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VARGAS, Heliana; CASTILHO, Ana - Intervenções em centros urbanos:…

- - - - Grandes diferenças nas formas de reconstrução dos centro entre os países do ocidente e do oriente - valorização X desvalorização cultural do centro
  - - - Na Europa há a valorização cultural dos centro, o que limitou as intervenções a resolução do problema do congestionamento. Sem descaracterização da paisagem.
      - Nos EUA, sem a valorização cultural dos centros, houve a substituição do velho pelo novo. O plano era a total reconstrução da área central. O projeto era liderado por promotores imobiliário e financeiros, os interesses da população não era levado em conta.
  - - - Como se o problema enfrentado pelo comércio local fosse a dificuldade de acesso pelos pedestres. A tendência se estendeu até déc 1970.
      - Várias cidades reconheceram o seu erro. Não conseguiam reproduzir as condições de compras dos shoppings centers periféricos. Voltaram atrás. Apesar disso, em SP, foi dado início a construção de calçadões.
- - - - Adoção do planejamento de mercado e introduziram as técnicas do marketing urbano (city marketing). O caso das cidades criativas. A cultura como mola propulsora de transformação em mercadoria. p. 31, 32, 54
      - A cidade passou a ser entendida como um empreendimento a ser gerenciado, cada vez mais pela iniciativa privada. p. 32, 33
      - Urbanismo espetacular. p. 44
  - - - Transformação do centro em vitrine urbana. Garantir vantagem competitiva entre cidades e seus gestores. p. 44
  - - - As intervenções deixaram de ser exclusivamente no centro para ocorrerem em demais áreas degradadas da cidade, já que a cidade como um todo passou a ser vista como uma mercadoria. p. 36, 42
      - Os centros são vistos como catalisadores de processos mais amplos de recuperação urbana. p. 36
- - - - Perda da função
      - Ruína da estrutura física
      - Rebaixamento do valor das transações econômicas
      - Degradação dos grupos sociais que ocupam o centro
  - - - O argumento da degradação física reverbera também nos grupos sociais que frequentam o centro. p. 04
      - 1950 no Brasil: Início do processo de degradação
        
        Ao mesmo tempo em que os centros congestionam-se pela intensidade de suas atividades, aumenta a concorrência por outros locais mais interessantes (expansão urbana). p. 04
        
        Êxodo das atividades nobres e substituição por atividade de menor rentabilidade, informais, e até ilegais praticadas por usuários e moradores com menor ou quase nenhum poder aquisitivo. p. 04
      - As intervenções são propostas e executas de modo a conter o processo de desvalorização+degradação. p. 04
- - - - No sentido que os envolvidos na valorização deverão contribuir com os custos de execução do projeto. p. 320, 321
    - - As intervenções precisam partir da necessidade da população e não dos interesses políticos, caso contrário não haverá continuidade das obras. A cada gestão se inicia uma nova obra sem ter terminado a primeira. p. 321
    - - Ao contrário do esperado, houve pouca movimentação do mercado imobiliário nas áreas centrais onde ocorreram as intervenções! As autoras não explicaram o porquê. p. 322
      - Apesar das intervenções virem de um histórico e de uma inspiração internacional, os resultados dessas intervenções no Brasil são distintos.