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PROBLEMA 3 (ZIKA (Diagnóstico (Clínico-epidemiológica, exceto: (Grávidas…
PROBLEMA 3
STORCH
Sífilis
Epidemio e transmissão
Via transplacentária (placenta, cordão umbilica, membranas e fluido amniótico) X Durante o parto
Fases 1ª e 2ª: 70 a 100% de risco de transmissão
Fases tardias (latente tardia e 3ª): 30%
Incidência no BR: 6,8 casos/1000 nascidos vivos
Rara a transmissão pelo contato c/ lesão genital ou mamária
Não ocorre transmissão pelo leite materno, a não ser que haja lesão na mama
Etiopatogenia
Treponema pallidum
(bactéria)
QC e complicações
Sífilis congênita precoce
Até os 2 anos
Achados inespecíficos: RCIU, hepatoesplenomegalia
Lesões cutaneomucosas: exantema maculopapular; pênfigo palmoplantar, fissuras radiadas periorificiais, condiloma plano anogenital, rinite serossanguinolenta
Lesões ósseas: periostite, osteíte, osteocondrite metafisária, pseudoparalisia de Parrot
Anemia e plaquetopenia
Sífilis congênita tardia
Após os 2 anos
Neurológicos: surdez, retardo mental, hidrocefalia
Lesões ósseas: fronte olímpica, nariz em sela, tíbia em lâmina de sabre, artropatia de Clutton
Tríade de Hutchinson: dentes de Hutchinson + ceratite intersticial + lesão do VIII par
Diagnóstico
Na gravidez
Teste não treponêmico (VDRL)
Teste treponêmico p/ confirmar (TPHA, FTA-Abs, ELISA)
No RN
Clínica
EC: hemograma completo, função hepática, RX de ossos longos, VDRL em sangue periférico e LCR (celularidade, proteinorraquia e VDRL)
Avaliação oftamológica e audiológica
Em suspeita de infecção congênita, compara-se os títulos da mãe e do RN, confirmando-a qnd os títulos do RN forem maiores do que os da mãe em, no mínimo, 4 diluições
TTO
Gestante
Penicilina benzatina
OU Ceftriaxone
Depende do estágio clínico da sífilis
Sempre tratar parceiros de acordo c/ estágio clínico
Seguimento: clínica + VDRL mensal
RN
Fluxograma
Isaolamento de contato nas primeiras 24h de tto (devido às lesões cutâneomucosas altamente infectantes)
Seguimento:verificar os testes sorológicos a cada 2-3 meses após o tto, até que sejam atingidos 2 títulos negativos c/ intervalo mínimo de 30 a 40 dias entre eles
(títulos estáveis ou elevados em 4x, sugerem falha terapêutica e a criança deve ser reavaliada e tratada)
Se o LCR esteve alterado no início do tto: repetir LCR 3 a 6 meses após o final do tto. Se persistir, reavaliar clínica, laboratorial e terapêutica
Outras avaliações: fundoscopia, neurológico e acuidade auditiva a cada 6 meses e até os 2 anos ou mais, se necessário
Profilaxia
Prevenção
Ações de prevenção de ISTs + Identificação e tto de gestantes infectadas (sorologias 1º e 3º trim e no momento do parto) + Prevenção de reinfecção
Toxoplasmose
Epidemio e transmissão
A transmissão se dá por infecção aguda durante a gestação ou pela reativação em imunodecientes ou reinfecção
Risco de transmissão: 1º trim (17%), 2º trim (25%), 3º trim (65%)
Gravidade: 1º trim (grave) e 3º trim (leve ou assintomática)
Etiopatogenia
Toxoplasma gondii
QC e complicações
RN
Assintomático (85%)
Prematuridade
Alteração liquórica: pleocitose, hiperproteinorraquia
RCIU
Cicatrizes de retinocoroidite
Sintomático (15%)
Tríade de Sabin: calcificações intracranianas difusas + Retinocoroidite + Hidrocefalia
Sequelas
Retinocoroidite
Retardo mental, crises convulsivas, alterações motoras, surdez neurosensorial
