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LEFEBVRE, Henri - A produção do espaço - 2006 (A cidade não é natural (Uma…
LEFEBVRE, Henri - A produção do espaço - 2006
A cidade não é natural
Uma das formas de encobrir os processos de produção é tratar a cidade como sujeito, e não como produto. A cidade não é sujeito!
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A natureza cria. As coisas simplesmente surgem, brotam, aparece, como um flor. p. 108.
A rosa não tem razão de florecer. p. 108, 109
Se a obra é única, primária, original - se ocupa um espaço e se agarra a um tempo entre seu nascimento, maturação e declínio, a cidade não pode ser considerada obra. p. 112
A cidade não é obra porque o seu uso não conduz ao seu fim, ao seu esgotamento. p. 113.
A cidade não é considerada obra porque é um objeto reproduzível, repetível. Existe, portanto, produção do espaço. p. 115
A natureza não basta para explicar o espaço social. A cidade não é apenas coisa, ela é também fruto de relações sociais. O trabalho social transforma a cidade. p. 118
É produto de atividades técnicas, econômicas e políticas. Mas também é meio de produção: redes de trocas, fluxo de matérias-primas, força de trabalho. p. 127 e 128
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O tempo no espaço
O tempo não se inscreve apenas nos aparelhos de medida, como nos relógios. O tempo também se inscreve no espaço, o tempo deixa a suas marcas, registros da produção desse espaço de acordo com seus contextos históricos/temporais. p. 141, 142
Estas marcas temporais anteriores aos tempos atuais tendem a ser destruídas, como se fossem rejeitos que poluíssem o espaço. p. 142
Exemplos
Veneza
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A cidade foi fruto de trabalho: construção de cais, instalação de pilotis, instalações portuárias. p. 116
Residência camponesa
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Está inserida na paisagem. É um intermediário entre o que é um produto e o que é uma obra. É a manifestação de uma cultura em meio a um espaço cultural. p. 126
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