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Elaboração dos instrumentos da Pesquisa (Método Histórico (Desvantagens do…
Elaboração dos instrumentos da Pesquisa
Elaboração de Questionários
Questionário é um instrumento quantitativo de coleta de dados.
É elaborado após a definição das etapas e de acordo com os objetivos da pesquisa.
Deve conter introdução explicando os objetivos da pesquisa, a forma de preenchimento e o tempo para fazê-lo.
As perguntas do questionário devem ser:
Elaboradas em função da hipótese de pesquisa;
Abertas e fechadas;
Formuladas de modo que o entrevistado tenha condição de responder
Apresentadas em ordem de dificuldade - respostas simples devem ser feitas no início;
Possibilitar uma única interpretação;
Formuladas de forma clara, concreta, precisa e não estereotipada;
Formuladas de modo a respeitar a intimidade das pessoas.
Organizadas em ordem cronológica - respostas a fatos recentes apresentadas inicialmente;
Depois da elaboração do questionário, é imprescindível a realização do pré-teste.
Pré-teste: É a aplicação do questionário com representantes similares àqueles da população, na qual será aplicado o questionário.
o pré-teste mostrará a clareza e precisão dos termos, a quantidade de perguntas, a forma e ordem das perguntas.
O questionário. Pode ser aplicado diretamente pelo entrevistador, pelo correio ou internet.
O entrevistador ao aplicar o questionário, deve anotar as informações coletadas.
Quando possível, o questionário ser aplicado pelo mesmo entrevistador em toda a amostra.
Estudo de Caso:
É uma das maneiras de se efetuar pesquisa em ciência social.
O Estudo de caso é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade, uma instituição, uma empresa que se analisa profundamente.
Exemplos do uso do estudo de caso:
Pesquisa em Sociologia;
Pesquisa em Psicologia;
Pesquisa em administração;
Estudos sobre organizações.
É uma pesquisa qualitativa.
Deve ser aplicado nas seguintes circunstâncias:
Quando se deseja saber "como" ou "por quê";
Quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos;
Quando o foco da pesquisa é sobre assuntos contemporâneos dentro do contexto da vida real.
As preocupações sobre o estudo de caso são:
A carência de rigor científico;
A pouca base para generalização científica;
A massiva quantidade de resultados.
Componentes do planejamento da pesquisa:
Questões de pesquisa;
Proposições;
Unidades de análises;
Relação lógica entre os dados e as proposições;
Critérios de análise e interpretação dos dados.
Finalidade:
Conhecimento aprofundado de uma determinada situação no mundo real.
Pontos fundamentais:
Futuras pesquisas:
Podem ser úteis no levantamento de informações com controle.
Registros confiáveis:
Permitem a obtenção de informações de melhor qualidade do que as obtidas em amostragens aleatórias.
Impactos duráveis:
Contêm informações que seriam praticamente impossíveis de se obter com outra técnica, e auxiliam na formulação de problemas que poderão ser objeto de futuras pesquisas.
O estudo de caso se diferencia de outras estratégias de pesquisa pois:
Explica situações que não são clarificadas por meio de survey - descreve situações da vida real;
Utiliza o processo descritivo;
Explora as situações em que as intervenções não se tornaram claras.
A investigação científica pressupõe o seguinte:
Definição da estratégia de coleta de dados mais apropriada ao problema de pesquisa;
Controle do investigador sobre os eventos;
Grau do foco sobre os fenômenos.
Observação Participante
A observação participante é uma estratégia de pesquisa utilizada em sua maioria pelos antropólogos
Ponto forte:
Possibilidade de coletar uma grande quantidade de informações.
Fraqueza:
Carência de padronizações nas informações obtidas (dificultando a repetição do estudo).
Ao se planejar o uso da observação participante, o pesquisador realizar as seguintes perguntas:
Quais os objetivos da pesquisa?
Que tipos de dados são necessários?
Qual o método mais viável para o objeto da pesquisa ?
Fatores que podem provocar interpretações errôneas:
Viés sociocultural:
Derivado da pessoa do observador.
Viés profissional e ideológico:
Induz à seletividade da observação.
Viés interpessoal:
Do observador que moldará, com base em suas emoções, o fenômeno em observação.
