Vitaminas Lipossolúveis
Vitamina A
Definição
Grupo de hidrocarbonetos insaturados com atividade nutricional, incluindo retinol e compostos relacionados, bem como alguns carotenoides.
A atividade da vitamina A em tecidos animais é encontrada predominantemente sob a forma de retinol ou de seus ésteres, de retinal e, em menor quantidade, como ácido retinoico.
Função
visão
reprodução
crescimento
manutenção dos
tecidos epiteliais
Metabolismo
Fontes alimentares
Nata, manteiga;
Frutas, plantas e vegetais amarelos;
Gema de ovo;
Frutas, plantas e vegetais verde-escuro.
Toxicidade
Aguda
Única dose (maior que 100 mg)
Sintomas: náusea, vômito, aumento de pressão do
fluido espinhal e fragilidade muscular.
Crônica
Doses 10 vezes acima do recomendado
Sintomas: alopecia, ataxia, dores ósseas e musculares e prurido
Teratogênica
Uma dose excessiva única (50- a 100 mg), durante a gestação
Mal formação fetal
Deficiência
Perda irreversível do número de células visuais
xeroftalmia, o ressecamento patológico da conjuntiva e da córnea.
Cegueira noturna em humanos
1- O transporte para o fígado ocorre sob a forma de ésteres de retinol presentes na dieta os quais são hidrolisados na mucosa intestinal, liberando retinol e ácidos graxos livres.
2- O retinol derivado dos ésteres e da clivagem e redução de carotenos é novamente esterificado a ácidos graxos de cadeia longa na mucosa do intestino e secretado como componente dos quilomicra no sistema linfático.
3- Os ésteres de retinol contidos nos quilomicra remanescentes são captados pelo fígado e nele armazenados como ésteres de retinil.
4- A liberação a partir do fígado se dá quando necessário, o retinol é liberado do fígado e transportado para os tecidos extra-hepáticos por uma proteína plasmática, a proteína ligadora de retinol (PLR).
5- O complexo PLR-retinol liga-se a receptores específicos na superfície das células dos tecidos periféricos, permitindo a entrada do retinol.
6- Muitos tecidos possuem uma proteína
celular ligadora de retinol que transporta o retinol para sítios no núcleo.
Vitamina D
Definição
Associada a vários análogos de esteróis em lipídeos, incluindo o colecalciferol, de fontes animais, e o ergocalciferol, que é uma forma exclusivamente sintética de vitamina D
O colecalciferol é formado na pele mediante a exposição à luz solar
Na síntese in vivo, as exigências de vitamina D da dieta dependerão do grau de exposição à luz solar.
Função
Regula a expressão gênica interagindo com receptores
proteicos nucleares específicos.
Estimula a absorção intestinal de cálcio e fosfato
Nos ossos, controlam a síntese e secreção de proteínas específicas nos osteoblastos, como a osteocalcina, osteopontina, colágeno e fosfatase alcalina.
Fontes alimentares
Peixes, particularmente, em peixes de água salgada, como o salmão, as sardinhas e óleos de fígado de peixe
Fitoesterol (um esterol vegetal) é comumente adicionada ao leite e manteiga como um suplemento alimentar para humanos.
Metabolismo
Deficiência
Desmineralização dos ossos, resultando em raquitismo nos filhotes e em osteomalacia nos adultos.
Raquitismo renal (osteodistrofia renal) resulta de insuficiência renal crônica
São convertidas in vivo na forma ativa da vitamina D por reações sequenciais de hidroxilação
O 1,25-diOH-D3 é o mais potente metabólito da vitamina D. Sua formação regulada pelos níveis plasmáticos de íons fosfato e cálcio
Vitamina K
Toxicidade
Ingestão excede 5 a 10 vezes quantia adequada
Hipercalcemia e calcificação de tecidos moles particularmente nos vasos sanguíneos dos pulmões, rins e coração.
Definição
Plantas como fitoquinona (vitamina K1)
Bactérias da flora intestinal como menaquinona (vitamina K2).
Derivado sintético da vitamina K, a menadiona
Função
Modificação pós-traducional de vários fatores de coagulação sanguínea
Fontes alimentares
Síntese hepática de protrombina e dos fatores de coagulação sanguínea II, VII, IX e X.
Sintetizada por bactérias intestinais
Couve-flor, repolho, espinafre, feijão, gema do ovo e fígado.
Metabolismo
Deficiência
Incomum, pois quantidades adequadas são produzidas pelas bactérias intestinais
Hipoprotrombinemia em indivíduos subnutridos
Associada a síndromes de má absorção ou ao uso de anticoagulantes farmacológicos.
Toxicidade
Em doses de 10-100 μg
Agir como pró-oxidantes
Hemólise
Absorvida no intestino delgado, incorporada aos quilomícrons e transportada pelas vias linfáticas; requer bile e suco pancreático para máximo aproveitamento.
Ao alcançar o fígado, a filoquinona é reduzida a hidronaftoquinona (KH2), que é o cofator ativo para a carboxilase
O fígado tem um papel exclusivo na transformação metabólica que leva à excreção da vitamina K do organismo.
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Vitamina E
Definição
Tocóis e tocotrienóis que apresentam atividade vitamínica semelhante a do α-tocoferol.
Função
Antioxidantes
Protege os ácidos graxos insaturados da camada fosfolipídica da membrana celular.
Aumento da resposta imune
Cicatrização
Fontes alimentares
óleos vegetais
Fígado
ovo
Deficiência
Restrita a prematuros
Associada com defeitos na absorção ou no transporte de lipídeos
Sensibilidade dos eritrócitos a peróxidos e o aparecimento de membranas celulares anormais.
Metabolismo
Os tocoferóis, antes de serem absorvidos, integram micelas no intestino.
É transferida para a linfa associada aos quilomícrons e derivados intestinais de VLDV, similar ao que ocorre com outras vitaminas lipossolúveis
A vitamina E penetra na célula através de receptores de membrana para LDL.
A vitamina é incorporada à membrana lipídica.