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PROTEÇÃO E COORDENAÇÃO DO SISTEMA B.T. - PARTE 3 (1. FUSÍVEIS (1.1.…
PROTEÇÃO E COORDENAÇÃO DO SISTEMA B.T. - PARTE 3
1. FUSÍVEIS
São dispositivos destinados à proteção dos circuitos elétricos e que se fundem quando percorridos por uma corrente de valor superior àquela para qual foram projetados
Fusíveis do tipo com retardo -
NH e Diazed, de característica aM
São dotados de características de limitação de corrente. Para correntes elevadas de curto-circuito, os fusíveis NH e Diazed atuam em um tempo extremamente rápido que não permite que a corrente de impulso atinja seu valor máximo
Atuam dentro de determinadas características de tempo de fusão x corrente, fornecidas em curvas específicas de tempo inverso.
Há três tipos diferentes de fusíveis
Tipo gG
: utilizados na proteção contra correntes de sobrecarga e curto-circuito
Tipos gM e aM:
utilizados apenas na proteção contra correntes de curto-circuito, sendo indicados para proteção de circuitos de motores, já que se supõe que haja um dispositivo de proteção de sobrecarga instalado no mesmo circuito.
1.1. Critérios para seleção da proteção contra as correntes de curto-circuito
a) Proteção de circuitos terminais de motores
A interrupção das correntes de curto-circuito para os condutores que alimentam motores deve ser garantida pelos dispositivos de proteção do circuito terminal. Neste caso, o motor deve estar provido de proteção contra sobrecargas
b) Proteção dos circuitos de distribuição de motores
Quando um agrupamento de motores é alimentado por um circuito de distribuição, a determinação da corrente máxima do fusível de proteção deve obedecer os seguintes critérios:
Cada motor deve estar provido de proteção individual contra sobrecargas
A proteção não deve atuar para qualquer condição de carga normal do circuito
c) Proteção de circuitos de distribuição de aparelhos
A corrente nominal do fusível deve ser igual ou superior à soma das correntes de carga
d) Proteção de circuitos de distribuição de cargas mistas (motores e aparelhos)
É desaconselhável a associação de carga motriz e aparelhos alimentados por um circuito de distribuição
e) Proteção de circuitos terminais de capacitores ou banco
A corrente nomina do fusível deve ser menor ou igual 1,65 vez a corrente nominal do capacitor ou banco
f) Comportamento do fusível perante a corrente de partida do motor
É necessário conhecer o tempo de duração da partida e a corrente de partida que irá atravessar o elemento fusível, a qual é função das características construtivas do motor e do tipo de acionamento empregado
g) Proteção da isolação dos condutores dos circuitos terminais e de distribuição
Relativamente ao condutor, a integral de Joule que o fusível deixa passar não deve ser superior a integral de Joule necessária para aquecer o condutor, desde a sua temperatura para serviço em regime contínuo até a temperatura limite de curto-circuito
h) Proteção dos dispositivos de comando e manobra
Contator
Devem ser protegidos contra as correntes de falta a jusante de sua instalação
A corrente nominal do fusível a ser pré-ligado ao contator tem que ser menor ou igual a corrente nominal do fusível
Relé térmico
Devem ser protegidos contra as correntes de falta a jusante de seu ponto da instalação
A corrente nominal do fusível a ser pré-ligado ao relé tem que ser maior ou igual a corrente nominal do fusível
1.2. Proteção de circuito com dois ou mais condutores paralelos por fase
É usado condutores paralelos pois utilizar cabos elétricos com seção superior a 400 mm² dá trabalho, pois possuem pouca flexibilidade e difícil manuseio.
Situações que devem ser analisadas
As correntes distribuídas entre os condutores de uma mesma fase assumem valores muito diferentes, podendo essa diferença entre a menor e a maior corrente atingir cerca de 30 %, devido às reatâncias mútuas entre os condutores.
As impedâncias dos condutores que compõem cada fase assumem valores diferentes em virtude das diferenças de temperatura entre eles, afetando a resistência elétrica
Dificuldades físicas de realizar medições por meio de registradores digitais de alicates amperímetros, mesmo de grande capacidade de corrente
1.3. Proteção contra Sobrecargas de Condutores em paralelo
1.3.1. Corrente de carga equilibrada entre os condutores do grupo em paralelo
Se a corrente de carga se distribui em valores praticamente iguais nos condutores em paralelo, devido à sua forma de instalação, a proteção contra sobrecarga pode ser feita por um único dispositivo de proteção contra sobrecarga protegendo todos os condutores fase
A corrente de carga que irá circular no conjunto de condutores tem que ser menor ou igual à corrente nominal ou de ajuste do dispositivo de proteção único, que tem que ser menor ou igual a capacidade de corrente de cada condutor do grupo de condutores em paralelo.
Para que as correntes sejam distribuídas praticamente iguais nos condutores em paralelo de uma fase é necessário que seu arranjo na bandeja, prateleira estejam em RST - TSR -RST posição plana e em trifólio
1.3.2. Corrente de Carga desequilibrada entre os condutores do grupo em paralelo
Se o desequilíbrio da corrente de carga for superior a 10 % entre a maior e menor corrente entre os condutores do grupo paralelo, podemos utilizar as proteções individuais em cada condutor
A corrente de carga do condutor tem que ser menor ou igual à corrente nominal ou de ajuste da proteção do condutor, que tem que ser menor ou igual a capacidade de corrente nominal do condutor
1.4. Proteção contra curtos-circuitos de condutores em paralelo
1.4.1. Proteção Única para todos os condutores em paralelo de cada fase
Nesse caso, é necessário determinar se a proteção única é sensível a um defeito em quaisquer condutores do grupo. Isso pode ser realizado tomando-se a corrente de curto-circuito que circula em cada condutor em paralelo do grupo e verificar se a proteção atua em um tempo inferior ao tempo de suportabilidade térmica do cabo. Se a condição não for satisfeita, é necessário utilizar a proteção individual em cada condutor em paralelo do grupo
1.4.2.Proteção Individual para cada condutor
Para dois condutores paralelo por fase, deve-se utilizar um dispositivo de proteção na origem de cada condutor; neste caso, há realimentação da corrente de curto-circuito pelo condutor não atingido.
Para três ou mais condutores em paralelo por fase, deve-se utilizar um dispositivo de proteção na origem de cada condutor e outro dispositivo na extremidade do referido condutor, ou seja, na carga.
Quando a isolação é feita individualmente, devem-se conectar adequadamente os condutores nos seus respectivos dispositivos de proteção, sejam eles fusíveis ou disjuntores.