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Tratamento de feridas III (CONTROLE DE FERIMENTOS ABERTOS OU SUPERFICIAIS…
Tratamento de feridas III
CONTROLE DE FERIMENTOS ABERTOS OU SUPERFICIAIS
Os ferimentos devem ser cobertos com uma bandagem limpa e seca imediatamente após a lesão
Ou quando o animal for trazido para o tratamento, para impedir a contaminação adicional e a hemorragia
O ferimento deve ser avaliado e classificado como contaminado ou infeccionado
E como um ferimento de abrasão, laceração, avulsão, punção, esmagamento ou queimadura
O “período de ouro” são as primeiras 6–8 horas entre a contaminação do ferimento no momento da lesão e a multiplicação bacteriana acima de 10³.10² CFU por grama de tecido
Quando os números bacterianos excedem esse valor por grama de tecido ferimentos são classificados como contaminados
Ferimentos infeccionados são cobertos por um exsudato grosso e viscoso
Deve-se depilar e preparar assepticamente a área ao redor do ferimento
Realizar cultura do ferimento
Desbridar tecido morto e remover debris estranhos do ferimento
Lavar completamente a ferida e fornecer drenagem da ferida
Realizar o fechamento adequado da ferida
Os pelos podem ser cortados da margem do ferimento com uma tesoura mergulhada em óleo mineral para impedir que eles caiam dentro do ferimento
Ferimentos com menos de 6–8 horas de ocorridos, com trauma e contaminação mínimos são tratados por lavagem, desbridamento e fechamento primário
Os ferimentos de penetração não devem ser primeiramente apostos (fechados) sem exploração cirúrgica
Os ferimentos severamente traumatizados ou contaminados, com mais de 6–8 horas ou infeccionados devem ser tratados como abertos
Para possibilitar o desbridamento e a redução do número de bactérias
Alguns ferimentos cicatrizam pela contração e a epitelização (cicatrização por intenção secundária) sem necessitar de coaptação cirúrgica
Esfregaços de povidona-iodo ou gluconato de clorexidina para a pele são usados para preparar a pele limpa
O álcool deve ser usado apenas na pele intacta
O controle inicial do ferimento começa com uma lavagem copiosa usando uma seleção de eletrólitos morna e balanceada, soro fisiológico estéril ou água da torneira
(O soro fisiológico isotônico estéril ou uma solução de eletrólitos balanceada [lactato de Ringer] são ideais)
A água da torneira é eficiente e menos prejudicial que a água destilada ou estéril, mas causa um dano hipotônico ao tecido (inchaço celular e mitocondrial)
Antibióticos ou antissépticos (p. ex., clorexidina ou povidona-iodo) na solução de lavagem reduzem os números de bactérias; no entanto, mas podem danificar o tecido
A lavagem é preferível a esfregar o ferimento com esponja
As bactérias são efetivamente removidas da superfície do ferimento pela lavagem de alta pressão
Saco de um litro de líquido dentro de um manguito pressurizado e agulha calibre 18
Desbridamento
Desbridamento envolve a remoção de tecido morto ou danificado, corpos estranhos e microrganismos que comprometem os mecanismos de defesa locais e atrasam a cicatrização
O objetivo é obter margens e leito limpos e frescos no ferimento para o fechamento primário ou atrasado
O tecido desvitalizado é removido pela excisão cirúrgica, mecanismos autolíticos enzimas e bandagens secas-úmidas ou métodos biocirúrgicos
Desbridamento cirúrgico
Isso pode ser feito pela dissecção aguda, eletrocirurgia ou laser
O desbridamento extensivo do tecido subcutâneo deve ser evitado, porque pode atrasar a cicatrização do ferimento
(Particularmente nos gatos)
Como alternativa, o ferimento inteiro pode ser excisado em bloco se um tecido suficiente saudável cercar o ferimento e as estruturas vitais puderem ser preservadas
O desbridamento cirúrgico do tecido obviamente desvitalizado é frequentemente combinado com o desbridamento autolítico
Depois do desbridamento cirúrgico, os ferimentos são frequentemente tratados como ferimentos abertos com curativos hidrófilos e bandagens
O ferimento deve ser fechado quando parecer saudável, ou quando um leito de tecido de granulação saudável se formou
Desbridamento
Autolítico
É realizado por meio da criação de um ambiente úmido do ferimento, para permitir que enzimas endógenas dissolvam o tecido inviável
Frequentemente ele é preferível ao desbridamento cirúrgico ou de bandagem nos ferimentos com tecido de viabilidade questionável
Pois é altamente seletivo para o tecido desvitalizado e acentuadamente menos doloroso que outros métodos de desbridamento
É um processo muito mais lento que os outros
É realizado com bandagens hidrófilas, oclusivas ou semioclusivas, que permitem que o fluido do ferimento permaneça em contato com o tecido inviável
Desbridamento com bandagem (mecânico)
