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Traqueotomia/Traqueostomia (AVALIAÇÃO E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS (É…
Traqueotomia/Traqueostomia
Traqueotomia
é uma incisão através da parede traqueal
Traqueostomia
é a criação de uma abertura temporária ou permanente na traqueia, feita com o objetivo de facilitar o fluxo de ar
O orifício da traqueostomia permanente é denominado traqueostoma
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
Os procedimentos das vias aéreas superiores são executados para remover, reparar ou ultrapassar as áreas de obstrução, lesão ou doença
Pode ser feita uma oxigenioterapia suplementar por meio de insuflação nasal, tubo ou cateter de traqueostomia, intubação endotraqueal, fluxo contínuo, máscara
A maioria das culturas da traqueia é estéril, o que não ocorre com as culturas da faringe
TÉCNICA CIRÚRGICA
Traqueotomia
Realizada com o objetivo de se ter acesso ao lúmen traqueal, para remover obstruções, coletar espécimes ou facilitar o fluxo de ar
A incisão traqueal pode ser fechada ou pode ser deixada cicatrizar por segunda intenção
Abordar a traqueia cervical por meio de uma incisão mediana cervical ventral
Incisão a partir da laringe até o esterno, conforme necessário
Separar os músculos esterno-hióideos, ao longo de suas linhas médias
Cuidado para não lesionar os nervos laríngeos recorrentes, a artéria carótida, o tronco vago simpático veia jugular, os vasos tireoidianos ou o esôfago
Fazer uma incisão horizontal ou vertical na parede da traqueia
Após terminar o procedimento, sobrepor às extremidades da traqueia utilizando suturas simples separadas com fio de polipropileno 3-0 ou 4-0
Sobrepor o músculo esternohióideo com sutura simples contínua e fio absorvível 3-0 ou 4-0
Fechar a incisão traqueal, com suturas através dos ligamentos anulares, circulando as cartilagens adjacentes ou apenas através dos ligamentos anulares
TÉCNICA CIRÚRGICA
Traqueostomia
A traqueostomia permite que o ar entre na traqueia, em uma região distal ao nariz, boca, nasofaringe e laringe
É executada para inserir um tubo (traqueostomia temporária) ou para criar um orifício (traqueostomia permanente), com o objetivo de facilitar o fluxo de ar
Escolher um tubo não reativo, que não seja maior do que metade da largura da traqueia
Tubo endotraqueal padrão pode ser usado, mas certifique-se de que o tubo não esteja inserido muito profundamente na árvore respiratória, e que o manguito não esteja inflado
Tubos de borracha vermelha ou cloreto de polivinil provocam irritação e devem ser evitados
Traqueostomia temporária
Fornece uma rota alternativa para o fluxo de ar durante a cirurgia ou atua como um procedimento de emergência em pacientes gravemente dispneicos
Fazer uma incisão mediana ventral a partir da cartilagem cricoide, estendendo-se caudalmente por 2 a 3 cm
Separar os músculos esterno-hióideos e fazer uma traqueotomia horizontal (transversa) através do ligamento anular entre a terceira e a quarta ou a quarta e a quinta cartilagens traqueais
Não estender a incisão por mais da metade da circunferência da traqueia
Como alternativa, fazer uma traqueotomia vertical pela linha média ventral das cartilagens 3 a 5
Sobrepor os músculos esterno-hióideos, o tecido subcutâneo e a pele cranial e caudal ao tubo
Fixar o tubo suturando-o à pele ou prendendo-o à faixa amarrada ao redor do pescoço
Traqueostomia permanente
Criação de um orifício na parede ventral da traqueia por meio da sutura da mucosa traqueal à pele
Os traqueostomas são mantidos durante toda a vida ou até que o orifício seja cirurgicamente fechado
Os tubos de traqueostomia não são necessários para manter a patência do lúmen após este procedimento
Recomendadas para animais com obstruções do trato respiratório superior, com dispneia moderada a grave (p. ex., paralisia ou colapso laringeano ou neoplasia das vias aéreas superiores), que não podem ser tratados de forma bem-sucedida por outros métodos
Fazer um túnel dorsal à traqueia na área da terceira à sexta cartilagens traqueais
Cuidado para não lesionar os nervos laríngeos recorrentes, a artéria carótida, o tronco vago simpático, a veia jugular, os vasos tireoidianos ou o esôfago
Usando este túnel, sobrepor o músculo esterno-hióideo, dorsalmente à traqueia, com suturas em U horizontal criando uma “tipoia” muscular para reduzir a tensão sobre as suturas mucosa-pele
Incisar a cartilagem e os ligamentos anulares até chegar à mucosa traqueal
Excisar um segmento similar de pele adjacente ao orifício
Suturar a pele diretamente à fáscia peritraqueal, lateralmente, e aos ligamentos anulares proximal e distal ao estoma, utilizando sutura intradérmica separada (fio de polipropileno ou polidioxanona 3-0 ou 4-0)
Fazer uma incisão em forma de I ou H na mucosa
Dobrar a mucosa sobre as bordas das cartilagens e suturá-la às bordas da pele com suturas de aproximação para completar o traqueostoma
AVALIAÇÃO E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Água pode ser oferecida de seis a 12 horas após a cirurgia
Pode-se oferecer alimento úmido, colocado no interior de bolinhos de carne, após 12-24 horas da cirurgia, caso não ocorram vômitos, regurgitação ou náusea
O animal deve ser atentamente observado para prevenir asfixia secundária à obstrução ou deslocamento do tubo
É necessário que se faça a limpeza do tubo a cada 15 minutos se a traqueia estiver irritada
A nebulização e a injeção de salina estéril (1 mL) no tubo, poucos minutos antes da sucção, auxiliam na remoção das secreções
Os tubos de traqueostomia devem ser removidos assim que a ventilação espontânea e apropriada esteja restabelecida
Após a retirada do tubo, o ponto de traqueostomia deve cicatrizar por segunda intenção
As complicações associadas à traqueostomia com colocação de tubo incluem ânsia de vômito, êmese, tosse, obstrução e deslocamento do tubo, enfisema, estenose traqueal, malacia traqueal e fístula traqueoesofageana ou traqueocutânea