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O marinheiro - Fernando Pessoa - Coggle Diagram
O marinheiro - Fernando Pessoa
Fernando Pessoa (Lisboa, 1888-1935)
Modernismo português
Revista Orfeu (1915), publicação de o marinheiro
1913 - Paulismo: simbolismo + modernismo. significa pantano, sombrio e estagnado. Pscicologia ( Portugal como centro cultural e reflexivo)
Interação entre Portuguese e brasileiros
Poeta dos heterônimos
Vários poetas com suas histórias próprias, personalidades e biografias. Cada um com seu estilo literário, debatem e conversam entre si.
Ortônimo: ele mesmo (mensagem e O marinheiro)
O marinheiro
Peça de teatro
Gênero dramático - ação direta das personagens, existe um problema
Texto principal: fala. Secundário/didascália: como atuar (comentários no roteiro)
A ação acontece diante dos olhos do publico. Não há foco narrativo
Teatro estático :
O enredo dramático nao apresenta ação. Nao ocorre deslocamento, não há conflito e nem enredo efetivo
Objetivo: revelação das almas através das palavras (analise pscicológica por meio da reflexão entre as personagens), aproximação do gênero lírico
revelação de uma pscicologia, depois a libertação pelos heterônimos
Heterônimos; teatro na vida real
Obra diegética: os elementos são simbólicos
Enredo
Abertura: num castelo antigo ocorre o velório de uma mulher. Há uma janela a direita, alta e estreita, longe dois morros e o mar. Há 3 donzelas, uma sentada na janela e outras 2 de cada lado da janela. é de noite. Quarto circular.
as mulheres se tratam como irmãs. Elas não tem personalidades definidas. Diálogos não relacionados. incertezas e indefinições. Muitos paradoxos.
A segunda veladora conta um sonho que teve com um marinheiro. Ele naufraga em uma ilha deserta. Ele começa a imaginar um mundo com detalhes, até confundir o mundo criado com o mundo real.
O marinheiro é um DEMIURGO: na filosofia platônica é aquele que cria um universo a sua própria vontade. É Deus, cria sua própria lógica. Mas, como se confunde com sua imaginação, ele é um demiurgo fracassado.
Desespero das veladoras pela continuação do sonho, mas a segunda não se lembra. Perguntas sobre o depois e a continuação das coisas.
Amanhece, elas ficam em silêncio. Barulho de carro. Acaba.
Resoluções
A mulher está morta pq a vida para de fazer sentido. A reflexão a dissocia nas 3 veladoras , que não chegam a nenhuma conclusão. "São 3 a escutar". Todas são uma só?
Ela morreu pq está se livrando de uma vida que nao tinha sentido. As reflexões a transformam
As personagens estão na frente do vazio de ser, mas a vida continua.
O marinheiro controi o mundo, mas nao as alcançam
O amanhecer: deve-se agir mesmo sem saber o que vai acontecer. O vazio metafísico não deve te paralisar.
Quais são os parâmetros que regem as ações humanas? EXISTENCIALISMO
A morte é não pertencer o vazio, A vida á despertar para a responsabilidade diante dos próprios erros e ações.
As tres moiras gregas: controlam o destino. A primeira é a do nascimento, a que tem mais duvidas. A segunda é aquela que roda a vida, aquela que conta a história. A terceira é a que mata, é a que pede silencio e termina a peça. Ajudam os heróis a sair do Tártaro. A heroína é a morta? Descobrir o vazio é sair da morte e ir a uma vida responsávl? O clima é sombrio porque a verdade é dolorosa e sombria
O quarto é um circulo porque a manutenção desse pensamento só é quebrada pela janela, sair e se libertar. O marinheiro as libertou da morte, o rompimento do ciclo. A possibilidade de navegar sozinho, transcender a minha realidade.
Temas:
dificuldade em definir-se, de contar o passado
Dificuldade em definir o tempo, objetos e sentimentos
Os problemas das veladoras:
Vazio existencial
Não dominam o tempo, o discurso, nem a si mesmas
Os mitos que falham, ausência de certezas.
Terror metafísico
Como eu me sinto diante da impossibilidade de explicar a vida de modo seguro e verdadeiro? e se as minhas explicações estiverem erradas? O medo do não sentido na vida e da existência.
A única reação possível é a tristeza?
Dissociação do sujeito com a continuidade da vida