Curativos que são deixados para secar no ferimento, como as bandagens úmidas-secas ou secas-secas aderem à superfície do ferimento e puxam os detritos e removem as camadas superficiais do leito do ferimento quando removidos
Curativos úmidos-secos também fornecem proteção e cobertura adequadas para o ferimento conservam um ambiente úmido e absorvem quantidades moderadas de exsudato
São mais eficientes nas primeiras fases da cicatrização do ferimento ou no controle da infecção
O desbridamento é doloroso e não é seletivo
Desbridamento enzimático
São usados como auxílio para a lavagem e o desbridamento cirúrgico do ferimento
São benéficos para os pacientes que apresentam alto risco anestésico ou quando o desbridamento cirúrgico pode danificar os tecidos saudáveis necessários para a reconstrução
Os agentes enzimáticos decompõem o tecido necrótico e liquefazem o coágulo e a biopelícula bacteriana
Permitindo:
Contato melhor do antibiótico com os ferimentos
Exposição aprimorada para o desenvolvimento da imunidade celular e humoral
Eles não danificam os tecidos vivos se forem usados adequadamente
Desbridamento biocirúrgico
A terapia com as larvas da mosca varejeira (
Lucilia sericata
), desbrida os ferimentos à medida que as larvas excretam enzimas para o ferimento
Elas precisam de uma temperatura ideal, suprimento de oxigênio e um ferimento úmido
A terapia com larvas é mais adequada para ferimentos necróticos, infeccionados ou crônicos que não cicatrizam
São aplicadas ao ferimento em uma densidade de 5–8 por centímetro quadrado
Larvas são normalmente aplicadas por dois ciclos de 48 horas a cada semana
SOLUÇÕES DE LIMPEZA DO FERIMENTO
Devem ter propriedades antissépticas ideais, com uma citotoxicidade mínima
Usadas principalmente nas fases iniciais do controle do ferimento para diminuir a carga bacteriana e remover o tecido necrótico e os detritos do ferimento
Uma vez que o ferimento esteja limpo, soluções de eletrólitos balanceados ou soro fisiológico são ideais para sua limpeza
Água de torneira não é um agente de limpeza ideal para o ferimento
Mas é aceitável para remover inicialmente a sujeira e os detritos quando houver uma contaminação grave
As soluções antissépticas são contraindicadas em ferimentos limpos porque todos os antissépticos apresentam algum efeito citotóxico
Alguns ingredientes a serem evitados nas soluções de limpeza
Peróxido de hidrogênio
Hipoclorito de sódio
Ácido clorídrico
Diacetato de Clorexidina
Solução antisséptica preferível para a lavagem do ferimento
Acetato de clorexidina em 0,05%
Por causa do seu amplo espectro de atividade antimicrobiana e da atividade residual continuada
Possui atividade antibacteriana na presença de sangue e outros detritos orgânicos
Possui toxicidade e absorção sistêmica mínima
Promove a cicatrização rápida
Uma solução de 0,05% é criada diluindo-se uma parte da solução de estoque em 40 partes de água estéril
Soluções mais potentes podem atrasar a formação do tecido de granulação
A atividade residual pode durar até 2 dias e a eficiência aumenta com a aplicação repetida
As possíveis desvantagens da clorexidina incluem resistência a Proteus, Pseudomonas e Candida, e toxicidade para a córnea
Povidona-Iodo
Solução de povidona-iodo em 1% ou 0,1% é usada frequentemente para a lavagem do ferimento graças ao seu amplo espectro de atividade microbiana
(solução de estoque de 10% diluída em 1:10 ou 1:100, respectivamente)
Solução de 0,1% é recomendada
Essa concentração mata as bactérias dentro de 15 segundos e não existe uma resistência bacteriana conhecida
São ativos contra bactérias vegetativas e esporuladas, fungos, vírus, protozoários e leveduras
A reaplicação frequente (a cada 4–6 horas) é necessária quando usada como solução para hidratação
Atividade residual dura apenas 4 a 8 horas e a matéria orgânica desativa o iodo livre no povidona-iodo
A absorção de iodo pela pele e as membranas da mucosa pode causar concentrações sistêmicas excessivas
Levando a uma disfunção transitória da tireoide
Esfregar os detergentes de povidona-iodo nos ferimentos danifica o tecido e potencializa a infecção
Tris EDTA
Adicionado às soluções de lavagem aumenta a permeabilidade das bactérias Gram-negativas aos solutos extracelulares e o vazamento de solutos intracelulares
É preparada adicionando-se 1,2g de EDTA e 6,05g de tris a um litro de água estéril
As bactérias tratadassão mais suscetíveis à destruição por lisozimas, antissépticos e antibióticos
A adição do tris EDTA a uma solução de gluconato de clorexidina em 0,01% aumenta a eficácia antimicrobiana em aproximadamente mil vezes
Outras Soluções
O ácido acético em 0,25% ou 0,5% é usado ocasionalmente como solução de lavagem
Seu efeito antibacteriano é adquirido diminuindo o pH do ferimento
O ácido acético é mais citotóxico para os fibroblastos que as bactérias
O peróxido de hidrogênio e a solução de Dakin não devem ser usados como soluções para a lavagem do ferimento