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Nietzsche (1844-1900) (Crepúsculo dos Ídolos (O problema de Sócrates…

- - - - Quando falta vida sobra racionalidade
      - Pensamento se subordina racional, consciente
      - Razão não melhora, mas sim domestica
      - Filosofia que nega vida = doente
      - Criação humana com conceito imutável é doente
        
        A vida é um fluxo contínuo de mudança.
    - - A vida é um problema a ser resolvido
    - - Grécia antiga doentes dormiam templo Asclépio, galo em homenagem quando curado
      - Sócrates tratava vida como doença
    - - Substitui conhecimento trágico grego da mutabilidade e aceitação da finitude mundo, pela busca critério único e absoluto para nos guiar
        
        Se opõe cultura Grega
  - - - Psicólogo coloca-se contra moral estabelecida
        
        Confronta sistemas filosóficos e metafísicos tradicionais
  - - - Não é o vício que leva a uma má vida, mas sim a má vida que leva ao vício
      - Não é a felicidade que leva boa vida, mas sim boa vida que leva felicidade
    - - A crença no "Eu" como causa do pensamento
      - A crença em motivos conscientes das ações
    - - Criar ideais superficiais para justificar certo evento
        
        Todo momento criamos supostas causas para justificar o que sentimos e pensamos
        
        Recordamos de eventos semelhantes para justificar e prever um atual
        
        Resposta psicológica de Nietzsche
        
        Remontar algo desconhecido a algo conhecido nos alivia
        
        Nosso primeiro instinto é eliminar o desconhecido, pois é perigoso
        
        Qualquer explicação é melhor que nenhuma
      - Toda religião e moral é efeito desta causa imaginária
        
        Explicação para sanar a sensação desagradável de desconhecer
    - - O conceito de vontade própria foi criado para poder punir
        
        Homens foram considerados livres para poder puni-los
      - Ninguém da ao humano suas características, nem ele mesmo
  - - - Os dois estão a espera de uma utopia
    - - Falta o melhor quando egoísmo começa a faltar
      - O ser humano se encontra no fim quando se torna altruísta
        
        Em vez de você cuida de mim e eu de você, eu cuido de mim para você, e você cuida de si para mim
    - - Querendo-se escravos, é uma tolice educa-los para senhores
- - - - Judeus inverteram, os bons são os miseráveis, impotentes, medíocres, sofredores, doentes. Os nobres são os maus, cruéis, ímpios, pecadores, malditos.
        
        A mediocridade é tratada como uma escolha, desejo, mérito. Quando em realidade a mediocridade é efeito da impotência, preguiça e fraqueza.
        
        O medo é transformado em "humildade", sua preguiça e falta ação de "Paciência".
        
        A miséria é uma provação, um treino, que um dia será recompensado, com Jesus a moral dos medíocres se estabelece
        
        Quem é medíocre diz que "está melhor" que os poderosos, ou que um dia estará, o fraco é feliz o forte é infeliz
        
        Os medíocres e ressentidos chamam a inveja de "justiça", eles pregam a igualdade, querem nivelar os poderosos
        
        Para o rebanho, bom é o inofensivo, pacífico, aquele que se sacrifica
        
        O forte vê a contraposição de si ruim, o fraco vê contraposição de si como mau
        
        O escravo, acovardado pelos estímulos que vêm de fora, cegado pelo medo, não encontra saídas, fica paralisado, consegue apenas esboçar reações mecânicas, reflexos prosaicos, toscos e infrutíferos; não se sente digno de lutar.
        
        O escravo torna sua dor de ser impotente em ressentimento, mágoa, raiva de quem o superou.
        
        Ressentido se afunda mágoa, criando planos vingança imaginários, cria mundos
        
        O bom não é decorrência de algo, de algum efeito, de reconhecimento externo, ele é pura força que segue sua própria natureza. Por isso, muitas vezes, inspira medo nos outros.
        
