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Princípios Contábeis Aplicados a Custos (Custeio por absorção (é o método…
Princípios Contábeis Aplicados a Custos
Introdução
GAAP: compreende conjunto de normas contábeis vigentes e políticas e práticas da contabilidade reconhecidas
Conceitos
Alguns princípios contábeis aplicados à contabilidade de custos
Princípio da realização da receita
determina o reconhecimento do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da realização da receita, que, em regra, ocorre com a transferência do bem ou da prestação do serviço
Contabilidade financeira: também não pode apurar o resultado antes desse instante; no máximo, uma ferramenta de previsão de crédito
esse princípio se relaciona com a diferença de conceitos de lucro na economia e na contabilidade
contabilidade: os gastos vão sendo acumulados na forma de estoque
exceções
- construção civil, projetos sob encomenda que demandem longo prazo para sua execução, que têm sua receita antes da entrega; os custos serão despesas antes do momento
serviços: transferência de uma vez só (execução de plantas) ou paulatinamente (assessoria contínua, instituições financeiras, de auditoria, etc; quase não há estocagem de custo)
Princípio da competência ou da confrontação entre despesas e receitas
diz respeito ao momento de reconhecimento das despesas; pela realização, o momento de reconhecimento da receita
subdividem-se em
despesas especificamente incorridas (diretamente identificadas)
despesa de comissão relativa a sua venda
despesas incorridas para a obtenção de receitas genéricas(não necessariament ea que está sendo contabilizada)
despesas de administração; relativas a gastos para manutenção da capacidade de obtenção de receitas
relação da contabilidade decustos com esse princípio é mais histórica do que lógica
regras básicas da contabilidade de custos nasceram da adaptação da contabilidade comercial para a avaliação de estoques
temos com isso situações não muito lógicas, como salário do chefe de fábrica apropriado ao produto estocado e salário do chefe de vendas vira despesa de imediato
Princípio do custo histórico como base de valor
decorrem várias consequências; ativos são registrados contabilmente por seu valor original de entrada. Quando há problemas de inflação, deixa muito a desejar, nesses casos podendo ser usado o valor de reposição ou correções (não abrangidas pela legislação). Além disso, quando se acumulam custos de dois, três ou mais meses, o custo histórico é um instrumento paupérrimo de informações
correção integral
- 1987; moeda constante
corrigir pelo índice de inflação não é abandonar o custo histórico como base de valor
há exceções, ex: indústrias de manufatura, MP pelo VJ;
produtos gerados por ativos biológicos
- VJ; teste de recuperabilidade (VR<VC)
aspecto importante do custo histórico: só admitir para o registro o pgto ou promessa
estoques não podem ser avaliados com a inclusão de JSCP ou custo de oportunidade
Consistência ou uniformidade
quando há diversas alternativas para o registro, todas válidas dentro do GAAP, adotar uma delas de forma consistente (sempre)
quando mudar o procedimento, reportar o valor da diferença no lucro
ex: valor do equipamento
é um dos aspectos que a auditoria independente mais procura verificar, interfere no BP e na DRE
Prudência
adoção de um espírito de precaução por parte do contador
ex: se tiver dúvida entre incluir um gasto como ativo ou redução do
PL, optar pela 2ª; estoque: custo ou mercado, dos dois o menor
não adotar de forma indiscriminada, ou haveria uma subavaliação desmensurada e intencional
exemplo dos estoques: valor líquido de venda menos todas as despesas relacionadas à venda < valor de produção; prevalecer a hipótese mais pessimista
Materialidade ou relevância
desobriga de um tratamento contábil mais rigoroso itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos gastos totais
ex: pequenos materiais de consumo industrial
a soma de diversos itens irrelevantes pode ser material (nesse caso, é necessário um tratamento mais rigoroso
Custeio por absorção
custeio=absorção de custos
é o método derivado da aplicação dos GAAP, nascido da situação histórica; consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção
não é um princípio contábil propriamente dito, mas uma metodologia decorrente
obrigatório para fins de avaliação de estoques
na legislação fiscal, há algumas pequenas variações optativas, como na depreciação (no custeio por absorção é distribuída aos produtos elaborados; antes a legislação do IR admitia que fosse tratada diretamente como despesa)
O problema específico dos encargos financeiros
tratado como despesa e não como custo; se o fossem, também deveriam sê-lo os JSCP. Ademais, a contabilidade comercial sempre tratou como despesa. Ainda, não são itens operacionais
altas taxas de inflação: o correto é separar nas compras a prazo o que é o valor efetivo de compra do que é encargo (não possível legalmente no BR)
BR: exige inclusão dos juros nos custos apenas quando o ciclo de produção é mito grande e quando poucos bens ou serviços são produzidos de uma vez; ex. comuns: construção de imóveis
A difícil separação, na prática, de custos e despesas
ocorre por não ser possível a separação de forma clara e objetiva, ex: única administração, salários -> parte vai para despesa e parte para custo; departamento de RH ou contabilidade
simplificação
Algumas regras básicas
valores irrelevantes dentro dos gastos totais não devem ser rateados
valores relevantes, porém repetitivos a cada período, que numa eventual divisão teriam sua maior parte considerada como despesa, não devem também ser rateados, tornando-se despesa por seu montante integral (prudência também)
valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para apropriação aos custos
Onde terminam os custos de produção
definir o momento em que o produto está pronto para venda
Exemplo embalagens podem estar tanto em uma categoria quanto em outra
os gastos de pesquisa e desenvolvimento de produtos
gastos de pesquisa
antes havia dois tratamentos possíveis: despesa ou custo a ser amortizado
como o CPC 04, apenas é possível tratar como despesa
gastos com desenvolvimento do produto (fase posterior à pesquisa
só pode ser ativado como custo quando se tiver certeza de sua exequibilidade, viabilidade e houver meios para realizar
a rigor, esses gastos acabam sendo despesa; quando ativados, figuram no intangível
PME: despesas (se adotar o pronunciamento para PME)
gastos dentro da produção que não são custos dos produtos
ex: manutenção de prédio, reforma e pintura de equipamentos não fabri, ... se há uso de pessoal ocioso da produção para ampliar instalações do departamento, deve-se fazer um apontamento para tratar como despesa ou imobilização
também se enquadram: fabricação de máquinas para uso próprio
considerar a materialidade: pequenos consertos que demandem proporção ínfima não se enquadram nesse tratamento
objetivos
princípios contábeis aplicados à contabilidade de custos
método de custeio por absorção
separação de custos e despesas