Hipotireoidismo, D. insipidus, deficiência de GH e puberdade precoce
Diagnóstico
Triagem pré-natal
1º e 3º trim
IgM e IgG e índice de avidez de IgG
USG obstétrico
No RN
Sorologia p/ IgM e IgA OU acompanhamento periódico dos títulos de IgG durante 1 anos
ECs
Hemograma completo
Função hepática
LCR (Ig/m +, eosinofilia e hiperproteinorraquia)
USG transfontanela e/ou TC crânio
Fundo de olho
PEATE
Comprovada
Soroconversão gestacional
Detecção DNA toxoplasma em líquido amniótico
Provável
IgG + e IgM + c/ baixo índice de avidez
Aumento progressivo nos títulos IgG e IgM
IgM + e história clínica sugestiva toxogestacional
Improvável
IgG + e IgM + ou - c/ índice de avidez alto (colhido antes de 12 sem de gestação)
Ausente
IgG- e IgM - durante a gestação
IgG + antes da gestação
IgM + s/ IgG
TTO
Infecção aguda gestacional
Espiramicina
Início: primeiras 3 sem de infecção aguda
Manter até o final da gestação
Reduz transmissão vertical
Toxo fetal
Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác. folínico (pela mãe)
Toxo congênito
TTO durante 1 ano (geralmente, nenhum tto é recomendado após 12 meses de idade, exceto se reativação de doença ocular)
Prevenção de neutropenia c/ ác folínico + hemogramas (semanal nos primeiros 2 meses; bissemanal de 2 a 4 meses; mensal até o final do tto)
Predinisona se retinocoroidite ou hiperpoteinorraquia
Acompanhamento
Crianças assintomáticas e não ttdas: IgG a cada 2 meses
Crianças ttdas: oftalmo semestral até idades escolar, e anual pelo resto da vida
Prevenção
Testes sorológicos antes e durante a gestação
Prevenção primária e periodicidade dos testes p/ gestantes c/ sorologia negativa
Identificar e tratar os casos agudos de toxo gestacional
Dx e tto da infecção fetal e do RN
Rubéola
Epidemio e transmissão
Qnt mais precoce a contaminação materna, maior a probabilidade de defeitos congênitos (< 10 sem: mais arriscado!)
Gestante c/ rubéola aguda > Transmissão placentária após 5-7 dias de infecção
Após 16ª sem: raros defeitos congênitos
Etiopatogenia
Togavírus; família togaviridae; gênero rubivirus
QC e complicações
Óbito fetal/aborto
Tríade clássica: catarata + alterações cardíacas (persistência do canal arterial c/ sopro em maquinária) + surdez neurossensorial
Glaucoma tbm pode ocorrer
Estenose de artéria pulmonar ou da valva pulmonar
Exantema em blueberry muffin
Meningoencefalite
Pneumonia intersticial, hepatite, estrias lineares ósseas, atraso no crescimento
Achados tardios: DM, hipotireoidismo e autismo
Diagnóstico
História ou suspeita de rubéola em qlqr momento da gestação
Suspeita clínica de infecção congênita
Reflexo vermelho alterado
Triagem auditiva alterada
(PEATE)
Sempre solicitar ECO
Sorologia: IgM sangue RN, persistência IgG elevado em títulos maiores que IgG materna
PCR viral em secreções
Solicitar: hemograma, RX de ossos longos, ecocardiografia, imagem do SNC e avaliação audiométrica
TTO
Não há TTO específico
Suporte cardiológico, audiológico, oftalmológico e neurológico
Precaução de contato até 1 ano de idade (devido a excreção viral)
Prevenção
Vacina aos 12 meses
(tríplice viral - rubéola, caxumba e sarampo)
Profilaxia
Vacinação em mulheres em idade fértil
Afastar gestantes de crianças c/ suspeita de rubéola
Não existe comprovação de proteção fetal c/ uso de imunoglobina em gestantes expostas à doença
CMV
Epidemio e transmissão
Gestantes previamente imunes podem transmitir infecção p/ o feto!
