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Práticas seguras para preparo e aplicação de insulina (Educação em…
Práticas seguras para preparo
e aplicação de insulina
Educação em diabetes para
evitar erros na terapia insulínica.
O profissional de saúde deve manter-se atualizado e ser capacitado (dispondo dos recursos necessários) a educar e a treinar o usuário de insulina, os seus responsáveis e os cuidadores para a condução de um tratamento seguro.
O tratamento com injetáveis são parte de um dos pilares do tratamento do diabetes.
Estratégias para diminuir a dor e desconfortos nas aplicações colaboram com a adesão ao tratamento. Aplicações mais confortáveis incluem:
Usar agulhas mais curtas, com 4, 5 e 6 mm de comprimento;
Certificar-se que a pele está seca após higienizar com álcool 70%, antes da aplicação;
Aplicar no subcutâneo, nas regiões recomendadas para aplicação;
Não reusar agulhas;
Exemplos de erros na prescrição, preparo e aplicação da insulina
Erro: Não homogeneização de suspensões de insulina
Técnico de enfermagem administrou 4 unidades de insulina NPH conforme prescrito.
O paciente apresentou hipoglicemia.
O profissional relatou que não agitou o frasco ampola previamente.
Erro: Uso de seringa graduada em mL Prescrição de 6,8 unidades de insulina R.
Enfermeira aspirou 0,68 mL de insulina regular usando uma seringa de 1 mL.
O paciente apresentou hipoglicemia.
Via de aplicação e velocidade
de absorção da insulina
A via usual para aplicação de insulina é a subcutânea (SC).
A via intramuscular (IM), às vezes, é usada em pronto -socorro, para atender urgência de hiperglicemia.
A via endovenosa (EV) é considerada em unidade de terapia intensiva (UTI).
A velocidade de absorção das insulinas humanas é discretamente maior quando elas são injetadas no abdome e, seguidamente, em braços, coxas e nádegas.
Quando aplicada erroneamente, por via intradérmica (ID), ela tem absorção mais lenta, com risco de perda de insulina no local da aplicação, o que diminui a dose injetada e leva a consequente hiperglicemia
Quando a aplicação de insulina é por via IM, a
absorção é acelerada, com risco de hipoglicemia
isso pode ser grave, principalmente em crianças dependendo do tipo de insulina aplicada.
Homogeneização das
suspensões de insulina
As suspensões de insulina (proteína neutra Hagedorn
[neutral protamine Hagedorn, NPH] e pré-misturas) devem
ser homogeneizadas corretamente antes do uso, para que os cristais de insulina entrem em suspensão.
A homogeneização inadequada pode alterar a concentração de insulina,
levando a respostas clínicas imprevisíveis.
Para homogeneizar corretamente as suspensões de insulina,recomendam-se 20 movimentos (rolamentos entre as palmas das mãos, circulares ou em pêndulo) suaves.
Conservação e validade
das insulinas
As insulinas apresentam boa estabilidade e têm ação preservada, desde que devidamente conservadas,segundo as
recomendações do fabricante.
Existem diferenças de conservação e de validade entre a insulina em uso e a lacrada para que a potência e a estabilidade sejam mantidas.
Em geladeira doméstica, a insulina deve ser conservada
entre 2 e 8° C.
Não deve ser congelada,se isso acontecer, precisa ser descartada.
Deve-se retirar a insulina da geladeira entre 15 e 30 minutos antes de aplicação.
Dispositivos para
aplicação de insulina
Seringas
As seringas de insulina possuem escala de graduação em unidades adequadas à concentração de insulina
U100 disponíveis no Brasil, por isso também são identificadas como seringas U100.
Não se deve usar seringa graduada em mL, pelo alto risco de erros no registro da dose, uma vez que a insulina é prescrita em unidade internacional (UI).
Canetas
As canetas para aplicar insulina têm se tornado uma opção
popular nos últimos anos.Fabricantes de insulina têm investido em lançamentos de insulinas para uso exclusivo em canetas
Existem canetas recarregáveis e descartáveis. A caneta recarregável é para uso com insulina U100, com refil de 3 mL.
Agulhas
O uso de agulha mais curta e a técnica correta de aplicação
são aspectos fundamentais para a injeção segura de insulina no
tecido subcutâneo, sem perdas e com desconforto mínimo.
As agulhas mais curtas, com 4, 5 e 6 mm de comprimento, são mais seguras, mais bem toleradas, menos dolorosas e indicadas para todas as pessoas.
Aspectos importantes para a segurança do preparo e da aplicação de insulina
Locais recomendados para
aplicação e cuidados com a pele
Os locais recomendados para aplicação de insulina são aqueles afastados de articulações, ossos, grandes vasos sanguíneos s e nervos, devendo ser de fácil acesso para possibilitar
a autoaplicação. São eles:
Braços: face posterior, três a quatro dedos abaixo da axila e acima do cotovelo (considerar os dedos do indivíduo
que receberá a injeção de insulina);
Nádegas: quadrante superior lateral externo;
Coxas: face anterior e lateral externa superior, quatro dedos abaixo da virilha e acima do joelho;
Abdome: regiões laterais direita e esquerda, com distância de três a quatro dedos da cicatriz umbilical
Prega subcutânea
A prega subcutânea é feita com o objetivo de evidenciar o tecido subcutâneo no momento da injeção e, assim, evitar que se injete a insulina no músculo.
A pinça, formada pelos dedos, deve ser pressionada levemente para não impedir a acomodação da insulina injetada, evitando, também, causar desconforto e machucar a
pele.
Ângulo de aplicação
O ângulo de inserção da agulha em relação à pele no momento da aplicação de insulina,do mesmo modo que a prega
subcutânea, tem o objetivo de evitar injeção no músculo.
Em agulhas com 4 ou 5 mm de comprimento, recomenda-se
ângulo de 90°
Em agulhas com 6 ou 8 mm de comprimento,o ângulo pode variar entre 45° e 90° para adultos de acordo com a quantidade de tecido subcutâneo no local da injeção, e de 45 ° para crianças e adolescentes.
Riscos do reúso de seringas e de agulhas e seu impacto no controle glicêmico