos opióideos
Intra-articular: Corticosteroides e ácido hialurônico
Osteoporose
Definição
Distúrbio osteometabólico, caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea (DMO) e deteriorização da sua microarquitetura
O que pode levar a um aumento da fragilidade óssea e do risco de fraturas
OMS (1994): classificou osteoporose tendo como referência valores de densidade óssea em mulheres branca e na pós-menopausa
Epidemiologia
Dça comum c/ grande impacto no sistema de saúde - tanto médico quanto econômico
Prevalência e gravidade aumentam com a idade e fraturas apresentadas pelos pacientes estão associadas as altas taxas de morbimortalidade
Estima-se: a partir dos 50 anos, 40% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura de fragilidade
A idade é um fator importante na relação entre DMO e risco absoluto para fraturas
Mulheres idosas sofrem mais fraturas do que mulheres jovens com a mesma DMO - devido a manifestação maior de fatores de risco
Classificação
Pode ser classificada em 1ª e 2ª
Primária
Tipo I
Predominante em mulheres associadas à menopausa
Perda acelerada do osso trabecular
Ocorrência de fraturas vertebrais
Tipo II
Acomete mulheres e homens idosos
Compromete o osso cortical e trabecular
Ocorrência de fraturais vertebrais e de fêmur
Secundárias
Drogas (glicocorticoides, hormônio tireoidiano, anticonvulsivantes)
Dças genéticas (osteogenesis imperfecta)
Artrite reumatoide
Dças gastrointestinais; Transplante de órgãos
Tumores e anemias crônicas
Mastocitose e tratamento prolongado c/ heparina
Quadro clínico
Dça de evolução silenciosa, em que o paciente permanece assintomático até que ocorra a 1ª fratura
As mais comuns são: vertebrais, terço distal do rádio, úmero, fêmur e pequenos ósseos periféricos
Fraturas e microfraturas vertebrais sucessivas evoluem c/ episódios de dor aguda
Ao longo do tempo, surgem deformidades esqueléticas características como: acentuação da cifose dorsal, lordose cervical e retificação da coluna lombar
Dores e deformidades contribuem p/ dificuldades respiratórias - facilitando a ocorrência de infecções recorrentes e quadros de constipações crônicos
Interrupção dessa evolução depende da detecção precoce de fatores de riscos
Indicador de baixa massa óssea, fragilidade e riscos de fraturas
Somatório que inclui desde fatores genéticos até estilos de vida
Fatores maiores
Sexo feminino, baixa massa óssea, fratura prévia, raça asiática, idade avançada em ambos os sexos, menopausa precoce ñ tratada
Fatores menores
Amnorréia 1ª ou 2ª, hipogonadismo 1º ou 2º, perda de peso após os 25 anos ou baixo IMC, tabagismo, alcoolismo e sedentarismo
Durante a avaliação clínica, o médico deve observar: estatura, peso, hipercifose dorsal, abdome protuso, outras deformidades esqueléticas e sinais de dças associadas à OP
Exames complementares
Avaliação densiométrica
Densimetria é o exame de referência (padrão ouro) p/ diagnóstico
Realizado pela técnica de DEXA - é rápido, não invasivo que emite pequena quantidade de radiação
Possibilita medir a quantidade de osso em uma área ou volume definido
Possível estabelecer diagnóstico precoce da dça + nível de gravidade + risco de fratura
Para cada diminuição em desvio-padrão: risco de fratura aumenta 1,5 a 2,5 vezes
Medições realizadas em: coluna lombar, fêmur proximal, colo do fêmur e/ou fêmur total
Colo do fêmur = maior preditor de fratura de quadril
Critérios em desvio-padrão
Até (-1) - DP normal
De (-1,1) a (-2,5) - DP: osteopenia
Abaixo de (-2,5) - DP: Osteoporose
Abaixo de (-2,5) - DP na presença de fratura: Osteoporose estabelecida
Resultados são apresentados em valores absolutos (gramas/cm2) e valores relativos (desvio-padrão ou T-escore)
Têm-se como referência o adulto jovem
Além da comparação da DMO em relação ao adulto jovem (T-score), outros aspecto analisado é de indivíduos da mesma idade (Z-score)
Na perda (-1) DP: representa perda de 10 a 12%da densidade mineral óssea
Não é muito utilizado no diagnósticos, pois, pode permanecer igual ao longo da vida
Mas, caso haja um paciente com Z-score baixo: necessidade de investigação - de causas 2ªs de osteoporose (DMO extremamente baixo ao comparado da sua idade)
Tratamento
Não farmacológicos / Prevenção
Nutrição
Fundamental para desenvolv de uma massa óssea adequada
Principal nutriente p/ um osso saudável é o Ca - presente no leite e derivados e em folhas verdes
Vit D: papel na absorção e incorporação do Ca nos ossos e tem atuação positiva no trofismo muscular
Necessidade maores ocorrem na: infância, adolescência, gravidez, amamentação e em pessoas idosas
Hábitos de vida
Fumo - deve ser evitado (relacionado a maior perda de massa óssea)
Álcool - Perda de massa óssea aumentada (+ propensos a fraturas devido a má nutrição, risco maior de quedas)
Atividades físicas - Prevenção e tratamento da osteoporose (os + benéficos são os realizados contra a resistência da gravidade ou exercícios c/ carga: caminhadas e musculação leve)
Prevenção de quedas
Farmacológico
Agentes anti-reabsorvidos
Terapia de reposição anormal
Estrogênios - previnem a perda de osso trabecular e cortical e aumentam a densidade óssea da coluna e do quadril
O seu uso exclusivo, porém, não é recomendado p/ prevenção e tratamento da osteoporose
Seu uso excessivo: relação entre baixa densidade mineral óssea em colo do fêmur e risco aumentado de Alzheimer (entre outras...)
Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio
Calcitonina
Bifosfonatos
Agentes estimuladores da formação óssea
Paratormônio
Aumenta efetivamente a massa óssea (principalmente qdo comparado c/ placebo)
Observou-se
Ganho de massa óssea em coluna (9%) e quadril (5%)
Redução dos riscos de fraturas vertebrais em torno de 65% e fraturas não vertebrais em 53%
O seu alto custo limita a utilização
Dados epidemiológicos e fisiológicos: aumento da incidência de fraturas e dças articulares na 3ª idade
Informações retiradas de estudo epidemiológico
Fraturas ósseas, principalmente a fratura do terço proximal do fêmur, tem aumentado significativamente nas últimas décadas e sido a maior causa de morbimortalidade nos pacientes idosos
Ocorre, maior parte, em indivíduos com + de 60 anos, mulheres após a menopausa em associação com osteoporose, e conseqüente fragilidade óssea, sendo a fratura devido traumatismo moderado ou mínimo.
Resultados
Faixa entre 71 e 80 anos predominou nos pacientes com fraturas do colo de fêmur e com fraturas transtrocanterianas
Fraturas subtrocanterianas predominou a faixa entre 81 e 90 anos
O tempo de internação hospitalar variou de um a 145 dias, com média de 10 dias ± nove dias
Em relação a:
Estado civil: maioria casado (410 pessoas - 38,90%)
Ocupação predominante: "do lar", com 405 (38,43%) casos, seguido por aposentado, 334 (31,64%) casos
Causas mais frequentes:
Queda da própria altura, com 775 (73,53%) casos;
Acidente por veículos automotores, 113 (10,72%) casos;
Quedas de meio metro até quatro metros de altura, 48 (4,55%) casos;
Outras quedas, 62 (5,88%) casos (queda do cavalo, bicicleta, carroça);
Causa não especificada, 56 (5,32%) casos.
Doenças prévias à época da fratura
Diminuição da acuidade visual, HAS, osteoporose, DM tipo II, cardiopatia, tontura, AVE e sequela de acidente vascular encefálico
6,88% casos espondiloartrose dorsal e 4,49% escoliose destro-convexa, bem como foi citada em 5,16% casos associação com fraturas (tíbia, rádio distal, úmero).
O sexo feminino predominou de forma discreta (56,36% contra 43,40%)
Sobrevida mais longa no sexo feminino faz com que o n° de mulheres idosas seja >, aumentando o grupo de risco para essas fraturas.
Foram analisados fraturas do terço proximal do fêmur, conforme laudos radiológicos
Observação de:
Idade, sexo, estado civil, raça, profissão, procedência, mecanismo do trauma, diagnóstico, lado acometido, doenças associadas, tratamento e tempo de internação
Bem como nota operatória contida nos respectivos prontuários, havendo constatação epidemiológica de três grupos de fraturas:
Critério de classificação: análise da radiografia apresentada, observando o traço da fratura em relação à região anatômica
1) fraturas transtrocanterianas
3) colo do fêmur.
2) subtrocanterianas
Fraturas subtrocanterianas: traço de fratura passaria abaixo do trocanter menor.
Fraturas transtrocanterianas: traço passaria pela linha intertrocantérica
Fraturas do colo do fêmur: traço de fratura passou pelo colo anatômico femoral
Medidas de prevenção e de quedas e fraturas nos idosos
Pode ocorrer de algumas formas
Intervenções na comunidade
Muito comum entre idosos da sua população. Porém, nem idosos, nem suas famílias e nem outros profissionais da saúde reconhecem quedas como um problema de saúde pública
OMS: principal intervenção p/ reduzir incidência de quedas em uma população é estimular os idosos a adquirirem um estilo de vida ativo
Eficácia das intervenções: vão depender do perfil adequado das atividades + realidade das metas propostas + continuidade da oferta de suporte + estímulo
Assim, isso significa: manter atividades profissionais, domésticas, voluntárias, sociais e de lazer e praticar atividades físicas regularmente
Realização de campanhas p/ estimular esse estilo de vida tem maior apelo p/ idosos q, muitas vezes, não se reconhecem como "pessoas debilitadas e c/ elevado risco de sofrer quedas"
Utilizar recursos disponíveis e adequados: avenida adequada p/ caminhar, praça ou ginásio onde os grupos de idosos possam se encontrar
Propostas elaboradas pela Equipe de Saúde deve ser realizadas mediante ao contexto cultural e econômico do paciente - valorizando hábitos e interesses locais: dança de salão, caminhadas...
Importante: estimular mesmo o idoso mais debilitado - fazer reconhecer a possibilidade de se exercitar de acordo c/ suas possibilidades
Aos poucos, os idosos deverão depender cada vez menos da equipe e passar a se exercitar de maneira independente = autonomia e confiança
Intervenções individuais
Elaborar estratégias para prevenir quedas ou novas quedas e corrigir os fatores que a causaram
Abordagem deve ser multifatorial e multidisciplinar
Principais fatores q causam quedas
Fraqueza muscular - realizar exercícios de fortalecimento muscular c/ aumento progressivo da resistência
Distúrbio do equilíbrio - Reavaliar medicamentos;Exercícios de equilíbrio
Distúrbios da marcha - reavaliar medicamentos, tratar Parkinsonismo; treinar uso de andador
Má visão - consulta anual c/ oftalmologista, insistir sobre uso de óculos e operar catarata
Drogas - reduzir ou trocar drogas que causam sedação e HO;
HO - educar paciente sobre causas, sintomas e tratamento; reavaliar tratamento farmacológico; liberar o sal da dieta desde q esteja sob supervisão
Demência - tornar o ambiente seguro; corrigir insônia p/ reduzir despertares noturnos
Ex: encaminhar idosos p/ cirurgia de catarata, eliminar medicamentos sedativos, treinar força musculares, equilíbrio e promover adaptações aos domicílios
Estabilidade dinâmica
Bengalas - idosos inseguros na marcha, déficit de visão, de equilíbrio ou dor ao deambular
Bengalas canadenses - apoio ao antebraço e mais segurança. Pode ser usada bilateralmente p/ pacientes c/ osteoartrite grave dos joelhos e quadril
Andador - modelo com ponteiras de borracha é o mais adequado p/ idosos com intenso distúrbio de equilíbrio
Adaptações ambientais
Instalar barras de apoio no banheiro
Instalar corrimão no corredor e escadas
Não deixar objetos soltos no meio do caminho e escadas
Avaliar todos os tapetes - deixar somente os aderidos ao piso
Retirar do caminho fios de luz e de telefone
Consertar tacos soltos e qualquer defeito no piso
Melhorar iluminação noturna
Manter sempre seco os pisos do banheiro, cozinha e área de serviço
Retirar do caminho móveis muito baixos e soltos
Definir avaliação do risco cirúrgico e sua importância
Avaliação
Verificar o estado clínico do paciente, gerando recomendações sobre a avaliação, manuseio e risco de problemas em todo o período per-operatório
Definir o risco cirúrgico que o paciente, o anestesista, o assistente e o cirurgião podem usar para tomar decisões que beneficiem o paciente a curto e longo prazo.
Reduzir o risco do paciente
Definir exames mais apropriados e estratégias de tratamento para otimizar o cuidado do paciente, evitando-se exames desnecessários e permitindo o acompanhamento a curto e longo prazo
Pré-operatória
Anamnese + Exame clínico + Exames complementares
Durante a consulta devem ser avaliados os fatores intrínsecos do paciente que aumentam o risco cirúrgico e o procedimento a ser realizado.
