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Geografia: Industrialização (O príncipio (Na sociedade pré-industrial a…

- - - - Havia transformações, porém em uma escala e velocidade muito menores, de formas pontuais e pessoas especializadas, como um artesão. Isso é o principio da manufatura, onde havia agora um aglomerado de pessoas especializadas em fazer a transformação, ainda que em menor escala. Ainda, surge depois a maquinofatura, onde empregou-se o uso de máquinas rudimentares e AINDA EM PEQUENA ESCALA
        
        Então, a indústria surge nas revoluções industriais- rompendo a escala manufatureira- montando-se instalações fabris enormes e com máquinas de maior tecnologia. Logo, surge como grande produtora de artigos para o comércio e localizada nos centros urbanos
        
        A indústria impactou e valorizou os centros urbanos, estabelecendo uma relação filial em torno da mão de obra/capital e oportunidades
- - - - Deslocamento de um eixo europeu para novas potências: EUA (primeira colônia a virar potência), Alemanha e Japão (em muitos fatores).
        
        Para obter maior lucratividade, a indústria passou a aperfeiçoar as formas de trabalho e produção. É nesse contexto que surgem os modelos produtivos, que consistem em um método de racionalização da produção. Nisso, na segunda revolução industrial se caracterizou pelo surgimento de um modelo produtivo - FORDISMO. De modo que a indústria simbolo passa a ser a automobilística.
        
        O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor, visando a aumentar a eficiência produtiva, estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus estudos ficaram conhecidos como Taylorismo.
        
        Henry Ford já desenvolvia sua linha de montagem para aumentar sua produção, quando ouviu falar das ideias de Taylor. Impressionado, Ford contratou o engenheiro para trabalhar na sua fábrica. O Fordismo nasce dessa associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford.
        
        São características do Fordismo/Taylorismo
        
        • Linha de montagem: É a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos.
        
        • Trabalho especializado (repetitivo): É a pura aplicação das ideias de Taylor. Quanto menor fosse a tarefa executada pelo trabalhador, mais eficiente ele poderia ser. Com o tempo, a tendência era se tornar um especialista naquela tarefa.
        
        • Padronização: A repetição das tarefas exigia uma padronização da produção.
        
        • Mão de obra alienada: O trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo o método de produção, apenas a sua função.
        
        • Produção concentrada: Espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, produzindo e armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço.
      - O grande transporte desloca-se a veículos de combustão interna, a energia baseia-se em petróleo e na eletricidade elétrica. O aumento da produção gerada nessa mudança faz necessária a maior mão de obra e essa ainda mais especializada
        
        Além disso o aço torna-se o minério mais desenvolvido
        
        A grande expansão produtiva acompanha a busca por novos fatores produtivos e lucros, acirrando a competitividade entre potências e gerando situação de imperialismo e subjugação de países sub-desenvolvidos. Valendo ressaltar que todas essas relações passam a ser mais globais, pelo desenvolvimento do transporte e as necessidades produtivas.
        
        Esse processo historicamente desaguará nas grandes guerras do século XX
    - - A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica-Informacional,
        tem início em meados do século XX, após a Segunda Guerra Mundial, no Vale do Sílicio.
        
        Vale do Sílico fica nos EUA, mais especificamente na California. Esse é um importante tecnopolo americano, que abriga grandes empresas do setor de informática e telecomunicações. Possui esse nome pois silício é um importante material usado na telecomunicações e alta tecnologia, justamente abundante nessa região.
        
        Essa fase corresponde ao processo de inovações tecnológicas e
        informacionais na produção e é responsável pela integração entre a ciência, a tecnologia e a informação. Nesse aspecto, a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de novas tecnologias possibilita às empresas desenvolverem novos produtos, obtendo maior lucratividade. Num aspecto que remete à mais valia relativa, onde há o aumento de tecnologia, aumenta-se a produtividade e a qualidade, diminuindo custos e propondo maiores lucros.
        
