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Primeira e Segunda Semanas de Desenvolvimento (Clivagem (Definição:…
Primeira e Segunda Semanas de Desenvolvimento
Clivagem
Definição:
Sucessivas divisões mitóticas iniciadas pelo zigoto após a ativação metabólica dele mesmo.
Síntese reduzida de conteúdo citoplasmático celular e redução gradual do volume citoplasmático das células filhas
Ocorre enquanto o pré embrião avança pela tuba uterina
Nessa fase, o pré embrião se nutre através de escassas reservas citoplasmáticas e secreção das células do epitélio da tuba e, posteriormente, do útero
Hatching
Definição:
Orientação do polo embrionário em direção ao endométrio (aposição)
Perca da zona pelúcida conforme se aproxima do endométrio
Blastogênese
Definição:
Processo de formação do blastocisto (cavidade blastocística, massa celular intern, embrioblasto, trofoblasto). Outro nome é cavitação
Ocorre entre o 4° e 5° dias após a fecundação, devido à infiltração de fluidos pela zona pelúcida
Devido a um acúmulo de fluídos, ocorre a formação de uma cavidade na mórula, convertendo-a em blastocisto
Determina a organização do Blastocisto em:
Embrioblasto:
Maciço polarizado de células, se desenvolverá no embrião
Cavidade Blastocística:
Sofrerá modificações para constituir o saco vitelino
Trofoblasto:
Camada externa de células, conduzirá o processo de implantação e, posteriormente, participará na formação da placenta
Compactação
Definição:
Redução do espaço intercelular, aumento do contato entre os blastômeros, delimitados pela zona pelúcida
Acontece a partir de 8 blastômeros(72 horas depois da fecundação), devido à redução do espaço intercelular (formação da mórula)
Pré Decidualização
Definição:
Fase receptiva da mucosa uterina, processo de transdiferenciação celular e alterações na forma das células
Acúmulo de lipídeos e glicogênio em fibroblastos do endométrio uterino
Implantação
Definição:
Adesão do blastocisto ao endométrio, e se deve a interações entre moléculas das membranas citoplasmáticas do trofoblasto e epitélio uterino
Após a implantação haverá repercussões em certas estruturas
Trofoblasto:
Se dividirá em:
Citotrofoblasto
: Células individualizadas que se dividem por mitoses e o
Sinciciotrofoblasto
: Células multinucleadas que não se dividem, com caráter invasor, provocam a ruptura do epitélio uterino para invadir o endométrio. Produz a gonadotrofina coriônica humana fração B, responsável por manter o corpo lúteo durante o primeiro trimestre de gestação
Extraviloso ou Intersticial:
Algumas células do citotrofoblasto que perdem a adesão com as vilosidades coriônicas e invadem o endométrio. Objetivo é ancorar as estruturas embrionárias de crescimento ao tecido uterino. Não se sabe ainda como e por que o trofoblasto extraviloso cessa o processo de invasão
Trofoblasto Endovascular:
Quando as células trofoblásticas extravilosas alcançam a parede das artérias espiraladas do útero. O trofoblasto endovascular se agrega ao lúmen dessas artérias e obstrui a porção distal desses vasos (baixa concentração de O² para desenvolvimento do embrião = redução da quantidade de radicais livres, potencialmente teratogênicos
Embrioblasto:
Se diferencia em
Hipoblasto
e
Epiblasto
Decidualização
Definição:
Transdiferenciação de TODOS os fibroblastos uterinos
Determina a formação da Decídua ou endométrio gravídico
Processo mediado pela progesterona
As células decidualizadas possuem morfologia arredondada, escassa ou ausente matriz extracelular, presença de gotículas lipídicas e grânulos de glicogênio no citoplasma
No oitavo dia após a fecundação
Formação da
Cavidade Amniótica
. Além disso, um grupo de células se alinha adjacente ao citotrofoblasto que reveste a cavidade amniótica, formando o âmnio (epitélio amniótico) que delimita a cavidade amniótica
Formação do
Saco Vitelino Primário
. Completa formação da membrana de Heuser (a cavidade blastocística é chamada de saco vitelino primário). No décimo dia o sangue materno vai para as lacunas do sinciciotrofoblasto