Idosos: reconhecer quais são os verdadeiros benefícios da cirurgia
O procedimento deve considerar o pré-operatório, operatório e o pós-operatório
Anamnese , EF e Exames complementares
A anamnese e o exame físico bem feitos ainda são a melhor forma de se fazer a avaliação das dças
Durante o stress per operatório o aparelho cardiovascular é o mais sobrecarregado e, assim, deve ter uma prioridade p/ ser avaliado
Exame pré-operatório útil é aquele que sugere uma mudança na conduta durante o cuidado com o paciente
Muitos exames têm uma relação custo/benefício desfavoráveis
Exames laboratoriais são interessantes para garantir que a condição pré-operatória seja satisfatória qdo se suspeita ou diagnostica-se uma doença durante a avaliação clínica
“Descobrir”problemas que não interferem na conduta a ser tomada acaba não beneficiando o paciente
Pacientes q se beneficiam dos exames laboratoriais são aqueles q têm fatores de risco, sintomas ou dados na história q tornam os exames necessários por ter sido levantada alguma hipótese diagnóstica
Fatores q tornam o exame pré-operat útil
Indicar um gde risco de morbidade pre operatória que pode ser reduzida pelo tratamento
Alterações não são detectáveis pela anamnese e exame físico
Patologia investigada tem prevalência suficiente na população para justificar o risco do screening.
Boa sensibilidade e especificidade para proporcionar boa relação custo / benefício
Importante
Existência de critérios para a seleção dos exames a serem realizados e a interpretação criteriosa dos resultados.
Influência do procedimento cirúrgico em si na avaliação do risco cirúrgico
De acordo com o grau de agressão, trauma tecidual e perdas sanguíneas
Procedimentos cirúrgicos são distribuídos nas seguintes categorias:
A - Procedimento minimamente invasivo
Baixo potencial para causar alterações da fisiologia normal
Raramente requer hemotransfusões, monitorização invasiva ou CTI no pós operatório
Não precisa submeter-se a exames laboratoriais
C - Procedimento altamente invasivo
Tipicamente produz alteração da fisiologia normal
Quase sempre requer hemotransfusão, monitorização invasiva CTI no pós operatório
B - Procedimento moderadamente invasivo
Moderado potencial para alterar a fisiologia normal
Pode requerer hemotransfusão, monitorização invasiva ou CTI no pós operatório
Exames laboratoriais são frequentemente necessários
Exames pré-operatórios mais indicados
RX do tórax
Alterações significativas para o risco cirúrgico
Desvios traqueais
Compressões, massas mediastinais
Nódulos pulmonares, aneurismas da Aorta
Indicado
Maiores de 75 anos
Pacientes com fatores de riscos p/ dças pulmonares
Sintomáticos
ECG
Alteraram a conduta per operatória:
FA ou Flutter atrial
Alterações de ST-T indicativas de isquemia ou TEP
Sinais de distúrbios hidreletrolíticos
Alterações do ECG são muito comuns e aumentam exponencialmente com a idade
Recomenda-se
Homens acima de 40 anos submetidos a procedimentos B ou C
Mulheres acima de 50 anos submetidos a procedimentos B ou C
Deve-se repetir o ECG se o realizado foi feito há mais de 2 meses
Hemoglobina, Hematócrito e Leucograma
Níveis de Hb acima de 8,0 são considerados aceitáveis
Ñ há tbm dados na literatura que relatem aumento da morbimortalidade pré-operatória relacionado a alterações do leucograma no pré-operatório.
Nºs aceitos:
Hematócrito – 29 a 53% para homens e 27 a 54% para mulheres.
Leucograma - 2400 a 16000
Valores fora destes limites merecem avaliação específica
Eritrograma indicado seguintes situações
Pacientes sintomáticos
Pacientes acima de 64 anos
Exames bioquímicos. Provas de coagulação e urina-rotina
As dosagens de uréia e glicose estão indicadas para os pacientes acima de 65 anos
TGO e TGP devem ser solicitadas se há preocupação com problemas legais ligados à icterícia pós anestésica.
O coagulograma está indicado para pacientes com história de sangramento
Problema 2
Dças crônicas degenerativas + prevalente nos idosos
Hipertensão arterial
Elevada morbimortalidade cardiovascular e está relacionadas c/ causas de perda de autonomia e independência
Responsável por 62% dos AVC's e 49% dos eventos coronariano
Causa importante de declínio funcional caso não seja abordado de forma global
Particularidades do idoso
Comportamento sódio-sensível
Presença de hiporresponsividade barorrecptora
Isso faz c/ q haja a predisposição de: hipotensão ortostática e suas complicações como quedas e fraturas de fêmur
São medidas distintas de pressão arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg
Prevalência: de 50 a 70% em idosos
Importante estar iniciando tratamento farmacológico qdo pressão for > 160 mmHg
Fisiopatologia
Mecanismos desencadeadores
Perda da distensibilidade e elasticidade dos vasos de gde capacitância
Resulta: Aumento progressivo da pressão sistólica
Pressão diastólica tende a ficar noral ou baixa - devido redução da complacência dos vasos
Diminuição da complacência arterial
significativa do q perda de leitos vasculares periféricos - da red da musculatura esquelética
C/ o envelhecimento:
Aumento progressivo da PA sistólica enquanto a PA diastólica aumenta somente até a 6ª década - inicia-se uma queda lenta e progressiva e, assim, elevando a pressão do pulso
Pressão de pulso = PAS - PAD (é um fator de risco de evento cardíaco qdo > 100 mmHg)
PAS é > fator preditor de complicações cardiovasculares do q a PAD
Associada a:
Baixos níveis das atividades de renina plasmática, angiotensinogênio II e aldosterona
Isso reflete em uma < atividade do sistema nervoso simpático
Vasodilatação mediada por mecanismos a-adrenérgicos está inalterada
Aumento da resistência periférica (idosos c/ PAS isolada) = diminuição da vasodilatação mediada por mecanismos B-adrenérgicos
Complicações
Podem ser 2ªs a aterosclerose e a hipertrofia ventricular E
Quadro clínico
Cerca de 10% dos idosos tem o seu diagnóstico devido a alterações 2ªs a hipertensão
Sintomatologia escassa e 2ª as lesões dos órgãos-alvos
Dividida em:
Sintomas inespecíficos fracamente associados a HA
Cefaleia, tontura, epistaxe, zumbido e palpitações - fraca correlação entre a sintomatologia e HAS
Sintomas associados a crises hipertensivas
Cefaleia, obnubilação, confusão mental, síncope, taquicardia e dispneia
Sintomas 2ºs a lesões de órgãos alvos
Pesquisados rotineiramente no idoso, envolvendo o: coração, SNC, retina, rim e gdes vasos arteriais
Medida deve ser feita de forma rigorosa
Não deixar de pensar na pseudo-hipertensão do idoso e na síndrome do jaleco branco
Propedêutica complementar
Deve considerar a hipertensão e as co-morbidades
Exames rotineiros: glicemia de jejum, creatinina, relação creatinina/albumina sérica, urina rotina, íons:Na, K e Ca, eletrocardiograma, hemograma e ácido úrico
Hipotensão ortostática
Doença Pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Epidemiologia
Altos custos econômicos: gastos c/ atendimentos nas urgências e internações hospitalares
Representa a 3ª causa de óbitos
Acomete cerca de 20% dos idosos
Paciente necessita de: ações nos 3 níveis de atenção e de um sistema de vigilância q permita a intervenção precoce em situações q ofereçam riscos, fornecimento regular de medicações e cobertura vacinal
Presença de: incapacidades cognitivas,perda da coordenação e força muscular, déficit auditivo e visual
Fisiopatologia
Principal agente agressor da árvore resp é o fumo (resp pela maioria dos casos de DPOC)
Outros agrssores: gases tóxicos, poluições, infecções resp e exposições a fumaças
Exposição a esses agressores causa: hiperresponsividade das vias aéreas, c/ hipersecreção e inflamação da parede brônquica - remodelamento brônquico-bronquiolar e fibrose das vias resp
Ocorre lesão dos alvéolos pulmonares c/ destruição e dilatação da sua parede (enfisema)
Remodelamento = obstrução das vias resp, dificultando a chegada do oxigênio na unidade resp - impedindo a hematose
Episódio conhecido como efeito shunt = alterações gasométricas (como hipoxemia e hipercapnia)
Alterações funcionais são + facilmente compensadas: pelo aumento da freq respiratória
Nesses pacientes: hipoxemia é menos evidente - apesar do esforço respiratório (termo "soprador rosado")
Inflamação crônica = danos estruturais e destruição do parênquima resp (comprometendo as propriedades elásticas dos pulmões e a capacidade das vias resp de permanecerem abertas durante a expiração
Conceito
Caracteriza-se pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo - parcialmente reversível
Limitação do fluxo aéreo: progressivo e associado a resposta inflamatória anormal do pulmão à partículas ou gases nocivos (principalmente pelo tabagismo)
Considerada prevenível e tratável - associada a importantes manifestações extrapulmonares (contribuem p/ gravidade)
Obstrução =
Inflamação tanto nas vias aéreas (bronquiolite obstrutiva) quanto no parênquima pulmonar (enfisema)
Varia de pessoa p/ pessoa
Enfisema = aumento dos espaços aéreos terminais, devido à destruição das paredes alveolares
Manifestações clínicas e laboratoriais
É reconhecida na 5ª década de vida, mas pode ocorrer mais cedo devido a paciente q possuem fatores genéticos
Sintomas mais encontrados: tosse (pode proceder a dispnéia ou aparecer simultaneamente à ela)
Dispneia: sintoma associado à incapacidade, redução na qualidade de vida e pior prognóstico
Outros sintomas: expectoração, gasometria, cor pulmonale, murmúrio vesical, ruídos adventícios, eestado nutricional e radiografia
Classificação
Moderada
Grave
Leve
Diabetes mellitus no idoso
Conceito
Desordem metabólica heterogênica que compromete o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas - caracterizado pela presença de hiperglicemia
Associada a:
Redução de 10 anos na expectativa de vida
Aumento de 10X no risco de amputações de mmii
Aumento de 2X no risco de dças arterial coronariana e AVC
2º a macroangiopatia e microangiopatia
Complicações metabólicas agudas (coma hiperosmolar ñ cetótico, cetoacidose e hipoglicemia)
Critério diagnóstico
Envelhecimento associado a várias modificações resps pela maior prevalência de distúrbios do metabolismo de carboidratos em idosos
Assim, indivíduos maiores de 45 anos: realizar avaliação glicêmica a cada 3 anos
Avaliação deverá ser feita + precocemente nos pacientes c/ fatores de risco de diabtes: HF positiva, HA, dislipidemias, obesidade, diabetes gestacional ou intolerância a glicose
Manifestações clínicas principais
Diabéticos tipo II
50% são assintomáticos ou oligossintomáticos - desconhecimento do seu diagnóstico
Sintomatologia: decorre de complicações da hiperglicemia aguda ou crônica (q podem ser divididas em:)
Crônicas (degenerativas): microangiopatia
Aguda: poliúria, polifagia e polidipsia
Associados a vários tipos de incapacidade
Maiores repercussões da dça - afetando as 4 gdes funções resps pela independência, autonomia do idoso: cognição, humor, mobilidade e comunicação
Classificação
Primário
Tipo I
Caracterizada pelas destruições das células B-pancreáticas = deficiência absoluta de insulina
Tem caráter autoimune e acomete pessoas mais jovens
Relacionado a cetoacidose metabólica
Tipo II
Forma predominante em pacientes adultos e idosos
Ñ ocorre deficiência absoluta na prod de insulina
Caráter multifatorial: redução da sensibilidade periférica a insulina, perda da 1ª fase da resposta insulínica ou pico precoce e aumento da gliconeogênese
Associada a obesidade e tendência familiar
Secundário
Forma mais rara, usualmente 2ª a pancreatite crônica, drogas...
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência coronariana
Pneumonia adquirida no idoso
Osteoartrite no idoso
Constipação intestinal
Demência
Introdução
São mais prevalentes na pop idosa
Apesar de ter causas reversíveis, em sua maioria são processos neurodegenerativos progressivos e irreversíveis - de conseq desastrosas p/ o indivíduo, familiares e sociedades
Diagnóstico
História clínica e o exame físico
Informações de familiares e cuidadores, avaliação neuropsicológica e exames complementares - etiologias podem ser identificadas
Epidemiologia
Em 2050: indivíduos acima de 60 anos corresponderá a 22% da pop mundial - destes 79% são de países em desenvolvimento (onde a demência é desconhecida e recursos disponíveis são escassos)
Brasil: estima-se q cerca de 900 mil indiv sejam portadores de demência s/ diagnóstico e, portanto, s/ tratamento
Sua prevalência varia substancialmente entre diversas regiões do mundo
Prevalências de subtipos de demência
Dça de Alzheimer: 35,4%
Demência vascular: 21,2%
Demência mista: 13,3%
Outras: 30,1%
Prevalência varia de acordo c/ as faixas etárias.
