Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Controle microbiológico ambiental na indústria farmacêutica - Coggle…
Controle microbiológico ambiental na indústria farmacêutica
1. SALAS LIMPAS E AMBIENTES CONTROLADOS ASSOCIADOS
- Classificação desses ambientes controlados com base nos:
treinamento de funcionários;
fatores críticos no projeto e implementação de um programa de avaliação microbiológica;
programa de avaliação microbiológica para ambientes controlados;
desenvolvimento de um plano de amostragem;
limites de contagem de partículas;
estabelecimento de níveis microbiológicos de alerta e ação;
métodos e equipamentos usados para amostragem microbiológica;
meios de cultura e diluentes usados;
identificação de isolados microbiológicos;
avaliação operacional por meio do envase de meio de cultura.
- A aplicação imprópria de amostragem e análises microbiológicas pode causar variabilidade significativa e potencial para contaminação inadvertida
- A prevenção da entrada dos micro-organismos em recipientes abertos durante o envase e a carga microbiana do produto e do ambiente de fabricação são fatores importantes relacionados ao nível de garantia de esterilidade destes produtos.
2. CLASSIFICAÇÃO DE SALAS LIMPAS E AMBIENTES CONTROLADOS ASSOCIADOS
- Concentração de partículas em suspensão no ar é controlada;
- Construída e utilizada de maneira a minimizar a introdução, geração e retenção de partículas dentro da sala;
- Temperatura, umidade e pressão: controlados conforme necessário.
- ABNT NBR ISO 14644-1
- Quanto menor o número de partículas presentes em uma sala limpa, menos provável que micro- organismos carreados pelo ar estejam presentes;
- Aceitável: se um menor número de partículas estiver presente na sala limpa ou ambiente controlado, a contagem microbiana sob condições operacionais será menor, desde que não haja mudanças no fluxo de ar, na temperatura e na umidade.
- Salas limpas são mantidas sob um estado de controle operacional com base em dados dinâmicos (operacionais).
3. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA PARA SALAS LIMPAS E AMBIENTES CONTROLADOS ASSOCIADOS
- O monitoramento de partículas totais em suspensão no ar em salas e zonas limpas não fornece informação sobre o conteúdo microbiológico do ambiente.
- A limitação básica dos contadores de partículas medem partículas de 0,5 μm ou maiores.
- Os micro-organismos carregados pelo ar não são células que flutuam livremente, não estão sozinhas e frequentemente se associam com partículas de 10 a 20 μm.
- Contagens de partículas e contagens microbianas dentro de salas e zonas limpas, variam com as atividades conduzidas durante a amostragem e a sua localização.
- Devem avaliar a efetividade das práticas de limpeza e desinfecção que podem ter impacto sobre a carga microbiana do ambiente.
- O monitoramento microbiológico de salas e zonas limpas deve incluir:
Quantificação do conteúdo microbiano do ar ambiental; do ar comprimido que entra na área crítica; das superfícies; dos equipamentos; dos recipientes; dos pisos; das paredes e das vestimentas das pessoas.
- Objetivo: obter estimativas representativas da carga microbiana do ambiente e, uma vez compilados e analisados, quaisquer tendências devem ser avaliadas por pessoas treinadas.
- Importante rever resultados ambientais com base em frequência especificada.
- Rever resultados por períodos prolongados para determinar se há tendências presentes.
- Quando o nível microbiológico especificado para um ambiente controlado for excedido:
revisão da documentação de manutenção da área; documentação de desinfecção; parâmetros físicos ou operacionais inerentes como, mudanças na temperatura ambiental e umidade relativa;
estágio de treinamento dos funcionários envolvidos.
- Toda investigação e justificativa das ações devem ser documentadas e fazer parte do sistema de gerenciamento da qualidade.
- Sala e zona limpa são definidas por certificação de acordo com a norma aplicável, sendo que os parâmetros avaliados incluem integridade de filtros, diferenciais de pressão e velocidade, padrões e mudanças do ar.
4. TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS PARA PROCESSO ASSÉPTICO
- Isoladores
- Sopro/Enchimento/Selagem (Blow/Fill/Seal);
- Barreiras;
6. PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE MICROBIOLÓGICO AMBIENTAL
- Responsabilidade do fabricante: desenvolver, iniciar, implantar e documentar um programa de monitoramento microbiano ambiental que seja capaz de detectar um evento adverso nas condições microbiológicas a tempo de permitir ações corretivas significativas e efetivas.
- A detecção e quantificação de leveduras e bolores devem ser consideradas.
