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Ortopedia III - Fraturas de pelve (CATEGORIAS DE FRATURAS (Luxação/fratura…
Ortopedia III - Fraturas de pelve
Características
A maior parte das fraturas é múltipla, na qual três ou mais ossos estão envolvidos
Raramente as fraturas pélvicas são abertas ou compostas
A pelve é constituída pelos ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis), sacro e primeira vértebra coccígea
Em fraturas com deslocamento mínimo, os músculos são muito eficazes na sustentação dos ossos
CATEGORIAS DE FRATURAS
Luxação/fratura sacroilíaca
Fratura da asa do ílio
Fratura do corpo do ílio
Fratura acetabular
Fratura do ísquio
Fratura do assoalho pélvico:
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO
Pacientes com fratura pélvica podem ser divididos em
Grupos não cirúrgicos
Pacientes com pouco ou nenhum deslocamento dos segmentos fraturados
Acetábulo intacto e continuidade do anel pélvico mantendo-se essencialmente intacta
Alinhamento anatômico perfeito de fraturas envolvendo os ossos da pelve não é necessário para consolidação ou função
(exceto os da superfície articular)
O manejo do paciente geralmente consiste em
Repouso na jaula
Limitação de atividade
Mensuração para se ter certeza da micção e defecação regulares
Grupos cirúrgicos
Intervenção cirúrgica deve ser considerada em animais com fraturas pélvicas caracterizadas por um ou mais dos seguintes fatores:
Diminuição acentuada no tamanho do canal pélvico
Fratura do acetábulo (deslocamento das superfícies articulares)
Instabilidade do quadril causada pela fratura do ílio, ísquio e púbis
Instabilidade unilateral ou bilateral, particularmente se acompanhada por deslocamento coxofemoral ou outras fraturas de membro pélvico
Meios de fixação das fraturas pélvicas comumente incluem
Pinos intrame-dulares
Fios de Kirschner
Placas ósseas
Parafusos ósseos
Cerclagem interfragmentar
A combinação dessas técnicas
A principal ênfase é colocada na articulação sacroilíaca, no ílio e no acetábulo
Caso essas três áreas sejam adequadamente reduzidas e fixadas, em geral as outras áreas (ísquio, púbis) estarão bem reduzidas e estabilizadas
FRATURA-LUXAÇÃO SACROILÍACA
O ílio é deslocado craniodorsalmente, com
uma porção da asa sacral freqüentemente
permanecendo fixada a ele
O deslocamento é sempre acompanhado por fraturas do púbis e ísquio
Ou pela separação ao longo da sínfise pélvica, tornando metade dos ossos coxais instáveis
As indicações para fixação interna incluem principalmente dor e instabilidade
A instabilidade da articulação SI cria menores problemas em animais de raças menores que em cães de raças grandes, e há menor necessidade de fixação interna
FRATURA DA ASA DO ÍLIO
Essas fraturas não envolvem nem a área de sustentação de peso nem a articular
Em geral, elas não são tratadas cirurgicamente
FRATURA DO CORPO DO ÍLIO
A maior parte das fraturas de corpo do ílio é de natureza oblíqua
E o segmento caudal apresenta depressão medial, resultando em diminuição do diâmetro do canal pélvico
Algumas fraturas são múltiplas, e a maioria é acompanhada de fraturas do ísquio e do púbis
A redução e a fixação estável das fraturas de corpo do ílio auxiliam no alinhamento e na estabilização de fraturas dos ossos do púbis e ísquio
Caso o corpo do ísquio também esteja fraturado, a articulação coxofemoral estará bem instável
FRATURAS DO ACETÁBULO
Em animais esqueleticamente imaturos que demonstram ausência de deslocamento nas radiografias ventrodorsal e lateral
Podem ser tratadas de maneira conservadora, com acentuada restrição de atividade indicada por 3 a 4 semanas
Em animais adultos freqüentemente produz resultados decepcionantes em longo prazo, com a doença articular degenerativa como sequela
A excisão artroplástica de cabeça e colo femorais ou a substituição total da articulação coxofemoral são indicadas nessa situação
A abordagem aberta e a fixação interna são indicadas para os casos em que o deslocamento ou a instabilidade dos segmentos fraturados se fazem presentes
FRATURAS DO ÍSQUIO
A maior parte das fraturas do ísquio acompanha outras fraturas
(p. ex., corpo do ílio, acetábulo ou fratura-luxação sacroilíaca)
Caso essas fraturas sejam reduzidas e estabilizadas de modo adequado, frequentemente não é necessário tratamento posterior no ísquio
Fraturas do ísquio são deslocadas ventralmente pela forte musculatura do tendão do pé e eventualmente consolidam em posição extremamente anormal
FRATURAS DO ASSOALHO PÉLVICO
Como resultado de lesão traumática, os ossos do quadril podem ficar separados na sínfise pélvica
Isso pode ser acompanhado por fratura-luxação da articulação sacroilíaca
Mais freqüentemente em animais imaturos, antes que a sínfise tenha se ossificado
Com essa lesão
O animal perde a capacidade de aduzir as pernas
Os membros pélvicos abduzem
O paciente fica incapaz de se manter em estação
Caso outras fraturas estejam presentes
(p. ex., no ílio ou acetábulo, fratura-separação da articulação sacroilíaca)
O tratamento adequado dessas fraturas fornece em geral estabilidade suficiente
Não sendo necessária a cirurgia na área da sínfise pélvica
O tratamento primário dessas lesões em geral é limitado à fixação dos membros pélvicos com fita adesiva para prevenir a abdução
FRATURAS COM MÁ-UNIÃO CAUSANDO COLAPSO DO CANAL PÉLVICO
Fraturas consolidadas na pelve resultando em diminuição acentuada no tamanho da cavidade pélvica
Essa condição pode ser acompanhada por obstipação constante ou intermitente
O tratamento cirúrgico é indicado quando o tratamento clínico for ineficiente no controle da função intestinal
As fraturas da pelve requerem o espaço de tempo usual para consolidação, que normalmente é de 6 a 10 semanas