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Transição alimentar por via oral em prematuros de um Hospital Amigo da…
Transição alimentar por via oral em prematuros de um Hospital Amigo da Criança
O objetivo da pesquisa foi caracterizar a transição da alimentação gástrica por via oral quanto à maturidade e peso do prematuro, vias e técnicas de administração e duração da transição até a alimentação oral exclusiva.
Realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Hospital Amigo da Criança, desde 2002
Foi realizado levantamento dos prontuários de bebês assistidos nas unidades de cuidados intensivos e intermediários neonatais
Resultados
No período em estudo, foram assistidos no hospital 214 prematuros
116 atendiam aos critérios de inclusão, sendo 50,0% do sexo feminino.
desconforto respiratório precoce (54,3%)
baixo peso ao nascer (95,7%)
a bolsa rota há mais de 24 horas (11,2%).
A maioria dos prematuros apresentou mais de um diagnóstico, em especial, aqueles com prematuridade extrema e de muito baixo peso.
Durante todo o período de transição, foram utilizadas uma ou mais técnicas de administração do leite
uso da gavagem em conjunto com outras técnicas (89,5%)
complementada, pelo seio materno e copo (56,9%)
a sucção direta no seio materno foi a mais frequente (79,4%)
A duração da transição alimentar variou de menos de 1 dia a 47 dias
O ganho de peso durante o período de transição da alimentação variou de -140g a 860g.
Discussões
Estratégias estão implantadas na instituição visando ao incentivo do aleitamento materno
atuação articulada com os profissionais de enfermagem do banco de leite humano
apoio e orientações ministradas por toda a equipe
permanência materna com o filho
contato pele a pele e o oferecimento de leite materno cru, sempre que possível
uso do copo para complementar a amamentação materna
a proibição de uso indiscriminado de mamadeiras e chupetas
Devem ser consideradas, em especial
As mães de prematuros que necessitam de atenção especial para conseguirem manter a lactação
As condições sociais e psicoemocionais
A equipe e a família exercem papel fundamental nesse processo.
Reforça-se a importância de se oferecer o leite materno o mais precocemente possível ao prematuro.
O leite das mães de prematuros produzido nas primeiras quatro semanas de lactação, possui composição diferente do leite de mães de recém-nascidos a termo
Possui maiores teores de proteínas com funções imunológicas, sódio, cloretos, magnésio, lipídeos, ferro, cobre, zinco, nitrogênio, vitaminas A, D e E, além da menor concentração de lactose.
instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para início da alimentação oral
Possui validade clínica
O prematuro deve atinjir uma pontuação mínima de 28 pontos, em uma escala que varia de 0 a 36, para iniciar a transição da alimentação oral no seio materno
.Tal instrumento ainda não estava em uso na instituição, por ocasião da coleta dos dados, o que pode ter contribuído para o início tardio da transição alimentar por via oral.
Acredita-se ser oportuno evitar o uso indiscriminado do copo, sem garantir a amamentação materna, levando a manter alguns prematuros em sonda gástrica por tempo maior para alimentação láctea até que seja possível ter a presença materna na unidade neonatal.
Uso do copo - método artificial de proporcionar uma alimentação segura ao prematuro, até que esteja forte e maduro o suficiente para o aleitamento materno exclusivo
Uso indiscriminado do copo na prática clínica - Alguns prematuros apresentam dificuldades na amamentação materna com seu uso prolongado
Não se sabe os efeitos de seu uso, a longo prazo, no desenvolvimento do sistema estomatognático, oclusão dentária e funções orais.
A suplementação alimentar com o uso do copo constitui iniciativa recomendada, visando a reduzir as causas de desmame relacionadas ao uso da mamadeira
Considerações finais
As vantagens da amamentação materna, relacionadas a maturidade e o peso ao nascer. Deve ser considerado:
A amamentação deve ser iniciada o mais precocemente possível nesse segmento populacional de risco
Uso de instrumental específico para avaliar a prontidão do prematuro para início da alimentação oral
uma intervenção multiprofissional dirigida não só ao bebê, mas também à mãe e à família
condições clínicas decorrentes da maturidade e do peso ao nascer.
assistência aos prematuros
aleitamento exclusivo até o 6º mês
O desmame precoce em prematuros
medo e à insegurança que corroboram para a hipogalactia e ausência de orientações adequadas a respeito da manutenção da lactação no período de transição.
do estresse materno e da falta de rotinas sistematizadas que incentivem o aleitamento
do período prolongado de internação
condição clínica do bebê que impede a sucção direta ao seio materno
centrado na família
visando à qualidade de vida desses bebês
foco atual: o cuidado desenvolvimental e individualizado
prática da mãe oferecer leite materno o mais precocemente possível, incentivando o aleitamento materno e a relação mãe-bebê
Aleitamento materno para os prematuros é a forma mais natural e segura para alimentar uma criança pequena, segundo estudos
A forma como o leite é oferecido, trata-se de uma variável importante a ser considerada.
O prematuro pode necessitar do uso de sondas enterais
Introdução
Em relação aos diagnósticos mais frequentes
Referência Scielo.Transição alimentar por via oral em prematuros de um Hospital Amigo da Criança. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ape/v23n4/15.pdf
Acessado em: 12 de abril de 2020