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FARMACOLOGIA (DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS (PROTEÍNAS PLASMÁTICAS (Alguns…

- - - - Exemplo: albumina, que transporta cerca de 60% dos fármacos, se ligando aos fármacos ácidos. Já a glicoproteína ácida alfa 1 se liga aos fármacos básicos.
        
        CORRELAÇÕES CLÍNICAS: hipoalbunemia causa aumento da concentração de fármacos livres, que é a forma ativa. Outra importante é o fato de que em caso de infarto ou câncer há aumento da glicoproteína ácida alfa 1, aumentando a concentração de fármacos ligados.
      - Ligações reversíveis.
        
        Ao encontrar um tecido no qual tem afinidade, o fármaco se desliga da proteína e se liga ao tecido e serve como reservatório. Essa ligação também é reversível. Exemplo, a cloroquina se deposita na retina.
        
        No tecido adiposos, há acúmulo de fármacos lipossolúveis. Esse é um reservatório estável por haver baixa irrigação sanguínea. Exemplos: Tiopental e benzodiazpínicos se depositam no tecido adiposo.
        
        O tecido ósseo é um reservatório de liveração lenta. Exemplo: tetraciclina se depositam nos ossos e dentes, assim como metais pesados. Fator bom para pessoas com osteoporose.
- - - - Osmose
        
        Passagem de soluto através da membrana, podendo carregar, em alguns casos, fármaco livre junto.
        
        Não ocorre no Sistema Nervoso Central por conta da barreira hematoencefálica.
      - Difusão
        
        Depende do gradiente de concentração e da solubilidade
        
        Compostos iônicos não sofrem difusão, fazendo com que ácidos fracos se acumulem mais num meio básico e vice-versa.
        
        2 tipos de difusão:
        
        Difusão passiva: Através da membrana
        
        Difusão facilitada: Depende de uma proteína carregadora que altera sua conformação, importante para substâncias polares.
    - - Classificado em 2 tipos
        
        Primário: utiliza a hidrólise do ATP, sendo saturável, seletivo e podendo haver competição. Exemplo: Bomba sódio-potássio.
        
        Secundário: A energia é gerada por um gradiente de concentração transmembrana
        
        Divididos em co-transporte e contra-transporte
        
        Co-transporte ( simporte ): Transporte para a mesma direção. Proteína integral que possui os 2 sítios de ligação orientados para o mesmo meio. Ex: Sódio-glicose.
        
        Contra-transporte ( antiporte ): Difere da primeira pelo fato de que os sítios de ligação estão orientados para meios diferentes. Ex: Sódio-cálcio.
    - - Polaridade
        
        Complexos apolares ( lipossolúveis ) favorecidos
      - Peso molecular
        
        Quanto menos o peso molecular, mais fácil o transporte
      - Grau de ionização
        
        Fármaco ionizado não sofre transporte
        
        Devida à esse fato, fármacos ácidos fracos são mais facilemente absorvidos no estômago ( pH do meio é ácido ), já as bases fracas no intestino (pH do meio é básico )
      - Ligação às proteínas
        
        Proteínas transportadoras auxiliam no transporte de compostos polares
- - - - Solubilidade, absorvendo melhor o mais lipossolúvel
      - Forma, absorvendo melhor na forma livre
      - Peso molecular, absorvendo melhor aquele com baixo peso
      - Ionizaçõa, absorvendo os não ionizados
      - Concentração do fármaco, absorvendo mais aquele em maior concentração
      - Sistema nervoso central e líquido cefalorraquidiano
        
        Penetração ao cérebro depende do transporte transcelular. Por haver a barreira hematoencefálica, só e transferível por fármacos lipofílicos. Para retirar o fármaco do cérebro, é preciso ação de transportadores de membrana de efluxo, como a glicoproteína P.
      - Transferência placentária de fármacos:
        
