Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
PARALISIA CEREBRAL INFANTIL (Foi descrita em 1958 como “um distúrbio motor…
PARALISIA CEREBRAL INFANTIL
Foi descrita em 1958 como “um distúrbio motor qualitativo persistente, resultado da interferência não progressiva no desenvolvimento cerebral surgido antes de 3 anos de idade”.
Ainda não existe nenhum estudo oficial que informe a incidência de crianças portadoras de PC no Brasil.
No entanto, existem algumas estimativas, sendo a mais recente de 30.000 a 40.000 casos por ano no Brasil.
Etiologia:
Pode ser decorrente de diversos
fatores como:
Pré-Natal
diminuição da pressão parcial de oxigênio
diminuição da concentração de hemoglobina
diminuição da superfície placentária
alterações da circulação materna
tumores uterinos
cordão umbilical curto
malformações de cordão umbilical
prolapso ou pinçamento de cordão umbilical
nó de cordão umbilical
Perinatal
idade da materna
desproporção céfalo-pélvica
anomalias da placenta e do cordão umbilical
anomalias da contração uterina
narcose e anestesia
primogenidade, prematuridade, dimaturidade
gemelaridade
malformações fetais
macrossomia fetal
parto instrumental
anomalias de posição
duração do trabalho de parto
Pós-Natal
anóxia anêmica
anóxia por estase
anóxia anoxêmica
anóxia histotóxica
As desordens clínicas do tônus muscular e do tipo de movimento, são classificados em quatro
tipos:
Espásticas ou piramidais
(hipertonia muscular extensora e adutora dos membros inferiores, hiper-reflexia profunda, sinal de Babinski positivo e déficit de força localizado ou generalizado);
Caroatetósica
(alterações do tônus muscular do tipo distonia com variações para mais ou para menos durante a movimentação ou na manutenção de postura);
Atáxica
(alterações do equilíbrio e da coordenação motora associadas à hipotonia muscular nítida);
Mista
(diferentes combinações de transtornos motores pirâmido extrapiramidais, pirâmido-atáxico ou pirâmido-extrapiramidal-atáxicos).
Método:
Pesquisa bibliográfica utilizou as seguintes palavras em várias combinações: “paralisia cerebral”, “criança” “adolescente” “avaliação nutricional” e “terapia nutricional”, no período de 1985 e 2009.
A busca de dados incluiu consensos, estudos transversais, longitudinais e estudos de revisão em língua inglesa e portuguesa.
Antropometria:
O
“North American Growth Cerebral Palsy
Project”
recomenda que as medidas antropométricas sejam
peso, estatura, pregas cutâneas e circunferências
.
Com relação à altura, Stevenson desenvolveu algumas fórmulas para estimar a altura dos portadores de PC com mais de dois anos de idade que não conseguem ficar na posição ereta.
Outro método para aferir a altura, também validado, é através da utilização da régua Luft, que verifica a altura de pacientes acamados ou que não conseguem se equilibrar, porém o paciente tem que conseguir deitar com as pernas esticadas e dobrar o pé em ângulo de 90º.
Após a aferição do peso e da estatura, recomendase a utilização de curvas de crescimentos para diagnóstico
nutricional.
Avaliação Nutricional – Bioquímica
A avaliação laboratorial é realizada através dos exames bioquímicos como hemograma, ferritina e transferrina que avalia anemia e/ou deficiência de ferro, enfermidades de alta prevalência nas crianças em geral.
Observaram numa instituição a prevalência de 33% de anemia e 38% de deficiência de ferro.
No Brasil, em crianças saudáveis a prevalência de
anemia é de 53%.
Cálcio, fósforo e fosfatase alcalina também podem ser aferidos, com o objetivo de avaliar o estado mineral ósseo, uma vez que esses pacientes têm uma alta prevalência de osteoporose e fraturas.
A determinação da albumina sérica também é útil para avaliar a reserva de proteína visceral.
Avaliação Nutricional – Dietética
É comum crianças e adolescentes com PC terem problemas relacionados à alimentação, o que pode ter impacto desfavorável no crescimento e desenvolvimento.
Estudos demonstram uma relação entre dificuldades
alimentares, desnutrição e piora do desenvolvimento
motor e neurológico.
As dificuldades em ingerir alimentos sólidos é bastante relatada, pois essas crianças apresentam movimentos orais involuntários.
Terapia Nutricional - Necessidades nutricionais
As necessidades energéticas de crianças e adolescentes com PC são diferentes em relação às crianças saudáveis, devido especialmente à composição corporal e ao nível de atividade física peculiares.
A NASPGHAN recomenda que o cálculo das necessidades energéticas para as crianças com comprometimento neurológico possa ser estimado através da Dietary Reference Intakes (DRI) para gasto energético basal, calorimetria indireta ou através
da altura.
Conclusão:
Ainda não está bem definido quais métodos devem ser utilizados na avaliação nutricional dos pacientes com PC.
Percebe-se que os estudos clínicos destacam alta prevalência de desnutrição nas crianças e adolescentes com PC, relacionando-a com dificuldades alimentares e
comprometimento gastrointestinal.
No entanto, é escasso, na literatura, orientações específicas para a equipe de saúde quanto a avaliação e o manejo nutricionais adequados de pacientes com PC