        Essas empresas reinvestem parte dos lucros em P&D, gerando um ciclo que os países não desenvolvidos e outras empresas não conseguem superar com facilidade. Na atualidade, possuir indústria não é mais sinônimo de riqueza, e sim a capacidade de desenvolver tecnologia.
        Ex: Microsoft, Tesla, etc..
        
        Possui também um modelo produtivo particular chamado de TOYOTISMO.
        O modelo de produção toyotista foi idealizado por Eiji Toyoda e Taiichi Ohno e difundido pelo mundo a
        partir de 1970
        
        O Toyotismo, também conhecido como sistema flexível ou pós-fordista, foi desenvolvido em
        uma fábrica de automóveis da Toyota, no Japão, buscando atender às especificidades da produção e do
        território japonês. Mas esse despontou anos a frente devido a crise do Fordismo
        
        São características do Toyotismo:
        
        • Produtos pouco duráveis: A durabilidade foi um problema para o Fordismo. Nesse sentido, a lógica do Ciclo de Obsolescência Programada, em que os produtos possuem uma data de “validade”, foi fundamental para superar as limitações do consumo fordista. Com produtos muito resistentes a compra era estagnada e o objeto ficava em estoques abarrotados, desvalorizando o mercado e causando prejuízos espaciais e economicos.
        
        • Diversificação: A produção diversificada, com muitas opções, buscando atender às características de cada mercado, foi importantíssima para oferecer uma maior variedade de produtos.
        
        • Just in time: Seguindo a lógica acima, produzir de acordo com a demanda e gosto do mercado permitiu reduzir os estoques e a possibilidade de perdas produtivas.
        
        • Mão de obra qualificada: Outra característica que possibilitava o amplo desenvolvimento desse modelo. Com uma mão de obra altamente educada e qualificada, toda melhoria no processo produtivo poderia ser mais rapidamente incorporada, ao mesmo tempo que esses trabalhadores contribuem pro progresso
        
        Isso criou uma característica interessante, pois no fordismo o trabalhador era substituído e possuía uma função fixa na linha de produção, alienado da completude do serviço. Por outro lado, no toyotismo, os trabalhadores possuem maior especialização na área, possuindo uma trajetória mais ampla do produto, mas muito centrada em sua área de atendimento. Isso causou uma camada de desemprego muito grande, aliada a automação do meio de trabalho que reduziu o número de operários.
      - SUPOSTA quarta revolução industrial
        
        A Quarta Revolução Industrial tem início nos anos 2010,
        com o destaque principalmente da Alemanha, marcada pela Internet das Coisas (IOT), impressão 3D e nteligência artificial. É importante destacar que ainda não é consenso entre os estudiosos a existência dessa quarta fase No Fórum Econômico Mundial, realizado em 2016, na cidade de Davos, Suíça, a Quarta Revolução Industrial foi muito debatida, especialmente o fato de que, após a crise de 2008, muitos países adotaram políticas protecionistas muito fortes, o que dificulta a expansão dessa fase.
    - - Introdução das grandes máquinas, revertendo a mano e maquinofatura. Baseada em ferramentas e como liga-se a separação de funções- ainda muito manual.
        
        A Inglaterra era apenas uma das grandes potências europeias da época, a frança era sua principal rival, a exemplificar. Porém, enquanto os franceses eboliam em sua rev. burguesa, a Inglaterra possuía estabilidade política, de capital (garantida pelo mercantilismo) e uma organização militar e política que preservou-o e de mão de obra. Todos esses fatores foram essenciais para garantir o pioneirismo inglês.
        
