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A verdade como ópio: racionalidade e racionalização in: O capitalismo…
A verdade como ópio: racionalidade e racionalização in: O capitalismo histório. Immanuel Wallerstein. 1985, p. 63
As múltiplas culturas, as múltiplas "tradições", que foresceram no interior das fronteiras espaço-temporais do capitalsimo histórico, eram tão primordiais quanto os múltiplos arcabouços instituicionais. (p. 64)
Havia aí elos entre as várias "tradições" e grupos e ideologias anteriores ao capitalismo histórico.
O reconhecimento de tais elos trans-históricos desempenhou um papel importante na coesão de grupos, nas suas lutas políico-econômicas no capitalismo histórico.
Se queremos entender as formas culturais assumidas por essas lutas, não podemos nos permitir tomar as "tradições! no seu valor ostensivo, e principalmente não podemos presumir quea as tradiçções são de fato tradicionais.
Para facilitar a acumulação de capital uma das questões-chave era a criação da força de trabalho nos lugares certos e aos níveis de remuneração o mais baixos possíveis.
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Há, e sempre houve, uma alta correção entre etnicidade e papel econômco-profissional, em todas as várias regiões espaço-temporais do cpaitalsimo histórico. (p. 65)
essas alocações da força de trabalho variaram no tempo, logo variaram também a etnicidade: nos termos das fronteiras e traçoes culturais definidores o grupo.
Sugere-se portanto que não há quase nenhuma correlação entre a locação da força de trabalho étnico atual e os padrões dos pretensos antecessores dos grupos étnicos atuais em períodos anteriores ao capitalismo histórico.
A etnicização da força de trabalho mundial realçou três coisas importantes para o funcioanmento da eocnomia-mundo: (p. 65)
Possibilitou a reprodução da força de trabalho (prover trabalhadores suficientes em cada categoria, a níveis adequdos de expectativa de renda)
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forneceu um mecanismo integrador de treinamento da força de trabalho, garantidndo que grande parte da socialização nas tarefas profissionais se realizasse no interiro dos espaços domésticos etnicamente definidos (e não às custas dos empregadores ou do Estado).
formou um dos pilares mais significativos do capitalismo histórico: o racismo institucional. O racismo serviu como mecanismo de controle mundial dos produtores diretos
a etnização arraigou a hierarquização dos papéis econômico-profissionais, fornecendo a todos um código simpres para a distribuição da renda total, revstido com a legitimação da "tradição"
O racismo no capitalismo histórico não tinha nada a ver com estrangeiros. O racismo era a forma como vários setores da força de trabalho na mesma estrutura econômica eram obrigados a se relacionar entre si.
O racismo é a jusficação ideológica para a hieraquização da força de trabalho e suas disttribuições encormente desiguais do rendimento.
o racismo é aquele conjunto asserções ideológicas combiando com aquele conjunto de práticas contínuas, que resultaram na manutenção, ao longo do tempo, de uma alta correlação entre etnicidade e alocação das força de trabalho
As asserções ideológicas davam-se sobre a forma de alegações supunham traços "culturais" genéticos e/ou de longa permanência de vários grupos.
As crenças de que certos grupos eram "superiores" a outros, em certas características relevantes para o desempenho na área econômica, sempre surgiu de fato depois, e não antes, da locação desses grupos na força de trabalho.
O racismo sempre foi post hoc. Considerava-se que os que erameconômica e politicamente oprimidos eram culturalmente "inferiores". (p. 66)
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o racismo funcionau como uma ideoloiga auto-repressora, modelando e limitando expectativas.