Demências
Início precoce (<65 anos) - dça de Alzheimer é menos prevalente, porém de etiologia mais frequente
Frontotemporal: expressivamente > nesse grupo etário - qdo comparado c/ indivíduos c/ idade superior a 65 anos
Fatores de risco
Maioria se desenvolve por mecanismos fisiopatológicos multifatoriais - vários os fatores de risco
Sendo eles modificáveis ou não, e alguns c/ > especificidade p/ determinadas etiologias
Alguns:
Dça de Alzheimer
Demência Vascular
Demência c/ corpos Lewy
Demência frontotemporal
Propedêutica
História clínica
Caracterização do padrão de acometimento neuropsicológico e velocidade de instalação dos sintomas
Identificação de fatores de riscos, rever medicações em uso e afastar outras causas de distúrbio cognitivo
Obtida (diretamente) de: pacientes e informantes qualificados - parentes e/ou cuidadores
Alguns casos de demência inicial podem se confundir c/ o envelhecimento normal - pois, desempenho funcional ainda pode estar bem preservado
Dificuldades
Apresentação clínica atípica; início dos sintomas em idade abaixo de 65 anos
Velocidade rápida de progressão; comprometimentos cognitivos isolados
Exames neurológicos
Importante p/ diferencial de uma sínd demencial - identificação etiológica
Demências corticais: se mantêm normal até fase tardia da dça - preservação da marcha, tônus, postura e reflexos
Sinais e sintomas
Disfunção autonômica
É mais vista na demência com corpos de Lewy e na dça de Parkinson; associadas tbm a dças priônicas
Atrofia de múltiplos sistemas - caracterizada por disfunção autonômica, parkinsonismo e disfunção cerebelar
Alterações oculares e visuais
Anormalidade dos movs oculares
Doença de Huntington (DH): associada ao comprometimento das sacadas, exigindo a movimentação compensatória da cabeça
Paralisia supranuclear progressiva (PSP): ocorre distúrbios de visão (diplopia, borramento visual, fotofobia), convergência anormal, incapacidade de conter o reflexo vestibulocular e alentecimento da abertura e do fechamento dos olhos.
Distúrbios piramidais
Sinais piramidais (neurônio motor superior), como espasticidade, hiper-reflexia e sinal de Babinski, são comuns em doenças cerebrovasculares
São comuns tbm: pacientes com demência frontotemporal, atrofia de múltiplos sistemas e lesões estruturais do sistema nervoso central.
Parkinsonismo
Presença de 2 dos seguintes sinais
Tremor de repouso, bradicinesia e rigidez.
Sinais são inespecíficos
Sinais cerebelares
Pode estar associada à ataxia da marcha e é proeminente na demência relacionada com o álcool
Caracterizada por nistagmo, dismetria apendicular e ataxia da marcha juntamente à disfunção autonômica.
Neuropatias
Condições sistêmicas associadas à demência, tais como: alcoolismo, diabetes, disfunção renal, deficiência de vitamina B12 e síndromes paraneoplásicas.
Distúrbios da marcha
Incluem: demência na doença de Parkinson, demência vascular, demência com corpos de Lewy e hidrocefalia por pressão normal.
Mioclonias
Podem ser encontradas na doença de Alzheimer e na degeneração corticobasal.
Demências frontossubcorticais: função motora comprometida nas fases inicias
Classificação
Passo realizado logo após o diagnóstico
1º é importante classificar de acordo c/ o seu potencial de reversibilidade (reversíveis ou irreversíveis) - a fim de instituir o tratamento p/ 1º grupo
Formas
Corticais
afasia, apraxia, agnosia e amnésia
Subcorticais
bradifrenia, distúrbios do humor e alterações da personalidade
Demências degenerativas
associadas a processos patológicos que causam dano cerebral progressivo, como a doença de Alzheimer, a doença de Creutzfeldt-Jakob e a demência na doença de Parkinson.
Demências não degenerativas
Decorrentes de lesão cerebral, como acidente vascular encefálico (AVE) e traumatismo cranioencefálico
Demência potencialmente reversíveis
A relação das possíveis causas de demências tratáveis é extensa e engloba uma série de transtornos clínicos, neurológicos e psiquiátricos.
3 subcategorias
Demências com comprometimento estrutural do sistema nervoso central (SNC):
Hidrocefalia de pressão normal (HPN); Lesões expansivas (neoplasias, hematoma subdural) e doenças infecciosas do SNC
Condições médicas gerais:
Medicamentos; Carências nutricionais; Distúrbios hidreletrolíticos; Transtornos endócrinos; Doenças sistêmicas; Intoxicação por metais pesados
Transtornos psiquiátricos
Depressão maior
Essas patologias devem ser sempre identificadas e tratadas.
Aproximadamente 10% das demências podem ser reversíveis
Demências rapidamente progressivas
Caracterizadas por um intervalo menor do que 2 anos entre a instalação dos sintomas e o diagnóstico de demência ou a morte
Possibilidades etiológicas costumam ser mais amplas do que nas demências de início tardio
Frequente o acometimento de indivíduos com idade inferior a 65 anos
Processo investigativo contempla uma bateria mais ampla de exames
Doenças degenerativas e ñ degenerativas
Doença de Alzheimer
Doença neurodegenerativa de causa e patogênese incertas
Curso clínico tipicamente de início insidioso e deterioração progressiva.
A sobrevida após o diagnóstico varia entre 3 e 20 anos, com uma expectativa de vida média de 8 a 10 anos.
Manifestação clínica
Mais precoce: comprometimento da memória episódica, inicialmente para eventos recentes, embora existam exceções em formas atípicas da doença.
Déficits em outros domínios cognitivos podem aparecer de forma concomitante ou subsequente ao déficit de memória.
A disfunção executiva e o comprometimento visuoespacial geralmente estão presentes em fases iniciais
Alterações da linguagem (afasia), apraxia e distúrbios comportamentais se manifestam mais tardiamente no curso da doença
Em torno de 80% dos pacientes com DA experimentam sintomas neuropsiquiátricos, como alucinações, agitação, psicose e alterações do afeto, durante o curso da doença - causas frequentes de institucionalização.
Presença de variações clínicas
Atrofia cortical posterior - cursa com problemas visuoespaciais.
Pode ainda estar associada a uma síndrome logopênica - caracterizada por anomia e fluência verbal prejudicada.
Síndrome corticobasal:pode ser consequência não apenas da degeneração corticobasal (DCB), mas também de várias outras patologias subjacentes, inclusive DA
Variante frontal ou disexecutiva, em que o paciente apresenta uma disfunção executiva proeminente em relação ao déficit de memória
Diagnóstico definitivo
requer o exame histopatológico, o que raramente é realizado em vida.
o diagnóstico na prática é realizado a partir de critérios clínicos (DSM-5, NINCDS-ADRDA), que permitem um diagnóstico preciso em mais de 90% dos casos.
deve ser suspeitada em qualquer idoso que se apresente com um declínio insidioso e progressivo da memória e de pelo menos alguma outra função cognitiva.
O papel dos exames laboratoriais e da neuroimagem é principalmente o de excluir outros diagnósticos.
A prevalência de demência no Brasil é estimada em 390.000 casos em 2000, sendo cerca de 50% destes por DA
Degeneração lobar frontotemporal
Descrição de um grupo heterogêneo de distúrbios
Caracterizados patologicamente pela atrofia progressiva dos lobos frontal e/ou temporal
Manifestam por meio de três síndromes clínicas distintas: Demência frontotemporal variante comportamental (DFTv), demência semântica (DS) e afasia não fluente progressiva (ANFP).
Causa de demência pré-senil (< 65 anos), mas pode ser tão precoce quanto na 3ª década ou tão tardia quanto na 9ª década.
Apresenta componente genético substancial, com: padrão de herança autossômica dominante e/ou mutações causadoras de doenças, identificadas em cerca de 10 a 20% dos casos e história familiar (+) em proporção >
Amplo espectro de manifestações fenotípicas que podem incluir:
Declínio progressivo nas relações interpessoais;
Disfunção executiva;
Indiferença afetiva
Ampla variedade de comportamentos anormais, como: desinibição, adinamia, obsessões, rituais, estereotipias e alterações do padrão alimentar.
Demência semântica
Síndrome mais uniforme, caracterizada pela perda progressiva da memória semântica, geralmente afetando o conhecimento das palavras.
Pacientes apresentam uma fala fluente, embora vazia de significado, com perda de vocabulário e disgrafia.
Manifestações tardias: comprometimento semântico mais generalizado, com prejuízo das informações visuais (prosopagnosia, agnosia visual) e de outros domínios não verbais
Associada à atrofia anteroinferior seletiva e assimétrica do lobo temporal, predominantemente do lado esquerdo, na maioria dos casos.
Demência com corpos de Lewy
Caracterizada por declínio cognitivo progressivo, acompanhado de sintomas característicos, como:
Alucinações visuais complexas, atenção e cognição flutuantes e parkinsonismo de início precoce no curso da doença.
Segundo tipo mais comum de demência degenerativa, respondendo por 10 a 15% dos casos.
Características q apoiam a dça: hipersensibilidade aos neurolépticos e distúrbios comportamentais do sono REM.
Atenção, habilidades visuoespaciais e funções executivas encontram-se mais afetadas
Alucinações visuais como sintomas iniciais são frequentes na DCL e também podem auxiliar no diagnóstico diferencial de DA
Outras síndromes parkinsonianas
Doenças neurodegenerativas com características proeminentes extrapiramidais (bradicinesia, rigidez, instabilidade da marcha).
Estão também associadas a comprometimento cognitivo significativo.
Dentre as síndromes parkinsonianas estão:
Doença de Parkinson (DP)
Paralisia supranuclear progressiva (PSP)
Demência com corpos de Lewy (DCL)
Atrofia de múltiplos sistemas (AMS)
Degeneração corticobasal (DCB).
Demência vascular
O aparecimento de demência no prazo de 3 meses após um acidente vascular cerebral e a deterioração da cognição em degraus são altamente sugestivos
Um início insidioso de alterações cognitivas com progressão gradual e sem histórico de acidente vascular cerebral ou evidências de lateralização neurológica também pode ser encontrado
Apresentação clínica:dependerá da localização e da causa das lesões cerebrovasculares
Dependendo da localização das lesões, o padrão do déficit cognitivo poderá ser subcortical, cortical ou misto
Diagnóstico
Local:
Subcortical
síndrome caracterizada por alterações frontais, disfunção executiva, comprometimento leve da memória, prejuízo da atenção, depressão
alentecimento motor, sintomas parkinsonianos, distúrbios urinários e paralisia pseudobulbar
Cortical
características cognitivas dependerão das áreas cerebrais afetadas.
Demência mista
Anatomia da parede abdominal / Hérnias
Músculos
Parede anterior do abdome/Dissecção superficial
Latíssimo do dorso
Oblíquo externo do abdome
Aponeurose
Músc serrátil anterior
Bainha do músc reto do abdome
Parede anterior/Dissecção média
Aponeurose do músc oblíquo externo
Músc oblíquo interno
Músc intercostais externos
Músc reto do abdome
Músc piramidal
Lâmina anterior da bainha do músc reto do abdome
Parede anterior/Disseção profunda
Músc transverso do abdome
Lâmina posterior da bainha do músc reto do abdome
Linha arqueada
Fáscia transversal
Fáscia extraperitoneal
Vascularização
Artérias (Parede anterior)
Artérias torácicas internas <- Artéria subclávia
Ramos intercostais anteriores <-
Ramo ascendente da artéria circunflexa ilíaca profunda <- Anastomose c/ ramos intercostal inferior, subcostal e lombar <- Artérias músculo frênicas <-
Artéria epigástrica inferior <- Artéria epigástrica superior <-
Ramo p/ ligamento falciforme do fígado <-
<- Artéria femoral
Artéria epigástrica superficial
Artéria pudenda externa superficial
Artéria pudenda externa profunda
Veias (Parede anterior)
Veia torácica interna <- Veia subclávia
Ramos intercostais anteriores <-
Veia músculo frênica <-
Veias epigástricas inferiores <- Veias epigástricas superiores <-
Veia femoral
Veia epigástrica superficial <-
Veia pudenda externa <-
Veia circunflexa ilíaca superficial <-
Veia safena magna <-
Veia torácica lateral <- Veia axilar
Tributárias p/ veias paraumbilicais <- Veia toracoepigástrica <-
Veia toracoepigástrica anastomosa-se c/ Veia circunflexa ilíaca superficial
Inervação
Parede anterior
Ramo cutâneo lateral do nervo subcostal (T12)
Ramo cutâneo anterior do nervo subcostal (T12)
Ramos cutâneos anteriores dos nervos intercostais (T1-11)
Ramo cutâneo lateral do nervo ílio-hipogástrico (L1)
Ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais (T2-11)
Nervo cutâneo femoral lateral (L2,3)
Nervo torácico longo
Ramo cutâneo anterior do nervo ilíaco-hipogástrico (L1)
Ramos femorais do nervo genitofemoral (L1,2)
Nervo escrotal anterior do nervo ilioinguinal (L1)
Ramo genital do nervo genitofemoral (L1,2)
Hérnias
Hérnia é a saída de u m órgão, através de u m a abertura, congênita ou adquirida, da parede e m torno da cavidade que o contém.
Alterações genito-urinárias prevalentes no idoso (ITU) e fatores predisponentes
Infecção do Trato Urinário
Definição
colonização microbiana na urina com invasão tissular de qualquer estrutura do trato urinário.
Existem vários critérios de classificação:
quanto a localização (trato urinário alto e baixo)
frequência (esporádica e recorrente)
sintomatologia (assintomática e sintomática)
gravidade (complicada e não complicada)
A infecção do trato urinário alto refere-se ao comprometimento renal e das cavidades pielocaliciais (pielonefrite)
A variedade esporádica é quando ocorre até um episódio de (bacteriúria) sintomática em 6 meses, ou dois ou menos episódios no período de 1 ano
Enquanto a do trato urinário baixo resulta de infecção na bexiga (cistite).
Enquanto na recorrente podem ocorrer dois ou mais episódios em 6 meses, ou três ou mais deles por ano.