Sabouraud e Sabouraud modificado; e Ágar caseína-soja.
Capazes de manter o crescimento quando inoculados com menos de 100 UFC.
Pode ser suplementado com aditivos para contornar ou minimizar os efeitos dos agentes desinfetantes ou de antibióticos.
- São validados e examinados para esterilidade e promoção de crescimento.
- Temperaturas de incubação nos intervalos de (22,5 ± 2,5) °C 72 horas e (32,5 ± 2,5) °C 48 horas.
- Identificação e avaliação dos locais de amostragem e validação dos métodos de amostragem microbiológica do ambiente
.
- Um meio de cultura de crescimento microbiológico geral deve ser adequado na maioria dos casos
.
7. PLANO E LOCAIS DE AMOSTRAGEM
- Locais específicos para amostragem de ar ou de superfícies devem ser determinados.
- Considerar a proximidade do produto, se o ar e as superfícies existentes na sala estão em contato com ele ou com superfícies internas dos sistemas de fechamento dos recipientes.
- A frequência de amostragem dependerá da criticidade dos locais especificados e o tratamento subsequente ao processo asséptico.
- À medida que intervenções manuais durante a operação e o potencial de contato pessoal com o produto aumentam, cresce a importância do programa de monitoramento ambiental.
- Devem ser dinâmicos com frequências de monitoramento e localizações ajustados com base no desempenho de tendência.
8. LIMITES MICROBIOLÓGICOS DE ALERTA E AÇÃO EM SALAS E ZONAS LIMPAS
- Quando excedido: requer acompanhamento imediato e, se necessário, ação corretiva.
- Níveis de alerta: baseiam em informações históricas obtidas de operações de rotina do processo em um ambiente controlado específico.
- Exceder o nível de alerta não necessariamente deve exigir ação corretiva, porém, deve gerar uma investigação de acompanhamento documentada.
- Instalação nova: os níveis se baseiam na experiência anterior.
- Evidencia nível de contaminação significativamente superior às condições de operação normais.
- Tendências a uma deterioração da qualidade ambiental requerem atenção para determinar a causa e para instituir um plano de ação corretiva.
- Úteis para estabelecer níveis de alerta e ação, e mecanismos para controle de tendências.
14. PROCEDIMENTOS DE LIBERAÇÃO
- Deve ser estabelecido um programa de garantia da qualidade que descreva, detalhadamente as etapas e a documentação requerida para a liberação da carga ou lote.
- A liberação dos produtos esterilizados dependerá de liberação que pode ser convencional ou paramétrica.
11. MEIOS DE CULTURA E DILUENTES PARA AMOSTRAGEM E QUANTIFICAÇÃO DE PARTÍCULAS VIÁVEIS
- Há diferentes meios e diluentes disponíveis para diferentes propostas
- Quando se usa desinfetantes ou antibióticos na área controlada, deve considerar-se o emprego de meios com agentes inativantes apropriados.
- Ágar caseína-soja
12. IDENTIFICAÇÃO DE ISOLADOS MICROBIANOS
- A identificação de micro-organismos isolados de áreas críticas é importante.
- Útil na investigação de fontes de contaminação, especialmente quando os limites de ação são excedidos
- Importante para: definir o monitoramento da área; a eficácia dos procedimentos de limpeza e desinfecção; e os métodos de desinfecção microbiana.
- Nível apropriado de identificação da flora obtida na amostragem.
13. AVALIAÇÃO OPERACIONAL DO ESTADO MICROBIOLÓGICO DE PRODUTOS ENVASADOS ASSEPTICAMENTE
- A qualificação de um processo asséptico deve ser feita para todos os produtos e para cada linha.
- Meios de cultura ricos podem ser usados, como caldo caseína-soja.
- É importante que seja realizado em condições normais de produção.
- Após o processamento asséptico do meio de cultura, esses devem ser incubados a (22,5 ± 2,5) °C ou (32,5 ± 2,5) °C, por no mínimo 14 dias.
- Após incubação, as amostras devem ser inspecionadas para crescimento. Isolados devem ser identificados para gênero e, quando possível, para espécie.
- Pontos críticos: número de recipientes para qualificar o processo asséptico; número de unidades enchidas para o media fill; interpretação de resultados e implementação de ações corretivas.
- Número mínimo para demonstrar a taxa de contaminação de não mais que 0,1%, critério de aceitação para corrida de media fill, é de, no mínimo, 3000 unidades.