No décimo primeiro dia após a fecundação
Mesoderma Extraembrionário:
Formado a partir da membrana de Heuser (MH), tecido conjuntivo frouxo e pobre em células. Localizado entre o citotrofoblasto e a MH
OBS: As cavidades formadas no mesoderma extraembrionário unem-se em uma cavidade única, denominada
cavidade coriônica
Córion:
Revestimento da cavidade coriônica. Constituído por delgada camada de mesoderma extraembrionário, citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto
Tolerância Imunológica Gestacional e Materna
Ausência de uma resposta imunológica materna contra o embrião
Enxerto Alógeno:
Doador e receptor são da mesma espécie, mas geneticamente diferentes
Após o parto - qualquer tecido do embrião é rejeitado pela mãe
São vários os fenômenos envolvidos nesse processo
Trofoblasto produz neuroquina B, a qual contém fosfocolina, mesma molécula utilizada por alguns parasitas para o não reconhecimento do sistema imune parasitado
Trofoblasto não expressa a classe 1 do MHC - Isotipos HLA-A, HLA-B, normalmente expresso por todas as células do organismo. Essa ausência evita o reconhecimento e destruição pelas células T não citotóxicas maternas (NK)
Trofoblasto expressa MHC classe I – isotipos HLA-E e HLA-G – iguais em todos os indivíduos da mesma espécie.
Trofoblasto expressa idoleamina 2,3 deoxigenase (IDO) – suprime os linfócitos T maternos
Final da segunda semana de Desenvolvimento
Embrião totalmente implantado e epitélio uterino regenerado no ponto de implantação
Entre segunda e terceira semanas gestacional é possível observar pela ultrassonografia a cavidade coriônica
Disco Embrionário com 0,1 a 0,4 mm de comprimento
Diagnóstico de Gravidez
Clínico:
Pela amenorreia secundária (ausência da menstruação no período estimado). Associado a sintomas como náuseas, enjôos e sensibilidade aumentada na mama.
Laboratorial:
Apenas entre 8 a 11 dias após a fecundação, pelo sangue. Notifica a presença de Gonadotrofina Coriônica Humana, fração B (BHCG)
Sinciciotrofoblasto produz BHCG (mantém o corpo lúteo ativo no ovário, produzindo estrogênio e progesterona), atingindo a circulação por meio das lacunas do sinciciotrofoblasto
Progesterona impedirá a eliminação da camada funcional do endométrio - mantém a gestação
Teste de Farmácia:
Podem ser usados para detectar a BHCG na urina logo após atraso da menstruação
Ultrassonografia:
Detecção da cavidade coriônica ou saco gestacional. Pode ser detectado apenas 2 a 3 semanas após a fecundação, mede aproximadamente 1mm de diâmetro
Utilizado ao redor da sétima semana de gestação para o diagnóstico de gestação gemelar (Incidência 1/90 e 2/3 são gêmeos NÃO idênticos e 1/3 são gêmeos idênticos
Gemelaridade
Gêmeos Não Idênticos:
Dizigóticos ou bivitelinos. Formados a partir da fecundação de 2 ovócitos II (2 zigotos), podem ou não ter o mesmo sexo.
Gêmeos Idênticos:
Monozigóticos ou univitelinos. Formados por um único ovócito II, este fecundado por um único espermatozóide (formando um único zigoto). Possuem um mesmo genótipo, mesmo sexo com grande semelhança fenotípica . Divisão do zigoto formando dois conjuntos separados de blastômeros (envolvidos por zonas pelúcidas distintas)
Gravidez Ectópica:
Implantação e desenvolvimento do blastocisto fora da parede do corpo do útero. 90 a 95% ocorre na tuba uterina
Gravidez Tubária
Descrição:
Quando há a implantação do blastocísto na tuba uterina
Ocorre pela obstrução da luz da tuba uterina e redução da função ciliar. Processos infecciosos e inflamatórios, anomalias congênitas nas tubas, alterações no peristaltismo da musculatura tubária assim como cirurgias tubárias anteriores podem causar a gravidez tubária
Diagnóstico Clínico:
Atraso menstrual, náuseas, vômitos, dores abdominais e pélvicas unilaterais. Morte precoce do embrião (sangramento e baixa produção de BHCG). Rompimento da tuba uterina, possível choque hipovolêmico.
