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Câncer colorretal: etiopatogenia e diagnóstico (Diagnóstico (Fez líquidas,…
Câncer colorretal:
etiopatogenia e diagnóstico
Anatomia
Cólon ascendente
(é a porção retroperitoneal)
Cólon transverso
Apêndice vermiforme
Cólon descendente
(é a porção retroperitoneal)
Flexura hepática / flexura esplênica
Sigmoide
Inicia-se na válvula ileocecal
Reto
Irrigação
Estruturas
Lado direito
(do ceco até a metade do transverso):
ramos da mesentérica superior (a. íleocecocólica, cólica direita e cólica média)
Lado esquerdo
(da metade esq do transverso até o reto):
ramos da mesentérica inferior (a. cólica esquerda, a. sigmoideana, a. retal)
Anastomoses:
arcada de Riolando (entre a cólica média e a cólica esq); arcadas marginais
Drenagem venosa
Lado direito
: v.
mesentérica superior
(desemboca na v. porta, junto com a esplênica)
Lado esquerdo:
v.
mesentérica inferior
, desemboca na esplênica que desemboca na porta
Exceção: reto médio e distal vão para o pudendo, ilíacas e cava
Portanto, metástases hepáticas são mais de cólons
Epidemiologia
Câncer mais incidentes estimados para 2018
:
Homem
: próstata > pulmão > colorretal > estômago > cavidade oral > esôfago
Prevalência similar entre homens e mulheres
2° em mortalidade
(perde pro de pulmão)
Países
industrializados e urbanos
(relacionado à dieta industrializada e gordurosa)
Mulher
: mama > colorretal > colo do útero> pulmão > tireoidianos > estômago > corpo do útero > ovário
Incidência muito maior: sudeste, sul e centro-oeste (mais industrializado, menor ingesta de fibras)
Mais comum a partir dos 50 anos até os 80 anos
(por isso a maioria dos serviços utiliza o rastreamento por colonoscopia a partir dos 50 anos de idade, reduzindo conforme aumenta o fator de risco)
Localização
Reto - 40%
Sigmoide- 25%
Ceco e ascendente está aumentando incidência
Até
8% dos casos tem tumor sincrônicos, mais de 1 ao mesmo tempo
Até
4% dos casos tem tumor metacrônico, tumor em uma localização, operou, surgimento de outro tumor em outra localização
Fatores
Gordura animal
- estímulo de ácidos biliares
Carne vermelha
- nitrosaminas
Fatores ambientais
Tabagismo
Doença inflamatória intestinal
(principalmente retocolite ulcerativa intestinal)
Ureterossigmoidostomia
Radioterapia
(irradiação de tumores ginecológicos)
Ressecção colorretal por neoplasia prévia
Fatores protetores
Fibras vegetais
(maior bolo, maior velocidade do trânsito, menor contato do epitélio com substâncias carcinogênicas)
Selênio, vitamina C, vitamine E e beta-caroteno
AAS e AINEs
Fatores genéticos
(são pequenos, a maioria do câncer colorretal é esporádico)
1. Síndromes polipoides
Dentre os pólipos
(adenoma, hamartoma, inflamatório, hiperplásico);
Adenoma (principalmente do tipo viloso) e Hamartoma são os que tem maior risco de malignização
2. Síndromes genéticas
(
HNPCC - câncer colorretal hereditário sem polipose - Síndrome de Lynch
)
3. Agregação familiar
Câncer esporádico
Fatores de riscos
Acima de 50 anos
Pacientes sem história familiar
60% dos cânceres colorretais
Pólipos adenomatosos
Tubulares 75%
Tubulovilosos 15%
Vilosos
10% (
malignizam
em 40%)
Adenoma-carcinoma (5 a 10 anos de evolução)
Sequência: APC -> K-ras > p53
Algumas características
Lesão exofítica mais comum em cólon direito
(massa palpável)
Adenocarcinoma 95%
Lesão estenosante mais comum no cólon esquerdo
(abdome agudo obstrutivo)
Disseminação direta / linfática (mais comum) / venosa (principalmente hepática)
HNPCC
Origina-se de pólipos esporádicos
Mais tumores no cólon direito
Mutação do gene p53
Geralmente possui outras neoplasias
(sincrônicos / metacrônicos)
Até 5% dos tumores colorretais
Critérios de Amsterdam I para diagnóstico clínico de HNPCC
(
LYNCH I
)
Câncer colorretal hereditário sem polipose
Pelo menos 3 membros da mesma família com câncer colorretal
Um dos membros deve ser parente em 1° grau dos outros dois
Acometimento de pelo menos duas gestações sucessivas
Um dos membros deve ter menos de 50 anos na data do diagnóstico de câncer colorretal
Deve ser excluído o diagnóstico de Polipose Adenomatose Familiar na colonoscopia
Confirmação anatomopatológica de câncer colorretal
Critérios de Amsterdam II para diagnóstico clínico de HNPCC
(
LYNCH II
)
Critérios de Amsterdam I
Associado a tumores de endométrio, intestino delgado, ureter ou pelve renal; além do câncer colorretal
Tratamento - geralmente alguns serviços optam por colectomia total
Síndromes Polipóides
Síndrome de Turcot
(relacionados a tumores do SNC)
Hamartomas
Adenomatoso
Síndrome de Peutz-Jeghers
(manchas melanocíticas nos lábios, na boca e nas mãos / intussuscepção, sintomas obstrutivos)
Síndrome Gardner
(tumores de mandíbula e tumores desmoides)
Síndrome da polipose juvenil
Polipose adenomatosa familiar (PAF)
[<1% do câncer colorretal; mutação no APC, 100% de adenocarcinoma até os 55 anos; proctocolectomia total]
Diagnóstico
Fez líquidas
Redução do calibre das fezes
Raro obstruir
Alternância de diarreia e constipação
Cólon esquerdo
Sangue e muco nas fezes
Massa palpável
Pode obstruir (abdome agudo obstrutivo)
Anemia, palidez, cansaço, astenia, tontura (sangramento oculto)
Reto
Dor leve no quadrante inferior direito
Sangue vivo nas fezes
Cólon direito
Tenesmo
Dor ao evacuar
Fezes em fita
Obstrução intestinal
- Anamnese e exame físico (toque retal obrigatório, tumor no reto, prateleira de Blummer)
- Colonoscopia
- CEA (antígeno carcino-embrionário) - dosado para o
seguimento
// pode aumentar em fumantes