Transmissão vertical: intrauterina (congênita), perinatal (intraparto [secreção vaginal momento do parto] ou pós-natal precoce [aleitamento])
Etiopatogenia
Citomegalovírus
; família herpesviridae
Secreções infectadas
Latência: pode evoluir p/ infecção secundária por reativação ou reinfecção
QC e complicações (congênita)
Asisntomático (90%)
Sintomático (10%)
RCIU
Hepatoesplenomegalia e icterícia
Petéquias
Microcefalia
Calcificações intracranianas periventriculares
Coriorretinite
Surdez neurossensorial (CMV é a causa mais frequente)
Diagnóstico
Isolamento viral em cultura de fibroblastos humanos
(urina e saliva)
Sorologia tem baixa sensibilidade e especificidade
PCR em secreções (urina e saliva)
ECs: LCR, TC de crânio e/ou USG transfontanela, PEATE (ao nascimento, c/ 3 e 6 meses, semestral até 3 anos, audiometria até os 6 anos)
A presença de CMV na urina (virúria) e/ou na saliva do RN nas primeiras 3 sem de vida, detectada por isolamento viral ou PCR, é considerada marcador definitivo de infecção
congênita
pelo CMV
TTO
Infecção congênita confirmada e sintomática c/ envolvimento neurológico
Ganciclovir ou Valganciclovir por 6 sem (EA: neutropenia)
Infecção perinatal se sintomática grave
Ganciclovir ou Valganciclovir por 2 a 3 sem (EA: neutropenia)
Profilaxia
Difícil e não existe tto eficaz na gestação
Lavar as mãos após contato c/ urina e saliva de crianças < 3 meses
Preservativo
Herpes
Epidemio e transmissão
Transmissão intrauterina (congênita): rara. Ocorre qnd há viremia materna ou infecção ascendente do trato genital
Transmissão perinatal (85%): trato genital materno infectado durante o parto
Transmissão pós-natal (10%): contato c/ cuidador infectado
Etiopatogenia
Vírus
Herpes-simplex
(VHS) dos tipos I e II
VHS I: lesões labiais
VHS II: lesões genitais
QC e complicações
Intrauterina
Quadro grave: hidropsia e morte
Lesões de pele, lesões oculares, microcefalia e hidrocefalia
Infecção placentária: infarto, necrose, calcificações
Perinatal
Doença localizada em pele, olhos e boca
Primeiras 2 sem de vida
Pele: vesículas sobre base eritematosa
Olhos: ceratoconjuntivite, retinocoroidite, úlcera da córnea, catarata e atrofia óptica
Boca: úlceras em boca, palato e língua
Doença localizada do SNC
2ª a 3ª semana de vida
Convulsões, letargia/irritabilidade, tremores, recusa alimentar e fontanela anterior tensa
LCR: pleocitose c/ predomínio de mononucleares, glicose baixa e proteína elevada
EEG: descargas epileptiformes focais ou multifocais
Doença disseminada
1ª sem de vida
A mais grave e comum (50 a 70%)!
Mais da metade não apresenta lesões cutâneas :arrow_right: erros no dx
Acometimento de múltiplo órgãos: vômitos, anorexia, irritabilidade, desconforto respiratório, convulsões, icterícia, hepatoesplenomegalia e petéquias
Meningoencefalite grave, líquor c/ pleocitose e proteínas aumentadas
Geralmente, o RN só se torna sintomático no final da 1ª sem ou início da 2ª sem de vida, pois o vírus necessita replicar-se
Diagnóstico
PCR viral (sangue e líquor ou lesões de pele e mucosa)
LCR:glicose pouco diminuída, celularidade aumentada e hiperproteinorraquia
Hemograma: neutropenia e queda de plaquetas. Transaminases e bilirrubinas elevadas
TTO
Isolamento de contato + Aciclovir EV por 14-21 dias
Prevenção
Profilaxia
Gestantes c/ infecções genitais ativas
Terapia antiviral materna
Cesárea até 4h após rompimento das membranas
Lactantes c/ lesões herpéticas na mama
Não amamentar e cobrir lesões p/ evitar contaminação do RN
HIV
Profilaxia
Vertical
Zidovudina EV durante o trabalho do parto
RN deve receber Zidovudina VO nas primeiras 4h de vida
Suspensão do aleitamento materno
Escolha da via de parto
Parto vaginal
Gestante em TARV adequada + CV indetectável
Parto cesárea
Gestante c/ CV desconhecida ou > 1000 cópias/ml após 34 sem de gestação: cesárea eletiva na 38ª sem
Epidemio e transmissão
Periparto (75%)
Gestação (25%) - 3º trim
QC e complicações
Geralmente assintomática
Rápida progressão devido a imaturidade imunológica
Infecções oportunistas mesmo qnd TCD normal
Progressão
Rápida
20 a 30% das crianças não tratadas
Evolução p/ quadros graves no 1º ano e morte antes dos 4 anos
Início: sinais e sintomas inespecíficos (dificuldade em ganhar peso, febre, adenomegalia, hepatoesplenomegalia, anemia, plaquetopenia, diarreia prolongada, infecções de repetição, candidíase oral, anormalidades neurológicas)
Infecções oportunistas qnd imunodeficiência grave
Normal
70 a 80% dos casos
Sintomas iniciam na idade escolar
Sobrevida de 9 a 10 anos
Lenta
< 5% dos casos
Progressão mínima ou nula da doença
Contagem de LTCD4 normal até o início da adolescência
Etiopatogenia
Diagnóstico
Quantificação de carga viral
1º teste c/ 4 semanas de idade
:heavy_minus_sign:
2º teste c/ 12 sem de idade
:heavy_minus_sign:
Sorologia c/ 18 meses
:heavy_minus_sign:
1 more item...