Viés normativo:
Natureza do comportamento humano, o viés normativo pode conduzi-los a juízos de valor que prejudicarão não só coleta de dados como sua análise e interpretação.
Também é identificada por alguns autores como:
Observação qualitativa
Observação direta
Observação de campo
Pesquisa de campo.
As anotações do entrevistador podem ser:
Gravadas (áudio ou vídeo).
Notas na totalidade;
Escritas resumidamente;
Memorizadas;
Método Histórico
É uma estratégia para localizar e interpretar evidências para compreender o passado, o presente e apontar tendências para o futuro.
O passado pode ser estudado de duas maneiras:
Pela memória pessoal buscando avaliar as suas verdades;
Mediante interpretação de determinados objetos julgados como vestígios do passado.
Os vestígios da história podem ser:
Testemunhos escritos (biografias, memórias, documentos públicos e crônicas)
Tradições orais (canções, cantos, etc.) ou vestígios de edifícios, monumentos e partes de seres mortos.
O investigador examina os testemunhos existentes para determinar o seu valor como elementos de juízo relativos ao passado.
Tratando-se da história, não é possível formular teorias com a mesma precisão das ciências naturais, pois não podem ser verificadas ou refutadas na forma definida.
O historiador responde às seguintes indagações:
Os dados da investigação são admissíveis como elementos de juízo, e as fontes são autênticas?
As afirmações derivadas dos dados são verdadeiras e pode-se confiar nas fontes?
Elementos de juízo, são classificados de duas maneiras:
Elementos de juízo provenientes de testemunhas
Elementos de juízo circunstanciais
Vantagem do método histórico:
evita a interação entre o pesquisador e o objeto que está sendo investigado - diminui a possibilidade de "bias".
Desvantagens do método histórico:
Quanto ao controle:
existe uma falta total de controle, pois trata-se de fatos já ocorridos;
Quanto à amostra:
somente dispõe daqueles documentos, o pesquisador seleciona o material de forma intencional;
Quanto à replicação:
não existe possibilidade da replicação, pois não é possível o retorno no tempo.
História Oral
Objetiva compreender o que é relevante e significante para o entendimento da sociedade e que não é possível de ser coletado com os dados existentes.
A história oral oferece um meio para a gravação e preservação de fontes pessoais para preencher as lacunas dos documentos escritos.
É um depoimento parcial porque se fundamenta no depoimento de um ator social.
Esse ator transmite a sua versão dos acontecimentos, sua visão pode ser deturpada e enganadora pela força de sua ideologia.
A História oral é uma técnica de coleta de dados baseada no depoimento oral que tem por finalidade:
o preenchimento de lacunas existentes nos documentos escritos.
O pesquisador deve evitar qualquer intervenção que possa desviar do tema.
A narração deve ser devidamente registrada e depois transcrita.
Orientações para o uso da história oral:
Definir quem deve ser entrevistado.
Quem deve conduzir as entrevistas.
Selecionar a melhor abordagem histórica.
Organizar o conteúdo ou roteiro da entrevista.
Definir como processar as informações.
A boa pesquisa deve abranger, dentre outros, os seguintes pontos:
Contribuição para o conhecimento existente;
Contradições que o estudo traz para o mundo científico;
Novas pesquisas que o estudo promoverá;
Contribuições práticas;
Destaque dos limites e aspectos positivos do estudo.
Revisão e Codificação de Dados
Deve ser feita ainda no campo, no momento da coleta e após a conclusão da coleta, aproveitando as informações presentes na sua memória.
Pois, se necessário, o pesquisador pode voltar a campo e refazer a coleta.
No processo de codificação dos dados, o pesquisador deve prever códigos para traduzir as informações e deve codificar os seus comentários.
É muito comum o pesquisador perder algumas informações:
Algumas entrevistas podem não ter sido realizadas
Pode não ter todas as perguntas respondidas (no caso de questionários).
Existem situações em que a omissão de informações durante a coleta de dados pode causar "bias" ou dificultar as análises de toda a investigação.
Os resultados devem ser apresentados facilitando a compreensão e o entendimento dos leitores (de acordo com a metodologia científica).
Cuidados na apresentação dos resultados:
Cuidados na apresentação dos resultados - evitar sentenças longas;
Não usar "jargões";
Não usar termos desnecessários;
Usar adequadamente gráficos e tabelas.