        Depende da lipossolubilidade, da ligação à proteínas e do grau de ionização. O plasma fetal é pouco mais ácido, por isso, fármacos alcalinos ficam retidos na placenta. Retirados por efluxo e levador por transportadores de afluxo, que podem causar dano ao feto. Por esse fator, há casos de nascimento de bebês dependentes, por exemplo, de benzodiazpínicos.
  - - - ORAL: mais utilizado, seguro e fácil administrar. Possui absorção limitada, pode haver destruição indesejada de fármacos por enzimas ou pela acidez. Ácidos fracos são melhor absorvidos no estômago, já as bases fracas no intestino. Capacidade absortiva do intestino é maior, por possuir maior área absortiva. Nessa forma de administração, há algumas vezes fármaco montados com diferentes composições, como exemplo os fármacos com revestimento entéricos, a fim de evitar a degradação pela acidez estomacal para que inicie a digestão no intestino ( utilizado para aqueles que irritam o estômago ).
      - SUBLINGUAL: através da mucosa oral. Nessa forma, o fármaco deve ser lipossolúvel e não ionizado, pra poder ser absorvido. Vantajoso para medicamentos destruídos pelo pH estomacal ou que sofrem intensa metabolização antes da absorção. Da mucosa oral, há drenagem linfática para veia cava superior, atingindo circulação sistêmica sem passar pelo fígado, não sofrendo metabolismo de primeira passagem.
      - RETAL: geralmente usado para efeito local. Usado se a via oral está impedida, como por exemplo por vômitos. 50% passa pelo fígado para atingir circulação.
    - - Direta: por injeção
        
        INTRAVENOSA: é necessário solução aquosa, pois é lançado direto na veia. Biodisponilidade ( % que o fármaco chega ao local de ação ) completa e rápida. Injeção de forma lenta. Desvantagem no fato de poder apresentar efeitos colaterais e pelo aumento da concentração de fármaco na corrente.
        
        SUBCUTÂNEA: só utilizado para fármacos não irritantes para o tecido. Absorção constante e lenta se em solução oleosa. Se for aquosa, a absorção é rápida, devido aos canais aquosos. Se desejado efeito local, usa-se vasoconstritor.
        
        INTRAMUSCULAR: pode usar solução aquosa ou oleosa. Na aquosa é rápida e modulada pelo fluxo sanguíneo, na oleosa é lenta e constante.
        
        INTRA-ARTERIAL: administração na artéria, que pode ter efeito local mais rápido. Sem metabolismo de primeira passagem
        
        INTRATECAL: administração no espaço subaracnóideo. Importante por conta da barreira hematoencefálica e hematoliquórica, que reduzem transporte até sistema nervoso. Uso para efeito rápido no sistema nervoso.
      - Indireta: Sem uso de injeções
        
        TRANSDÉRMICA: através da pele, dependendo da lipossolubilidade e da superfície aplicada. É aumentada a absorção em casos de queimaduras e infecções, por aumentarem o fluxo sanguíneo.
        
        ABSORÇÃO PULMONAR: necessário ser gasoso ou volátil para ser inalado. Acesso rápido à circulação, sem metabolismo de primeira passagem e pode armazenar fármacos lipofílicos.
        
        APLICAÇÃO NAS MUCOSAS: por exemplo no olho. Usado para efeito local, podendo haver absorção para circulação sistêmica indesejada.
- - - - SECREÇÃO TUBULAR ATIVA: é a passagem de substâncias do sangue para o lúmen tubular durante o trajeto. No túbulo proximal,, há transportadores responsáveis para essa função como a glicoproteína P ( transporta anions anfipáticos ) e a proteína tipo 2 ( transporta metabolitos conjugados ). Esse processo independe da filtração.
      - REABSORÇÃO: processo inverso da secreção, reabsorvendo substâncias dos túbulos renais para o plasma. Reabsorve ácidos e bases não ionizados, sendo então, dependente do pH. Por exemplo, se a urina tubular estiver alcalina, será reabsorvido bases fracas e eliminados ácidos fracos, pois este último estará ionizado e não conseguirá ser reabsorvido.
      - FILTAÇÃO GROMERULAR: volume de líquido filtrado do plasma sanguíneo para o gromérulo renal. Apenas a fração livre é filtrada, dependendo da taxa de filtração e da quantidade de fármaco ligado.