2: Codificação e Decodificação - Para que um programa televisivo seja codificado, é necessária uma infraestrutura técnica, como câmeras, microfones, ilhas de edição, enfim, um investimento de capital. Na decodificação, ocorre uma nova produção, em uma lógica específica. Um aparato que permite o acesso ao discurso significativo, como um aparelho de TV ou um computador.
3: Possibilidades de Decodificação: 1) Posição Hegemônica-Dominante: quando um sujeito decodifica um discurso de forma "direta e integral" nos termos do código referencial no qual ela foi codificada.
2) Posição do código de oposição: O público resiste aos significados que o texto gostaria de instaurar, decodificando "a mensagem de uma maneira globalmente contrária".
3) Posição do código negociado: esse modo de decodificar um discurso é composto a partir de "uma mistura de elementos de adaptação e oposição", já que o sujeito que decodifica "reconhece a legitimidade das definições hegemônicas para produzir as grandes significações.
4) Linguagem e naturalização dos códigos: É através da linguagem e de seus códigos que construímos o nosso conhecimento de mundo. Tornando invisível o processo de codificação. Não significa que ele não existe. E que existe um real fora de linguagem, ainda que seja constantemente mediado por ela.
5) Conotação e Denotação: É no nível conotativo do signo que as ideologias alteram e transformam a significação. A denotação não está fora da ideologia: o que acontece é que seu valor ideológico está fortemente fixado; tornou-se universal e "natural".
6) Ordem cultural dominante: Existem sentidos dominantes ou preferenciais em uma cultura que configuram os mapas de sentido de um contexto social. Esses sentidos estão inscritos nos discursos, de modo que a análise destes pode revelar ideologias dominantes em uma sociedade.