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Os teóricos clássicos da Sociologia. (São eles: Karl Marx, Émile Durkheim…
Os teóricos clássicos da Sociologia.
São eles: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, autores fumdamentais para a compreensão dos presupostos da Sociologia contemporânea.
Karl Marx (1818- 1883):
Principal obra,
O capital
(1867)
Para Marx, a organização de uma sociedade num momento histórico específico é determinado pelas
relações de produção
ou a natureza da produção e organização do trabalho.
A organização econômica é o material-base, ou em seus termos, a
infraestrutura
, que descreve e dirige a superestrutura, que consiste na cultura política e outros aspectos da sociedade.
Marx considera que as sociedades modernas são industriais e científicas, mas o ponto central de sua concepção encontra-se no fato de focalizar os elementos contraditórios que são inerentes à sociedade moderna, o que ele vai chamar e
capitalismo.
Pensamento
marxista
: prioriza a compreensão da sociedade capitalista, o seu funcionamento, bem como sua estrutura.
Marx trabalhou com elementos da dialética, que prioriza os fundamentos da
contradição
e da negação, forças contrárias que se encontram presentes no universo social.
As contradições presentes na sociedade capitalista traduzem a fonte do surgimento de sua força contrária, esse sistema epleto de contradições sera substituído por outro sistema econômico, o
socialismo.
Materialismo histórico:
forma de conceber a relação entre indivíduo e sociedade, método que envolve a análisa da vida econômica, social, política e intelectual.
Produção capitalista:
onde existe a posse privada dos meios de produção, ou seja, tudo que a sociedade precisa para produzir os bens de que necessita se encontra restrito à posse particular.
Nos primeiros momentos de sua análise da sociedade capitalista e das classes nela existentes, Marx criará 3 classes: a classe proprietária de terras, proprietária de capital e a proprietária da força de trabalho.
Burguesia:
união das classes proprietárias de terras e de capital. Classe que era a proprietária privada dos meios de produção e se confrontará com o
proletariado
- classe da força de trabalho.
O homem é essencialmente
homo faber:
homem que produz, faz, realiza e constrói os bens de que necessita para viver.
Na sociedade capitalista, o que o homem (trabalhador) produz, não lhe pertence, pois oertence ao proprietário dos meios de produção: o
capitalista.
Por estas razões, pode-se afirmar que o objeto de investigação sociológica em Marx, são as classes sociais e o critério de determinação das classes sociais é sempre o critério
econômico.
Relação entre infra e superestrutura social:
toda e qualquer formação social (sociedade) é composta de 3 esferas:
socioeconômicas, sociopolíticas e sociocultural.
A estrutura é a base de toda e qualquer sociedade, constitui-se na denominada esfera socioeconômica, fundamento sobre o qual se constituem as demais esferas (sociocultural e sociopolítica)
Na superestrutura temos as esferas do mundo político: relações de poder presentes na sociedade. E a esfera sociocultural: onde estâo os aspectos determinantes da cultura (toda a visão de mundo e de homem, crenças, elementos constituintes da moral, da ética, etc.)
Por outro lado, no qual é relativo à "função" da superestrutura, podemos verificar que a educação e os meios de comunicação em massa validam o que está presente na infraestrutura, isto é a
desigualdade.
Quando dizemos que a desigualdade sempre existiu e sempre foi assim, estamos tendo uma ideia que naturaliza as relções sociais, desiguais, presentes na sociedade como se fosse um dado de nossa
"natureza humana"
Alienação em Karl Marx:
a concepção de
alienação
que Marx apresenta em sua obra
A ideologia Alemâ
é diferente na forma como usualmente a idealizamos.
Em
geral
temos
alienação
como falta de razão, incapacidade para dicernir as coisas da realidade, ou melhor, como loucura.
Em
Marx
, a alienação pode ser como a consciência da realidade pelo que dizem que ela é - ideologia.
Por outro lado, em Marx, a alienação encontra-se intimamente relacionada com o que podemos denominar de prática humana -
o trabalho.
Émile Durkheim (1858- 1917):
Principal obra
As regras do Método Sociológico
1895
Teórico fundamental da tradição sociológica francesa.
Autor determinista em sua forma de conceber a relação entre indivíduo e sociedade.
Durkheim adotou as concepções de Spencer.
O qual tem a teoria que enfatiza a interdependência dos padrões e instituições de uma sociedade, e também a maneira como esses padrões e instituições interagem na preservação da unidade social e cultural.
Na relação entre indivíduo e sociedade, prevalece a sociedade sob o indivíduo, pois a sociedade se constitui de um conjunto de normas e regras.
Fatos sociais:
conjunto de normas e regras produzidas coletivamente.
Segundo Émile, em sua obra as regras que nos são impostas pela sociedade, se constituem no limite da ação individual que é determinada pela vontade coletiva.