        A grande indústria dessa revolução foi a indústria têxtil
        
        Nessa revolução a criação dos motores a vapor e o domínio sobre o ferro (para ferrovias) foram essenciais, principalmente na perspectiva de escoamento de produtos e recursos. Além disso, a presença de carvão mineral também foi algo essencial para a produção energética que movia todo esse novo maquinário - de modo que exigiu pequenas tecnologias, como as bombas de água para secagem das minas de excavação do carvão
        
        Contudo, o modo de transporte não conseguiu acompanhar as pequenas mudanças que ocorreram nesse período. Isso proporcionou a criação do modo de localização de Manchester. Isto é, os fatores locacionais em ralação á matéria prima eram ainda mais importantes que o mercado
        
        Tal que pequenas mudanças/ adequações para suprir novas necessidades do meio (como a criação do operário) ganham corpo e viram novas revoluções.
        
        OBS: No Nordeste dos EUA, todos fatores locacionais eram favoráveis. Havia a boa presença de recursos e mercado e por isso o fácil e grande desenvolvimento industrial desse país.
- - - - A 1 revolução industrial (final do século XVIII) foi essencial para a criação do meio técnico. Esse meio técnico é o período em que a capacidade produtiva era determinada pela técnica. Enquanto antigamente a quantidade de produtos era definido pelo tempo da natureza, agora ela é definida pela potência da máquina industrial (que é uma técnica). Isso aumenta a pressão sobre os recursos naturais.
        
        Nesse tempo a lógica desse meio era a quantidade de produtos feitos (em larga escala, portanto).
        
        Então, as relações homem/natureza evoluíram e o meio passou a ser "Meio Técnico Científico-informacional". Onde a capacidade de produção volta-se a obtenção de informações e avanços da técnica por meio da pesquisa cientifica (alia-se ao momento da 3 rev. industrial).
- - - - Todavia, as características do Fordismo não se sustentaram
        por mais tempo e, com outros fatores econômicos levaram a uma crise do modelo produtivo na década de 1970. . A durabilidade dos produtos fordistas e sua padronização, necessária para a produção em massa, gerava uma estagnação do consumo.
        
        Os estoques lotados (falta de consumo) e a maior pressão sindical, facilitada pelo fato de a fábrica estar espacialmente concentrada, encareciam a produção fordista
        
        Assim somando-se essas quatro características e a crise do petróleo em 1973 e 1979, observou-se uma crise do Fordismo e do "Estado Keynesiano". O avanço tecnológico que possibilitou a globalização e um modelo mais coerente com as lógicas atuais de mercado (Toyotismo), sucederam o fordismo, de modo que permitiram a redistribuição espacial da indústria pelo mundo, buscando as vantagens competitivas (mão de obra mais barata, legislação trabalhista e ambiental mais flexível).
        
        Estado Keynesiano: É o estado controlador, isto é, os governos passam a ter maior autoridade sobre as questões econômicas. É também uma ideia de bem estar social- garantido exatamente pelo estado.Um exemplo é o New Deal.
  - - - Assim, produzia-se mais do que se consumia. Genericamente, essas foram as condições para a crise de superprodução de 1929. O cientista econômico John Maynard Keynes já vinha apontando para a possibilidade de uma crise econômica devido a não interferência do Estado na economia para ajudar o capitalismo nos momentos de crise, naturais desse sistema.
        
        Franklin Delano Roosevelt, inspirado nas ideias de Keynes, lançou o New Deal (Novo Acordo), em 1933, para recuperar a economia americana a partir do aumento do consumo.
        
        Lembre-se: a crise de 1929 tinha sido resultado da superprodução e estagnação do consumo. Roosevelt
        fundamentou-se nas ideias de Keynes para recuperar a economia. Entre essas ideias, podem-se citar:
        
        • Pleno emprego e estabilidade;
        
        • Aumento dos salários;
        
        • Menos horas de trabalho.
      - Aliado ao otimismo houve um forte investimento desregulado nas bolsas de valores. Assim, sem noção do consumo, estoques e custos na relação empresa/consumidor, as bolsas principalmente de Wall Street tornaram-se vulneráveis e despencaram. Com a pobreza generalizada dos EUA o mundo todo perdeu um grande referencial de consumo e vendas, o que fez a crise para um aspecto global.