Diagnóstico Laboratorial:
Detecção baixa ou negativa de BHCG
Diagnóstico Ultrassonográfico:
Ausência de gestação tópica e presença de massa tubária e líquido livre na cavidade peritoneal (inflamação na tuba uterina)
Tratamento:
Medicamento: Metrotexate
Cirurgia (massa anexial > 4cm, sem sinais de reabsorção)
Geralmente interrompida espontaneamente entre a sexta e décima semanas de gestação
Não há relato de feto que tenha sobrevivido a gravidez ectópica (exceto em casos de gravidez abdominal)
Quando evolui mais tempo chegando a termo, o concepto sofre compressões e hipoxia grave. Comprometendo sua morfologia e vitalidade
Interações Clínicas
Litopédio
Descrição:
Feto calcificado, resultado de uma implantação e gestação extrauterina (abdominal ou pélvica)
Organismo não consegue eliminá-lo. Forma-se um processo de calcificação ao redor do mesmo
Gravidez abdominal é 1 para 11.000 gestações, sendo que o litopédio representa até 3% dos casos . 2/3 dos pacientes possuem mais de 40 anos de idade e necessita de condições necessárias para seu desenvolvimento, tais como a implantação extrauterina (geralmente abdominal), não haver diagnóstico precoce de gestação e permanecer por um período de 3 meses e deve existir condições locais para o depósito de ferro no feto após a morte do mesmo
Diagnósticos
Clínico:
Maioria dos casos permanecem assintomáticos por anos, podem ficar retidos até 60 anos. Pode haver dor pélvica, perfuração do reto ou bexiga. Ao exame físico, dependendo do local pode ser apalpado
Imunológico:
Radiografia do abdômen ou tomografia computadorizada
Cirúrgico:
Remoção do litopédio por laparotomia de vido ao risco de espículas calcificadas do litopédio perfurarem órgãos vizinhos
Doença Trofoblástica Gestacional
Descrição:
Proliferação anormal e excessiva do trofoblasto. Sua forma mais comum é a mola hidactiforme.
Mola Hidactiforme:
Tumor benigno com proliferação anormal do trofoblasto em fases precoces da gravidez. O embrião não se desenvolverá de maneira normal
EM 80% dos casos permanecem contidas ao endométrio e em 20% podem invadir o miométrio e se transformar em malignas
Classificação e Fatores de Risco
Representa erro de bloqueio à poliespermia ocorrido durante a fecundação
Classificação:
Análise citogenética dos tecidos da mola e determinação da ploidia (Mola hidatiforme completa e Mola hidatiforme incompleta ou parcial)
Há outros tipos de molas hidatiformes, como a invasora, a metastática, a coriocarcinoma e o tumor trofoblástico de sítio placentário
Fatores de Risco:
Idade gestacional maior que 45 anos ou menor que 18 e doença gestacional trofoblástica prévia
Incidência:
1 a 10 casos por 1000 gestações
Mola Hidatiforme Completa
Representa 75% dos casso de mola hidatiforme
Degeneração do embrioblasto e manutenção do desenvolvimento do trofoblasto que continua a invadir a mucosa uterina
Hidropsia, Hiperplasia trofoblástica difusa sem a presença de vasos sanguíneos fetais no seu interior
Há duas possibilidades de desenvolvimento: A primeira em que um ovócito é fecundado por um espermatozóide (pró-núcleo ovócito expulso e masculino duplicou) e a segunda em que um ovócito é fecundado por dois espermatozóides (pró-núcleo ovócito expulso e dois pró-núcleos masculinos formam um núcleo diploide com herança paterna)