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TGI (V) Dilatação Vólvulo-gástrica (CONSIDERAÇÕES GERAIS E…
TGI (V) Dilatação Vólvulo-gástrica
DEFINIÇÕES
Dilatação vólvulo-gástrica (DVG)
Alargamento do estômago associado à rotação em seu eixo mesentérico
Também é chamada de torção gástrica ou inchaço
Dilatação simples
Estômago aumentado por ar ou espuma, mas não mal posicionado
Dilatação
Condição onde um órgão ou estrutura é esticado
além de suas dimensões normais
Dilação
Ato de esticar uma cavidade ou
orifício
CONSIDERAÇÕES GERAIS E FISIOPATOLOGIA
CLINICAMENTE RELEVANTE
Síndrome DVG é uma condição aguda com uma taxa de mortalidade de 20 a 45% em animais tratados.
Acredita-se que o aumento de
volume gástrico está associado à obstrução funcional ou mecânica da saída gástrica
Uma vez que o estômago dilata, os meios fisiológicos normais de remoção de ar são prejudicados
Portais esofágico e pilórico estão obstruídos
Grande volume de alimento por refeição aumenta o risco de DVG, independentemente do número de refeições feitas por dia
Outras causas que contribuem para a DVG
Predisposição anatômica
Íleo (síndrome de obstrução intestinal)
Trauma
Distúrbios primários de motilidade gástrica
Vômito e estresse
Fatores de predisposição DVG
Machos
Mais idade
Baixo peso
Receber um grande volume de alimento por refeição
Comer somente uma refeição por dia
Alimentar-se rapidamente
Ter uma bacia de alimentação elevada
Ter um tórax mais profundo e estreito
Prejudica a habilidade do cão de eructação.
Ter um parente de primeiro grau com histórico de DVG
Não devem ser usados para reprodução
DVG o estômago gira em um sentido horário quando
visto da perspectiva do cirurgião
A rotação pode ser de 90 a 360 graus,
mas geralmente é de 220 a 270 graus
O duodeno e piloro se movem
ventralmente e para a esquerda na linha média
O baço normalmente se desloca para o lado direito
ventral do abdome
Compressão da veia cava caudal e da veia porta pelo estômago distendido :arrow_down: retorno venoso e o débito cardíaco
= Isquemia do miocárdio
= Choque obstrutivo e perfusão
inadequada
= afetando rins, coração, pâncreas,
estômago e intestino delgado
DVG parcial ou crônica
Geralmente é uma síndrome progressiva,
mas sem risco de vida
Pode estar associada a
vômito, anorexia e/ou perda de peso
Cães podem ter sinais crônicos
intermitentes e parecer normais
O mau posicionamento gástrico pode ser intermitente ou crônico, mas sem dilatação
Diagnóstico por Imagem
Radiografias são necessárias para diferenciar a dilatação simples da dilatação mais vólvulo
Animais acometidos devem ser descomprimidos
antes de serem feitas as radiografias
Ar abdominal livre sugere ruptura gástrica e ar dentro da parede do estômago indica necrose
Ambos necessitando de cirurgia imediata
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Dilatação gástrica simples
Vólvulo do intestino delgado
Torção esplênica primária
Herniação diafragmática
Ascite
Não é possível diferenciar a DVG da dilatação simples simplesmente apenas passando um tubo gástrico
CONDUTA MÉDICA
Estabilizar a condição do paciente é o objetivo inicial
Fluidos isotônicos
Salina hipertônica 7%
Hetamilo
Antibióticos de amplo espectro
Terapia de oxigênio
(quando dispinéico)
Descompressão gástrica deve ser realizada durante o início da terapia para choque
Descompressão percutânea ou passar um tubo estomacal
Cateter Foley não deve ser inserido no estômago
percutaneamente
A menos que o estômago esteja simultaneamente colado à
parede corporal
Uma vez que o ar tiver sido removido, o estômago deve ser enxaguado com água morna
Se observado sangue no fluido estomacal,
justifica-se a pronta intervenção cirúrgica
Pois pode indicar necrose gástrica
As radiografias podem ser realizadas após o animal ter sido descomprimido e estar estável
TRATAMENTO CIRÚRGICO
A cirurgia deve ser realizada assim que a condição do animal tenha sido estabilizada
Mesmo se o estômago tiver sido descomprimido
A rotação de um estômago não distendido interfere na irrigação sanguínea gástrica
Potencializando a necrose gástrica
Os distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos significativos devem ser corrigidos antes da cirurgia
Arritmias cardíacas significativas devem ser tratadas com lidocaína antes da cirurgia
A ruptura das artérias gástricas curtas em cães com DVG é comum
E pode contribuir para a
perda de sangue e infarto ou necrose gástricos
80% do fluxo arterial é para a mucosa, e o restante é para a muscular e a serosa
Por isso a observação da cor da mucosa não é um indicador confiável da viabilidade da parede gástrica
TÉCNICA CIRÚRGICA
Metas do tratamento cirúrgico
Inspecionar o estômago e baço
para identificar e remover tecido danificado ou necrótico
Descomprimir o
estômago e corrigir qualquer mal posicionamento
Aderir o estômago à parede corporal para evitar o mal posicionamento subsequente
Gastropexia geralmente é curativa para cães com DVG parcial ou crônica
A gastropexia não garante que a dilatação ou vólvulo não irá recorrer
Torna-a menos provável
MATERIAIS DE SUTURA E INSTRUMENTOS ESPECIAIS
Para a gastropexia
Sutura absorvível (polidioxanona ou poligliconato)
(0 ou 2-0)
Ou não absorvível (polipropileno)
(0 ou 2-0)
AVALIAÇÃO E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Equilíbrio eletrolítico, a hidratação e o equilíbrio ácido-básico devem ser monitorados rigorosamente no pós operatório
Ofertar água e alimento pastoso com baixo teor de gordura 12 a 24 horas após a cirurgia
Arritmias ventriculares são comuns, geralmente
começam entre 12 e 36 horas após a cirurgia
Pode ser corrigida simplesmente pela
correção da hipocalemia
Lidocaína inefetiva quando o animal está hipocalêmico
COMPLICAÇÕES
Sepse e peritonite por perfuração ou necrose gástrica
Coagulação intravascular disseminada
Arritmias cardíacas
Com a cirurgia no momento adequado, o prognóstico é bom
Dilatação gástrica sem vólvulo tem um prognóstico melhor que DVG
O prognóstico é mau se ocorrer necrose
gástrica ou perfuração ou se a cirurgia for protelada