O movimento pela educação inclusiva se intensifica a partir da Conferência Mundial de Jointiem, Tailândia, realizada em 1990, que apontou para a Educação para Todos, e é retomada na Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, ocorrida na Espanha, em 1994, que culmina na Declaração de Salamanca. Movimentos que, indiscutivelmente, configuram um avanço nos direitos dessas pessoas, mas que também devem ser analisados frente à sintonia existente entre os organismos internacionais e os governos.
Lembramos que se, de um lado, é preciso que o currículo expresse e articule as diferenças, no sentido de respeitá-las, é também preciso “compreender como as relações nas quais as diferenças são construídas operam como parte de um conjunto de práticas sociais, políticas e culturais.” (GIROUX, 1993 , p. 53).
Assim, é preciso que a escola, os professores e a família tenham uma rede de apoio. Será muito difícil, por exemplo, para o professor, articular adaptações curriculares com salas de aula superlotadas, sem o apoio de uma equipe interdisciplinar ou da equipe técnico-pedagógica da escola, sem receber das instituições formadoras subsídios concretos, sem uma qualificação em serviços de qualidade, sem dispor dos apoios e complementos para o seu aluno com necessidades especiais.