Os fatos sociais, objeto de investigação sociológica de Durkheim, possuem 3 caracteríticas:
Coercitivos:
são expressos por ameaças de castigo e por punições demonstrando suas características disciplinadoras.
Exteriores:
são considerados fatos sociais exteriores quando independem de sua vontade, neste sentido, percebemos que muitos dos comportamentos são determinados por forças exteriores, não dependem da consciência individual.
Genéricos:
diz respeito ao fato de que as normas e regras sociais devem se reproduzir na maioria dos indivíduos.
Consciência individual:
pode ser visto como a natureza dos símbolos culturais (valores, hábitos, ritos, religiosidade, etc.)
Consciência coletiva:
pode ser entendida como o conjunto de normas de regras e punições.
Por existir uma consiências coletiva é que podemos pensar na coesão social, ou seja, estamos unidos pela natureza dos
símbolos sociais.
As solidariedades sociais:
Para Durkheim, os vínculos que nos mantém unidos socialmente, coesos, são denominados de
solidariedade
.
Para ele, também, as sociedades regem-se por solidariedades, e demonstrará a formação da
solidariedade
social abrangendo 2 tipos desta:
Solidariedade mecânica:
entende-se como os indivíduos que se encontram unidos diretamente à sociedade se que possamos pensar na presença de intermediários, sendo constituída por um conjunto relativamente organizado, de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo.
Solidariedade orgânica:
entende-se como aquelas sociedades mais complexas, não constituídas por repetição de elemntos semelhantes e homogêneos, mas constituídas por um sistema de órgãos diferentes, dos quais cada um tem um papel social a representar e tem a sua função, sendo que estes mesmos elementos são formados de partes diferenciadas.
Anomia:
Pode ser entendida como uma situação social na qual estabelece a falta de coesão e de ordem, principalmente no que concerne às normas e aos valores sociais.
Max Weber (1864- 1920):
autor da obra
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.
Traz para a sociologia o indivíduo que em seu processo de interação é construtor do universo social.
Pode-se dizer que o homem é o único ser sem capacidade de nomear todas as coisas.
No ato de nomeação, todas as coisas passam efetivamente a existir, pois quando nomeados passam a ter, vida uma vida que lhes é específica.
Para Weber, o indivíduo em interação que se estabelece pela troca de sentidos e de significados, é também criador do seu universo social.
Objeto de investigação sociológica e ação e relação social:
o objeto de investigação usado por Weber, foi a
ação social
, ou seja, a ação que o indivíduo realiza tendo como referência e orientação e a ação dos outros.
Relação social:
é a comunicação com os demais atores sociais, e é sempre uma ação de reciprocidade orientada.
As ações sociais de caráter
imitativo
não podem ser compreendidas como relação social, pois nela não há a presença de uma orientação que dê causa à conduta.
Tipos de ação social:
em Weber, a concretização das normas e regras sociais se realiza somente quando essas normas e regras estão presentes e se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação, que pelo sentido, significa que os atores sociais atribuem.
Ação social tradicional:
aquela que é determinada por um hábito, na qual o ator social obedece a reflexos enraizados de longa prática.
Ação social afetiva:
é essencialmente emotiva, aquela que é determinada por afetos ou estados sentimentais.
Ação social racional com relação a valores:
é a ação social determinada pela crença consciente nos valore éticos e estéticos, religiosos ou de qualquer outra natureza que se possa interpretar.
Ação social racional com relação a fins:
é determinada pela expectativa no comportamento, tanto em relação a objetos do mundo exterior como em relação a outros indivíduos e grupos.
O método sociológico em Weber:
para ele o pesquisador possui um papel ativo, as construções teóricas que ele realiza dependem de escolhas de caráter pessoal, feitas com base nos aspectos que ele quer explicar.
Os
fatos sociais
não são considerados "coisas" mas sim acontecimentos que o cientista percebe e cujas causas objetivas para desvendar.
Para Weber, a noção de
tipo ideal
se relaciona com o fato de que a realidade é infinita e nossa capacidade de compreensão humana é finita.
A dominação:
o fator legitimador da dominação é a crença, isto é a necessidade de acreditar que determinada pessoa ou instituição tem o poder, atributo ou qualidade de governar.
Weber estabeleceu 3 tipos de dominação legítima, são elas:
Dominação racional legal:
aquela que a legitimidade fica estabelecida por meio da própria legalidade das normas instituídas e dos denominados direitos de mando dos que exercem a autoridade, que pode ser entendida como dominação racional.
Dominação tradicional:
tem sua fundamentação na tradição, nos costumes.
Dominação carismática:
entendemos como carismático o indivíduo dotado de "luz própria". Carisma é o elemento que faz com que o indivíduo consiga agregar pessoas.