SEGURANÇA DO PACIENTE II

Portaria GM/MS nº 1.377, de 9 de julho de 2013, e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013,
aprovam, conjuntamente, os protocolos básicos de segurança do paciente

  1. Identificação do Paciente
  1. Cirurgia Segura
  1. Prevenção de Úlcera por Pressão
  1. Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde
  1. Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos
  1. Prevenção de Quedas

O foco na investigação em segurança do paciente tem se concentrado em cinco componentes
(OMS):

1) Medir o dano.

2) Compreender as causas.

3) Identificar as soluções.

4) Avaliar o impacto.

5) Transpor a evidência em cuidados mais seguros.

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

necessário usar pelo menos DOIS IDENTIFICADORES em pulseira branca padronizada, colocada num membro do paciente para que seja conferido antes do cuidado.

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Nome completo do paciente ou da mãe, data de nascimento do paciente, Nº do prontuário.

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Ser fácil de ler, mesmo se a pulseira for exposta à água, sabão e detergentes, géis, sprays, produtos de limpeza a base de álcool, hemocomponentes, etc;. Não se desgastar durante a permanência do paciente no hospital.

EDUCAR O PACIENTE/ ACOMPANHANTE/ FAMILIAR/ CUIDADOR (explicar a necessidade dos 2 identificadore)

CONFIRMAR A IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE ANTES DO CUIDADO

  • PEÇA: ao paciente que declare seu nome completo e data de nascimento.
  • SEMPRE: verifique as informações na pulseira de indent. que deve ser exatamente o mesmo.
  • NUNCA: Perguntar ao paciente "você é fulano?" porque o paciente pode não compreender e concordar por engano.

CIRURGIA SEGURA

ANTES DE INDUÇÃO ANESTÉSICA:

  • Confirmação da identidade do paciente, sítio cirúrgico, procedimento e assinou consentimento.
  • Demarcação de sítio (quando aplicável) com um “X”.
  • Verificar segurança anestésica.
  • Colocação e verificação do funcionamento do oxímetro de pulso.
  • Detecção de alergias relatadas.
  • Detecção de via aérea difícil e risco de aspiração.
  • Detecção de risco de perda sanguínea (>500mL) com disponibilidade de acesso venoso e planejamento para fluidos.

ANTES DA INCISÃO:

  • Confirmar se todos os membros da equipe de apresentaram por nome e função.
  • Cirurgião, anestesiologista e cirurgião confirmam verbalmente acerca da identificação do paciente,sítio cirúrgico e procedimento.
  • CIRURGIÃO: previsão de eventos críticos, tais como possibilidade de perda sanguínea importante,certificação quanto ao uso de antimicrobiano prévio, etc.
  • ANESTESIOLOGISTA: Previsão de alguma intercorrência previsível.
  • ENFERMAGEM: disponibilidade e funcionamento de materiais e equipamentos que serão utilizados, certificação da validade.

ANTES DO PACIENTE SAIR DA SALA CIRURGICA:

  • Enfermagem e equipe médica confirmam verbalmente:
  • O nome do procedimento;
  • A conclusão da contagem dos instrumentais, compressas e agulhas;
  • A identificação das amostras (ler os rótulos das amostras em voz alta, inclusive o nome do paciente);
  • Revisão de preocupações essenciais para a recuperação e manejo do paciente.

PREVENÇÃO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO

  1. REAVALIAÇÃO DIÁRIA de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados pela Escala de BRADEN.
  1. INSPEÇÃO DIÁRIA da pele para pacientes que apresentam risco de acordo coma avaliação das etapas anteriores, visto que tais podem apresentar deteriorização da pele em questão de horas.
  1. Avaliação de úlcera por pressão na ADMISSÃO de todos os pacientes Os seguintes fatores devem ser levantados: mobilidade, incontinência, déficit sensitivo e estado nutricional. A escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as várias disponíveis.
  1. MANEJO DA UMIDADE: principalmente em pacientes com incontinência, exsudação excessiva de feridas e intensa sudorese visando a manutenção do paciente seco e com a pele hidratada.
  1. OTIMIZAÇÃO DA NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO, visto que déficit nutricional e desidratação podem gerar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos mais salientes.
  1. MINIMIZAR A PRESSÃO com reposicionamento (mudança de decúbito) a cada 2 horas (frequência necessária é variável) para aliviar a pressão sobre as áreas vulneráveis, escolha de superfícies adequadas, utilização de coxins. Evitar elevar a cabeça por mais de 30 graus com o intuito de se evitar o cisalhamento e atentar quanto a hiperextensão durante o posicionamento no leito.

HIGIENE DAS MÃOS

As mãos devem ser higienizadas no seguintes momentos:

  1. Antes de tocar o paciente
  2. Antes de realizar procedimentos limpo / assépticos e ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente
  3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções
  4. Antes e após tocar o paciente, inclusive antes e após utilizar luvas de procedimento ou estéreis
  5. Após tocar superfícies próxima ao paciente.

40 A 60 SEGUNDOS

Finalidade de remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos, evitando a infecção cruzada.

SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
“USO SEGURO DE MEDICAMENTOS”
2017 orienta a observação de 9 certos, como a seguir:


1 – Paciente Certo Perguntar ao paciente o nome completo e utilizar outro identificador adicional (sempre, ao menos 2) para conferência. Verificar, concomitantemente, nome da pulseira, nome no leito, nome no prontuário.


2 – Medicamento Certo Conferir medicação física com a prescrição, ANTES DA ADMINISTRAÇÃO. Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e notificação visível no prontuário Registrar qualquer reação adversa e efeito colateral observada.


3 – Via Certa Verificar se a via prescrita é a via tecnicamente recomendada para determinado medicamento. Verificar a compatibilidade do medicamento com outros produtos para a saúde utilizados para sua administração, tais como seringas, cateteres, sondas, etc. Identificar qual a conexão correta para a via de administração prescrita, em caso de administração por sonda nasogástrica, nasoentérica ou parenteral.


4 - Hora Certa Preparar o medicamento em horário adequado para que a administração não seja feita com atraso.


5 – Dose Certa Atentar para doses prescritas com “zero”, “vírgula” e “ponto”. Conferir atentamente a unidade de medida prescrita Realizar dupla checagem para os cálculos para o preparo e programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. NÃO deverão ser administrados medicamentos em casos de prescrições vagas, tais como “administrar se necessário” ou “a critério médico”.


6 - Registro Certo Checar o horário da administração do medicamento a cada dose ou quando houver adiamentos,


7 - Orientação Correta Orientar o paciente acerca da medicação que lhe será administrada e eximir as dúvidas que for de
sua competência.


8 - Forma Certa Checar se a forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à condição
clínica do paciente.


9 - Resposta Certa Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, quando possível, se o medicamento teve o
efeito desejado.

São itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos:

a) identificação do paciente, sem abreviaturas de nome.

b) identificação do prescritor na prescrição (nome, conselho e assinatura)

c) identificação da instituição na prescrição (nome, endereço, telefone)

d) identificação da data de prescrição

e) legibilidade (incentivo para digitação)

f) uso de abreviaturas (somente se necessário e padronizadas)

g) denominação dos medicamentos (denominação comum brasileira)

h) prescrição de medicamentos com nomes semelhantes devem ser escrito com destaque na parte

que os diferencia (Ex. DOPAmina e DOBUtamina)

i) expressão de doses (evitando expressões como colher, por exemplo).

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