Modalidade sintomática refere-se a sintomas urinários - quadro clínico muitas vezes não é o mais usual da população + jovem, como algúria, urgência e aumento na frequência urinária.
Quanto à gravidade, os tipos não complicados: infecções que se instalam em um aparelho urinário, livre de qualquer alteração estrutural e/ou neurológica - responder muito bem à terapêutica
Enquanto os tipos complicados acometem um aparelho urinário previamente alterado na sua forma estrutural e/ou neurológica, com resposta terapêutica clássica habitualmente menos eficaz.
Patogênese
Existem duas vias para o desenvolvimento da ITU: ascendente, sem dúvida a principal responsável pela invasão microbiana, e a hematogênica, - frequente, resultante de embolização via hematogência do agente infeccioso
A infecção nas duas vias está diretamente ligada às características da virulência bacteriana e à suscetibilidade do hospedeiro,
Quando há quebra do equilíbrio entre agente e hospedeiro, ocorre a infecção.
Fatores relacionados c/ o hospedeiro
As alterações dos mecanismos de defesa do trato urinário bem como a presença de comorbidades são condições que facilitam o surgimento da infecção no idoso.
TU composto por vários mecanismos q dificultam tanto a aderência quanto o crescimento bacteriano:
microrganismos da flora vaginal normal, especialmente lactobacilos e difteroides, dificultam a aderência e o crescimento bacteriano;
o pH ácido da secreção vaginal dificulta o crescimento bacteriano;
o sistema imunológico local, especialmente a presença de IgA e IgG, dificulta a aderência bacteriana;
o fator bactericida prostático inibe a multiplicação bacteriana.
Nos idosos, vários desses mecanismos estão alterados, contribuindo para o aumento da taxa de ocorrência de infecção do trato urinário
Entre as mulheres, vários fatores de risco para ITU na pós-menopausa têm sido identificados, sendo o preditor mais forte a história anterior de ITU
No homem, o aumento do tamanho prostático compromete diretamente o esvaziamento miccional, podendo contribuir para favorecer da ocorrência da ITU.
Pacientes mais fragilizados, especialmente institucionalizados, têm maior risco de ITU, por meio do uso de sonda vesical e a presença de doenças que predispõem a incontinência urinária,
Fatores relacionados c/ agente etiológico
Enterobacteriaceae é a família mais comumente responsável pela ITU em todas as faixas etárias, sendo identificados vários fatores de virulência, alguns comuns a todos os gêneros, outros exclusivos de determinadas cepas.
Um dos fatores que explicam esse fenômeno é a relação entre as bactérias e os tecidos do hospedeiro, ou seja, mecanismos que facultam a união do microrganismo às células do hospedeiro, designado de aderência bacteriana.
Esse é o ponto inicial da instalação da infecção do trato urinário.
As bactérias, por meio de seus pilli, vão aderir-se a receptores específicos localizados nos tecidos do aparelho geniturinário do hospedeiro.
Outros fatores também podem influenciar na virulência do agente etiológico.
Algumas bactérias, como, por exemplo, a Escherichia coli, podem liberar toxinas após a aderência ao tecido do hospedeiro, estimulando uma resposta inflamatória que pode lesar diretamente o uroepitélio
Hiperplasia Benigna da próstata
Devido à íntima relação anatômica entre próstata, uretra e colo vesical, qualquer aumento da próstata, permanente ou não, trará graus variáveis de obstrução ao fluxo urinário.
Dependendo da intensidade desse fenômeno, sua duração e reações de adaptação encontradas nos músculos detrusores da bexiga, o paciente poderá manter-se desde assintomático até apresentar situações de desconforto e gravidade variados, tais como:
Fisiopatologia
Ñ há nenhuma relação diretamente proporcional entre o tamanho da próstata e a intensidade dos sinais e sintomas.
A HPB origina-se na zona de transição da próstata.
Essa zona rodeia a uretra prostática entre o colo vesical e o veru montanum.
Aumento da zona de transição é observado pela cistoscopia como uma hipertrofia dos lobos lateral ou medial.
Essa hiperplasia do estroma e dos elementos glandulares se expande em direção ao lúmen uretral, favorecendo sintomas obstrutivos locais.
Sintomas tem 3 componentes diferentes: estáticos ou mecânicos, dinâmicos e disfunção vesical ou detrusora.
sintomas do sistema urinário baixo (LUTS), hematúria, litíase vesical, incontinência urinária, infecções locais e insuficiência renal pós-renal.
Etiologia
A idade e os hormônios androgênios atuantes são os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da HPB.
Ñ há relação significativa entre > prevalência de HPB e outras variáveis como: raça, fumo, obesidade, estados de hiperestrogenismo relativo, como na cirrose hepática, vasectomia e atividade sexual
Complicações
retenção urinária, litíase vesical, infecção urinária, falência do detrusor, insuficiência renal e hematúria.
A retenção urinária pode ocorrer tanto em próstatas pequenas como grandes, geralmente desencadeada pela ingestão de medicamentos simpaticomiméticos e anticolinérgicos
As chances de o paciente voltar a urinar espontaneamente após retirada de cateterismo vesical são de 60% na retenção de até 900 mℓ de urina e de 15% acima desse volume.
A litíase vesical pode ocorrer por estase urinária ou por impossibilidade de eliminar cálculos oriundos dos rins.
A infecção urinária se apresenta classicamente com febre, calafrios, disúria grave e edema prostático.
Na falência do detrusor após HPB de longa duração, podem ocorrer dilatação do sistema urinário superior e falência renal
Problema 5
Anatomia e fisiologia do Sist Resp
Sistema respiratório
Importância
Absorção do oxigênio e eliminação do gás carbono
Regulação da temperatura corporal e cutânea
Dividido em 2:
Vias aéreas superiores
Fossas nasais + Boca
Vias aéreas inferiores
Faringe + Traqueia + Broncos + Bronquíolos + Alvéolos + Pulmões
Componentes
Nariz
Responsável por condicionar o ar que entra nas narinas
Responsável por controlar a filtragem do ar em cada respiração
Pelos: ajudam a filtrar o ar, além de atuar como um 1º mecanismo de defesa contra partículas de fumaça, poeira e outras substs
Mucos: Auxilia a manter a temperatura, além de contribuir com umidade dos componentes integrados ao sist resp
Fossa nasal
O ar recebido pelos conchas nasais são aquecidos e umedecidos
Poeira e outras partículas são removidas por "vassouras" internas - pelos na parte interna do nariz
Contribui p/ sentido do olfato
A mucosa das fossas nasais possuem cílios para filtragem do ar
Determinados cílios movem o muco secretado e a matéria particulada p/ faringe -> esôfago e -> estômago (local onde é digerido)
Faringe
Faz parte tanto do sist digestivo quanto do sist respirat
Compõem parte da garganta e está localizada atrás da cavidade nasal, esôfago e laringe
Dividida em 3:
Parte nasal ou nasofaringe: se comunica c/ a parte nasal
Faringe oral ou orofaringe: se comunica c/ a parte oral
Faringe laríngea ou laringofaringe: posterior à laringe
Cada fase se distingue por atuar de forma diferente na passagem do O2
Laringe
Órgão responsável pela vocalização
Assim, apresenta cartilagens - "pregas vocais" - vibram c/ a passagem do ar
Outra função:
Impedir q haja a passagem de alimentos p/ pulmões
Isso acontece devido a presença de outra cartilagem q inicia junto com a epiglote
Assim, é uma cartilagem em forma de colher q fecha a glote (cartilagem da laringe) - qdo ocorre a deglutição
Adultos: encontrada no pescoço - nível da vértebra C3-C6
Conecta-se a parte inferior da faringe à traqueia
Traqueia
Também chamada de tubo cartilaginoso - liga a laringe até os pulmões: permitindo a passagem do ar
Estende-se da laringe e ramifica-se p/ dois brônquios primários
No topo da traqueia, a cartilagem cricoide se une à laringe - único anel cartilagíneo completo da traqueia (sendo os outros incompletos)
Músculo traqueal
Junta-se as extremidades dos anéis e unem-se verticalmente bandas de tecidos conjuntivo fibroso - ligamentos anulares da traqueia
Revestido por células de cálice q produzem mucinas protetoras
Brônquios e Bronquíolos
Ramificação da traqueia resulta em 2 brônquios primários
Estes primários, seguirão p/ interior dos pulmões = em brônquios lobares (2ª ordem)
Os de 2ª ordem continuem sua ramificação até se tornarem muito finos e = em bronquíolos
Brônquios
Tecido de revestimento é a mucosa
Esta produz o muco - o qual adere as substâncias q ñ foram filtradas pelas narinas
Ao aderirem as subst, estas são levadas à traqueia onde serão eliminadas por meio da tosse
Angulação e espessura pode ser diferente: Esquerdo - mais horizontal, longo e estreito // Direito - mais vertical, curto e largo
No local em q se dividem, há um septo cartilaginoso - "carina da traqueia" (local + sensível p/ presença de corpos estranhos e causa de tosse)
Ductos alveolares, Sacos alveolares e Alvéolos
Alvéolos compõem uma estrutura arredondada - formada por epitélio pavimentoso simples
2 ou + alvéolos juntos resultam em uma forma parecida c/ "cachos de uvas", chamados de sacos alveolares
Dentro desses sacos há ductos alveolares que permite a passagem/chegada do ar dentro dos alvéolos
Juntos as céls penumócitos 1ºs de revestimento, tbm há as céls penumócitos 2ºs - secretam líquido alveolar formado por substância composta de surfactante
Líquido surfactante: Redução de tensões nas superfícies dos alvéolos e no trato resp
Pulmões
Função principal:
Transferir o O2 da atmosfera e levá-lo p/ corrente sanguínea, liberando o CO2 da corrente sanguínea p/ a atmosfera - processo de hematose
Ambos estão localizados dentro da caixa torácica
Pulmão direito maior que o esquerdo
Estão localizados dentro de um saco pleural - permite as paredes internas e externas deslizarem umas sobre as outras s/ q haja fricção enquanto ocorre a resp
Esses sacos dividem os pulmões em lobos
Lobos
Pulmão D: possui 3
Pulmão E: possui 2
Por meio deles, o pulmão tem um suprimento sanguíneo único
Recebe sangue desoxigenado do coração na circulação pulmonar - p/ receber O2 e liberar CO2
Enquanto o suprimento de sangue oxigenado é separado na circulação brônquica p/ irrigar os tecidos dos pulmões
Pulmões são músculos - e, assim, a entrada de ar se dá por meio de contrações musculares
Principais músc ventilatórios: serráteis anteriores, intercostais e diafragma
Ações
Se contraem p/ q a caixa torácica possa ser expandida - diafragma respons pela expansão p/ baixo
Inspiração é uma forma ativa da resp - c/ contração muscular dos músculos respiratórios
Expiração, qdo realizados de forma natural, ñ é uma forma ativa da respiração - ñ sendo necessário a contração de músculos resp
Identificar processos consumptivos + prevalentes do idoso e suas principais causas
Insuficiência Cardíaca Congestiva no Idoso (ICC)
Introdução
Insuficiência cardíaca: refere-se ao estado fisiopatológico caracterizado pela incapacidade do coração em manter débito cardíaco suficiente p/ necessidades metabólicas do organismo
Está associado a elevação da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo
Muito comum em idosos - representando cerca de 20% das internações hospitalares
Pode interferir diretamente na independência do indivíduo: afetando a mobilidade devido redução do condicionamento cardiorrespiratório
Principais causas:
Hipertensão arterial sistêmica e dça arterial coronariana
No idoso: etiologia é multifatorial
Apresenta caráter progressivo pelo remodelamento ventricular contínuo
Fisiopatologia
Disfunção da bomba cardíaca pode ser consequência de: dças do endocárdio, pericárdio ou miocárdio
Miocardiopatias são mais comuns - podem comprometer a função sistólica e/ou diastólica (de forma isolada ou associada)
Há: redução do débito cardíaco, relativa ou absoluta, e aumento da pressão de enchimento ventricular
Envelhecimento cardíaco
Associado à perda de miócitos e hipertrofia compensatória dos miócitos remanescentes
Há: espessamento do miocárdio e fibrose intersticial - c/ redução da complacência ventricular e menor capacidade de relaxamento ou disfunção diastólica
Relaxamento ventricular isovolumétrico prejudicado
Lentificando a fase de enchimento ventricular rápido
Aumentando a contribuição da contração atrial p/ enchimento ventricular final
Caracterizar dças pulmonares + relevantes decorrentes do vício de fumar
DPOC
Considerada um grande problema de saúde pública
Além do aumento de sua prevalência e da mortalidade, está associada a altos custo econômicos
Teste de caminhada por 6 minutos
Objetivo: avaliação da capacidade funcional global
Avalia o funcionamento integrado de todos os sistemas fisiológicos envolvidos no exercício físico, como: cardiovascular, respiratório, hematológico e neuromuscular
Aplicação do teste
Indicação
Avaliação do condicionamento cardiorrespiratório
Contra-indicação:
Presença de angina instável ou IAM recente e ICC, arritmia e HA descompensada
Isso ocorre devido aos gastos c/ hospitalizações e atendimentos de urgência
Manifestações clínicas e laboratoriais
Ocorre em pacientes fumantes c/ média de 20 cigarros/dia por mais de 20 anos
Geralmente é reconhecida na 5ª década de vida, mas pode ocorrer mais cedo - principalmente c/ deficiência de alfa1-antitripsina
Principais sintomas
Dispneia: usualmente progressiva, piorando c/ exercícios, persistente e descrita como "esforço respiratório"
Tosse crônica: intermitente ou contínua; podendo ser seca ou produtiva
Expectoração
História de exposição a fatores de risco: cigarro, fumaça, poluição e gases tóxicos
Atualmente: representa a 4ª causa de óbitos no mundo
Fisiopatologia
Principal agente agressor: FUMO (responsável pela maioria dos casos de DPOC)
Outros agressores: gases tóxicos, poluições, infecções respiratórias e exposição a fumaças ("fogão de lenha")
Fatores genéticos: deficiência de alfa1-antitripsina contribuem p/ desarranjo inflamatório das unidades respiratórias
Exposição aos agressores = hiperresponsividade das vias aéreas + hipersecreção e inflamação da parede brônquica
Culminando c/ o remodelamento brônquico-bronquiolar (bronquite crônica obstrutiva) e fibrose das vias respiratórias
Determinadas respostas inflamatórias são ampliadas em pessoas c/ DPOC
Ocorre a lesão dos alvéolos pulmonares, devido a destruição e dilatação da sua parede (enfisema)
O remodelamento brônquico-bronquiolar = na obstrução das vias respiratórias - dificultando na chegada de O2 na unidade resp - impedindo a hematose
5,1. É conhecido como efeito shunt - resulta em alterações gasométricas como: hipoxemia e hipercapnia
Hipoxemia:
Provoca vasoconstrição da vasculatura pulmonar, hipertensão pulmonar e cor pulmonale
Estimula a liberação de eritropoietina e policetemia - aumentando a viscosidade do sangue e facilitando o aparecimento de cianose
"Azul pletórico": traduz alterações clínicas presentes no paciente cianótico (predomínio da bronquite crônica)
POR OUTRO LADO: lesão direta das unidades alveolares causa aprisionamento do ar e dilatação
Porém, as alterações funcionais são mais bem compensadas pelo aumento da frequência respiratória
Nesses pacientes: hipoxemia é menos visualizada - apesar do esforço respiratório compensatório
"Soprador rosado": traduz determinadas repercussões clínicas do enfisema
A limitação ao fluxo aéreo é comprovado pela espirometria
Inflamação crônica provoca: danos estruturais e destruições do parênquima resp - comprometendo propriedades elásticas dos pulmões
Brasil: Acomete 10% da população acima de 40 anos e 20% dos idosos
Conceito
Entidade clínica que apresenta uma obstrução do fluxo aéreo parcialmente reversível
Limitação do fluxo aéreo é progressiva e está associada à resposta inflamatória dos pulmões a partículas nocivas - principalmente devido ao tabagismo
Considerada uma dça prevenível e tratável - associada a importantes manifestações extrapulmonares q auxiliam p/ sua gravidade
A obstrução é = tanto da inflamação das vias aéreas (bronquiolite obstrutiva) quanto no parênquima pulmonar (enfisema)
Bronquite crônica
Exige ocorrência de tosse por 3 meses no ano por, no mínimo, 2 anos consecutivos - na ausência de outras dças como: asma, fibrose cística, bronquiectasia ou tuberculose
Enfisema
Diagnóstico anatomopatológico e consiste no aumento dos espaços aéreos terminais - devido destruição das paredes alveolares
Em relação a morbimortalidade: 5ª causa de internação hospitalar em maiores de 40 anos
Anemia Ferropriva
Anemia
Segundo a OMS
Definida como aumento ou diminuição do tamanho das hemácias acompanhada da redução ou não da [] de hemoglobina
Afeta cerca de 30% da população mundial
Nutricionais (folato, vitamina B12 e vitamina A)
Pelo menos metade desta prevalência global pode ser atribuída à deficiência de ferro
Outra metade das anemias aparecem outras deficiências como:
Estima-se que cerca de metade dos casos de anemia ocorra devido à deficiência de ferro
Câncer e doenças hereditárias que afetam eritrócitos, tais como as talassemias
Processos inflamatórios, infecciosos
Anemia ferropriva
Resulta da interação de múltiplos fatores etiológicos.