:heavy_plus_sign:
1 more item...
2 resultados :heavy_plus_sign:
Criança infectada pelo HIV
Sorologia é inútil até os 18 meses
TTO do RN
Zidovudina
P/ os filho de gestantes HIV+, iniciado até as primeiras 4h de vida e mantido até as 4 primeiras sem de vida
Nevirapina
P/ os neonatos filhos de gestantes HIV+ que não usaram TARV na gestação OU nas gestantes c/ CV > ou = 1000 cópias OU CV desconhecida no 3º trim
ZIKA
Epidemio e transmissão
Transmitido pela picada de A. aegypti :female_sign:
Transmissão vertical (transplacentária), sexual e transfusão
Foi isolado no leite materno em forma inativa
47 países americanos c/ casos de transmissão vertical
Etiopatogenia
Arbovírus ZIKV, gênero Flavivirus
1 sorotipo
Linhagens africana e asiática (América)
Tropismo pelo SNC
QC e complicações
Quadro clássico
80% dos infectados: assintomático ou oligossintomáticos
Exantema de início precoce (1º ou 2º dia), de evolução cranio-caudal, disseminada e acompanhado de intenso prurido
Dor nas articulações de intensidade leve a moderada, c/ edema em pequenas articulações de mãos e pés
Cura em 3 a 7 dias, c/ artralgia por 1 mês
20% dos infectados: sintomas leves
Febre baixa (<38,5°C) que dura < 2 dias
Exantema, prurido, mialgia leve, artralgia, conjuntivite não purulenta
Complicações
Síndromes neurológicas associadas: SGB e ADEM
Síndrome congênita pelo Zika (SCZ)
Microcefalia
Presença de calcificação, dilatação ventricular, atrofia cerebral, lisencefalia
Aborto, natimorto
Desproporção craniofacial
Paralisia cerebral c/ espasticidade e movimentos extrapiramidais
Irritabilidade, crises convulsivas
Disfunção de TE: distúrbios de deglutição e respiração
Contratura dos membros (artrogripose)
Anormalidades oculares e auditivas
Diagnóstico
PCR do sangue ou soro (3º ao 5º dia de doença)
LCR
Líquido amniótico
IgG e IgM a partir do 6º dia
Clínico-epidemiológica, exceto:
Grávidas c/ QC suspeito, RN c/ microcefalia ou malformações e quadros neurológicos condizentes a complicações por zika (pedir laboratório)
Teste rápido IgM/IgG;
Sorologia IgM e IgG;
PCR p/ RNA viral
US-TF ou TC de crânio se RN c/ microcefalia ou outras anomalias congênitas
Fundoscopia
TGO, TGP, bilirrubina, ureia e creatinina, LDH, PCR e ferritina
TTO
Sintomático (paracetamol ou dipirona); anti-histamínico p/ prurido
Terapias de suporte e reabilitação
Profilaxia
Prevenção
Eliminação dos criadouros
Repelentes
Controle vetorial
O MS recomenda que casais que desejam a concepção aguardem 6 meses após os sinais/sintomas se o infectado for o homem e 8 semanas após os sinais/sintomas se a infectada for a mulher
Auxílios oferecidos pelo governo p/ famílias c/ crianças c/ microcefalia