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serviu para manter os grupos alinhados em escalões inferiroes, e para utilizar os grupos de escalão médio como soldados não-pagos do sistema policial mundial. Desta forma:
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dificultava a capacidade dos grupos anti-sistema de mobilizarem amplas massas, colocando vitmais contra outras vítimas. (p. 67)
o racismo foi uma linha de demarcação básica, marcando os status relativos no sitema mundial como um todo. O estrato "branco" ou superior e nas "linhas coloridas" mundiais os europeus do sul, árabes, mestiços latino-americanos e asiáticos orientais. (p.67)
... se acrescenta o fato de que a divisão social do trabalho estava em constante desenvolviemnto, a identifciação étnico-racial transformou-se numa base profundamente instável para deliner a os limites entre os grupos sociais existentes. (p. 68)
o racismo foi da máxima importância para a constituição e reprodução de força de trabalho adequada, porém insuficente para a acumulação do capital.
O universalismo (p.68)
conceito: é um conjunto de crenças sobre o que é cognoscível, e como pode ser conhecido (p. 68).
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o universalismo serviu para dirigir as atividades da burguesia e de outros Estados e vários estratos mundiais para canais que maximizariam a íntima integraçaõ dos processo produtivos e o funcionamento regular do sistema interestatal de forma a facilitar a acumulação de capital. (p. 70)
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Constituição de um estrato intermediário (exigência do processo de racionalização): especialistas da racionalizção (adminstradores, técnicos, cientistas, educadores) (p.71)
Os fundos utilizados para sustentá-los forma retirados do excedente global extraídos pelos empresários e Estados.
A cultura científica tornou-se, então, o código fraterno dos acumuladores mundiais de captial. ( p.72)
Serviu primeiramente para justificar suas próprias atvidades e as rendas diferenciais com que se beneficiavam. ("igualdade de oporunidas" estreitamente definidas - oportunida e a acesso a escolas, etc.) ( p.72)
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A cultura científica foi uma forma de socialização dos diverso elementos que eram os quadors necessários de todas as estruturas institucionais. (p.72)
A cultura científica se tornou um meio de cosesão de classe para o estrato superior (um mecanismo flexível para a reprodução desses quadros)
A mobilidade individual (através da meritocracia) não ameaça a alocação hierárquica da força de trabalho e sim a reforçava.
a grande ênfase sobre a racionalidade da atvidaide científica era a máscra da irracionalidade da acumlação interminável. (p.72)
Posições antitéticas entre o universalismo e racismo, mas que caminham de mãos dadas (p. 72)
Universalimos: fechado, polariza, encarna o preconceito.
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Racionalisnmo: aberto, busca a igualdade, convida ao discurso racional. (p. 72)
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O nacinalismo também se apresenta dependente da ideologia universalista (zeladores das "tradições" nacionais). (p.75)
A contradição está no fato de que a unidade escolhida como veículo e recipiente da cultura tendia a ser o Estado, Era esse que investia numa cultura "nacional" e implicava inevitavelmente a represão e a reafirmação de sua continuidades e o mesmo que reforçava o capitalismo histórico como sistema mundial. (p. 75)
Uma visão comparativa das reafirmações culturais entre todos esses Estados mostra a tendência a uma idêntico conteúdo. (fonemas de língua, rituais e as teologias das religiões começaram a se diferenciarem menos)
Os movimentos anti-sistema serviram como intermediários culturais entre o poderoso e o fraca, anunado, mais que cristalizando, suas fontes de resistência produndamente arraigadas. (p.76) Pois os movimento tem uma aceitação tácita da epistemologia universalista. (p. 76)
Projeto Civilizatório: passa a questionar a existência de alternativas históricas baseadas em um sistema de infindável acumulação de capital. (p.77) Anouar Abdel-Malek
os movimentos recrutaram cada vez mais elementos econômica e politicamente mais marginais ao funcionamento do sistema e menos propensos a aproveitarem-se,do excedente acumulado.
Os partidário a partir de 1950 passaram a aumentar sua participação representando as minorias, mulheres foraça de trabalho...Tal mudança na base social só poderia alterar as preferências cultural-ideológicas dos movimentos anti-sistema mundiais. (p.77)
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