Causas:
Deficiente ingestão de ferro - especialmente a forma heme - devido ao baixo consumo de alimentos de origem animal
Baixo nível socioeconômico, precárias condições de saneamento
Alta prevalência de dças infectoparasitárias - provocam perdas sanguíneas crônicas
Pessoas mais vulneráveis
Qualquer grupo etário é vulnerável a essa deficiência
PORÉM
Acomete alguns grupos mais sensíveis à escassez de ferro devido ao crescimento rápido ou ao aumento de demanda
Ex: crianças entre seis meses e cinco e 5 anos de idade adolescentes do sexo feminino, mulheres em idade fértil, gestantes e nutrizes
Alguns procedimentos cirúrgicos tbm trazem determinada deficiência - ex: cirurgia bariátrica
Redução da concentração de Hb sanguínea compromete o transporte de O2 p/ os tecidos reduzindo a capacidade de trabalho e o desempenho físico em indivíduos anêmicos
Deficiência de Fe nos primeiros 2 anos de vida: há evidências de atraso no desenvolvimento psicomotor e alterações de comportamento
Metabolismo do Fe
Ferro utilizado pelo organismo é obtido principalmente da dieta e da reciclagem de hemácias senescentes
Quantidade de Fe absorvida é regulada pela necessidade do organismo
Encontrado em:
Maior parte do ferro inorgânico está presente na forma Fe3+ e é fornecida por vegetais e cereais
A aquisição do ferro da dieta na forma heme corresponde a 1/3 do total e é proveniente da hemoglobina (Hb) e mioglobina contidas na carne vermelha
Ovos e laticínios fornecem menor quantidade dessa forma de ferro, que é melhor absorvida do que a forma inorgânica
Processo
internalização do ferro heme da dieta é feita pela proteína transportadora do heme-1 (HCP1) encontrada na membrana apical das células do duodeno
O heme liga-se à membrana da borda dos enterócitos duodenais e atravessa a membrana plasmática ligada à proteína
logo depois o ferro é então liberado da protoporfirina pela heme oxigenase
3,1. fará parte do mesmo pool de ferro não heme, sendo armazenado na forma de ferritina OU
3,2. Liberada do enterócito p/ o sangue
A proteína da hemocromatose (HFE) está fortemente relacionada com a regulação da absorção intestinal do ferro.
Esta interage com o receptor da transferrina (TfR) e detecta o seu grau de saturação
5,1. Sinalizando para o enterócito se há maior ou menor necessidade de absorção do ferro na luz intestinal
Indivíduos com mutação no gene da HFE apresentam hemocromatose, caracterizada pelo acúmulo de ferro no organismo decorrente da contínua absorção do ferro pelo intestino
Como a maior parte do ferro no organismo está associada à molécula de Hb, a fagocitose e degradação de hemácias senescentes representam uma fonte importante de Fe (25 a 30 mg/dia)
Essa quantidade de ferro reciclado é suficiente para manter a necessidade diária de ferro para a eritropoiese
Após a interação de receptores específicos dos macrófagos com as hemácias, inicia-se o processo de fagocitose -> degradação dos componentes da hemácia
Catabolismo intracelular do heme
Envolve várias enzimas, como a NADPH-citocromo C redutase, a HO e a biliverdina redutase
Terá como produtos o CO, ferro e bilirrubina.
Parte proteica da molécula de Hb, a cadeia globínica, terá seus aminoácidos também reciclados e aproveitados na síntese de novas proteínas
O Fe2+ pode ser estocado no próprio macrófago na forma de ferritina ou ser exportado.
Após a exportação pela FPT, o Fe2+ será oxidado pela ceruloplasmina, sintetizada no fígado.
O Fe3+ será transportado pela transferrina até os locais onde será reutilizado, predominantemente na medula óssea participando da hemoglobinização de novos eritrócitos
A homeostase do ferro é importante para a eritropoiese e as funções celulares normais
Diagnóstico
A anemia ferropriva é a causa mais comum de anemia microcítica
Caracteriza-se por:
Diminuição do volume corpuscular médio (VCM)
Acompanhada por diminuição da hemoglobina corpuscular média (HCM)
Diminuição da concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)
Presença de hipocromia associada
Outras condições podem cursar c/ anemia microcítica:
Talassemias, anemia de doença crônica, anemia sideroblástica e envenenamento por chumbo
O principal diagnóstico diferencial da anemia ferropriva é a talassemia-beta menor
A carência de ferro ocorre no organismo de maneira gradual e progressiva
Diversos parâmetros hematológicos e bioquímicos que refletem os três estágios da deficiência podem ser usados
Estágios
Primeiro
Caracterizado diminuição dos estoques de ferro no organismo, é realizado por meio de dosagem de ferritina sérica
Ferritina sérica inferior a 15 ng/mL é atribuída à anemia por deficiência de Fe
Valores superiores a 100 ng/mL praticamente excluem este diagnóstico - na presença de doença inflamatória ou doença hepática
Segundo
Diminuição do ferro de transporte
Caracteriza-se pela diminuição do ferro sérico e um aumento da capacidade de ligação do ferro = diminuição da saturação de transferrina
Terceiro
quantidade de ferro está suficientemente restrita para a produção de hemoglobina, apresentando células hipocrômicas e microcítica
Continuação - Problema 3
Definir interação medicamentosa e sua importância
Definição
Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental
Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a um paciente, eles podem:
OU interagirem entre si, c/ aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro
Agir de forma independente
As vezes, interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, podendo ser tão nociva quanto o aumento.
Há interações que podem ser benéficas e muito úteis, como: co-prescrição deliberada de anti-hipertensivos e diuréticos.
O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco
Incidência de problemas é mais alta nos idosos porque a idade afeta o funcionamento de rins e fígado
De modo que muitos fármacos são eliminados muito mais lentamente do organismo.
Classificação
Interações farmacocinéticas
São aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco
Podem ocorrer por mecanismos:
Absorção
Alteração no pH gastrintestinal.
Alteração no pH gastrintestinal.
Alteração na motilidade gastrintestinal.
Má absorção causada por fármacos.
Distribuição
Competição na ligação a proteínas plasmáticas
Hemodiluição com diminuição de proteínas plasmáticas
Biotransformação
Indução enzimática
Inibição enzimática
Excreção
Alteração no pH urinário
Alteração na excreção ativa tubular renal.
Interações de efeito
Qdo dois ou mais fármacos em uso concomitante têm ações farmacológicas similares ou opostas.
Podem produzir sinergias ou antagonismos sem modificar farmacocinética
OU mecanismo de ação dos fármacos envolvidos
Ex: álcool reforça o efeito sedativo de hipnóticos e anti-histamínicos.
Interações farmacodinâmicas
Ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos desejados se processam.
Efeito resulta da ação dos fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima.
Um fármaco pode aumentar o efeito do agonista por estimular a receptividade de seu receptor celular
Diminuição de efeito pode dever-se à competição pelo mesmo receptor, tendo o antagonista puro maior afinidade e nenhuma atividade intrínseca
OU inibir enzimas que o inativam no local de ação.
Interações farmacêuticas / Incompatibilidade medicamentosa
Ocorrem in vitro, isto é, antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma seringa equipo de soro ou outro recipiente
Devem-se a reações fisicoquímicas que resultam em:
Aumento da toxicidade de um ou mais dos fármacos originais.
Diminuição da atividade de um ou mais dos fármacos originais
Inativação de um ou mais fármacos originais.
Formação de novo composto (ativo, inócuo, tóxico)
Importância
Qdo recebe-se uma nova receita deve informar ao profissional de saúde se já está utilizando algum outro medicamento
Isso ocorre, pois, um pode interferir nos efeitos do outro, tanto aumentando quanto diminuindo-os
Tratamento de lesão aguda da mucosa gástrica
O sangramento gastrintestinal relacionado a úlceras de estresse é uma potencial complicação da doença crítica
Hemodinâmica sistêmica + alterações locais = em comprometimento do fluxo sanguíneo na mucosa gástrica, com subsequente lesão isquêmica da mucosa.
Recomendações
Manter (ou iniciar) agentes que suprimam a acidez gástrica (inibidores da bomba de prótons) em pacientes com indicações convincentes para supressão ácida
Pacientes com indicações convincentes:
Doença péptica conhecida em fase de cicatrização
Doença do refluxo gastresofágico e complicações relacionadas à acidez
Esofagite eosinofílica
Profilaxia c/ agentes que suprimem a acidez gástrica em vez de ñ profilaxia nos pacientes q portam um fator > de risco ou dois fatores < de risco para úlcera de estresse.