        O Sim dos senhores nasce da ação, do prazer em viver uma vida ousada, cheia de riscos, vigor, energia, experimentação. Esta vida é percebida como uma ameaça para os escravos que, em face de sua debilidade, procuram um lugar seguro, onde possam se conservar, adaptar-se facilmente, descansar.
        
        A negação toma o primeiro plano, a manutenção do status quo, o medo da diferença, a repetição monótona, reprodução irracional, hábitos engessados, sedentários.
  - - - A justificação moral do castigo e a má consciência
        
        Gregos se utilizam Deuses para serem livres (Deus sexo, vinho...) Deus cristão é usado para reprimir toda liberdade
        
        Deuses gregos não se aborrecem homens, não existe "pecado"
        
        Má consciência
        
        “Consciência” da culpa, ressentimento, vontade de potência trancada dentro de si
        
        “"A vida na terra era mais alegre quando o homem não se envergonhava de sua crueldade e não tinha tanto medo e asco da dor."
        
        Nas comunidades “tribais” a geração posterior mantém com a anterior uma dívida
        
        Sacrificio de Jesus pela humanidade é golpe de mestre do Deus Hebreu
        
        Gera um dívida impagável
      - O castigo
        
        O homem se envergonha de seus instintos a fim de se tornar "anjo"
        
        Castigo veio do conceito de dívida, credor-devedor
        
        Ver-sofrer faz bem, fazer-sofrer mais bem ainda
        
        Trocar o dano e o desprazer por ele causado “por um extraordinário contraprazer: causar o sofrer"
        
        Castigo nasceu raiva a um dano sofrido, como filho
        
        A ideia de que alguém merece ser castigado pois poderia ter agido de outro modo é algo tardio
        
        Essa ideia veio depois, antigamente a dor era normal
        
        Não é capaz de transformar o indivíduo para melhor, serve apenas como vingança, o torna cada vez pior
        
        Criminoso não se sente culpado, pois o que ele faz, o estado faz em nome da "Justiça"
        
        Doma o homem mas não o torna melhor
  - - - Todo sofredor busca um culpado para entorpecer a dor, o sacerdote direciona culpa
      - O remédio ascético não cura doença, apenas remedia sua dor
        
        Sacerdote faz uso da culpa, o doente é o próprio culpado da dor, e a transforma em "pecado"
      - Ideal ascético apenas aceita sua interpretação, nega qualquer outra mais elaborada, acredita haver uma distância hierárquica que o distingui a ponto de não poder nem se quer o duvidar
      - Qual é o oposto do ideal ascético ? Não é a ciência, a ciência pressupõe valores para existir, a ciência apenas desmascara o ideal ascético, vai atrás de UMA verdade, como o cristianismo, na qual a verdade é Deus
      - A ciência também faz o homem se desprezar, no sentido de criar verdades absolutas, sem dar liberdade ao homem
      - A ciência não criar valores, ela usa de valores já pré estabelecidos
      - A verdade é um desejo de simplificar o mundo
    - - Mas é contra a vida, enaltece apenas uma forma de viver e nega todas as outras
- - - - O homem não sente arrependimento porque é livre e poderia ter feito diferente, mas sim porque ele acredita ser livre
      - Antigamente(Gregos e romanos) o suicidio era visto como algo nobre
      - A ideia de livre-arbitrio e homem responsável pelos seus atos é falsa
    - - É tolice esperar a melhora dos tolos. Faça de tolos os tolos, como deve ser
      - A opinião agradável é aceita como verdadeira
- - - - O senhor determina seus próprios valores, não necesita de aprovação. Avalia se algo é bom depende se aquele algo contribui para seu desenvolvimento
  - - - Colocou a razão científica acima do sobrenatural
        
        Colapso da crença no divino, também cria um colapso na ética baseada no divino.
        
        Sem autoridade, as pessoas fracas perdem a a sua base
  - - - Deixou de lançar livros com um publicador