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Artrite Psoriásica (DIAGNÓSTICO (Artrite periférica, Artrite axial,…
Artrite Psoriásica
É uma artrite inflamatória crônica, soronegativa para o fator reumatóide, associada à psoríase cutânea.
A psoríase cutânea é uma doença bastante frequente, podendo acometer até 2 a 3% da população, a lesão mais característica é a placa eritêmato-escamosa de bordas bem definidas, que varia em número e em tamanho, estando presente particularmente sobre as superfícies extensoras dos membros e do couro cabeludo.
Estatísticas têm demonstrado que 6 a 42% dos pacientes
com psoríase desenvolvem algum tipo de acometimento
articular.
EPIDEMIOLOGIA: é mais prevalente em populações brancas. Não costuma ter predomínio de sexo, exceto em subtipos específicos, com predomínio do sexo feminino na forma poliarticular simétrica e do sexo masculino na forma espondilítica. O acometimento da pele costuma preceder a artrite em 75% dos casos, havendo início simultâneo em 10% dos pacientes, nos outros 15%, a artrite pode preceder a lesão de pele. Não é comum haver correlação entre o tipo ou a gravidade da lesão cutânea e a presença tipo ou extensão do quadro articular.
ETIOLOGIA: multifatorial, e fatores genéticos, ambientais e imunológicos atuam e interagem para o aparecimento da doença.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
QUADRO CLÍNICO: acometimentos articulares periféricos e axial, entesites, tenossinovites e dactilites.
MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES: envolvimentos cutâneo, ungueal, ocular (uveíte anterior), cardiovascular (doença valvar aórtica e
aterosclerose), pulmonar (pneumonite intersticial) e renal.
DIAGNÓSTICO
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Provas de atividade inflamatória, incluindo velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa estão elevadas em 50% dos casos.
Anemia de doenças crônicas, hipergamaglulinemia policlonal e hipoalbuminemia tem menos frequência.
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Alterações radiológicas na AP periférica e na AP axial incluindo a predileção pelas articulações interfalangianas e envolvimento assimétrico de mãos e pés.
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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: utilização de técnicas de cinesioterapia e hidrocinesioterapia, objetivando o fortalecimento muscular, alongamento, condicionamento cardiovascular e exercícios posturais e respiratórios
A terapia física supervisionada demonstrou melhora da capacidade da função, dor e saúde global quando comparada a exercícios individuais.
A adoção de medidas como controle dos fatores de risco cardiovascular tradicionais, abandono do fumo e outras drogas suspensão do uso abusivo de álcool, bem como estímulo à prática de exercícios físicos e à perda de peso.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: anti-inflamatórios não esteroidais - AINE, glicocorticoides e medicamentos modificadores do curso da doença - MMCD (fármaco capaz de inibir a progressão da doença).
Fatores ambientais: infecção, trauma articular e algumas drogas (como beta-bloqueadores, lítio, inibidores da enzima conversora da angiotensina e inibidores da COX-1).
No Brasil, estudo epidemiológico constatou que a AP é a segunda espondiloartropatia mais frequente, com prevalência de 13,7% em relação às espondiloartrites.
Possui manifestações clínicas
mais brandas quando comparada a outras artrites inflamatórias crônicas.
Em síntese, a ocorrência da AP está ligada a uma suscetibilidade genética complexa associada a fatores ambientais e a mecanismos imunológicos.
Estudos recentes demonstraram que a AP ocasiona impacto negativo na função e na qualidade de vida semelhante ao que ocorre na AR, além de associar-se ao aumento da mortalidade cardiovascular e
mortalidade precoce.