Fator maior de risco: Coagulopatia (definida como contagem de plaquetas < 50.000/m3; Insuficiência respiratória; Lesão cerebral traumática e sepse
Fator menor de risco: Insuficiência renal aguda ou crônica, Choque; Insuficiência hepática crônica; Terapia com glicocorticoides; Trauma múltiplo com escore de severidade da lesão
Fator crucial para o desenvolvimento de úlceras e sangramento gástrico: é a elevada acidez intraluminal gástrica, que é potencializada pelo jejum
Problema 4 - Continuação
Problema 4
ATEROSCLEROSE
Introdução
Placas ateroscleróticas podem obstruir mecanicamente o lúmen vascular e se romper, evoluindo para trombose catastrófica dos vasos
Essas também enfraquecem a média subjacente e levam à formação de aneurisma
Caracterizada por lesões na íntima chamadas ateromas
Epidemiologia
É uma doença praticamente onipresente entre as nações mais desenvolvidas
Menos prevalente: Américas Central e Sul da África e partes da Ásia
Altas taxas de mortalidade por Dça Isquêmica do Coração (DIC) nos Estados Unidos
Prevalência e severidade, tanto da arteriosclerose quanto da DIC, estão relacionadas c/ fatores de riscos constitucionais, modificáveis e adquiridos
Fatores
Constitucionais
Anormalidades genéticas e Antecedentes familiares
Maior risco associado aos antecedentes familiares está relacionado com as características poligênicas
Exs: Hipertensão e diabetes, além de outras genéticas - hipercolesterolemia familiar
Aumento da idade
Essa dça permanece silenciosa até que o indivíduo esteja na meia idade
Assim, riscos de infarto aumenta cerca de 5X entre 40-60 anos
Taxa de mortalidade de DIC aumenta a cada década
Sexo masculino
Mulheres na pré-menopausa são mais protegidas em relação a arteriosclerose, qdo comparadas c/ homens da mesma idade
Assim, chances da mulher sofrer infarto nesse período são muito pequenas - qdo não associadas a outros fatores de risco (diabetes, HA...)
Porém, após a menopausa, os riscos p/ essa dça aumenta - podendo ser maior, o risco de infarto, qdo comparado aos homens
Modificáveis
Hiperlipidemias
Colesterol associado c/ aumento de risco corresponde ao LDL (colesterol de baixa densidade - "mau colesterol")
LDL:
É o colesterol distribuídos nos tecidos periféricos
Diferente do HDL ("bom colesterol"): mobiliza as placas de colesterol em desenvolvimento e transporta ao fígado para excreção biliar
Os maiores níveis de HDL estão relacionados com menores risco de aterosclerose
HAS
Sozinha (s/ outros fatores associados) aumenta cerca de 60% os ridos de DIC
Causa tbm: hipertrofia ventricular esquerda, a qual auxilia p/ isquemia do miocárdio
Diabetes
Aumenta os níveis de colesterol circulante e, com isso, os riscos de aterosclerose
Riscos de AVC e 100X mais a chance de ocorrer gangrena nos mmii devido aterosclerose
Qdo associado a outros fatores de risco - chance de infarto é 2X > em diabéticos
Tabagismo
Fator de risco muito comum nos homens
Tabagismo durante muitos anos de um maço ou mais de cigarro por dia duplica a taxa de mortalidade relacionada com a DIC
Possuem efeitos multiplicativos - quanto maior o nº de fatores de risco (2 ou 3 simultaneamente), maior a chance de infarto, por exemplo
Adicionais
Inflamação
Presença de céls inflamatórias em todo processo de formação da placa de ateroma
Níveis de PCR
Proteína sintetizada em uma fase aguda, pelo fígado
Secretada por cels dentro das placas ateroscleróticas, podendo ativar as cls endoteliais, aumentando sua adesividade e induzindo um estado pró-trombótico
Importância clínica: biomarcador circulante
Níveis de PCR predizem o risco de IM, AVC, doença arterial oclusiva periférica, morte cardíaca súbita, mesmo entre indivíduos aparentemente saudáveis
Hiper-homocisteinemia
Síndrome metabólica
Está relacionada à obesidade central
Clinicamente caracterizada por:
Resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia (LDL elevada e HDL reduzida), hipercoagulabilidade e ao estado inflamatório (liberação de citocinas dos adipócitos)
Níveis de lipoproteína (a)
Níveis elevados de pró-coagulantes
Patogenia
Teoria: Hipótese de Resposta à Lesão
Considera a aterosclerose como uma resposta inflamatória crônica da parede arterial à lesão endotelial
Eventos patogênicos
Lesão endotelial
Resulta em uma disfunção endotelial, consequenciando em aumento da permeabilidade, adesão leucocitária e trombose
A perda endotelial - ocorrida por qualquer tipo de lesão - resulta em um espessamento da íntima
E, principalmente, com dietas ricas em lipídios = na formação de placas de ateromas
As lesões inicias ocorrem em locais intactos + disfunções endoteliais
Determinada disfunção apresenta aumento da permeabilidade e da adesão plaquetária, e alteração na expressão genética
Estímulos desencadeadores:
Hipertensão, hiperlipidemia, toxinas da fumaça do cigarro
Homocisteínas e agentes infecciosos
Causas + importantes: distúrbios hemodinâmicos e a hipercolesterolemia.
Acúmulo de lipoproteínas
LDL oxidada e cristais de colesterol na parede dos vasos
Adesão plaquetária
Adesão de monócitos ao endotélio
Migração para a íntima e diferenciação em macrófagos e células espumosas
Acúmulo de lipídios
Transportados na corrente sanguínea ligados a apoproteínas específicas = complexos de lipoproteínas
As anormalidades das lipoproteínas são comuns na população em geral e incluem:
Papel da hipercolesterolemia
Lipídios dominantes nas placas são: colesterol e ésteres de colesterol
Defeitos genéticos na absorção e no metabolismo da lipoproteína q = hiperlipoproteinemia estão relacionados c/ aterosclerose acelerada
A redução do colesterol sérico pela dieta ou medicamentos retarda a taxa de progressão da aterosclerose, = regressão de algumas placas ateromatosas e reduz o risco de ocorrência de eventos cardiovasculares
I) Aumento dos níveis de colesterol LDL
II) Diminuição dos níveis de colesterol HDL
III) Elevação dos níveis de lipoproteínas (a)
Mecanismos em q a dislipidemia contribui p/ aterogênese
Hiperlipidemia crônica
Pode comprometer diretamente a função endotelial por provocar aumento da produção local de radicais livres derivados do oxigênio
Dentre outras funções
1 more item...
Lipoproteínas acumulam-se dentro da íntima
2 more items...
Inflamação
A inflamação contribui para iniciação, progressão e complicação das lesões ateroscleróticas
Estágio da aterogênese: cls endoteliais disfuncionais expressam moléculas de adesão q = em adesão leucocitária
Vasos em condições normais não se ligam a cls inflamatórias
Molécula de adesão de célula vascular I (VCAM-1) liga-se a monócitos e linfócitos T
Após adesão no endotélio: leucócitos migram p/ dentro da íntima sob influência de quimiocinas produzidas localmente
Ocorrências:
Monócitos diferenciam-se em macrófagos e englobam avidamente as lipoproteínas, inclusive a LDL oxidada e peq cristais de colesterol
Macrófagos ativados
Produzem espécies tóxicas de O2 q levam à oxidação da LDL
Síntese de fatores de crescimento que estimulam a atividade proliferativa das células musculares lisas
Linfócitos T são recrutados p/ íntima e interagem com macrófagos, contribuindo para o estado de inflamação crônica
Células T ativadas em lesões crescentes na íntima produzem citocinas inflamatórias (p. ex., INF-a) - estimular macrófagos, células endoteliais e musculares lisas
Leucócitos ativados e a liberação de fatores de crescimento pelas células da parede vascular promovem a proliferação das células do músculo liso e a síntese de MEC
Proliferação das Células do Músculo Liso e Síntese de Matriz
Convertem a lesão inicial (estrias gordurosas) em ateroma maduro contribuindo p/ cresc progressivo das lesões ateroscleróticas
Células do músculo liso da íntima podem se originar da média ou de precursores circulantes
Fatores de crescimento envolvidos na proliferação:
Fator de crescimento derivado de plaquetas
Fator de crescimento fibroblástico e TGF-a
As células musculares lisas recrutadas sintetizam MEC (principalmente o colágeno), que estabilizam as placas ateroscleróticas
Consequências Clínicas da Doença Aterosclerótica
As grandes artérias elásticas e as médias e grandes artérias musculares são os vasos mais afetados por aterosclerose
Mais comum: sinais e sintomas relacionados com a isquemia no coração, cérebro, rins e membros inferiores
Principais:
Infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral (AVC)
Aneurismas da aorta e doença vascular periférica (gangrena das extremidades)
Resultados dos principais aspectos fisiopatológicos
A oclusão dos pequenos vasos pode comprometer a perfusão dos tecidos.
Ruptura da placa aterosclerótica libera restos celulares, que podem evoluir para um quadro de trombose vascular aguda ou de embolização distal
A destruição da parede vascular subjacente pode levar à formação de aneurismas, com ruptura secundária e/ou trombose
Estenose aterosclerótica
Início: remodelação da média tende a preservar o diâmetro luminal por aumentar a circunferência do vaso
Devido ao limite de remodelação: expansão do ateroma pode apresentar consequências sobre o fluxo sanguíneo
Estenose crítica: ponto em que a oclusão limita significativamente o fluxo, e a demanda começa a exceder a oferta
Em repouso, a perfusão cardíaca ocorre normalmente, porém, qdo realizado o mínimo de esforços - demanda excede a oferta e há dor no peito = da isquemia miocárdica
Alteração aguda da placa
Erosão ou ruptura da placa normalmente desencadeia um quadro de trombose, evoluindo para a obstrução vascular parcial ou total e, muitas vezes, para o infarto tecidual
3 categorias
Ruptura/fissura: expondo os constituintes da placa altamente trombogênicos
Erosão/ulceração: expondo ao sangue a membrana basal subepitelial trombogênica
Hemorragia no interior do ateroma, expandindo seu volume
Arteriosclerose
Significa “endurecimento das artérias”
Termo genérico que reflete espessamento e perda da elasticidade da parede arterial
DAC (Dça arterial coronariana)
Em qualquer uma dessas condições, o fenômeno fisiopatológico essencial é a isquemia miocárdica
Fatores responsáveis pelo aumento da resistência coronária estão relacionados com:
Definir como uma: desproporção entre a oferta e o consumo de oxigênio no nível da fibra miocárdica, seja por diminuição da oferta ou por aumento de consumo.
Perviedade das artérias que irrigam o coração, podendo ser anatômicos ( aterosclerose e trombose) ou funcionais (espasmo).
3 tipos clínicos bem definidos: a angina de peito, o infarto agudo do miocárdio e a cardiomiopatia isquêmica
Placas ateroscleróticas ou trombos diminuindo o lúmen de uma artéria coronária -> diminuição do fluxo sanguíneo com redução de oferta de 02 para a fibra miocárdica
Cardiopatia isquêmica
lsquemia silenciosa.
Comprovação eletrocardiográfica de isquemia miocárdica em pacientes sem manifestações clínicas.
Angina estável
Síndrome causada por obstrução fixa de uma artéria coronária e caracterizada por dor torácica - retroesternal
Desencadeada por esforço físico, refeições volumosas ou estresse emocional, com duração de 30 segundos a 15 min
Aliviada pelo repouso ou uso de nitrato sublingual sem alterar suas características por pelo menos 2 meses
Angina instável
Síndrome situada no meio do espectro clínico da cardiopatia isquêmica
Inclui desde a angina de peito de início recente até dor intensa e prolongada em repouso, às vezes indistinguível clinicamente do IAM
Duração da dor ultrapassa 20 min.
Relaciona-se com a fissura ou ruptura de uma placa ateromatosa, local em que se instala a trombose acompanhada quase sempre de espasmo coronário
Angina de Prinzmetal
Episódios frequentes de dor de aparecimento recente, ocorrendo vários no mesmo dia ou com intervalos de um ou poucos dias entre eles, simulando angina instável
Causa: o espasmo associado à obstrução de uma artéria coronária.
Miocárdio atordoado ou disfunção contrátil isquêmica
Alteração funcional do miocárdio relacionada com insuficiente fluxo para uma área ventricular, s/ q haja sinais de necrose tecidual
Miocárdio hibernado
Miocárdio fica em perfusão inadequada, mas ainda suficiente para que não haja infarto
Acompanhando-se de disfunção miocárdica, mas com recuperação completa quando se normaliza a perfusão daquela área.
Infarto Agudo do Miocárdio
Trata-se de uma área de necrose do miocárdio consequente a uma isquemia intensa
Causada por oclusão súbita de um ramo principal de uma das artérias coronárias
Aparece c/ o paciente estando em repouso; duração prolongada - horas
Não alivia-se c/ nitritos sublinguais - necessitando de opiáceos
Acompanha-se de mal estar, sudorese profunda e ansiedade
Eletrocardiograma: aparecimento de ondas Q (indicativo de necrose), desnivelamento do segmento ST e ondas T isquêmicas
Cardiomiopatia isquêmica
Ocorrência de áreas fibróticas ricas em colágeno disseminadas no miocárdio ventricular
Manifestações clínicas: arritmias; insuficiência ventricular esquerda e os sinais estetoacústicos de insuficiência mitral;
Arritmias cardíacas
Áreas isquêmicas podem alterar as propriedades da fibra cardíaca, criando condições para surgimento de distúrbios na formação e na condução do estímulo ou do aparecimento de focos ectópicos.
