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Terapêutica antimicrobiana na cirurgia (Destruição das Paredes Celulares…
Terapêutica antimicrobiana na cirurgia
Antibioticoterapia pode ser profilática ou terapêutica
A
terapia antibiótica profilática
deve ser usada quando existe um risco significativo de infecção, ou quando a infecção seria catastrófica
A escolha dos
antibióticos terapêuticos
, idealmente, deve se basear nos resultados da cultura e susceptibilidade
A seleção inicial é tipicamente baseada na flora esperada com alterações posteriores com base na resposta clínica
Terapia antibiótica bem-sucedida requer uma redução do número de bactérias até o ponto em que as defesas do hospedeiro sejam efetivas
Com a competente defesa do hospedeiro, são adequados os agentes bacteriostáticos
(Retardam a síntese de proteína ou impedem a replicação bacteriana)
As concentrações bactericidas de antibióticos são mais desejáveis quando as defesas do hospedeiro tiverem sido comprometidas, tanto diretamente quanto por causa de fatores deletérios da ferida
(p. ex., existência de coágulos de sangue, tecido isquêmico, acúmulo de líquido ou material estranho)
Destruição das Paredes Celulares da Bactéria
Inibem a síntese ou promovem a destruição das paredes bacterianas:
Antibióticos com anel β-lactâmico
(p. ex., penicilinas, cefalosporinas, carbapenemos e monobacilar)
Vancomicina
Bacitracina
Polimixina
Medicamentos antifúngicos:
Nistatina, anfotericina B e os imidazois
β-lactâmicos tendem a ser bactericidas
Aminopenicilinas (i.e., amoxicilina, ampicilina)
são eficazes contra diversos microrganismos aeróbios Gram-positivos e alguns anaeróbios Gram-positivos e Gram-negativos
As carboxipenicilinas (p. ex., ticarcilina)
têm melhores Gram negativas e espectros anaeróbios do que as aminopenicilinas
As ureidopenicilinas (p. ex., piperacilina, mezlocilina) têm os melhores espectros Gram-negativos de todas as penicilinas
As penicilinas são “dependentes do tempo”
Administrar os fármacos com uma frequência suficiente para que sejam mantidas por 80% do intervalo de tratamento
As cefalosporinas
são geralmente mais eficientes que as penicilinas contra bactérias Gram-negativas (p. ex., Enterobacte riaceae)
A maioria apresenta baixa eficácia contra os anaeróbios (a cefoxitina é uma exceção)
Primeira geração são eficientes contra a maioria dos organismos Gram-positivos e alguns organismos Gram-negativos
Segunda geração apresentam maior atividade contra bactérias Gram-negativas e anaeróbios. Não apresentam eficácia contra Gram-positivos
Terceira geração são altamente eficazes contra 90% das bactérias Gram negativas. São menos eficientes contra organismos Gram-positivos
O ceftiofur é uma cefalosporina de terceira geração com atividade antibacteriana prolongada porque seu principal metabólito é ativo
Cefovecina é um injetável, repositol cefalosporina desenvolvido para o tratamento de bactérias Gram-positivas, que mantém as concentrações terapêuticas no sangue (dependendo das bactérias a serem tratadas), durante 7 a 14 dias após injeção subcutânea
O imipenem e aztreonam
são β-lactâmicos. São tão eficazes contra os organismos Gram-negativos como aminoglicosídeos, mas não são nefrotóxicas
Inibição da Síntese de Proteínas
Cloranfenicol
tem atividade de amplo espectro tem baixa atividade contra Pseudomonas spp
Altamente lipofílica e facilmente entra na maioria dos tecidos (p. ex., CNS, próstata, olho)
Embora seja considerado um fármaco bacteriostático, cloranfenicol pode ser bactericida em altas concentrações
As tetraciclinas (p. ex., tetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina, minociclina)
são eficazes contra diversas bactérias Gram-positivas e Gram-negativas
Produtos contendo tetraciclinas com quelato de cálcio interferem com a absorção oral
As tetraciclinas são cáusticas, sendo importante que o paciente beba água imediatamente após deglutir. Caso contrário, o comprimido pode se alojar no esôfago e causar esofagite ou estenose (especialmente em gatos)
A azitromicina
é ativa contra bactérias aeróbicas e as anaeróbicas A substância atinge concentrações teciduaisextremamente altas, sendo necessário administrá-la apenas uma vez ao dia
