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GOTTDIENER, Mark - A produção social do espaço - 1993 (Características da…
GOTTDIENER, Mark
- A produção social do espaço - 1993
Características da produção social do espaço
As relações espaciais e temporais são
intrínsecas
, inseparáveis, a todos os aspecto da
organização social
. p. 196
Muitas vezes o uso do termo
"localidade"
ou
"espacialidade"
é inadequado para fazer referência ao espaço urbano, porque dá a entender que esta se tratando desta categoria analítica de
forma isolada
. O que não deve ser feito, já que estas características estão intrinsicamente relacionadas às organizações sociais. p. 196, 197.
As relações sociais são tão intrínsecas ao espaço que inclusive a valorização ou desvalorização da sua
mais-valia
está relacionada
às relações sociais que acontecem neste espaço. p. 197
As manifestações do capitalismo não podem mais ser analisadas como se ocorressem
no
espaço (oposto aos marxistas), mas
sobre o espaço
(não
sob
)
A medida em que relacionamos o marxismo às questões espaciais, nós o atualizamos e, por isso, o
transcendemos
. p. 197
A análise do conflito de classes e a acumulação do capital não fazem tanto mais sentido a medida que buscamos as análises das relações e interesses espaciais sobre as práticas políticas e econômicas. p. 197
Contra conceitos marxistas e ecologistas
, pois relacionam o desenvolvimento urbano à apenas
contextos sociais específicos
. Ignoram ligações entre grupos, instituições e detentores de recursos - e até do Estado - na formação destes espaços. Separam as análises de cada uma das forças sociais, sem levar em conta que
elas se relacionam
. p. 198
Seus
argumentos são reducionistas
e não levam em conta a complexidade das relações entre os agentes que produzem o espaço urbano. p.198
"Meu argumento básico é que as formas espaciais
são produtos
contingentes da
articulação dialética
entre ação e estrutura. Elas não são manifestações puras de forças sociais" p.199
As formas de cidades
não acompanham
necessários os estágios da
produção do capital
. O desenvolvimento capitalista passa por estágios distintos daqueles que a cidade passa. p. 199
É um erro supor mostrar claramente que as fases atuais do capitalismo se traduzem exatamente ao mesmo tempo na forma espacial.
Há um descompasso
, justamente porque as estruturas urbanas, ao levarem em conta elementos espaço temporais, são mais complexas, não levam em conta apenas o estado da economia. p. 199,200.
Não há "cidades capitalistas industriais", "cidades monopolistas" ou "cidades capitalistas globais". São
processos e não formas em si
. p. 200
A
produção do espaço
deve sempre estar no
centro da análise
, em vez de focalizar a política econômica e do desenvolvimento capitalista por sí só. p. 200.
A intervenção do Estado
Sob uma perspectiva histórica
Nos Estados Unidos, após a Grande Depressão, a participação do Estado na economia tomou grandes proporções.
Estado-Nação
. p 203.
Atividades públicas em parceria com os interesses privados
Leis no Legislativo
que protejam as atividades econômicas e ajudem a estruturar indústrias selecionadas. p. 203.
Projetos de reurbanização
que resultem em aumento das taxas de impostos para a área reurbanizada. p.203, 216
Projetos de reurbanização ou renovação de áreas centrais tendem a
expulsar pequenas lojas
e empresas familiares para dar espaço ao capital de monopólio. p. 216
O desenvolvimento da cidade central vai conta os usos e atividades comerciais locais da vida diária, favorece apenas os
interesses monopolistas
. p. 216
Investimento do orçamento federal na
estruturação de crédito
que encoraje altos níveis de consumo pessoal. p. 203