Isquemia miocárdica é o fenômeno principal na doença arterial coronariana
Síndrome metabólica
Introdução
Combinação de pelo menos três componentes dos apresentados
Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal: homens (>102) e mulheres (>88)
Definição mais aceita: NCEP/ATP III
Triglicerídeos: > ou = 150 mg/dL
Transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina
HDL Colesterol: homens (<40) e mulheres (<50)
Glicemia de jejum: > ou = 110 mg/dL
Pressão arterial: > ou = a 130 mmHg ou > ou = 85 mmHg
A presença de Diabetes mellitus não exclui o diagnóstico de SM
Várias condições fisiopatológicas estão associadas
Síndrome de ovários policísticos; doença hepática gordurosa não-alcoólica
Microalbuminúria, estados pró-trombóticos, estados pró-inflamatórios e de disfunção endotelial
Diagnóstico clínico
Objetivos da investigação clínica:
Confirmar o diagnóstico da SM de acordo c/ critérios NCEP-ATP III
Identificar fatores de risco cardiovascular associados
Realiza-se:
História clínica
Idade; Tabagismo; Prática de atividade física;
História pregressa de hipertensão; Diabetes e diabetes gestacional
Doença arterial coronariana, acidente vascular encefálico, síndrome de ovários policísticos (SOP)
Dça hepática gordurosa não-alcoólica, hiperuricemia, história familiar de hipertensão
Diabetes e doença cardiovascular, uso de medicamentos hiperglicemiantes
Exame físico necessário para diagnóstico
Medida da circunferência abdominal
Níveis de pressão arterial
Peso e estatura e, consequentemente, IMC
Exame da pele para pesquisa de acantose nigricans
Exame cardiovascular
Exames laboratoriais necessários para o diagnóstico
Glicemia de jejum
Dosagem do HDL-colesterol e dos triglicerídeos
Adicionais: colesterol total, LDL-colesterol, creatinina, ácido úrico, microalbuminúria, proteína C-reativa
Prevenção primária
A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem p/ SM
Adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde (dieta adequada e prática regular de atividade física) é uma das prevenções
A atividade física é determinante do gasto de calorias e fundamental para o balanço energético e controle do peso
Alimentação adequada:
Permite a manutenção do balanço energético e do peso saudável
Reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras
Aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais
O tabagismo deve ser agressivamente combatido e eliminado
Tratamento não medicamentoso
Terapia de 1ª escolha
Plano alimentar para a redução de peso, associado a exercício físico
Resultados:
Redução expressiva da circunferência abdominal e a gordura visceral
Melhora significativamente a sensibilidade à insulina
Diminui os níveis plasmáticos de glicose
Redução expressiva da pressão arterial e dos níveis de triglicerídeos
Plano alimentar
Deve ser individualizado e prever uma redução de peso sustentável de 5% a 10% do peso corporal normal
1º passo: estabelecer as necessidades do indivíduo a partir da avaliação nutricional
Determinação do perfil metabólico é muito importante na terapia
Carboidratos
Uso de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas
Alimentos contendo açúcar podem eventualmente ser ingeridos no contexto de um plano alimentar saudável
Fibras
Consumo de fibras em 20g a 30g/dia sob a forma de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas
Gordura
O uso de gordura em cotas inferiores a 15% do VCT pode diminuir o HDLcolesterol e aumentar os níveis plasmáticos de glicose, insulina e triglicerídeos
Os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 podem ser benéficos na síndrome metabólica
Proteínas
Recomenda-se uma ingestão diária de proteínas de 0,8g a 1g/kg de peso atual ou 15% do VCT
Sal de cozinha
Deve ser limitado a 6g/dia
Devem ser evitados os alimentos processados como embutidos, conservas, enlatados, defumados
Tratamento medicamentoso
Devem seguir os guidelines estabelecidos para cada fator de risco
Classificação e tratamento de dislipidemias
Classificação
Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10)
Hiperquilomicronemia
Outras hiperlipidemias
Hiperlipidemia mista
Hiperlipidemia não especificada
Hipertrigliceridemia pura
Deficiências de lipoproteínas
Hipercolesterolemia pura
Outros distúrbios do metabolismo de lipoproteínas
Hipercolesterolemia isolada: Aumento isolado do LDL-C (LDL-c > ou = a 160 mg/dL)
Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicerídeos (TG > ou = 150 mg/dL ou > ou = 175, se a amostra for obtida em jejum)
Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (> ou = 160 mg/dL) e dos TG (> ou = 175 mg/dL se amostra obtida em jejum)
HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou TG
Dislipidemia
Fator de risco cardiovascular relevante para o desenvolvimento da aterosclerose
Dislipidemia é elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL que contribuem para a aterosclerose
Etiologia
Primária: genética
Mutações genéticas únicas ou múltiplas que promovem a produção excessiva ou a deficiência da eliminação dos triglicerídeos e do LDL
OU baixa produção ou eliminação excessiva do HDL
Secundária: causada pelo estilo de vida e outros fatores
Mais comum nos países desenvolvidos é: estilo de vida sedentário com ingestão excessiva de gordura saturada, colesterol e ácidos graxos trans.
Outras causas: DM; abuso de álcool; hipotireoidismo; Nefropatia crônica e cirrose biliar hepática
As causas secundárias dos baixos níveis de colesterol HDL incluem tabagismo, esteroides anabólicos, infecção por HIV e síndrome nefrótica.
Diagnóstico
Baseia-se na dosagem dos lipídios séricos: colesterol total, HDL-C e triglicerídeos
Dosagem direta do LDL-C não é necessária - cálculo ser feito por meio da fórmula de Friedewald
Diagnóstico de hipercolesterolemia familiar
Considerado se houver níveis muito elevados de colesterol (acima do percentil 90)
Presença de xantomas tendinosos, arco córneo em paciente com menos de 45 anos
Xantomas tuberosos ou xantelasma em pacientes com menos de 25 anos
Familiar de primeiro grau com as manifestações anteriores
Tratamento
Medidas não farmacológicas direcionadas à redução dos níveis de lipídios séricos e outros fatores de riscos cardiovasculares
Conduta não medicamentosa deve ser recomendada a todos os pacientes com dislipidemia, incluindo terapia nutricional, exercícios físicos e cessação do tabagismo, no mínimo
Terapia nutricional
Aumento do consumo de gorduras totais associa-se à elevação da concentração plasmática de colesterol e > risco de aterosclerose
Reduzir ingestão de colesterol
Diminuir o consumo de alimentos de origem animal, em especial carne gordurosa, vísceras, leite integral e derivados
Embutidos, frios, pele de aves e gema de ovos.
Exercícios físicos
Eficazes principalmente como coadjuvantes da dieta no tratamento da hipertrigliceridemia associada à obesidade
Adotados com frequência de 3-6 vezes/semana e prescrição média de 150 minutos/semana de exercícios leves a moderados
Atividades aeróbicas, exercícios contra resistência e de flexibilidade estão indicados
Tabagismo
O hábito de fumar pode estar associado à redução significativa dos níveis de HDL-C.
Deve ser combatido de forma agressiva
Tratamento inclui 2 etapas: abordagem cognitivo comportamental e, se necessário, farmacoterapia.
Medicamentoso
Estatinas
Mecanismo de ação:
Bloqueio da síntese intracelular de colesterol nos hepatócitos - bloqueio da enzima HMG CoA
Principais efeitos
Anti-inflamatórios// Anti-trombótico// Melhora da função endotelial // Redução do estresse oxidativo // Efeito anti-proliferativo
Efeitos adversos: mialgia, cãibras, fraqueza muscular, miosite, rabdomiólise (desintegração do músc)
Principais: Lovastatinas// Sinvastatinas // Pravastatinas //Fluvastatinas
Tratamento de hipercolesterolemia
Resinas
Mecanismo de ação
Sequestram os ácidos biliares da luz intestinal - impedindo sua reabsorção e aumento da sua excreção fecal
Representantes
Colestiramina e colestipol
Efeitos adversos: hipovitaminose (K,A,D e E), irritação gástrica, desconforto abdominal, flatulência náuseas e vômitos
Fibratos
Mecanismo de ação:
Aumentam atividade da enzima lipase lipoproteica - responsável pelo catabolismo das lipoproteínas ricas em triglicerideos no fígado
Aumento na síntese das apolipoproteínas AI e AII - Aumento do HDL
Representantes: Fenofibrato, Bezafibrato, Ciprofibratos, Clofibrato e Genfibrozil
Efeitos adversos: Irritação gástrica, miosite, formação de cálculos biliares; pruridos e reações cutâneas, cefaleias, diminuição da libido
Hipocolesterolêmicos
Importância de exercícios físicos
Prescrição de atividades físicas
Contribuição p/ envelhecimento saudável inclui: Treinamento de força + Resistência + Flexibilidade
Exercício aeróbio
Otimiza o desempenho cardiovascular - melhorando a tolerância a atividade física
Aumenta a sensibilidade à insulina e reduz os riscos de dça cardiovasculares
Melhora flexibilidade e equilíbrio - reduzindo risco de quedas e de fratura osteoporótica
Exercícios de resistência
Realizados c/ cargas progressivas
Podem ser isométricos ou isotônicos
Aumentam massa muscular, interrompendo ou revertendo a sarcopenia
Aumentando a massa muscular: melhora capacidade p/ realização de diversas atividades de vida diária
Exs: subir escadas, carregar peso e caminhar
Exercícios de flexibilidade
Correspondem as manobras de alongamento de grupos musculares // Melhoram flexibilidade e equilíbrio
Intensidade
Recomendado uma intensidade moderada - 40% a 70% do VO2 max ou 55% a 85% da FC máx
FC no idoso é muito variada
Isso ocorre devido a influência de muitos medicamentos
Assim, recomenda-se a prescrição de intensidade através da fórmula de Karvonen
Considera a FC basal e a FC de reserva (FC max - FC basal) p/ prescrição
FC de treinamento deve ser = à FC basal, acrescida de 40% a 75% da FC reserva
Duração
Varia de 30 a 60 min e tem relação inversa c/ a intensidade.
Idosos + frágeis: se beneficiam de sessões c/ < período de duração, repetidas 2 ou + vezes ao dia
Tipo:
Escolha da modalidade deve valorizar preferências pessoais e possibilidades do idoso - além do local disponível
A progressão tanto no ritmo quanto na intensidade deve ser gradativa, lenta, de acordo c/ a resposta individual
Sessão de atividades físicas é constituída de: aquecimento, condicionamento aeróbicos e muscular e resfriamento
Importante
Antes, durante e após atividade física - tanto um paciente cardíaco quanto não - a FC, PA e oxigenação periférica (se necessária) deverão ser analisadas
Cuidados gerais
Usar calçados adequados (tênis confortável)
Usar roupas confortáveis q facilitem a perda de calor
Evitar locais acidentados, com calçadas inadequadas, ladeiras, p/ reduzir o risco de quedas
Evitar locais c/ excesso de pessoas ou muito isolados - riscos de assaltos ou necessidades
Evitar atividades físicas em jejum
Caminhadas em esteiras rolantes podem não ser muito benéficas - aumento do risco de quedas
Benefícios do exercício físico
Aparelho cardiovascular
Até 1/3 da perda da capacidade funcional devida à idade pode ser revertida c/ prática de exercícios físicos
Demonstração de estudos: relação inversa entre PA sistólica e diastólica após treinamento aeróbico - tanto em indivíduos normotenso e hipertensos
Práticas de exercícios físicos é considerado tratamento terapêutico não farmacológico p/ hipertensão arterial grau 1 e terapia adjuvante nos tratamentos farmacológicos
Manifestação clínica principal da Insuficiência cardíaca:
Dça arterial periférica
Quadro clínico q varia desde a ausência de sintomas até claudicação aos esforços, dor em repouso ou gangrenas de mmii
Foco de atenção aos exercícios:
Aumento das distâncias percorridas a pé s/ dor
Visando a força muscular, equilíbrio e flexibilidade nesses pacientes
Intolerância à glicose
Ensaios clínicos: Demonstração de q 15 a 20% do aumento da tolerância aos exercícios ocorreram após 3 sem de programa de treinamento
Esse aumento auxilia p/ melhor realização de atividades de vida diária + melhora da qualidade de vida
Benefícios:
Aumento da prod de óxido nítrico endotelial = vasodilatação periférica
Aumento da fração de ejeção ventricular
Redução da ativação simpaticomimética
Aumento da força muscular resp e esquelética
Treinamento físico
Recomendado p/ pacientes c/ insuficiência cardíaca grau II e III
Contra indicações
Casos de miocardites ativas
Angina instável, arritmia ventricular induzida por esforços
ICC descompensada e dça valvar grave
Dislipidemias
Após menopausa
Mulheres têm perfil lipídico menos favorável
Aumento do colesterol total
Aumento do LDL-colesterol
Aumento do triglicerídeos
Redução do HDL-colesterol
Realização de exercícios aeróbios regulares no período pós-menopausa aumenta os níveis de HDL-c, diminui os níveis de LDL-c, do colesterol total e da gordura corporal
Principais ações dos exercícios:
Sobre o perfil lipídico reside no fato do aumento da atividade lipase lipoproteica (LLP) e da lecitina-colesterol acetil transferase (LCAT)
O HDL-c contém LCAT e esta enzima catalisa uma reação q capta o colesterol livre e o transporta p/ o fígado
A atividade da LLP diminui metabolização da HDL2-c (principal fração do HDL-c) e aumenta a utilização de triglicerídeos pelo organismo
Frequência
Ideal: maioria dos dias da semanas - não menos que 3X na semana
Angiologia
Angiologista é o médico responsável pelas doenças clínicas vasculares que não necessitam de cirurgia
Sistema arterial
É frequentemente acometido por aterosclerose, que é uma doença evolutiva (surge com a idade) e progressiva.
Isto pode acontecer no: coração (IAM), nas pernas (doença arterial obstrutiva periférica) e tbm nas artérias do pescoço, as carótidas, acarretando isquemia cerebral, que pode ser transitória ou definitiva
As artérias também podem se dilatar, formando aneurismas, que são potencialmente graves, pois a dilatação do vaso enfraquece a parede com a possibilidade de rompimento do vaso e consequente hemorragia, o chamado aneurisma roto.