A clindamicina
um derivado semissintético da lincomicina, possui um espectro limitado de atividade em comparação com a eritromicina (família da azitromicina)
Geralmente é utilizada para o tratamento de infecções resistentes à penicilina e eritromicina ou em pacientes que não toleram essas medicações
Os aminoglicosídeos (p. ex., amicacina, gentamicina, canamicina, neomicina, netilmicina, tobramicina)
são efetivos contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e apresentam um efeito sinérgico com os antibióticos β-lactâmicos
Apresentam uma distribuição limitada nos líquidos extracelular e cefalorraquidiano
São “dependentes da concentração".podem ser administrados em doses mais elevadas em intervalos maiores (p. ex., 1 vez ao dia)
Desidratação, perda de eletrólitos, doença renal preexistente e uso concomitante de outras substâncias nefrotóxicas aumentam a nefrotoxicidade deles
Um fármaco β-lactâmico nunca deve ser misturado na mesma seringa, frasco ou linha intravenosa (IV) com um aminoglicosídeo
Inativa uma ou ambas as substâncias
As fluoroquinolonas (p. ex., enrofloxacina, difloxacina, ciprofloxacina, ofloxacina, marbofloxacina) as sulfas potencializadas (p. ex., trimetoprim-sulfa)
Elas são bactericidas velozes e têm sido historicamente eficazes para infecções nos tecidos moles, pneumonia, osteomielite e infecções do trato urinário causadas por organismos Gram-negativos e estafilococos
Apresentam uma efetividade variável contra cocos Gram-positivos
A dose de enrofloxacina varia conforme o tecido-alvo
Tal como os aminoglicosídeos, as quinolonas são dependentes da concentração
Quando administrada IV, a enrofloxacina deve ser dada lentamente em uma solução diluída ou o paciente poderá experimentar morbidade ou até mesmo morte
A ciprofloxacina oral é mais barata que a enrofloxacina, mas apresenta uma biodisponibilidade menor em cães (aproximadamente 30% a 40%)
Esse antibiótico é, portanto, administrado em doses abaixo do necessário, quando dado em cães
A terapia de combinação é menos suscetível em permitir o desenvolvimento de estirpes resistentes
O metronidazol é muito eficaz contra a maioria das bactérias anaeróbicas. Ele penetra facilmente na maioria dos tecidos corporais
“MEDICAMENTOS DE ÚLTIMO RECURSO”
Incluem:
Vancomicina
Oxazolidinona linezolida
Combinação de estreptograminas dalfopristina
Quinupristina
Tigeciclina
Daptomicina lipopéptido
Moxifloxacina, e quarta e quinta gerações de cefalosporinas
CAUSAS DA FALHA ANTIBIÓTICA E MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA
Fatores que contribuem para o insucesso dos antibióticos incluem:
Dose inadequada (i.e., excessiva ou abaixo do ideal)
Frequência, via de administração ou duração de tratamento inadequado
Seleção de antibiótico inapropriado
Persistência da causa da infecção (i.e., corpo estranho ou implante)
Incapacidade do antibiótico para atingir o tecido-alvo em doses suficientes (p. ex., atravessar a barreira sangue-cérebro)
Resistência aos antibióticos pela bactéria
imunidade do hospedeiro diminuída
Farmacocinética da substância, reações medicamentosas
Antagonismo aos antibióticos e diagnósticos incorretos (i.e., doenças virais ou corpos estranhos)
Os patógenos geralmente responsáveis pela infecção da ferida pós operatória em pequenos pacientes cirúrgicos são Estafilococos spp (especialmente coagulase-positiva S. aureus), E. coli e Pasteurella spp. (especialmente em gatos)
Antibióticos profiláticos intravenosos devem ser administrados entre 30 min a 1 h antes da primeira incisão cirúrgica e, idealmente, devem ser interrompidos no final do procedimento cirúrgico, ou pelo menos em até 24 h após
Vias de administração de antibióticos
Intravenosa; pode repetir a cada 1,5 a 2 horas, dependendo da duração da cirurgia
O sucesso da terapia antibiótica inicialmente é determinado pela observação da resposta do paciente por um mínimo de 2 a 3 dias
Duração da administração do antibiótico
Duração depende do efeito antibiótico, a toxicidade e disfunção a ser tratada; administre pelo menos 2 a 3 dias após a aparente resolução da infecção.