Essa “naturalidade” é refletida nos números para a época. Entre 1996 e 2006, os ganhos anuais vindos da propriedade intelectual da mineração australiana saíram de US$ 40 milhões para US$ 1,9 bilhão (superando a exportação de vinhos, a título de comparação). Entre 1995-96, os gastos em P&D da mineração representavam quase 20% de todos os gastos em P&D no país (Wright & Czelusta, 2007). Uma pesquisa realizada entre julho e setembro de 1996 revelou que o setor gastava uma média de US$ 896 em treinamento por empregado, enquanto a média para o resto da economia era de US$ 185. A mesma pesquisa apontou que 5,8% do gasto em pessoal era usado para treinamento, contra 2,5% no resto da economia. Ao final de 2000, 60-70% dos softwares para mineração usados no mundo eram australianos (Stoeckel, 2000). O caso da Austrália demonstra como a expansão da base mineral de um país pode levar ao crescimento econômico e a avanços tecnológicos..(p. 15)