O aneurisma mais comum é o da aorta abdominal.
Sistema venoso
As doenças venosas são as mais frequentes, sendo as varizes e as tromboses venosas as de maior incidência
As varizes são veias em membros inferiores que se apresentam dilatadas e tortuosas, podendo levar a sintomas como dor, peso e cansaço.
A trombose venosa é a formação de coágulos dentro das veias, que podem se desprender e ir para o pulmão, causando embolia pulmonar.
Varizes, vazinhos, microvarizes, teleangiectasias, varicorragia, rotura de varizes
Úlceras venosas
Tromboflebites e tromboses venosas
Trombofilias (doenças do sangue que causam coagulação aumentada)
Sistema linfático
Os problemas linfáticos são menos frequentes e ocorrem quando os membros inferiores apresentam dificuldade de drenagem da linfa, com formação de edema, que é endurecido e constante.
Linfangites, linfedema; erisipela e celulite
Especialidades relacionadas com a circulação e vasos sanguíneos em um lugar só.
Continuação Problema 5
Importância da sexualidade na 3ª idade
HIV / AIDS
Fatores de transmissão
Transmissão sexual, incluindo contato heterossexual e homossexual
Transmissão sexual, incluindo contato heterossexual e homossexual
Transmissão perinatal
Manifestações clínicas
Amplo espectro de apresentações clínicas: desde a infecção assintomática a imunossupressão grave que ocasiona a AIDS
Leva perda gradual da imunocompetência, permitindo infecções por organismos que não são normalmente patogênicos.
Fases do contágio
Infecção aguda pelo HIV
Clinicamente caracterizada com uma doença semelhante a gripe em até 80% dos casos.
Acompanhada conjunto de manifestações clínicas, denominado síndrome retroviral aguda (SRA) - entre 1ª e 3ª semana após infecção
Sinais e sintomas: febre; adenopatia; faringite, mialgia; diarreia; cefaleia; náuseas e vômitos
Sinais e sintomas da SRA desaparecem 3 a 4 semanas
Infecções crônicas assintomáticas
Após a infecção aguda, os pacientes passam pela "latência clínica" - com perda de 60 a 90 células T CD4 por ano em média
Porém, ausência de sintomas não afasta possibilidade de transmissão de dças
Período não silencioso - replicação persistente do vírus e um declínio gradual da função e do número das células T CD4
Pode ocorrer a qualquer momento entre 6 meses e 20 anos ou mais após a infecção aguda pelo HIV.
Termina a fase de latência clínica e inicia a das infecções oportunistas, marcando o início da AIDS.
AIDS
Varia em média de 7 a 10 anos após o contágio inicial pelo vírus, a maioria absoluta dos pacientes desenvolve a AIDS.
Paciente terá os sintomas relacionados à imunodeficiência causada pela doença
Além de manifestações das infecções oportunistas mais comuns.
Sinais e sintomas: Alteração do hábito intestinal (diarreia); alterações neurológicas (perda da memória); cefaleias; dores ósseas e articulares; fadiga e cansaço; febre
Em idosos
Maior agressividade com que o vírus HIV se comporta em idosos.
Além de diminuir a latência entre portar o vírus e apresentar a doença, tbm faz com que a sobrevida, diante da doença manifesta, torne-se menor.
Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções - resposta tardia à antibioticoterapia e/ou à reativação de infecções antigas - podem ocorrer.
Necessária a elaboração de um verdadeiro e abrangente número de hipótese
Febre pode estar relacionada a outros fenômenos ñ infecciosos, pois doenças inflamatórias, neoplasias ou uma simples desidratação podem causar febre em idosos.
Emagrecimento e a anorexia foram sintomas apresentados pelos idosos com AIDS
Quadro dos 10 "D"
Disgeusia
Dentição
Disfagia
Diarreia
Drogas ilícitas
Dças infecciosas e/ou crônicas
Dças neoplásicas
Demência
Depressão
Disfunção social
Sintomas de perda cognitiva estão presentes em 9 a 12% dos pacientes com HIV, podendo ser esse 1º sinal da dça instalada, 2º à leucoencefalopatia multifocal progressiva.
Acometimento da memória em idosos muitas vezes é atribuído a outras doenças - como doença de Alzheimer
Outras manifestações neurológicas incluem: toxoplasmose cerebral; criptococose e tuberculose
A introdução da terapia antirretroviral (TARV) diminuiu a incidência da maioria das doenças neurológicas oportunistas em pacientes infectados pelo HIV
Manifestações clínicas decorrentes de doenças não infecciosas relacionadas com HIV/AIDS e terapia antirretroviral
Manifestações clínicas
Além das já conhecidas infecções oportunistas que podem ocorrer, houve > incidência de doenças cardiovasculares, diabetes, fraturas ósseas, déficit cognitivo e insuficiência renal, principalmente entre os mais idosos
Terapia anti-retroviral
Tornam-se mais vulneráveis a efeitos colaterais, agressões hepáticas, piora da função renal, diminuição de albumina, elevações no LDL-colesterol, alterações do sistema enzimático citocromo P450 e maior deficiência de vitamina D
Fatores de riscos
Riscos de doenças cardiovasculares praticamente dobram
Presença de vários fatores que se somam, incluindo hábitos de vida irregulares
Exposição cumulativa dos antirretrovirais e a possibilidade de mecanismos inflamatórios deflagrados e mantidos de forma persistente
Imunossenescência
Definição
Declínio da função imune que ocorre em idosos de maneira fisiológica, s/ decorrer de qualquer doença de base, desnutrição, exposição a agente tóxico ou distúrbio genético.
Algumas consequências desse processo são aumento da incidência de doenças infecciosas, neoplasias, distúrbios autoimunes, gamopatias monoclonais e amiloidose.
Alteração mais significativa, porém, não única da imunossenescência, é a progressiva disfunção dos linfócitos T
O nº de linfócitos diminui progressivamente durante ou após a meia-idade. Aos 60 anos, a quantidade de linfócitos está em torno de 70% quando comparada à dos jovens.
Outras alterações imunológicas
Decréscimo na citotoxicidade mediada por células
Acentuação da sensibilidade celular à prostaglandina E2
Aumento de anticorpos autoimunes
Ausência de alteração na função das células NK (natural killer)
Imunossupressão pelo HIV
Achados clínicos e laboratoriais se assemelham àqueles da imunodeficiência congênita combinada grave e da imunodepressão secundária à utilização de fármacos imunossupressores.
Fator determinante da imunodeficiência relaciona-se a depleção e disfunção de subpopulação de linfócitos T, com receptores de superfície CD4.
HIV: por gde capacidade de mutação, acaba por desenvolver variantes mais patogênicas que o sistema imunológico não é capaz de controlar, levando consequentemente a maior destruição de linfócitos CD4
A infecção crônica pelo HIV acarreta a diminuição da função do sistema imune, contribuindo para o aumento do risco das infecções, doenças malignas e distúrbios autoimunes.
Orientação vacinal
Introdução
As doenças infecciosas são responsáveis por elevadas taxas de morbidade, hospitalização e letalidade da população idosa.
Isso pode ser explicado pela menor reserva funcional e pelas alterações nos mecanismos de defesa próprios da imunossenescência.
4 a 6 meses após a primeira visita: dT (terceira dose)
Para diminuir o risco de certas infeções graves e promover melhor qualidade de vida para essa população, os programas de imunização são ferramentas simples
Comprovado custo/benefício na prevenção e promoção de saúde do idoso
2 meses após a primeira visita: dT (segunda dose)
Primeira visita: Vacina: dT (primeira dose) e Febre amarela (Dose inicial)
Calendário de vacinação para adultos maiores de 60 anos, segundo o Ministério da Saúde (CVE, 2014)
A cada 10 anos: dT (reforço) e febre amarela
Anualmente: influenza
Vacinas contra difteria e tétano
Contato direto de pacientes suscetíveis com secreções oronasais de pessoas doentes ou portadoras, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar
O tétano acidental é resultante do contato de ferimentos com locais em que existem esporos do bacilo gram-positivo anaeróbio Clostridium tetani
A maior suscetibilidade da faixa etária geriátrica a essas infecções pode ser explicada pela diminuição da resposta imunológica própria do processo de envelhecimento.
A vacina disponível na rede pública é uma combinação do toxoide tetânico com o diftérico, sendo, portanto, protetora contra o tétano e a difteria.
Na rede particular, existe a dTpa (vacina acelular com cobertura adicional à coqueluche)
Idosos nunca vacinados
Esquema
3 doses de preparado contendo toxoides diftérico e tetânico, sendo que as 1ªs duas doses são aplicadas com intervalo de 4 semanas e a terceira dose é ministrada 6 a 12 meses após 2ª
Efeitos adversos:
Reações locais como dor, eritema e enduração
Febre e outras manifestações sistêmicas são menos comuns
Contra-indicações
Adiada no caso de doença febril aguda
Caso de reação anafilática prévia às vacinas ou a algum de seus componentes, a vacina tem contraindicação absoluta
Vacina contra influenza
Divididos em três tipos imunológicos: A, B e C, sendo que apenas os tipos A e B têm relevância em humanos.
A vacina deve ser aplicada anualmente, no período que precede o outono e o inverno
Deve ser administrada em dose única anual, por via subcutânea ou intramuscular
Pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas ou medicamentos, em diferentes sítios anatômicos
Efeitos adversos:
Vacina é composta por vírus morto e fragmentado, o que permite boa tolerabilidade e segurança
Reações sistêmicas como mialgia, febre baixa, mal-estar geral e cefaleia, ou locais como dor, sensibilidade no local da injeção, eritema e enduração regridem espontaneamente em no máximo 48 h.
A reação anafilática (eritema, angioedema, asma alérgica e anafilaxia) raramente acontece e resulta provavelmente de hipersensibilidade a alguns componentes da vacina, geralmente a proteínas residuais do ovo
Contra indicações
Adiada na presença de doença febril aguda moderada ou grave
A vacina é contraindicada nos casos de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada com o ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina
Vacina pneumocócica
Quando colonizam o trato respiratório, podem causar doenças como infecções invasivas disseminadaspneumonia e outras infecções do trato respiratório baixo, além de infecções do trato respiratório alto, como otite média e sinusite
O pneumococo é uma das principais causas de pneumonia adquirida na comunidade em idosos e resulta em elevada morbimortalidade
Existem atualmente duas opções estabelecidas para a vacina pneumocócica: vacina polissacarídica e vacinas conjugadas.
A vacina polissacarídica induz resposta T-independente, de curta duração, que não que induz memória imunológica e, portanto, não confere soroproteção abaixo de 2 anos de idade.
As vacinas conjugadas conjugam os polissacarídios do pneumococo com uma proteína transportadora, resultando em um antígeno capaz de induzir alta imunogenicidade, resposta T-dependente, memória imunológica e resposta anamnésica
Efeitos adversos
São os locais (dor, eritema), que regridem espontaneamente em curto intervalo de tempo.
Febre ou reações mais graves são muito raras (anafilaxia, por exemplo)
Esquema de vacinação
Para aqueles nunca vacinados anteriormente: Iniciar esquema com dose única de vacina 13-valente, seguida 2 meses depois de uma dose de vacina 23-valente. Uma segunda dose da 23-valente deve ser aplicada 5 anos após a primeira.
Para aqueles anteriormente vacinados com uma dose da vacina polissacarídica com 23 sorotipos. Após 12 meses da administração da vacina 23-valente administrar uma dose da vacina 13-valente. Aplicar uma segunda dose de 23-valente 5 anos após a dose de 23-valente e no mínimo 2 meses após a 13 valente.
Para aqueles anteriormente vacinados com duas doses da vacina polissacarídica com 23 sorotipos. Se a segunda dose foi aplicada antes dos 65 anos, está indicada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de 5 anos da última dose.
Refere-se a dispneia de esforço, tosse e expectoração (realização de diagnóstico)
Presença de dispneia de classe 2 ou 3 MRC; hipoxemia PaO2 < 60 mmHg
Apenas passagem de ar
Pode haver passagem de ar e alimentos
Decorrentes de fatores: cronológicos, geográficos e culturais
Porém, representa mais um droga - aumentando risco de polifarmácia, além dos seus riscos específicos (hepatotoxidade e rabdomiólise)
Brasil
Raramente: mutações genéticas específicas podem estar associadas ao desenvolvimento de demências
Classificação sujeita a diferentes interpretações.
comprometimento cognitivo tende a surgir pelo menos 1 ano após o início dos sintomas motores.
inicialmente caracterizada por oftalmoplegia supranuclear, instabilidade postural complicada por quedas e rigidez axial.
caracterizada pela associação de parkinsonismo com disautonomia, disfunção cerebelar ou corticoespinal.
síndrome clínica heterogênea que causa parkinsonismo assimétrico, distonia e sinais como apraxia, perda sensorial cortical ou membro alienígena
Tracionar a linha alba
Grupo 1
Hipoxemia: provoca vasoconstrição da vasculatura pulmonar, hipertensão pulmonar e cor pulmonale - pode haver aumento da viscosidade do sangue = aparecimento de cianose
Tosse e expectoração nem sempre estão presentes - paciente (normalmente) ñ valoriza suas queixas
1
2
3
5
6
4
7
8
Por estar próximo ao esôfago - apenas passagem de alimentos
Determinados sintomas podem ser confundidos com outras manifestações virais e, assim, infecção pelo HIV deixa de ser diagnosticado