- Problemas: procedimentos do envase do meio; seleção do meio; volume de envase; tempo e temperatura de incubação; inspeção de unidades envasadas; interpretação de resultados e possíveis ações corretivas requeridas.
- Quando um processo asséptico é desenvolvido e instalado, é necessário qualificar o estado microbiológico do processo, realizando, no mínimo, três media fill consecutivos.
- Media fill: avalia o processamento asséptico usando meio de cultura estéril no lugar do produto.
16. VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO
- O controle da carga microbiana e sua enumeração não é um fator crucial quando se emprega o método de sobremorte.
- Liberação paramétrica: programa ativo de controle microbiológico para monitorar a contagem e resistência da carga microbiana do produto.
- Validação de parâmetros físicos e da eficácia microbiológica por intermédio do uso de indicadores biológicos para demonstrar uma correlação razoável entre a letalidade obtida por meio de medidas físicas (F0) e a letalidade biológica determinada com o uso de indicadores biológicos.
- A liberação paramétrica requer que o processo de esterilização escolhido seja desenvolvido e consistentemente validado, para inativação da carga microbiana e o atendimento a um nível de garantia de esterilidade de 10-6.
5. TREINAMENTO DE PESSOAL
- De acordo com o envolvimento dos funcionários no processo devem ter conhecimento sobre: princípios básicos de microbiologia; fisiologia microbiana; limpeza, desinfecção e esterilização; seleção e preparação de meios de cultura.
- As pessoas envolvidas em operações nas salas e zonas limpas conheçam princípios microbiológicos relevantes, como princípios básicos do processamento asséptico e a relação dos procedimentos de fabricação e manipulação com fontes potenciais de contaminação do produto.
- Conhecimento e compreensão dos procedimentos operacionais padrão aplicáveis
- Compreensão das políticas de adesão às exigências regulatórias e a responsabilidade de cada indivíduo, relativas às Boas Práticas de Fabricação.
- O treinamento de todos os funcionários que trabalham em salas e zonas limpas é crítico e importante para as pessoas responsáveis pelo programa de monitoramento microbiológico.
- Treinamento sobre como conduzir investigações e analisar dados.
9. MÉTODOS E EQUIPAMENTOS USADOS PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL
- A seleção e adequação do método a ser utilizado é responsabilidade do usuário.
- Método utilizando placas de sedimentação é ainda o mais amplamente disseminado.
- Amostradores de sedimentação, de impacto e centrífugos.
- Pprincipais limitações dos amostradores de ar mecânicos é o tamanho da amostra de ar que está sendo testada.
- A quantificação destes micro-organismos pode ser influenciada por instrumentos e procedimentos utilizados nos ensaios.
- Amostradores centrífugos demonstram seletividade para partículas maiores.
- Micro-organismos viáveis do ar podem influenciar a qualidade microbiológica dos produtos fabricados.
10. MÉTODOS E EQUIPAMENTOS USADOS PARA MONITORAMENTO DE PARTÍCULAS VIÁVEIS EM SUPERFÍCIES
- Pode ser feita usando placas de contato ou swab.
O monitoramento é realizado nas áreas que entram em contato com o produto e em áreas adjacentes.
- Para minimizar a ruptura de operações críticas, a amostragem é realizada no final das operações.
- Ágar nutriente: amostrar superfícies planas e são incubadas em temperatura adequada para quantificação de partículas viáveis
- Ágar específico pode ser usado para quantificar fungos, esporos, etc.
15. LIBERAÇÃO PARAMÉTRICA DE PRODUTOS COM ESTERILIZAÇÃO TERMINAL
- Representam a categoria de menor risco dentre os produtos farmacêuticos estéreis e apresentam nível de garantia de esterilidade mensurável.
- Devem atender a um nível de garantia de esterilidade de 10-6.
- Processos qualificados para a liberação paramétrica: calor úmido, calor seco, óxido de etileno e radiação ionizante.
- Requer amplo conhecimento: a) processo baseado na carga microbiana (biocarga); b) processo combinado: indicador biológico e biocarga; c) processo de sobremorte.
- Uma vez que o processo de esterilização esteja completamente validado e operando, os dados físicos da esterilização combinados com outros métodos podem fornecer informações mais exatas que o teste de esterilidade para a liberação de produtos submetidos à esterilização terminal.
- Requer aprovação prévia do órgão regulatório.
- Definida como a liberação de cargas ou lotes de produtos submetidos à esterilização terminal por meio do cumprimento de parâmetros críticos do processo de esterilização sem a necessidade de realização do teste de esterilidade.